O Coronel e o Lobisomem

O Coronel e o Lobisomem José Cândido de Carvalho




Resenhas - O Coronel e o Lobisomem


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Clio0 22/11/2022

O Coronel e o Lobisomem é um livro regionalista que não traz aquela pesada carga dramática que nos acostumamos a ver em clássicos como Angústia ou a saga O Tempo e o Vento. Carvalho prefere trazer o humor e o pitoresco dessa famosa figura brasileira, "o coroné".

Ponciano de Azeredo Furtado faz jus ao seu status de figura mítica e, nesse livro que é uma mistura de memórias com conversa, relata sua vida que é uma conjunção de "causos" que vão do embate com uma onça até a sedução de sereias.

O episódio que dá nome ao livro - a caça ao lobisomem - é por longe, o mais interessante. A narrativa mistura tocaias com lendas e transforma o texto em algo mais.

A leitura dessa obra é por si só uma experiência. Recomendo.
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Ronnie K. 10/05/2011

O Melhor Romance Rural da Literatura Brasileira.
Só mesmo quem lê em português para usufruir e apreciar todo o brilhantismo da linguagem utilizada em "O coronel e o Lobisomem". É linguagem inventiva, saborosa, musical. E, felizmente, longe dos experimentalismos tresloucados e de leitura intransponível de um "Grande Sertão: Veredas" (essa insanidade linguística adorada pela crítica especializada), por exemplo. Aqui, pelo contrário, temos um livro de leitura fluente, um autêntico "vira-página". Acompanhamos a irresistível saga de uma espécie de "Último dos coronéis", essa entidade da cultura sertaneja brasileira. Um coronel que desde o início do romance percebemos viver mais da fama e da lenda do que do própria realidade. Isso confere à narrativa um formidável teor picaresco, aventureiro e, ao mesmo tempo, muito muito divertido. "O coronel e o Lobisomen" é sobretudo leitura de prazer. O livro dá uma guinada no terço final e adiquire uma inesperada atmosfera de decadência e tristeza. É quando as coisas começam a se desmoronar; é quando, pode-se dizer, a realidade penetra, invade. Outro mérito da obra. É quando se percebe que nem tudo é só graça, aventura, tripudiações (ainda que inventadas). Ao final se sobressai o vazio, a loucura, a solidão, a morte. Onde o romance, para além de sua beleza literária, revela muito mais. Revela uma verdade. O que mais pedir de um grande romance? É ler para crer.
Caldeira Brant 28/09/2011minha estante
José Cândido de Carvalho é uma das raras pérolas em seu gênero da literatura brasileira e, quiça,mundial.


Marcelo 04/09/2014minha estante
Resenha perfeita!


Bruno Oliveira 20/04/2016minha estante
Boa resenha.

Não é o meu favorito dos rurais; gosto bem mais de "Fogo morto". O acho indescritível, para dizer a verdade, pois enquanto consigo pensar sobre "O coronel e o lobisomem", separar seus elementos e tudo o mais, o "Fogo morto" eu só consigo fruir e não vou além do fascínio.

Tive a mesma impressão com o Guimarães Rosa, mas parei no "Primeiras estórias". Achei chato, difícil e pouco aproveitei a leitura. É uma pena que se idolatre tanto alguns nomes em detrimento de outros, de igual capacidade.


