A Estrutura das Revoluções Científicas

A Estrutura das Revoluções Científicas Thomas Kuhn




Resenhas - A Estrutura das Revoluções Científicas


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Marcos606 15/02/2024

A Estrutura das Revoluções Científicas, argumenta que a pesquisa e o pensamento científicos são definidos por “paradigmas”, ou visões de mundo conceituais, que consistem em teorias formais, experimentos clássicos e métodos confiáveis. Os cientistas normalmente aceitam um paradigma prevalecente e tentam alargar o seu âmbito refinando teorias, explicando dados intrigantes e estabelecendo medidas mais precisas de padrões e fenômenos. Eventualmente, porém, os seus esforços podem gerar problemas teóricos insolúveis ou anomalias experimentais que expõem as inadequações de um paradigma ou o contradizem completamente. Esta acumulação de dificuldades desencadeia uma crise que só pode ser resolvida por uma revolução intelectual que substitua um velho paradigma por um novo. A derrubada da cosmologia ptolomaica pelo heliocentrismo copernicano e o deslocamento da mecânica newtoniana pela física quântica e pela relatividade geral são exemplos de grandes mudanças de paradigma.

Assim o livro questiona a concepção tradicional do progresso científico como uma aquisição gradual e cumulativa de conhecimento baseada em estruturas experimentais racionalmente escolhidas. Em vez disso, ele argumenta que o paradigma determina os tipos de experimentos que os cientistas realizam, os tipos de perguntas que fazem e os problemas que consideram importantes. Uma mudança de paradigma altera os conceitos fundamentais subjacentes à investigação e inspira novos padrões de evidência, novas técnicas de investigação e novos caminhos de teoria e experiência que são radicalmente incomensuráveis ​​com os antigos.
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Romeu Felix 06/07/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Estrutura das Revoluções Científicas" é um livro clássico escrito pelo historiador e filósofo da ciência Thomas Kuhn. Publicado originalmente em 1962, o livro se tornou uma referência fundamental para compreender a dinâmica e o desenvolvimento da ciência ao longo do tempo. Essa edição, lançada em 2017 como parte da coleção Debates pela editora Perspectiva, mantém a relevância e a importância da obra para estudiosos e entusiastas da filosofia da ciência.

O livro de Kuhn apresenta uma análise revolucionária sobre a natureza e a progressão do conhecimento científico. O autor propõe o conceito de "paradigma", que são as estruturas de pensamento, teorias e métodos aceitos por uma comunidade científica em determinado período. Kuhn argumenta que a ciência não avança de forma linear e acumulativa, como sugerido pelo modelo tradicional do progresso científico, mas sim através de "revoluções científicas" que ocorrem quando um paradigma estabelecido é substituído por um novo.

Ao longo do livro, Kuhn analisa estudos de caso históricos, como a revolução copernicana e a revolução newtoniana, para ilustrar como as mudanças paradigmáticas ocorrem e influenciam o desenvolvimento da ciência. Ele destaca a importância das crises e anomalias dentro de um paradigma existente, que eventualmente levam à emergência de um novo paradigma que melhor se ajusta aos fenômenos observados.

Kuhn também discute a natureza social e psicológica da ciência, enfatizando que os cientistas são influenciados por fatores além da evidência puramente objetiva. Ele argumenta que a ciência é uma atividade humana e, como tal, está sujeita a questões de poder, interesses pessoais e contexto social.

Uma das contribuições mais importantes de Kuhn é sua desconstrução da visão tradicional de progresso científico como um processo cumulativo e linear. Ele desafia a ideia de que a ciência avança gradualmente, e em vez disso, argumenta que as revoluções científicas ocorrem quando ocorrem mudanças fundamentais nos paradigmas estabelecidos. Essa perspectiva trouxe uma nova compreensão da dinâmica da ciência e influenciou profundamente a filosofia e a sociologia da ciência.

"A Estrutura das Revoluções Científicas" é um livro denso e desafiador, mas Kuhn apresenta suas ideias de forma clara e acessível. Ele fornece uma análise profunda e abrangente da evolução da ciência, oferecendo insights valiosos para cientistas, filósofos e estudiosos interessados na natureza do conhecimento científico.

Essa edição da coleção Debates, lançada pela editora Perspectiva em 2017, proporciona aos leitores de língua portuguesa uma oportunidade única de acessar essa obra clássica de forma atualizada e com uma tradução cuidadosa.

