Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase memória


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Catarine Heiter 30/12/2021

Enxergar um pai pelos olhos do seu filho é sempre uma experiência extremamente rica e aqui, em Quase Memória, o autor o faz com maestria. A partir de um objeto que evoca muitas memórias sensoriais, um desenrolar de eventos são narrados de forma pouco linear; mas geram uma conexão imensa entre o leitor e este pai tão peculiar. Passeamos pela história do Rio de Janeiro e do jornalismo, entramos na rotina desta família e conhecemos eventos importantes para estes personagens; tudo isto a partir da perspectiva deste filho sobre a participação do seu pai. Um livro lindo, de escrita leve e que me conectou com a minha história, em diversos momentos, através de passagens que encontraram eco nas narrativas dos meus próprios familiares. Sem dúvida uma história para ser sentida e não apenas lida.

Esta leitura foi motivada pelo desafio DLL2021, na categoria Escolha Livre
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Zanza 09/12/2021

Satisfação
Ahhh, realmente é uma quase memória!
A narrativa desse livro me mostrou um tipo diferente de amor que estou acostumada a ler: o paternal. É muito interessante como este livro nos envolve, a cada página, capítulo parece que nos é contado a vida de alguém que conhecemos desde a infância.
É um livro que nos coloca um sorriso no rosto de tão prazerosa que é a sua leitura.
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Sue 30/10/2021

Amanhã farei grandes coisas...
Esse livro fala de saudade, fala das lembranças profundas que pessoas especiais deixam em nós, é otimista, vê mais o lado bom das coisas, imprime leveza em atitudes que contado por outro talvez fosse condenada, mas fala principalmente de quem viveu, viveu tudo o que tinha para viver, não passou vontade, histórias que parecem lendas de tão extraordinárias. Viver intensamente todos os dias, não exatamente como se fosse o último, mas com o firme propósito de fazer grandes coisas.
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Kelly Oliveira Barbosa 02/09/2021

Passei mais de um mês lendo Quase Memória do Cony. Entre outras leituras, sempre pegava o livro, mas no máximo lia dois capítulos e parava. Não é o tipo de livro que eu conseguiria passar por ele rápido. Na minha opinião é o tipo de obra que exige um pouco mais de atenção – e de forma nenhuma por se tratar de um livro difícil de ler, mas pelo convite à calma, à sensibilidade.

Carlos Heitor Cony (1926-2018), foi um jornalista e escritor brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, ganhador de vários prêmios literários, deixou uma grande obra entre romances, contos, crônicas e outros.

Cheguei ao autor por influência total do Rudi Baroncello e escolhi começar por Quase Memória por se tratar de um romance autobiográfico, uma narrativa de memórias, gênero que muito me agrada.

Após terminar a leitura eu assisti uma entrevista do autor no programa Roda Viva de 1996, o que me levou a compreender que esse livro foi um ponto fora da curva daquilo que o Cony geralmente escrevia. Se trata do que vou chamar de um “livro homenagem”: as memórias de um filho sobre o seu pai. O que me fez lembrar muito de outro livro autobiográfico que faz esse movimento ao inverso, A Queda de Diogo Mainardi, onde encontramos: as memórias de um pai sobre o seu filho. Talvez não só pela semelhança de movimento e do sentimento de pai e filho de filho e pai, mas, pelo tom melancólico de ambos.

A leitura me envolveu desde a primeira página. É um livro de memórias/autobiográfico dos mais diferentes que eu já tenha lido. O recurso de narrativa que o autor usou foi declaradamente misturar a ficção com as memórias reais, o que classifica esse livro também nas palavras do próprio autor como um quase romance.

Cony abre o enredo com ficção: ele mesmo um personagem, logo após almoçar no restaurante de um hotel como diariamente fazia, recebe das mãos do porteiro um pacote enviado “supostamente” e “misteriosamente” pelo pai que falecera há dez anos. E depois vai tecendo na ficção as histórias reais de uma vida completa, como ele interpreta a vida do seu pai, o peculiar Sr. Ernesto Cony Filho.

