Paula Maria 07/06/2016
Quando modificar a natureza não é uma boa ideia...
Mais um livro da Coleção Vaga-Lume lido. Agora foi a vez de "O Outro Lado da Ilha", de José Maviael Monteiro. Na trama, escrita em 1986, Cirilo é um pesquisador naturalista, que acredita que todo ser é determinado pelo ambiente em que vive. De férias, o rapaz aproveita para visitar uma ilha inabitada para fazer um estudo particular sobre as aves e seus ninhos.
Para essa empreitada, ele convida o seu cunhado, Róbson, com sua família: a esposa Débora; o filho Ivan; as sobrinhas Lia e Leda e o cachorrinho Ralfe. Animados, todos partem para a aventura.
Chegando ao local, o pesquisador avisa: a ilha possui uma parte conhecida e outra completamente misteriosa. Descobrir o que há desse outro lado torna-se o objetivo da expedição. No entanto, abrir caminho entre ambas partes pode não ser uma boa ideia...
Crítica
Aventura, suspense e uma dose de terror marcam a narrativa. Há ainda uma série de informações científica, que é bem bacana para todos aqueles que gostam de ciência. Aliás, é interessante perceber o quanto a ação humana impacta em um ambiente, a princípio, equilibrado.
Aliás, na trama, tudo sai do controle quando se mexe na natureza: queimadas, mudanças no relevo, novas interações entre predadores e presas inesperadas... E todo o terror envolvido na na história tem a ver com esse desequilíbrio.
Livro curto – como todos da coleção Vaga-Lume--, rápido de ler, escrito em terceira pessoa e cuja narrativa te prende do início ao fim. Ainda que os acontecimentos sejam “nonsense” no final das contas, passam a ser críveis para os amantes da Teoria da Evolução.
De quebra, há um romance no estilo “vai-não-vai” entre Ivan e Lia para aquecer os coração. Recomendo.