Em resumo, "A Estrutura das Revoluções Científicas" é um livro seminal que revolucionou a compreensão da ciência e do progresso científico. Thomas Kuhn desafia concepções tradicionais e apresenta o conceito de paradigmas, argumentando que as revoluções científicas ocorrem quando paradigmas estabelecidos são substituídos por novos. Sua análise histórica e sociológica da ciência oferece uma visão crítica e profunda do desenvolvimento do conhecimento científico. Essa obra continua sendo uma referência indispensável para estudiosos e interessados na filosofia da ciência e no processo de transformação da ciência ao longo do tempo. A edição da Perspectiva permite que o público de língua portuguesa tenha acesso a essa importante obra.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Tiffany 11/08/2022

Interessante
Gostei que esse livro é bem didático, mas o problema é que, assim como a maioria dos livros científicos que ando lendo, ele é bem denso e as vezes enfadonho.
Em alguns momentos consigo ler várias páginas e acompanhar o raciocínio de Kuhn, em outros eu me perco em detalhes tão pequenos.
De qualquer forma é um livro incrível para entender mais de ciência, paradigmas, revoluções e principalmente sobre o papel do cientista na sociedade contemporânea. Gostei bastante
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Breno.GAmez 30/03/2022

A obra de Kuhn apresenta uma nova forma de pensar a ciência e sua evolução, apresentando novas questões e revisitando discussões de outros autores. O autor apresenta a forma como enxerga a criação e manutenção da ciência.
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Elias.Fernando 06/02/2022

As visões diferentes que mudam o mundo
Com uma linguagem acessível, na minha opinião, o livro nos faz questionar a linearidase dos avanços científicos. A proposta é que o progresso nas ciências vieram de revoluções, de quebras da norma vigente, assim foram mudando idéias estabelecidas promovendo avanços significativos ao campo.
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Larissa1313 29/01/2022

Bom
Kuhn traz diversos questionamentos a cerca das revoluções científicas, questionamentos dos quais muitas vezes estão ali na nossa frente e deixamos passar despercebidos.

Gostei bastante de como ele nos induz a pensar sobre um determinado assunto e vai trazendo algumas respostas aos poucos, só senti falta do Kuhn trazer mais um pouco acerca do ponto de vista dele e de responder mais a fundo alguns questionamentos feitos por ele mesmo.
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vagnerrg_ 01/01/2022

Queria finalizar o ano com mais uma leitura desse livro. Tive tempo e consegui fazer a leitura da maneira que mais gosto: bem aos poucos, sem pressa alguma, aproveitando bem cada parágrafo.

Kuhn tem sido um companheiro de longa data. Foi com esse livro que comecei a brincar de fazer filosofia e tentar compreender o mundo e o mundo que há em mim. Foi nesse livro que consegui compreender que há uma dimensão no fazer científico que faz toda a diferença: a dimensão política.

Kuhn me fez compreender, por meio desse livro, que ciência é também espaço para as subjetividades e não há como eliminar esse traço, nem no fazer mais positivista possível, porque até mesmo aí subjaz uma escolha subjetiva.

Ciência se faz com pessoas; em comunidades; com revisão por pares; de forma transparente; com dados corroborados em percepções coletivas; com discussão; com consenso; com dissenso; com falha; com revolução.

Imperfeita como é, ciência é o que temos para nortear nossas buscas para a compreensão do mundo e do mundo que há em nós. Lutemos em defesa dos valores científicos. Foi graças à ciência que estamos vivos e vacinadxs.

Mais um ponto para nota:
Acho que 2021 foi o ano em que mais li na minha vida, tô tão feliz com isso; os livros foram refúgio e me ajudaram a entender muitas, mas muitas coisas.
Que em 2022 possamos continuar experimentando o doce e amargo sabor das escolhas racionais e muitas leituras.
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Luca.Hosken 11/11/2021

Muito bom
O livro trabalha toda a construção de paradigmas científicos e motivos que levam esses mesmos à crises e para a necessidade da construção de novos paradigmas. A escrita é bem clara e direta! Indicaria para um amigo
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Kevin 18/07/2020

Essencial
A Filosofia da ciência, as revoluções científicas e a sua necessidade, que mudam nossas concepções de mundo, os paradigmas, enfim, são discussões presentes e importantes. O que vemos depende daquilo que o mundo e a experiência nos ensinou a ver, com o tempo e habilidades adquiridas tendemos a enxergar o mundo com os olhos dos cientistas. No mais, os paradigmas de Kuhn e a sua contribuição para o entendimento da história da ciência são importantes para estudiosos e interessados de qualquer área do conhecimento.
Giulipédia 18/07/2020minha estante
Tenho vontade de ler esse livro, estudei um capítulo dele em uma aula na faculdade sobre história da ciência e ele me despertou mt atenção, nunca tinha parado p pensar sobre oq leva as revoluções científicas a acontecerem!