Wander.Oliveira 12/12/2019minha estante
Faz oito anos que essa porcaria de resenha está aqui sem que ninguém se disponha a defender "Grande Sertão: Veredas" dessa crítica burra. Para justificar o valor de "O Coronel e o Lobisomem" não é possível menosprezar o valor da obra de Guimarães Rosa. Aliás, linguagem inventiva, saborosa e musical é justamente como se deve considerar "Grande Sertão: Veredas", um livro cuja importância deve se considerar dentro do âmbito do cânone ocidental, comparável aos realmente grandes livros já produzidos na literatura universal. Essa opinião não é fruto de algum crítico metido a besta. O alcance plurissignificativo deste livro vem sendo confirmado por leitores (inclusive escritores) de várias partes do mundo. Só mesmo um leitor muito burro ou muito preguiçoso vai dizer que se trata de uma insanidade linguística, cheia de experimentalismos tresloucados. Meu Deus! Não sabia que ainda estávamos no tempo do Parnasianismo. Nem imagino o que este resenhista pensa de Mário de Andrade e de Oswald de Andrade. Guimarães Rosa faz muito bem em não facilitar a leitura para ninguém. O universo rosiano está fundamentado na plasticidade de uma linguagem criativa e mítica. É um livro em que a oralidade está presente no processo criativo em seu mais alto grau. A mesma oralidade que dá novos significados às palavras da tribo. Se você não é capaz de ler e entender isso porque sua capacidade de leitura se acomoda a uma prosa mais fácil e tradicional, não quer dizer que tenha o direito de espinafrar o trabalho de um autor tão importante para o imaginário da literatura brasileira quanto Guimarães Rosa. Quer dizer que você precisa se esforçar mais, estudar mais e ser menos ignorante diante de uma obra que é maior e melhor do que você. Sua resenha é péssima porque é mal escrita, mal fundamentada, com erros de português que nem vou me dar ao trabalho de identificar. (Bons leitores vão saber onde estão. Maus leitores vão passar mesmo sem saber do que estou falando.) E o que é pior. Passa a impressão de que sabe o que está dizendo quando, na verdade, não sabe. Um jovem leitor inexperiente que leia essa asneira acaba por não entender a importância de "O Coronel e o Lobisomem" e, por tabela, também "Grande Sertão: Veredas". Era melhor ter ficado calado para não ser taxado como medíocre. Afinal, qual é a tal verdade revelada pelo livro de José Cândido de Carvalho. Não diz. Não sabe, não é mesmo?




Jane 19/01/2023

Livro regionalista com umas partes arrastadas e outras muito divertidas, que no geral vale a leitura.
Conta a vida do Coronel Ponciano e seus casos de valentia que são mais disse-me-disse do que realmente coragem.
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Thais.Carvalho 02/06/2022

Um clássico da literatura brasileira. O livro é narrado pelo personagem principal, coronel Ponciano, que herdou fazenda de seu avô e passa por várias peripécias divertidas.
DANILÃO1505 09/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

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Resenha de Artista!




Alexandre249 09/07/2020

Lindo romance histórico
História engraçada, cheia de registros culturais e lendas.
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Rayssa 24/12/2022

História não me pegou
A linguagem é o ponto alto desse livro. O autor merece todos os créditos pela criação do vocabulário, a mistura do regionalismo com o texto formal é realmente incrível, algo que nunca tinha lido antes. Contudo, a história em si não me pegou.

A forma como as lendas do folclore brasileiro são inseridas tem seu lado super positivo, além do caráter absurdo e mágico que determinadas passagens contém, mas tudo se perde com o egocentrismo exacerbado do protagonista. Senti, ao terminar, que li uma série de episódios da vida do Coronel, mas que, afinal, nada evoluiu.
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Lucas 21/12/2020

Mais um livro que não me sinto capacitado para julgar. A partir de um certo ponto tornou-se muito maçante para mim. Talvez seja culpa do livro, mas existe a possibilidade da culpa ser minha.
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Dávila 15/07/2020

O coronel e suas lorotas.
Talvez com 50 ou 100 páginas A MENOS "O coronel e o lobisomem" seria um livro não só ótimo mas memorável a ponto de rivalizar com o "Grande sertão" com o qual tem pontos de convergência.
Falo do número de páginas pelo viés mais qualitativo é claro do que o quantitativo.
A impressão que temos é que tudo já foi muito bem contado e descrito antes do (espetacular mas pouco aproveitado) final.
Ou seja, em outras palavras ficou a sensação que o coronel ficou sem histórias e municiado apenas de sua imensa existência e força como personagem para carregar a narrativa.
Mas longe, muito longe de ser um livro ruim, ao contrário...a prosa rítmica e as inúmeras grandes tiradas e acontecimentos, principalmente nas primeiras partes leva essa obra para um lugar especial na nossa literatura.
Contém além do "Ror de personagens" para você se guiar na obra das venturas e desventuras de Ponciano Azeredo Furtado, dois interessantes estudos de Noemi Jaffe e Socorro Acioli.
Diversão garantida.
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Mari Marinho 18/03/2024

Tirei do meu diário de leitura
Mari de 2011 disse:
"Esse livro quem escreveu foi José Cândido de Carvalho. Conta a história de Ponciano, um coronel que é muito convencido. Ele vive várias aventuras, até descobrir um boato sobre lobisomem. Adorei esse livro, indico para pessoas que gostem de histórias antigas."

