De profundis

De profundis Oscar Wilde




Resenhas - De profundis


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Ana Pereira 08/01/2023

O sofrimento é um longo momento...
Este livro conta, através de uma carta, um pouco sobre a vida do escritor Oscar Wilde, especificamente do período que ele passou na prisão, dois anos, de muito sofrimento, mas, também crescimento pessoal. Ele foi acusado de homossexualismo, foi processado pela família de lorde Alfred Douglas.

“O sofrimento é algo permanente, misterioso e sombrio e tem a natureza do infinito”.

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Fernando 03/01/2023

Visceral
Um texto direto e sem rodeios. Escrito em um momento de dificuldade na vida do autor e que fornece um bom material para quem quer conhecer um pouco mais da personalidade e da história de Oscar Wilde.

Com algumas imagens belíssimas e outras recheadas tristeza e amargor o autor narra parte da sua história.

Um livro visceral, duro, mas necessário. Recomendo a leitura.
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Maumau 29/12/2022

Relato interessante
De Profundis é um relato do escritor Oscar Wilde sobre várias coisas diferentes, incluindo Jesus, sua prisão, Alfred Douglas e sua família, a arte, a vida, a moral, etc.
Pode não ser um livro muito bom para aqueles que não conhecem ou não se interessam pela vida e obra do Oscar, mas para aqueles que, como eu, são fascinados por esse homem, suas aventuras, suas derrotas e seus ideais, vale muito a pena ler esse livro.
Lido ele, eu me sinto uma espécie de especialista em Wilde, talvez porque eu tenha visto-o falar diretamente ao invés de ler falas que ele escreveu sob bocas de outros personagens. A imagem de Oscar muitas vezes é retratada como algo monocromático ? ou seja, um escritor esdrúxulo e estapafúrdio que criticava a imagem hipócrita da Inglaterra enquanto se esbaldava sob luxos hedonistas e se aventurava em prostituição masculina, como o grande homossexual que era. Só que... essa retratação não está certa, como constatei ao ler De Profundis. O Oscar, na verdade, detestava o hedonismo e o dandismo tanto quanto ou até mais do que o vitorianismo puritano, era bem mais moralista do que você pode imaginar e não era homossexual, mas bissexual.
Essa figura complexa e nuanceada é extremamente interessante, e as 200 e poucas páginas foram uma imersão na mente dele. Sinto que, graças a esse livro, sei muito mais sobre essa personalidade, ora empática, ora extravagante, que se denomina Oscar Fingal O'Flathertie Wills Wilde.
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Athos.Giant 28/07/2022

Um dos maiores ícones existentes.
Oscar Wilde com certeza foi uma das maiores mentes de sua época, escritor incrível e gênio das palavras. Em 1891 foi acusado de "homossexualismo", processado pela família de seu ex-amante e condenado a dois anos de prisão.
Essa obra é sua carta orginal, de 80 páginas, para esse seu ex-amante e todo o drama que ele passou.
Com uma prosa magnífica, Oscar atinge o leitor com sua vida, seus amores, seus arrependimentos e seus sonhos.
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leticia cordis 15/07/2022

Wilde estava precisando desabafar e contar e recontar obsessivamente suas dores
Wilde mostra todo seu esmigalhamento mental diante da relação terrível que viveu com o namorado. Eu to do lado dele, pra mim, Alfred foi um explorador, um cretino. Esse livro é um ótimo aporte para ver a cabeça de uma pessoa apaixonada, o cidadão não rima lé com cré, o Wilde estava assim, muito muito vulnerável. O livro é bom mas veja, pra mim, foi muito cansativo pq é repetitivo, uma carta longuíssima pra jogar coisas da relação na cara do namorado, vc se sente assim meio sem graça de estar lendo uma briga de casal kkkk.

Brincadeiras à parte, essa historia é do século 19 e o problema da homofobia é constrangedor, grande parte do sofrimento de Wilde e do parceiro é devido a isso. Homofobia mata, e Wilde foi uma de suas vítimas.
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Edu 23/06/2022

Todo apaixonado por literatura já ouviu falar de Oscar Wilde (1854-1900), principalmente por seu famoso romance, O Retrato de Dorien Gray. Wilde viveu nas últimas décadas da era vitoriana e fez parte de um movimento chamado decadentismo, que entre tantas coisas tinha devoção à sexualidade e extravagância.