O contexto dessa vida completa e da própria vida do autor quanto narrador, é o Rio de Janeiro. Há muito da vida profissional do pai como jornalista, mas também dos seus infortúnios e empreendimentos como perfumista, vendedor de rádios etc. Seu pai era um homem que gostava de se envolver em projetos e para elaboração destes, sempre tinha suas “técnicas”. Cony oscila no tempo em sua narrativa ora engraçada ora melancólica, e cada vez mais melancólica conforme vai se aproximando o final do livro.

Em vinte e cinco capítulos conhecemos um pouco da personalidade e do relacionamento desse pai e desse filho, que é no final das contas, apenas um relacionamento comum que por vezes pode ser difícil, porém um dos mais importantes para a vida humana. Talvez esse aspecto seja o que torna o livro tão tocante e sensível.

Quase memória recebeu dois prêmios Jabuti no ano de 1996: “Melhor Romance” e “Livro do Ano Ficção”.

site: https://cafeebonslivros.com/2021/09/02/quase-memoria-de-carlos-heitor-cony-99/
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Julio.Jose 23/08/2021

Biografia/romance sobre o pai de Carlos Heitor Cony
Casos engraçados, absurdos e pitorescos do pra lá de peculiar pai de Carlos Heitor Cony.

Livro bom de memórias que quase sempre o leitor pergunta se realmente aconteceram?talvez essa seja a mágica do livro, não saber divisar as duas fronteiras.

Busquei esse livro por conta de outro que é inspiração dele (O Oitavo Selo: quase-romance de Heloísa Seixas) e achei a inspiração até melhor do que este, mas que também vale a leitura.
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Cleber 16/06/2021

"O tempo parou. Entretanto, nunca o tempo foi tanto tempo."
Cony recebe um embrulho fechado, somente com destinatário, sem remetente, mas percebe que na forma e no material em que o embrulho foi feito que ele só pode ter sido enviado por seu pai, que há muitos anos tinha falecido.
Toda a história se passa em uma tarde e uma vida inteira. Aquele embrulho faz Cony lembrar de toda uma vida de menino e principalmente traz lembranças do seu personagem favorito, seu pai.
Um livro muito bem construído e como o próprio autor diz. É um quase romance, uma quase memória e uma quase biografia.
Fabi 16/06/2021minha estante
Gostei da resenha


Cleber 16/06/2021minha estante
Obrigado?




Otávio - @vendavaldelivros 05/06/2021

"No fundo, o pai nunca ligou para a arte ou a necessidade de ganhar dinheiro. Viver era mais importante para ele. Ele descobrira que as coisas boas (ou que ele considerava boas) podiam ser conseguidas com pouco ou nenhum dinheiro.?

Talvez um dos sentimentos mais satisfatórios que um leitor pode ter é se surpreender positivamente com um livro que subestimava. Ainda que o tema me fosse particularmente chamativo, nunca imaginei que mergulharia tanto em um livro que se autointitula ?Quase-memória?.

É difícil explicar o que o livro escrito pelo carioca Carlos Heitor Cony de fato é. Entre relatos de memória e outros que parecem ficção, ele conta a história do próprio pai através de seus olhos e de suas próprias memórias. Do tempo em que o pai assumiu as funções de professor para que ele pudesse passar na prova para o seminário, até o fim da vida desse personagem tão único, Cony narra situações e experiências únicas, mas que tocam fundo em quem tem uma figura paterna em sua própria vida.

O enredo gira em torno de um pacote, recebido por Cony, com toda a assinatura do pai, desde os traços de caligrafia até o laço que fechava o embrulho. A grande questão era: O pai havia morrido dez anos antes. Como teria conseguido entregar aquele embrulho para alguém? E é ao longo do livro, com Cony (o filho) pensando em cada detalhe do embrulho, que conhecemos a vida de Cony (o pai).