Kevin 18/07/2020minha estante
Vale muito a pena, além de ser um livro muito bom, é de fácil entendimento. Acho muito interessante ler também os do Karl Popper, do choques culturais enquanto "avanço" científico, etc., sobretudo quem tem interesse em história e filosofia da ciência. É bem legal várias nuances que o Kuhn traz, a afeição para com novas teorias, os valores e crenças dos sujeitos, após revoluções reagimos em um outro mundo, bem interessante, vale dar uma lida e não é um livro grande, é uma leitura agradável.


Giulipédia 18/07/2020minha estante
Mt obgda pela indicação, vou procurar ler sim! ??




@lusantana.psi 05/07/2020

Repensando a ciência.
Não me envergonho e confesso, demorei anos para ler este livro do Thomas Khun - um pensador (físico, filosófico e historiador), sem dúvida, a frente do seu tempo.

Se você não é filósofo nem historiador esteja disposto a lidar com a própria ignorância em alguns momentos - pelo menos eu tive dúvidas sobre meu coeficiente de inteligência por várias vezes.Talvez, por isso, tenha procrastinado tanto na leitura.

O autor, apesar de ter escrito o livro em meados do século XX, tem uma linguagem agradável. A questão é que o tema é complexo mesmo. E o pior ocorre, na minha opinião, quando Khun decide trazer luz à sua exposição citando exemplos da química, física ou astronomia, o que mais me confundiu do que elucidou (mas sei que os bons entendedores entenderão).
 
Ele transita historicamente por fatos científicos muito relevantes, passando, por exemplo, de Aristóteles, a Newton, até a Einstein, para justificar sua hipótese, que considero central, de que a ciência não avança de forma evolutiva, mas disruptivamente, por revolução.

Neste sentido, ele esboça que a ciência normal acomoda-se a determinados paradigmas (o termo proposto por ele que mais gerou polêmica, sendo, no entanto, o que mais me encantou), trabalhando a partir dos seus manuais para sustentar o status-quo da comunidade científica em questão.

O objetivo da ciência normal não é inovar, mas resolver problemas - fazendo uma analogia às palavras-cruzadas, quebra-cabeças e sudoku.

A questão é que, em alguns momentos, falhas na teoria surgirão, algumas peças não se encaixarão, e os cientistas tentarão, com toda força de sua fé na sua ciência, ignorá-las, minimizá-las, revolvê-las.

Mas, como guardar poeira debaixo do tapete dá rinite, os estudiosos que, no geral, não fazem parte da comunidade em questão, enxergarão para além dos manuais e não tolerarão o aglomerado de anomalias identificadas. A teoria será objeto de severa crítica. A crise será, então, instalada.

E isso é lindo! Pois, tanto para o senso comum, como para a ciência, mudança gera sofrimento, claro, mas também gera desenvolvimento. Uma crise envolve um período de pesquisa extraordinária, mais do que o normal, um novo paradigma surgirá, com respostas antes não imaginadas.

Ele sugere que sem esse padrão de anomalia - crise e novo paradigma - estaríamos atolados na lama. Não
conseguiríamos novas teorias que respondessem de forma mais adequada aos problemas levantados.

Quando um novo paradigma surge avançamos, até que a nova descoberta seja questionada. E novos paradigmas venham resolver ainda melhor os novos quebra-cabeças.
                
Assim caminha a ciência.
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AleixoItalo 29/06/2020