Preso por um crime da época chamado de Grosse Indecency, ou seja, por ter um relacionamento homoafetivo, o famoso Dândis, se vê agora totalmente despido de sua glória, e do ideal de fazer de sua vida uma obra de arte.

De Profundis foi uma carta escrita por Wilde nos últimos meses (entre Janeiro e Março de 1897) em que esteve preso em Reading. Esse escrito fantástico é direcionado ao amante de Oscar e também responsável por sua ruína, o tradutor e também escritor britânico Lorde Alfred Douglas, conhecido como "Bosie". O conteúdo da carta é um verdadeiro desabafo, de Wilde, sobre os excessos, escândalos e constantes brigas envolvendo Bosie e o pai, o Marquês de Queensberry. Além de profundas reflexões sobre a vida e a arte.

Nas palavras do grande amigo de Wilde, Robert Ross:
" Este livro quase não necessita de introdução ou explicações. Só quero deixar registrado que foi escrito pelo meu amigo Oscar Wilde durante os últimos meses que passou na prisão, sendo a única obra que escreveu enquanto esteve preso e também seu último trabalho em prosa."
( p.07).
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Martony.Demes 07/03/2022

Eis uma interessante, densa e profunda obra, De Profundis, de Oscar Wilde.

Bom, antes de tudo, quem fala de Oscar Wilde, lembra logo de O retrato de Dorian Graw, que já li e registrei aqui no instagram.

De profundis é uma obra epistolar. O autor trocava cartas com seu ex-amante na época em que estava preso. Ele foi preso com a acusação de sodomita (homossexualismo) e condenado a dois anos de prisão.

Na obra há um grande desabafo e revelação de tudo que fez pelo seu ex-amor, o carinho, o perdão, o quanto ajudou em diversos momentos dificeis. Porém, há muito mais que um caso de frustação amorosa. Ele explorar de maneira elegante, poética como tudo acontecia envolvendo o comportamento das famílias, a sociedade e muito mais.

E, claro, quando se fala de Oscar Wilde, o prisma é bem maior. Eu como simples leitor, sem formação na área talvez não consiga explorar de maneira devidamente significativa outros grandes valores dessa elegante obra.

Uma curiosidade de descobrir depois é que de profundis faz referencia ao salmo 130: Das profundezas a ti clamo, ó SENHOR. Senhor, escuta a minha voz; sejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. Se tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?(…)

E realmente ele passou por vários momentos ruins e em um relacionamento abusivo e ao final ainda foi preso! Realmente foi para as profundezas!!
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kelly.brekker 24/01/2022

Onde há Sofrimento há um solo sagrado.
essa carta é o texto escrito na prisão por Oscar Wilde, que consequentemente virou livro, Wilde escreveu quando foi condenado sob a acusação de homossexualismo após ter um caso com Lord Alfred Douglas.

Eu admiro tanto o Oscar Wilde, a paixão que ele coloca na escrita é quase palpável. Esse livro me emocionou demais, por tudo que ele passou. Oscar merece todo o reconhecimento do mundo.

"Mas o Amor não é algo que se barganha no mercado, tampouco que se pesa na balança do bufarinheiro. A alegria dele, como a alegria do intelecto, é sentir- se vivo. O objetivo do Amor é amar: não mais, não menos."
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interstellar 13/01/2022

sem palavras
wilde, como sempre, me fazendo querer pular do décimo primeiro andar. esse livro me deu trinta facadas, três chutes e um tiro. eu amei, já considero meu livro favorito do ano.
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Gabi 21/10/2021

O Oscar é o tipo de pessoa que faria thread no Twitter kkk ( to brincando).

Eu achei uma carta em algumas partes maçantes, ele começa a falar umas coisas que não tem nada haver com o problema do relacionamento dele com o Douglas, mas mais sobre suas reflexões que veio a ter ao ficar preso.
O Douglas era um rapaz cheio de problemas familiares, creio que pelo fato de ter gay, mas também por ser um rapaz que não queria nada com a vida e para afrontar seu pai veio a usar o Wilde pelo fato de ser muito influente e para ele o Wilde teria o poder de acabar com a reputação de seu pai.
O que não foi isso, sodomitas era muito mais mal vistos pela sociedade do que moralistas e a sociedade inglesa se viu muito contente com o pai de Douglas por está denunciando algo tão "perverso" como a homossexualidade do Wilde.
Wilde por mais que sinta muita pena do que ele passou, fico besta como um homem já vivido conseguiu ficar cego por um rapazinho medíocre kkkk enfim todo mundo tem dessas.