Acredito que relações entre pais e filhos sejam complexas, principalmente na sociedade que vivemos, onde tantos ?pais? não são pais de verdade. Ainda que eu tenha me identificado tanto com as memórias e minha própria relação com meu pai, sei que é possível que tantas pessoas que não tiveram no pai a figura paterna, reconheçam nessas páginas as personagens que exerceram essa função de maneira brilhante e encantadora.

Retrato de um Rio de Janeiro dos anos 30 aos anos 80, ?Quase-memória? é a mistura do salgado com o doce que pode acontecer com a crônica e a ficção. É a prova em texto de que, por trás de cada pessoa, existe uma histórica única e marcante. É a prova, também, do porquê Cony ter sido membro da Academia Brasileira de Letras e ser considerado um dos grandes autores que esse país já produziu.
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João Viktor 09/02/2021

Quase Memória, quase romance
Eu achei esse livro em uma caixa de livros velhos dos meus avós, nem eles sabiam do que se tratava. A um tempo atrás tentei vender o livro num sebo com mais outros, sem ter lido, só julgando pela capa antiquada. E hoje eu agradeço muito pelo dono do sebo não ter aceitado.
Quase Memória é um livro único, eu pelo menos, nunca li nada igual. A mistura de realidade com romance que o autor faz é super interessante, e uma das coisas que faz essa obra ser tão diferente.
Vale lembrar que Quase Memória, faz jus ao subtítulo de "quase romance" porque não tem exatamente um enredo nem um conflito (o próprio autor disse isso) então se você prefere narrativas mais tradicionais eu não te recomendaria esse livro. Mas pra qualquer outro tipo de leitor eu não poderia recomendar mais.
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Laura.Ferreira 22/11/2020

Um livro de alta sensibilidade, por meio de um pacote misterioso, o autor/filho se perde em memórias, lembranças de seu pai. Por meio dessas lembranças, entramos num universo paralelo criado pelas façanhas do pai, lembranças talvez não muito fidedignas, porém emocionantes, engraçadas, tristes e, sobretudo, inesquecíveis!
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Zé - #lerateondepuder 11/08/2020