Um clássico da filosofia da ciência que norteou os debates científicos no século XX.
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É muito difícil falar sobre um livro de filosofia, quanto mais de um clássico, mas em suma Thomas Kuhn apresenta aqui o que ele chama de ciência normal: a prática de resolver problemas, orientada por um paradigma: um conjunto de ideias (regras) compartilhado por todo o corpo científico, e mostra que a revolução ocorre quando um paradigma mostra lacunas e falhas e precisa ser substituído.
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Como em todo debate filosófico, Kuhn encontrou opositores e teve que lidar com problemas próprios de seu texto (como a definição exata do que é um paradigma), além de ter passado pelas revoluções de que tanto fala e ver o mundo dá ciência mudar radilcamente ao longo do século. Passar por toda a problemática trazida no livro requer um aprofundamento filosófico acurado, mas o fato é que o debate é atual. Os pararadigmas ainda são a base de conhecimento motriz para as todas as pesquisas das chamadas "ciências normais" , e as lacunas continuam surgindo...
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Como uma boa obra filosófica sua grande contribuição é com reflexões: o que é ou não ciência? Quais paradigmas orientam minha pesquisa? Estamos presos à eles, num ciclo de resolução de quebra cabeças sem a possibilidade de descobrir algo novo? Uma vez que todos os paradigmas, hoje descartados, foram satisfatórios nos problemas que se propuseram a resolver, como podemos ter certeza que tudo o que sabemos hoje é o real???
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Essas e inúmeras outras questões são levantadas por Kuhn, um debate "atual" mas que já está imortalizado nos anais da história. E mais uma vez: é um livro muito mais fácil para ficar pensando sobre suas implicações, do que escrever sobre ele, então termino por aqui!
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Henrique Fendrich 06/02/2020

É muito interessante a ideia de que a ciência “normal” é apenas um paradigma que, durante certo tempo, se mostrou mais eficiente do que seus concorrentes.

O autor contraria a ideia de que a ciência é sempre um esforço acumulativo, com o momento atual sendo praticamente uma consequência natural do grau de desenvolvimento passado.

Ele aponta que, por vezes, há anomalias, fenômenos que não se encaixaram no desenvolvimento normal de um paradigma, levando a uma crise na Ciência que só poderá ser resolvida por meio de uma “revolução”, quando outro paradigma sairá vencedor.

O processo de substituição de um paradigma por outro, naturalmente, não é dos mais simples, já que haverá todo tipo de oposição por aqueles que estão tão apegados ao paradigma passado que nada poderá demovê-los. Contudo, chega um momento em que o novo paradigma é irresistível e passa a dominar o conhecimento científico.

São os jovens os que estão em melhores condições de mudar os paradigmas, visto que não possuem tantas ideias prontas sobre aquilo a que devem se dedicar como os mais experientes. Eles podem “pensar fora da caixa” com maior facilidade, e assim descobrir coisas que não seriam a consequência lógica do pensamento de quem está “dentro da caixa”.

São saltos evolutivos, sendo que, nesses momentos, a ciência deixa de ser normal para se tornar “extraordinária”.

Em momentos de crise e de quebra de paradigma, cogita-se “todas as coisas”, pois se reconhece que o conhecimento atual não é suficiente para explicar um determinado fenômeno. Cogitar “todas as coisas” é algo que se imagina que a Ciência faça sempre, mas há sempre certos limites que ela não pode transpor, pois, do contrário, fará com que “desabe” todo o paradigma sob o qual ela se sustenta.

Por outro lado, mesmo sabendo que a pretensão do Kuhn não era tão relativista, não é difícil que qualquer teoria que seja não somente “fora da caixa”, mas também “fora da casinha”, aproveite a sua visão para se considerar portadora do novo paradigma da Ciência.
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garrido79 06/06/2019

Básico para qualquer cientista
Uma obra que Kuhn demorou quinze anos para concretizar este ensaio baseado na história dos principais autores da ciência.
Trás, na minha opinião, o melhor conceito, num sentido epistemológico, sobre paradigmas e sua importância para a ciência.
Ele deduz que a ciência parte de uma, por ele definido, de ciência normal orientada pelo(s) paradigma(s) da área científica, e quando este paradigma não responde mais as necessidades da ciência esta entra em crise e dessa crise surge um novo paradigma substituindo o anterior.
A narrativa dele, baseado em tantos filósofos e/ou cientistas, é maravilhosa e consistente, mesmo que discorde dele, muitos o consideram relativista, é essencial para compreender a ciência e logo melhor praticá-la.
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Gladston Mamede 09/02/2018

Há livros dos quais somos devedores. Não tenho como negar minhas dívidas para com este livro. Mudou minha compreensão sobre o meu próprio olhar, sobre o meu trabalho como pesquisador jurídico, sobre a compreensão da realidade. Fui um antes de ler, outro após ler.
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Dissensão e Tréplica 12/11/2017

Por que é obrigatório?
Link para resenha

site: https://dissensaoetreplica.wordpress.com/2016/07/22/conheca-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas/
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