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Vitória 27/08/2021

Que leitura pesada. Como eu demorei pra ler esse livro. Não por ser chato, cansativo ou mal escrito. Muito pelo contrario: Oscar Wilde fala tão bem e com tanta vivacidade e honestidade sobre seus sentimentos que não precisa de nenhum esforço pra sentir todas as suas dores. Foi difícil. O início é o pior. Wilde descreve a relação que desenvolveu com Alfred Douglas, o que o amigo e amante significava pra ele e porque deixou ser levado e tão afetado pela companhia que só o acompanhava no caminho da degradação moral e da falência. Oscar Wilde se escancarou nessa carta, colocou tudo de si nas palavras. Que mergulho profundo na vida e nos pensamentos do O.W. é a experiência de ler esse livro, não tive outra oportunidade como essa na literatura. É lindo acompanhar a transformação pela qual Wilde está passando no momento da escrita. Ele nos ensina sobre a dor e o sofrimento mas também nos mostra a arte e a beleza escondida por trás. É incrível que um homem em cárcere, que perdeu absolutamente tudo que tinha por conta do amor e da amizade, tenha tomado a linha de raciocínio que Wilde encontrou no meio do caminho. As palavras dele do meio ao final se tornam um convite à vida, um incentivo pra superação e pra seguir em frente, sempre na sombra da autocrítica e da reflexão (ou imaginação, como ele gosta de falar). Foi um prazer imenso acompanhar os relatos do Oscar Wilde e ouvir o que ele tem pra falar ao longo dessas páginas. Me sinto em divida com ele.


"As pessoas que desejam apenas atingir a autorrealização jamais sabem para onde estão indo. Nem podem sabê-lo.  Num certo sentido, o oráculo tinha razão quando afirmou que o importante é conhecer-se a si mesmo. Essa é a primeira meta do conhecimento. Mas reconhecer que a alma do homem é incognoscível é o objetivo supremo da sabedoria. O mistério final somos nós mesmos. Quando tivermos conseguido pesar o Sol na balança e medido os degraus da Lua e desenhado o mapa dos sete céus, estrela por estrela, ainda restaremos nós.  Quem pode calcular a órbita da própria alma?"
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Emanuele 18/07/2021

? Resenha
Meu primeiro contato com Oscar Wilde foi em O Fantasma de Canterville e logo percebi a sua
maestria literária e habilidade em utilizar as palavras.

Mas foi em De Profundis (com tradução primorosa da @tordesilhaslivros ) que mergulhei realmente em sua arte, e estou completamente maravilhada. Foram poucas as obras que tiveram o impacto que esta última teve em mim. O relato de Wilde é denso e sofrido. Ele permeia o intelecto humano e atinge a capacidade de fazer o leitor quase sentir o que ele sentiu.
Eu senti e sofri pela vaidade extrema, e ao mesmo tempo pela inépcia de Wilde.
Como ser tão estúpido em deixar que destruíssem tudo o que ele construiu?
A sua Arte e a sua Vida, como ele mesmo pontuou, não foram destruídas por Boise
e pelo seu pai, mas sim por ele próprio,
que permitiu que o fizessem.
Wilde, definitivamente, é para
ser lido e celebrado.
Foi um gênio imprudente,
mas indubitavelmente um gênio.
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fev 03/07/2021

Um relato filosófico sobre sentimentos poderoso
De profundis é uma grande carta de Oscar Wilde para o amante que arruinou a sua vida, Alfred Douglas ou carinhosamente chamado de Bosie, escrita quando o autor de O Retrato de Dorian Gray estava na prisão. Nesse extenso relato Wilde relembra os momentos bons e ruins em que compartilhou com seu amigo amante. Também rememora o período dos julgamentos antes de ser preso e prestar serviços forçadamente. Além de divagar sobre questões como tristeza, perdão, alegria e assuntos pertinentes a existência e relações.

