Serpente

Serpente Rex Stout




Resenhas - Serpente


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Marília 03/11/2023

A história é montada com muita engenhosidade porém não gostei da forma como o final é conduzido. Esperava outro castigo.
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Policaio 25/01/2023

O detetive de Rex Stout
Serpente é um livro de 1934, romance de estréia da dupla Nero Wolfe e Archie Goodwin criada por Rex Stout.

Nero Wolfe é semelhante ao detetive Sherlock Holmes, com o a diferença de nunca sair de casa, por ser sedentário e obeso; tem várias idiossincrasias, como não sair do seu quarto antes das 11 da manhã, mesmo que tenha visitas importantes; um personagem de personalidade forte, ora cordial, ora arrogante justamente por reconhecer ter um raciocínio superior a um humano comum.

Como Wolfe nunca sai de casa, sobra para seu funcionário Archie Goodwin caçar os fatos e evidências para a solução dos casos; ele pode ser comparado ao Dr. Watson com ressalvas, já Goodwin está mais para pupilo de Wolf que parceiro ou amigo; o personagem também tem sua genialidade, usando sua intuição, dedução e malícia para recolher materiais para Wolf; também tem personalidade forte, não aturando muitos desaforos e protegendo com unhas e dentes os interesses de seu chefe.

Quanto a narrativa do autor, é um pouco enfadonha, há muitos personagens e dois casos que se ligam; é certo que a complexidade da trama traz bons plots, mas não muda o fato de o início ser cansativo. Vale ressaltar que, embora seja uma estreia de Wolf e Archie na literatura, a história não se trata de um início, outros casos concluído são citados, introduzindo assim novos personagens para trama ou justificando uma ação. E confesso que alguns nomes soltos me deixaram confuso.

Quanto a edição da Companhia das Letras é quase um livro de bolso, com capa frágil, de arte sem graça, sem orelhas, com páginas brancas e por um valor exorbitante; o que salva é a pintura trilateral verde do miolo que dá um certo charme e impede o surgimento de manchas no miolo durante o manuseio, também uma boa diagramação e tradução.

Bom, mais um livro para quem é fã de romance policial com detetives peculiares.
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Thiago275 01/04/2018

Trama interessante, mas o desfecho...
Rex Stout foi um escritor norte-americano que criou o detetive Nero Wolfe e seu assistente Archie Goodwin. Foi um escrito prolífico, pois esses personagens apareceram em mais de 70 histórias.

Serpente, lançado em 1934, foi a primeira história dessa dupla. Em minha opinião, aqui temos uma mescla ou transição entre o romance policial clássico inglês e o romance policial noir americano.

Por um lado, temos um detetive máquina de pensar, obeso, que não sai de casa, vivendo para resolver crimes e cuidar de suas orquídeas. Também temos a narração em primeira pessoa feita pelo assistente do detetive.

Mas, por outro lado, o narrador usa de um delicioso tom irônico ao contar a história, algumas vezes beirando o humor negro, coisa que Watson ou Hastings nunca fariam. Wolfe, por sua vez, é uma máquina de pensar sim, mas movida a dinheiro. Ele não pega um caso sem ter uma retribuição bem gorda, ou ao menos é isso que se dá a entender aqui.

Os dois utilizam métodos não muito éticos também para chegar aos seus objetivos, métodos que Sherlock Holmes ou Poirot, homens cheios de honra, jamais pensariam em usar.

Pois bem. Feita essa introdução, em Serpente uma italiana procura Nero Wolfe pois seu irmão está desaparecido. Tudo o que sabem é que ele atendeu um telefonema e marcou um encontro com uma pessoa. Depois, nunca mais foi visto.

Interrogando a menina que limpa o quarto do homem, eles descobrem que antes, ele recortou uma parte do jornal que se referia à morte, aparentemente por problemas cardíacos, de um renomado reitor de universidade.

O que as duas coisas tem em comum? É isso que eles tem que descobrir.

A trama é engenhosa, e chega uma hora em que dá um giro de 180 graus. Mas esse não é daqueles romances policiais que você vira páginas e páginas loucamente pra chegar ao final. O quebra-cabeça é montado lentamente, colhendo muitos depoimentos, tentando achar provas etc.

Também não é aqueles romances em que você tem que esperar até as últimas páginas para descobrir o assassino. Lá por 70% do livro, isso já é revelado. Depois, o que eles tentam buscar, são provas e um jeito de incriminá-lo, pois confessar ele não fará jamais.

Eu achei que as provas definitivas vieram de um jeito muito de mão beijada, fácil demais. Praticamente, caíram do céu.

O desfecho também não me agradou pelo fato de que houve um tanto de maquiavelismo que não combinou com o tom que a história e os personagens tinham até o momento.

Particularmente, não achei Nero Wolfe tão antipático como vi algumas pessoas comentando. Ele é bastante irônico e não é dado a muitas conversas desnecessárias. Acontece que ele não aparece tanto assim. Vemos tudo pela cabeça do assistente Goodwin, esse sim um rapaz sagaz, impulsivo, não tão certinho.

