Rebeca Anastácia 04/02/2021Um dos livros que me ensinou a amar a ler.Li ele há muito anos, na pré-adolescência ainda, quando não tinha a menor ideia de que iria um dia gostar tanto de ler. Mas foi ele, o primeiro paradidático que realmente li com vontade e amei tanto que lembro até hoje.
É o tipo de livro, de vivência, de experiência que me serve de exemplo e argumento para quando continuam defendendo livros como de Machado de Assis, José de Alencar para jovens e crianças. Coisa que acho um absurdo nos dias de hoje, com tantos estudos na área da pedagogia (curso que faço), com tantos autores lindos dizendo que não assim que se educa e se valoriza a cultura de um povo.
Não é assim que se ensina a amar a ler. Assim se ensina a odiar leitura.
Nem minha mãe, que se formou em Letras, que teve certamente de ler esses livros, ama ler hoje. Quem dirá crianças...
Eu sei que tem gente "que aprendeu a amar a ler com esses livro". OK. Você! Mas você não é toda uma população de jovens e crianças de tantas realidades sociais e culturais diferentes. Esse argumento, por mais que pareça válido por que ainda assim é de uma pessoa que realmente aprendeu a gostar de ler com livro como Dom Casmurro... É de só UMA única pessoa, por isso é um argumento egoísta e egocêntrico.
Mas é com livro como Ladrões de História que se ensina. E mais, dizer que só se valoriza a literatura nacional com os cânones de quinhentos anos atrás, é na verdade menosprezar todos os outros autores que se dedicaram a escrever livro PARA crianças e adolescentes. Autores como Lygia Bojunga e sua Mochila Amarela reconhecida internacionalmente.
Queria eu ter lido naquela época. Este livro, aquele livro, o outro livro Um amigo no Escuro que foi um dos meus primeiros e maiores plot twists!
Enfim, não lembro muito da história, mas lembro do mar palavras ou eram ideias.... Era maravilhoso. E a ideia de um lugar onde se pescam ideias! É genial.