13marcioricardo 18/05/2022
Infantil
O livro é uma ensaio entre a relação homem/mulher, descrito sob viés feminista. É um livro bem pequeno mesmo. Além disso, é pueril. Foi escrito por uma mulher, mas qualquer garota de 13/14 anos poderia escrever algo semelhante.
Com uma profundidade que quase me chega nos tornozelos, os argumentos da autora se tratam de coisinhas mesquinhas do cotidiano e sem real valor, excetuando um único exemplo, fruto da cultura nigeriana.
Tenho uma familiar que... Conheci uma amiga que... O empregado não me cumprimentou... Tive que usar uma roupa y ( não porque foi obrigada, mas porque sentiu que.. ) Enfim, com as vistas curtas, a autora sofre com episódios circunstanciais, que segundo ela, se dão por ser mulher numa sociedade machista. Claro, não se lembra nem menciona nenhum episódio em que homens foram condescendentes com ela ( ou outras ), ou que foi beneficiada pelas mesmas razões.
Diz que feministas não odeiam homens. Lembro de uma que atirou três vezes em Andy Warhol. E depois, quando foi detida, teve uma manifestação de feministas a pedir para a soltarem. Que é isso, atirar três vezes num homem, afinal ele nem sequer morreu. É uma feminista importante, porque escreveu um manifesto a pregar a extinção e o extermínio dos homens. Sejamos todos feministas.
Mas, vamos aos dias de hoje. Só uma pessoa muito ceguinha não vê um monte de mulheres afirmando na internet que odeia homens. Atrás de um teclado são muito valentes. E o que une todas essas mulheres que odeiam machos ? O feminismo.
A autora faz ainda um ataque velado à masculinidade. E como boa feminista que é, contradiz-se na última página, elogiando seu irmão másculo. É curioso ver como feministas, que antes deturparam e desvirtuaram a palavra machismo, agora fazem o mesmo com a masculinidade. E enquanto convencem os homens a serem mais afeminados, tratam de dizer às mulheres que são poderosas, corajosas, fortes e independentes. É preciso explicar isto ?..
Outra característica tipicamente feminista que encontramos aqui é a bolha incrivelmente pequena de que se trata este mundo. Sejam o que quiserem, diz a autora, como se isso fosse possível para a maioria das pessoas. Este e outros raciocínios de uma pobreza intelectual e falta de noção gritantes são abundantes.
Como disse no início, é uma obra sob o viés feminista, por isso não vai muito além do umbigo da autora. Igualdade nos ofícios que dão prestígio, fama, dinheiro, poder, reconhecimento. Nos que dão sacrifício, reduzem anos de vida, riscos, etc, nem uma palavra.
Acabou sendo coincidência ler este livro hoje, que as televisões anunciaram igualdade de salário entre a seleção masculina de futebol e a feminina dos EUA. Uma vitória feminista, claro, contra a injustiça e a desigualdade, disseram, nos ensinando a pensar, que é como quem diz, com papas e bolos se enganam os tolos. Afinal a seleção feminina até é campeã do mundo e a masculina nem está entre as melhores.
Poucas atividades demonstram tão explicitamente o mérito e o rendimento quanto os esportes. E esta seleção feminina, campeã do mundo, foi goleada por 5-2 por uma equipa sub15 de Dallas. Isso mesmo, a seleção nacional dos EUA, campeã do mundo, foi humilhada por uma equipa local de garotos que nem sequer são pagos. Mas as senhoras agora ganham tanto quanto os homens, ainda que quem verdadeiramente lhes pague o ordenado sejam as receitas do futebol masculino. E chamam-lhe de justiça.
Sra Chimamanda, se como vc diz, o olhar masculino não lhe interessa pra nada, porque haveria o homem de se interessar pelo seu ?