Resenhas - Marília de Dirceu

Marcilio Duarte 12/09/2023

Meu clássico predileto do arcadismo
Já disse aqui que tenho uma admiração pelo arcadismo luso-brasileiro. Ler os versos de Tomás Gonzaga é imaginar-se em ambiente bucólico, campestre, frugal...rodeado de musas da mitologia grega. Menos lascivo que Bocage, seus versos são dedicados à veneração profunda de um amor que ele jamais esqueceu. Enquanto o amor existir, Marília de Dirceu será sempre um clássico.

camila.person 10/09/2023

Comecou legal, ficou chato e continuou chato
Eu gostei do início do livro, achei que começou muito bem, fazendo menção a mitologia, palavras bonitas... Mas chegou um hora que ficou cansativo (larguei o livro e retomei a leitura depois de uns 3 meses). A segunda parte é completamente oposta da primeira, é legal fazer uma comparação. Mas não estava no mesmo entusiasmo para terminar, não estava com paciência, não estava conseguindo compreender metade do que o autor queria dizer fazendo referência a mitologia a cada 2 linhas. A terceira parte então, não absorvi quase nada da leitura, só consegui perceber que a parte mais "romântica" estava voltando aos poucos nos sonetos (embora Dirceu parecesse bem revoltado nos últimos textos KKKK). Li para o vestibular e qualquer leitura obrigatória parece que se torna mais chata do que ela realmente é. Em resumo, achei que seria mais fácil e rápido por se tratar de liras, grande ilusão. Foi difícil, maçante, chato

Dudiss2 09/09/2023

Exaustivo
Marília de Dirceu é um clássico da literatura brasileira e é constituído de poemas líricos sobre os sentimentos amorosos de Dirceu para Marília, em uma temática do arcadismo e pré-romantismo se passa na época da inconfidência mineira.

Eu não tenho problema com livros clássicos, gosto do gênero porém esse livro simplesmente não me agradou. A linguagem formal e as inúmeras referências da mitologia grega complicam muito a interpretação do livro e a temática dos poemas é repetitiva demais, fazendo a leitura ser extremamente maçante e cansativa.

livilendo 07/09/2023

Li para a Fuvest, e foi isso.

Não tem nada demais, algumas liras bonitas, mas principalmente na parte I é muito repetitivo com a vibe bem marcada do Arcadismo, depois fica mais legalzinho.

thegoldrush 06/09/2023

"?Marília, de que te queixas?
De que te roube Dirceu
O sincero coração?
Não te deu também o seu?
E tu, Marília, primeiro
Não lhe lançaste o grilhão?
Todos amam; só Marília
Desta lei da Natureza
Queria ter isenção?"

cappuccino 23/08/2023

Conversão ao ufanismo
Ultimamente tenho estudado bastante sobre a literatura brasileira e decidi ler algumas obras clássicas como Marília de Dirceu.

Confesso que que depois de tentar ler as obras do Boca do Inferno eu fiquei meio receosa de ler poemas de escolas literárias tão antigas como a que Tomaz Antônio Gonzaga participa: o arcadismo. Contudo, fui bastante supreendida por encontrar uma linguagem ?acessível? e muito envolvente.

Tomaz Antônio Gonzaga é um romântico nato, prestes a casar vai ser preso por um crime que não cometeu e vai escrever diversos versos sobre sua amada Maria Dorateia, que ele docemente apelida de Marília. (elevou minhas expectativas no amor!!!!)

Duda 23/08/2023

Linguagem complicada
No início eu estava entendendo bem mas depois a linguagem começou a ficar cada vez mais difícil de entender, então do meio para o final eu já não suportava mais. Peguei as passagens que falavam da inconfidência mineira, achei bacana mas traziam outras referências que eu não entendia nada. Só terminei pq era leitura obrigatória de vestibular.

Anyta 19/08/2023

Dirceu seu gado
Não cheguei a odiar absolutamente como a maioria das pessoas que lêem o livro mas assim tbm não é NOSSA QUE DIVERTIDO AMEI. A parte 1 romântica ,que só faltava o dirceu lamber o chão que a marília passa, é completamente insuportável, só algumas liras se salvam pq muito chato , repetitivo.Mas a parte 2 que ele tá todo cagado trancafiado é bemmm mais interessante, foi onde achei as melhores liras.

Maria1691 13/08/2023

Os que eu li prestando atenção (uns 10%), achei lindos. Ele amava demais a Marília, com certeza.

Gostei desse aqui:

Lira XVII - Parte 2
A minha amada
É mais formosa,
Que branco lírio,
Dobrada rosa,
Que o cinamomo,
Quando matiza
Co?a folha a flor.
Vênus não chega
Ao meu Amor.

Larissa2526 09/08/2023

Marília de Dirceu
É um poema lírico, da época do arcadismo (sec XIII), escrito em 1792.

As liras são divididas em 3 partes.

A 1° é o Dirceu, personagem que narra os poemas, declamando seu amor por Marília, uma Pastora de ovelhas com cabelos pretos, faces rosadas, mimosas, e "dentes delicados" (?). Ela é bem endeusada durante toda a história, até o Amor, Cupido, confunde Vênus, deusa do amor que se transforma em mulheres consideradas belas pelo 'admirador/quem a está vendo, com ela. Tem muito do Carpe Diem.

A 2° parte é ele se lamentando por estar longe da sua amada, pois o escritor participou do movimento da Inconfidência Mineira e foi preso (tanto é que o livro inteiro ele se diz inocente, que o seu único crime é amar Marília (pena de morte)), assim, as suas liras da segunda parte tem um tom saudoso e triste, pedindo ao Amor para ajuda-lo a confortar sua amada e falando do seu sofrimento e que ele se sente morto.

