Henderson 21/01/2011
Não sei se existe um gênero literário para classificar os livros-listas como os 10-mais alguma coisa ou 100 outra coisa, mas eles são muito populares, talvez só perdendo para os de auto-ajuda e para os “sobrenatural teen” que foram muito populares nesse começo de século XXI. Esse é sobre cachorros, e como tem muita gente que gosta dos peludos caninos, tem tudo para ser um sucesso.
Como todo livro de listas, 100 cães que mudaram a civilização é bem superficial. Algumas histórias apresentadas não passam de uma página, e o livro é em formato de bolso. Na verdade é até um pouco menor.
O autor dividiu a obra em capítulos temáticos: Ciência e Natureza, História e Política, Arte e Literatura, Cultura Popular e Heróis. A escolha dos cães para compor os textos foi bem feita. Há desde os conhecidos como Lassie e Rin-Tin-Tin até outros pouco conhecidos como Saucisse, que foi candidato a presidência da França em 2002 ou Grigio, que foi o cão protetor de Dom Bosco.
É um livro imprescindível para os amantes dos peludos de quatro patas. O autor deixa transparecer em cada página o seu amor e admiração pelos nobres membros da família canidae e se rasga em elogios a cada parágrafo. Alguns podem até não gostar, mas que dane-se a objetividade: esse é um livro escrito por um amante de cães para os seus semelhantes.
Como nem tudo é perfeito, tem duas coisas que não gostei nele. Primeiro o formato. Menor do que um livro de bolso e encadernado em capa dura, é difícil virar as páginas do livro. E há um desperdício de tinta em alguns capítulos, quando o texto acaba numa página e o próximo texto começa só na outra a página que sobra é coberta de preto. Nesses tempos politicamente corretos esse desperdício inútil de tinta é injustificável.