Pedro Almada 25/02/2012
Intrigante, cativante!
Ed Kennedy. Um sujeito que tava mais pra lixo social. Não que ele fosse ruim. Ele estava ruim, e essa é a diferença. Sua vida, cheia de mistério e aventuras meio descabidas, mostra que podemos mudar, mas que não é fácil, pois requer que ultrapassemos limites que não estamos acostumados nem a avistar no horizonte. Um jovem, incompletos vinte anos, taxista, filho fracassado. Ovelha negra. Mas nada fica estático. Chega uma hora que as coisas precisam mudar. E mudam.
Ed tava num baita azar naquele dia.
Tudo porque entrou no banco na hora errada.
Ou não.
O fato é que a situação mudou sua vida pra sempre. E ele se orgulha pra caramba disso.
Ed, Audrey, Marv e Ritchie -todos grandes amigos e jogadores natos de cartas - estavam deitados no chão do banco, enquanto um sujeito meio descontrolado apontava a arma pra cabeça de todo mundo e fazia o que se podia chamar de assalto irreverente. Nesse dia, por pura sorte - ou seria azar - a situação não estava boa para o bandido, e Ed conseguiu impedir a fuga do ladrão.
É isso aí, Ed. Você é um herói.
"Não enche".
Eu só tô dizendo, chapa.
Desse dia em diante as coisas começam a mudar na sua vida. Não um pouquinho, mas muito. Um dia ele encontrou na sua caixa de correio uma carta de baralho. Era um ás de ouro. E nela três endereços estavam escritos. Apenas isso. Ed Kennedy sentiu que, por trás dos nomes de ruas e números, havia um desafio, um chamado que o impedia de ignorar o misterioso objeto nas suas mãos. Uma família assombrada pela brutalidade do pai, uma senhora doente e uma corredora que buscava a liberdade dos pés. Esses eram os primeiros desafios. Os primeiros a receberem a mensagem que Ed fora incubido de levar. Ele só não sabia por quem. Mas são muitas perguntas e, enquanto não encontra quase nenhuma resposta, ele se vê entrando na vida dessas pessoas, de algumas apenas pelas beiradas, de outras mergulhando a fundo, conhecendo até mesmo os arrependimentos da alma. Em determinado momento, ele terá que tomar até mesmo a difícil decisão, sobre a vida de uma pessoa, se ela merece viver. Ou não.
Mas o ás de ouro não é sua única missão. Após ela, vem o ás de paus, e então o de espada. Por fim, copas. O coração do baralho.
Difícil, hein?
"Muito".
Pior. Em determinado momento, ele terá que se envolver em problemas das pessoas mais próximas, ajudá-las de alguma forma, e a cada missão, sua alma toma uma nova forma. Até o momento em que Ed Kennedy não é mais um homem morto.
Eu Sou o Mensageiro é uma obra que retrata a transformação. É impossível não sentir simpatia pelo jovem taxista, preso na pele de um cidadão sem perspectiva. Seu destino prometia algo triste, mas alguém decidiu que era hora de mudar isso. Usando as cartas e outras pessoas como ferramenta, esse alguém vai apontar a direção certa que Ed deve tomar e, tomando difíceis decisões, ele vai correr muito até encontrar a si mesmo. Usando metáforas profundas e expondo sua alma cruamente, Ed Kennedy narra sua aventura e seu papel no mundo como mensageiro, ajudando pessoas, algumas vezes com simples atitudes, outras vezes revolucionando vidas que jamais cruzaram o seu caminho.
No fim, você vai descobrir. Vai se surpreender com quem, realmente, é o destinatário de todas essas mensagens.
E aí a ficha cai...
-usei um pouco do estilo de narrativa do autor para criar a resenha. Assim, o leitor saberá o tipo de narração que o espera ^^-
Pedro Almada - Inspirados, O Berço das Grandes Ideias!
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