Oscar Wilde foi sem dúvida uma pessoa peculiar e extremamente interessante. Não por acaso a sua existência atraia curiosidade de todos. Ser um dândi, com certeza, o fez ser notado. Entretanto, muitas vezes enquanto lia o seu desabafo o autor me pareceu também extremamente esnobe. Ser talentoso e ter qualidades importantes não deveriam dar aval para se arrogante com os outros. Essa é a forma em que muitas vezes ele desqualifica Bosie, que eu não defendo porque afinal foi por causa dele que Wilde acabou sendo preso, apontando que ele era sem imaginação e capacidade para apreciar e entender sobre Arte. O escritor afirmava que ser assim era uma das piores coisas em um ser humano. O que faz sentido já que ele foi um dos grandes nomes em movimento artístico que prezava a estética nas diferentes formas de arte. Apesar de ter conhecimento de sua capacidade e importância em demasia não interferem no julgamento hipócrita e infeliz que o condenou.

Nas primeiras páginas, Wilde enumera todas as mazelas de ter relacionado com Alfred Douglas. De forma magoada e sentida, o autor afirma que entrou em derrocada por se relacionar com alguém tão cheio de ódio. Perdeu a sua família, amigos, toda a sua riqueza, o direito sobre suas artes. O que me frustou em grande medida foi Wilde não ter conseguido se livra de Bosie antes de ir para a cadeia. Ele tinha conhecimento de que estava em um relacionamento que fazia bem a ele e nem para a sua reputação. Wilde aponta os erros e o comportamento deplorável de Bosie inúmeras vezes assim como tenta sem sucesso acabar com a amizade entre eles. A dor e o sofrimento dos relatos são tão vivos que é possível sentir como foi a vivência entre eles. As tentativas frustradas de um relacionamento saudável que acabou indo parar na corte porque Bosie e seu pai, Jonh Douglas, nutriam ódio um pelo outro e Jonh Douglas queria que Wilde pagasse de alguma forma ao comprovar os seus comportamentos pederastas. Essa primeira parte mais focada nesse período é cheio de dor, raiva e tristeza.

Em um outro momento da carta Wilde se mostra mais introspectivo e começa a falar sobre perdão, sentimentos de forma filosófica, arte. Há inúmeras citações de obras de outros autores e de seu próprio trabalho. É possível encontrar tantas outras referências a textos bíblicos. Ele não deixa em nenhum momento o valor estético da vida, da triste e tudo mais de lado. Há sempre um momento para apontar as belezas das coisas. Além de sempre se lembrar dos amigos que sempre estiveram do seu lado no momento em que sua credibilidade foi arruinada. Nessa parte como em uma reflexão sobre sua vida e tudo o que aconteceu Wilde se parece mais tranquilo e até perdoa Bosie, mesmo que as marcas permanecessem, por tudo que fez a ele e depois a abandoná-lo na prisão sendo um péssimo amigo.

Enfim, De profundis é um relato poderoso sobre relações. Filosoficamente bonito, mas de uma tristeza enorme. Uma carta que aponta a hipocrisia de uma sociedade e o sofrimento de ser quem se é. Deixo a minha indicação.
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Eliza.Beth 20/04/2021

Uma explicação, não uma defesa - disse Wilde
Eu já não tenho mais adjetivos para descrever esse cara.
Pensar que ele escreveu essa carta por partes, sem poder revisa-lá ( como ele mesmo se lamentou) e ainda assim conseguir escrever algo dessa magnitude, é surreal.

É nítido no texto o tom amargo da situação. Porém, além de tentar explicar os acontecimentos, ele se afasta do tema principal para falar sobre religião, análises de obras de Shakespeare, divagações filosóficas, críticas afiadas sobre a sociedade e sistema judicial da época, tudo isso para mostrar o quão inteligente e culto ele era ( ele faz questão de deixar claro o quão importante ele era na época). Um pouco esnobe mas releva-se.

Ele tinha muita consciência de tudo que foi perdido, desde bens materiais à seu amado nome de família. Não percebi arrependimento. Ele quis usar essa experiência como uma fortaleza e não uma fraqueza.

Ele mesmo resumiu bem essa carta: não é uma defesa dos seus atos e sim, uma mera explicação.
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