Bônus - comentário da professora na época: "só?"

KKKKK aiai
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Jessé 20/05/2021

Oque dizer? me surpreendeu !
Um livro com um começo difícil, palavras de pouco uso,não imaginava que eu entraria nessa viagem que o Coronel Ponciano de Azeredo Furtado viveu ...fiquei triste com suas perdas... o galo vermelhinho e no final o próprio Coronel ...um livro que dá vontade de ler novamente.
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Duda 11/07/2023

É uma história bem tranquila que conta a caça do lobisomem que o coronel Ponciano faz no decorrer da narrativa.
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Rodrigo Arlindo 29/01/2024

Por entre périplos e carteiradas
Resenha homeopática d'O coronel e o lobisomem: uma sucessão de périplos do coronel Ponciano de Azeredo Furtado (o lobisomem aparece somente num deles, figuram ainda nas "aventuras" do coronel: galos de briga, sereias, cobras gigantes e até o capeta dá o ar da graça) ; uma paródia do comportamento do típico coronelista interiorano, repleta de "carteiradas" de patente e de orgulho por pertencer à família "importante"

site: https://www.instagram.com/p/C2sG0X5LiE1/
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Deghety 18/10/2016

Coronel Ponciano
Onde há "causos" sempre haverão histórias encantadoras.
Coronel Ponciano representa o povo sertanejo, sem meias palavras e de espírito soberbo, dentro da honra e respeito.
O Coronel e o Lobisomem é uma representação da cultura brasileira  em  realismo fantástico.
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Pitanga.Oliveira 01/09/2023

O Coronel e o Lobisomem: Um achado da Literatura Nacional!
Sempre amei ler, mas, morando em um cidadezinha que mal existia no mapa e com única opção de adquirir livros baseada em: viajar 4 horas até outra cidade que possuía livrarias ou pedir livros pelos catálogos da Avon. Minhas outras opções de leitura na infância era pedir emprestado de amigos e da biblioteca municipal.

Como frequentadora assídua que fui, pelo menos duas vezes por semana eu ia até meu lugar favorito da cidade voltava radiante com os braços pesados de livros. Certa vez o pessoal da biblioteca me chamou para dar um olho em uns livros que seriam jogados fora por motivos de serem velhos demais ou nunca lidos.

Corri os olhos pelas pilhas de livro e encontrei este exemplar. Confesso que não era uma capa que me chamasse atenção, estava remendado com cola e fita adesiva, as folhas eram absurdamente amarelas e o cheiro de mofo reinava. Mas eu queria consumir mais literatura brasileira e o levei para casa.

Abri o livro e entrei no mundo de Coronel Ponciano, homem bruto, de imaginação longe, ego inflado. Em poucas páginas me peguei rindo. Na metade do livro eu já estava completamente imersa. Me apaixonei por tudo que o compunha: a escrita sensacional, os personagens, a história como um todo!

Acompanhei toda a vida do Coronel, ri, sofri e me apaixonei com ele. Celebrei suas conquistas, acreditei em suas histórias e sofri com seu declínio.

É uma leitura dinâmica de fácil compreensão, divertida, exaltando a cultura interiorana. Defendo que este livro deveria estar na lista de leitura das escolas. Pode até não ser um ?clássico? mas garanto que chamaria muito mais atenção que os livros obrigatórios de Machado (de quem sou fã, porém reconheço que não é uma leitura para qualquer um).

O Coronel e o Lobisomem tem um lugar no meu coração e na estante também ?.
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