A rede idiota

A rede idiota Zeca Baleiro




Resenhas - A rede idiota


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Ellen Rayane 10/10/2022

Que livro bom!!
Muitas lições para refletir...
Tava com saudade de uma escrita simples e bem resolvida... Que não se propõe a grandes Porquês, mas que na simplicidade nos faz refletir sobre muitos deles.
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Roberto 29/12/2021

Conhecia e já era fã de Zeca Baleiro enquanto músico. Grande foi minha surpresa quando descobri que ele havia escrito este livro! O volume é, na verdade, uma compilação de artigos que o cantor e compositor escreveu para revistas, blogs e algumas crônicas redigidas especificamente para a obra em questão.

O primeiro capítulo é composto por textos escritos para a revista Isto É. São crônicas, muitas delas ácidas, sobre questões do dia a dia que chamam a atenção do autor, como a exigência de que se defenda alguma causa, geralmente distante, nas conversas presenciais e nas redes sociais. Nesses escritos é possível observar o brilhante jogo de palavras que Zeca utiliza há tempos em suas músicas, como naquele em que é abordada a nudez no cinema brasileiro. Vemos também a sua desconfiança e o seu desconforto com os arroubos de modernização tecnológica que vivemos em nossos tempos, bem como a sua oposição ao fanatismo e à intolerância, notadamente a religiosa.

O segundo capítulo apresenta textos sobre música publicados em um blog da revista Piauí. O destaque aqui vai para os links com vídeos e áudios que ilustram os temas abordados em cada excerto, para ambientar o leitor/ouvinte nos assuntos tratados e apresentar às pessoas mais jovens clássicos da música brasileira comentados pelo autor, o que é muito interessante!

O terceiro capítulo traz textos publicados em vários meios, com temáticas diversas, apresentando de reflexões sobre música e memórias do autor, como o que trata de uma de suas visitas a Brasília e da possível manifestação sobrenatural que ele presenciou ali, mas da qual é cético. Por fim, o quarto capítulo fecha o livro com reflexões cotidianas de Zeca, seguidas de "causos" que ilustram aquelas reflexões, como o que trata da loucura e relembra sua interação com Francisquinho, interno de um sanatório que ficava próximo da casa onde o compositor morava quando criança.

Gostei muito de ler esses escritos, assim como há tempos gosto de ouvir as músicas de Zeca Baleiro. Vemos neles sua ironia e sua criatividade típicas, iguais ouvimos em suas canções. Para quem já é fã do cantor/compositor, vale muito a pena conhecer o escritor!
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Raquel.Euphrasio 22/04/2017

Um grata e feliz surpresa, fiquei feliz, reflexiva, pensativa em várias dessas crônicas! Ah fiquei curiosa em muitas delas tb. Foi uma ótima e agradável leitura.
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San... 13/07/2016

sou uma fã de carteirinha desse maranhense que arrasa na música e fiquei bastante surpresa ao me deparar com um livro dele. Algumas crônicas são excelentes, outras, para meu gosto, nem tanto. O conhecimento dele, na esfera musical, é bem vasto, trazendo informações interessantes. As reminiscências quanto à sua infância e adolescência me transportou para seu Maranhão, me deixou com muita vontade de conhecer os locais citados.
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Henrique Fendrich 01/09/2015

Zeca Baleiro, um dinossauro inquieto
Zeca Baleiro não quer parecer um dinossauro – embora, ele confessa, provavelmente pareça. Mas é que sempre defendeu o uso inteligente, comedido e crítico dos apetrechos eletrônicos, e certamente não é isto o que encontra quando olha ao seu redor. O mundo está envolto em uma névoa de instantaneidade e fugacidade. O mundo é pura evasão. E a Internet, embora dádiva que facilita o acesso à informação, não garante o estofo para julgá-la, além de povoar o mundo de covardes anônimos e cheios de opinião. São rumos que incomodam terrivelmente a Zeca Baleiro. São inquietações que o músico, filósofo de botequim assumido, compartilha em seu segundo livro, o bom “A Rede Idiota e outros textos” (Reformatório, 2014).

Composto em sua maioria por crônicas escritas para a IstoÉ, o livro revela um autor que indaga a si mesmo, que parece disposto a reconsiderar, o que não é pouco nos dias de hoje. Ao fazer isto, leva o próprio leitor a fazer o mesmo. Mas nem todo mundo está disposto a semelhante exercício, sobretudo nesses tempos de patrulha de comportamento, de catequese de boas maneiras, e o resultado é que, vez ou outra, Zeca Baleiro mexe em casas de maribondos.

Às vezes, no entanto, é preciso deixar bem claras as diferenças entre você e o mundo, por mais presunçosa que esta informação possa parecer. A Zeca incomoda a afetação de simplicidade, a indústria de bons modos e bem-viver, a febre por realidade, a preparação de crianças para o mercado de trabalho, o mundo e suas instituições trabalhando para fazer protagonistas, nunca pessoas colaborativas. Porque, à medida que o mundo caminha nessa direção, vai ficando para trás um outro mundo – de iniciativas, de gestos solidários, de amizade, de improvisação.

Chama a atenção que, com o passar das crônicas, Zeca parece arriscar tratamentos um pouco mais literários aos temas que lhe inquietam. Assim são feitos diálogos bem interessantes em que dois interlocutores defendem posições antagonistas e também verdadeiros contos, como é o caso de “Imortal” e “Enquanto isso, na sala de criação”. O cronista também está atento ao que acontece no noticiário e se interessa pelas histórias de palavras, nomes, santos.

Em uma segunda parte do livro, há algumas crônicas especializadas sobre música, escritas para um blog da revista piauí, além de textos esparsos publicados pela imprensa, a maioria também relacionados ao universo musical. Por fim, cinco textos inéditos com aquilo que chama de “brevíssimas reflexões”, acompanhados de “memórias longínquas”, em que Zeca reforça várias de suas aflições e confirma que é preciso dar um espaço para que escreva regularmente.

site: http://rubem.wordpress.com
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