É um livro policial bom, principalmente se considerarmos que foi a primeira história do autor e para conhecermos os personagens, mas está longe de ser uma obra prima. No entanto, fiquei com gostinho de quero mais.
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Gabriela 03/11/2014

RESENHANDO: SERPENTE
Essa resenha também está disponível no blog: www.oultimojuro.com
:)
NOTA: 4/5

PONTOS FORTES: Bom, na minha opinião, essa coisa do Nero Wolfe não sair de casa, ser preguiçoso e todo chato, cheio de manias é uma idéia muito boa. Ele não é simpático, ele não se esforça pra agradar nem o cliente, nem o leitor. Tive a impressão que Wolfe desafia até a gente mesmo, meio se você quiser me ler, vai ter que me aceitar, rsrs. Gostei disso. Gostei bastante também da ambientação em Nova Iorque, quebra um pouco aquele clima inglês que estamos acostumados (pelo menos eu!) de Conan Doyle e Agatha Christie. Achei o mistério bom, mas ainda achei que faltou um pouco de surpresa.

PONTOS FRACOS: Então, como já disse algumas vezes, eu AMO livros policiais. Esse livro ganhei de presente e junto com ele vieram várias recomendações excelentes, então li com uma expectativa absurdamente alta, o que acredito que prejudicou um pouco a leitura. Como disse, eu gostei do mistério, mas esperava um pouco mais. Achei que seria algo tipo MEU DEUS, NÃO ACREDITO, mas não foi. Como já li vários livros do gênero fica aquela expectativa e tals.
Sempre rola uma comparação com Sherlock, né, é claro... Então, se eu for me basear por ESSE livro, Sherlock continua sendo meu detetive do coração. Ambos têm aquela pegada de ser excêntrico cheio de manias, com um raciocínio meio incompreensível para meros mortais e cheios de hobbies estranhos. São várias as semelhanças, inclusive, assim como quem conta a história de Sherlock é Watson, quem conta a de Wolfe é Goodwin. Mas não acho que isso prejudica um ou outro. Claro que acaba rolando uma comparação, mas acho que cada um tem suas particularidades. Pretendo ler mais livros do Stout antes de formar minha opinião.

O QUE MAIS GOSTEI: Archie Goodwin! Achei que o assistente rouba muito a cena e se destaca. Adorei muito o personagem, ele é inteligente, carismático e ao mesmo tempo tem aquela influência meio canalha do chefe, um personagem completo!

O QUE MAIS: Bom, ganhei a versão de bolso da Cia das Letras. Ela é bem bonita! Apesar de ser de bolso é boa e a diagramação é ótima! Gostoso de ler e pequeno, então é fácil de levar por ai, rs. Ele tem as laterais da cor da capa, o que é bem legal também!
Essa coleção de bolso da editora é bem bonita e facinho de achar, tem em todas as livrarias, online e físicas.


site: https://www.youtube.com/user/oultimojuro
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Lucas.Wijk 17/12/2013

Nero Wolfe nada carismático
Serpente foi o primeiro livro que li do detetive Nero Wolfe. Por tudo que tinha ouvido, fiquei muito curioso para conhecê-lo, mas não fiquei nem um pouco impressionado.

Nero Wolfe, ao contrário de outros famosos detetives da literatura, como Holmes, Poirot, Marlowe e Maigret, não é nada carismático e não conseguiu me convencer, mas nem por isso este deixou de ser um bom livro.

A trama é simples, com um plano mirabolante para o homicídio a ser solucionado, porém achei a narração arrastada, incapaz de prender minha atenção. Wolfe chega a ser ridículo em seu jeito excêntrico de ser, parecendo que o autor forçou a barra para criar um detetive diferente, o que acaba dando preguiça ao leitor, e cria uma antipatia com a personagem.

Rex Stout, porém, compensou toda a chatice de Wolfe com Archie Goodwin, o narrador da história. Ao contrário de Watson ou Hastings, Goodwin se destaca na trama mais que o próprio Wolfe, tomando para si todas as cenas. Essa personagem não faz o papel do "estúpido" assistente, para contrastar com o "grandioso" detetive. Muito pelo contrário! Goodwin é um assistente extremamente competente, o que nos faz entender, logo de cara, a confiança que Wolfe deposita nele.

Goodwin foi criado com maestria, sendo ao mesmo tempo uma personagem chave inteligente (consegue ser os braços e perna de Wolfe, mesmo quando este não lhe diz o que tem que fazer) e também durão (não pude deixar de compará-lo com Marlowe nos momentos em que se apresenta como barra pesada, sem demonstrar medos e não levando desaforos para casa), de forma que o livro merece ser lido mais por ele, do que pelo próprio Wolfe.

Serpente, em si, é um bom livro. Na minha opinião Rex Stout não chega aos pés de Conan Doyle, Agatha Christie ou Simenon, mas mesmo assim escreveu um bom livro. A história é fraca e as personagens (com exceção de Goodwin) são estranhas, mas, mesmo assim, serve como um bom entretenimento. Pretendo, a partir deste, ler outros livros do autor para ver se mudo minha opinião acerca de Nero Wolfe.

site: https://pausandoblog.wordpress.com/2015/02/24/serpente-rex-stout/
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