A 3° parte é ele mais triste ainda com um tom pior de saudades porque o autor foi excluído na África após sair da cadeia. Então ele faz a sua despedida.

Já a parte estrutural e sintática: são 72 liras e 13 sonetos, e é meio cantadinha a leitura, isso acontece porque no arcadismo tem a retomada de valores greco-romanos, do trovadorismo.

Além disso, também há características de bucolismo, descrição e adoração pela natureza, sair das cidades e ir para os campos- então eram temas mais pastoris, tanto que ele e ela são pastores de ovelhas- Inutilia truncat, ?eliminar o supérfluo".

No arcadismo é tudo bastante racional, e isso é super visível na obra, desde ao amor pela Marília, quanto ao sofrimento na 2° parte. Tem linguagem simples (diferente do barroco) e o conhecimento de que a morte é inevitável.

Também percebe-se que existem traços pré-românticos na obra, as figuras de linguagem, a ideias de amor e as mulheres idealizadas, mas também como posse "Marília DE Dirceu".

E coitado do escritor, gente, marcou a data do casamento no mesmo dia em que seria preso esperando por pena e mesmo assim foi preso. Mas no final de tudo, em Moçambique, ele ainda se casou com outra moça... Que grande amor por Marília, hein.

Varoni 09/08/2023

Li o livro pois esta na lista de livros obrigatórios da fuvest, mas não gostei muito do livro.
Algo que vale ressaltar é as menções a mitologia, te faz pensar e realmente entender o que Tomás Gonzaga está querendo dizer.

juju :) 01/08/2023

"Enquanto vive Marília bela, Não morre Amor."
Fui obrigada a ler o livro pelo vestibular, mas realmente esse estilo de leitura não é o meu, prefiro muito mais as prosas.

Não consegui simpatizar com a obra pela diferença de idade gigantesca entre o Dirceu e a Marília, e em todos os momentos só sentia nojo das liras do Gonzaga.

Apesar disso, não posso negar que os poemas são bem escritos e encantadores, adorei as referências da mitologia grega/romana e dos momentos históricos.

Não consigo confiar no amor que o Gonzaga diz ter pela Marília nas liras sabendo que no final ele acabou se casando com outra mulher em Moçambique.

Alec.Ferreira 31/07/2023

Marília porque não deu um pé na bunda em Dirceu?
?? Ecrito por: Tomás António Gonzaga.

? Sobre a obra: Uma coletânea de poemas árcades que fazem um flerte com o romantismo. O Arcadismo contrapõe ao barroco, apresenta uma linguagem simples e racionalista. O nome Arcadismo faz referência a região de Arcádia na Grécia, onde viviam os poetas e os pastores, Dirceu é um pastor que deseja a sua amada Marília, esse amor é o tema principal que percorre todos os poemas. Dirceu é um pseudônimo para o autor e Marilia se refere ao seu grande amor real, Maria Dorotei Seixas. O amor diferente do romantismo vem como uma ideia de posse. As mulheres estão sobre uma visão patriarcal, musas frágeis alvos de desejo, com foco na aparência. Segundo o autor, a beleza femina pode trazer tanto paz quanto guerra. Forte influência das histórias grego-latinas. O livro foi escrito desde sua residência no Brasil até o seu cárcere e exílio (pena por ter participado da Inconfidência mineira). Ao longo dos poemas Gonzaga faz propaganda de si mesmo para Marília, a descreve, a deseja e lamenta a distância que os separa.

? Ideias principais que a obra traz:
? Fugere urbem: Fuga da cidade, volta a ordem natural;
? Inutila truncat: eliminar o supérfluo;
?? Carpe diem: aproveitar o dia;

? Minha opinião pessoal sobre o autor: Um homem sem convicção, sua opinião muda dependendo da situação, um grande bajulador, não assumiu ser um inconfidente até a morte, apesar de ter sido deletado pelos próprios "amigos" e o mesmo caso Minas Gerais tivesse conquistado sua independência cuidaria do jurídico (engraçado não?). Colocou toda a culpa do movimento no Tiradentes, jurando sua inocência (desprezível). O alvo de seu desejo Maria ( sua Marília ) tinha apenas 16 anos e Gonzaga ( Dirceu ) já bem mais velho, com seus 40 e poucos anos, em minha perpectiva um pedófilo. Para mim quando se trata de amor beleza não deveria ser o tema principal, é como tomar uma sopa que o principal ingrediente é vento, não se tem conteúdo de verdade, não se pode nutrir nada. Já em Moçambique se envolveu com tráfico de escravos, se casou com a filha de um traficante de escravos ( em minha opinião se tornando ainda mais desprezível moralmente).

Marília como pode amar esse homem?

? O que eu acho da obra: Falta profundidade, um romantismo raso, entretanto é inegável o forte amor (ou desejo) que Dirceu possuía pela sua Marília, considero quase uma obsessão. Apesar de ter marcado uma geração não acho uma obra incrível creio que existam melhores.

mrj8rie 24/07/2023

Não gostei, mas deve ser bom pra você
Dirceu é um bobao chato que vive falando da Marília, duvido que ele goste tanto assim dela, um exagero. Não gosto não.

renacentist 24/07/2023

Com todo rwspeito que livro CHATO
ele n é ruim nao,pelo contrario, só é MUITO maçante e exaustivo de ler
vc tem q ter um gosto muito especifico pra n cair de sono lendo isso