Quase Memória
Uma quase memória é o título que pode trazer várias intepretações, sendo uma dúvida que pairou durante quase toda a leitura desse livro, que a mim parece mais uma homenagem e relato bem pessoal detalhado da vida do pai do autor. A falta de esclarecimento sobre o título se corrobora pela incrível semelhança das sinopses sobre a obra, uma vez que, em quase todos os locais em que estas foram apresentadas, são praticamente iguais, um detalhe que não passou despercebido e que não acontece com a maioria dos livros.
Desta forma, os comentários de Nelson de Sá que constam na contracapa de uma das edições, praticamente, podem também ser vistos “ipsis litteris”, na maioria das demais edições, inclusive na análise contida na clássica coletânea de resenhas, 1001 livro para ler antes de morrer, um dos bons motivos que classificam o livro em tela como uma obra clássica.
Na verdade, trata-se de um livro de leitura agradável, que apresenta os fatos de forma assíncrona, todos relacionados ao criador do autor Carlos Heitor Cony, o qual foi publicado no ano de 1995, após mais de duas décadas sabáticas, sem que Cony, membro da Academia Brasileira de Letras, publicasse qualquer outro título. Vale ressaltar que este clássico recebeu alguns prêmios e que o autor escreveu outras renomadas obras, como Pilatos (1973) e O Piano e a Orquestra (1996), dentre outras.
O que pode ser visto na escrita é uma boa dose de saudosismo, uma vez que Carlos Heitor imprime uma gama de apresentação de fatos do passado, verdadeiras reminiscências de sua mente, em que seu pai é o grande protagonista. A trama vai girar em torno de um embrulho com a letra paterna, recebido em um determinado hotel em que se encontra o protagonista, após mais de 10 anos da morte de seu progenitor.
Ao longo do desenvolvimento dos capítulos, o autor retoma várias vezes à questão do embrulho, que leva a marca indelével de seu genitor, quase que como indiscutível autoria e que fora entregue, misteriosamente, uma década depois de seu falecimento. O pacote acaba sendo o mote para apresentar descrições muito detalhadas das atitudes, até mesmo um tanto quanto bizarras e quixotescas de Ernesto Cony Filho, como o gosto paterno pelas comidas e bebidas, aos diversos e muitos amigos exóticos, até as verdadeiras façanhas que o pai promovia, apresentando-o na visão de um herói para seu filho.
A vida de Cony no seminário de Rio Comprido é retratada, da mesma forma, em várias passagens, contando a visão religiosa e positiva que parece ter se incrustado em mais de oito anos de estudo para se tornar padre, desde sua tenra infância. O orgulho que toda a família e amigos tem para com essa condição é bem visível, não deixando claro o motivo de sua desistência, antes da ordenação.
A carreira de jornalista tem um destaque bem relevante, começando por tecer detalhes da vida profissional de seu genitor, desde o tempo em que as redações ainda eram bem rudimentares, não contando sequer com máquinas de escrever, sendo as notícias formatadas à lápis, para depois serem impressas. É um relato bem consistente não somente da profissão, mas da forma que seu progenitor trabalhava, até a chegada de alguma das tecnologias atuais, um ciclo que se fechou com o autor seguindo essa mesma vocação de repórter, jornalista e colunista.
Há espaço para a descrição de duas grandes revoluções políticas históricas, como a entrada de Vargas no poder, que teve um grande reflexo para o fechamento de alguns jornais e pouco mais de trinta anos depois, com a tomada do poder por conta dos militares. Foram dois períodos nominados como ditaduras, em que os jornais influenciaram sobremaneira até o seu desencadear e sofreram vários reflexos e transformações, durante seu funcionamento.
O Rio de Janeiro, como época de Capital Federal, tem destaque especial, tal como Niterói, a cidade em que morou a família de Cony, quando este era criança. O tal saudosismo é bem evidente nessas passagens em que descreve a cidade e centro político que atendia os aspectos culturais sofisticados de Ernesto Cony, como seu gosto pelas óperas e sinfonias clássicas, descritas em detalhes de nomes e tipos.
A justificativa para este título se descortinará mais ao final, quando o autor vai se referir ao tempo que ficou fragmentado em quadros e cenas nas lembranças de Cony, que não consegue formar exatamente a memória que seu pai e os outros protagonistas significaram para ele, tal qual um quase romance ou uma quase biografia, que não é mais possível de se materializar, tal qual o embrulho recebido.
Essa resenha se baseou na edição Kindle do ano de 2014, da Editora Nova Fronteira e conta com, pelo menos, mais cinco edições diferentes. Assista à vídeo resenha em: https://youtu.be/k5eouRT-M4I, acesso em 11 ago. 2020. Paz e Bem!


site: https://linktr.ee/prof.josepascoal
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Steph.Mostav 23/06/2020

"Amanhã farei grandes coisas!"
Muitos são os livros que causaram em mim mudanças fundamentais de pensamento, de visão de mundo, mas bem mais incomum é um livro arrancar de mim lágrimas como o fez o final de Quase memória. Mas vamos ao início: nesse quase romance, o autor conta várias histórias que envolvem ele próprio, ou melhor, o pai dele. Porque o pai de Cony é o verdadeiro protagonista, o escritor só está ali para "ser sua plateia". A maior parte dos capítulos mais parecem crônicas unidas umas às outras por um fio narrativo não convencional, já que logo no início Cony recebe um embrulho, que ele imediatamente identifica como obra do pai, sendo que este morreu há uma década. O maior mérito do livro provavelmente é o apelo ao emocional, ao nostálgico (ainda que eu esteja longe de ter vivido a maior parte dos períodos da história da minha cidade que ele descreveu). Sabemos da vida desse homem através do filtro das memórias de seu filho, que não deve ser lá a pessoa mais confiável para nos contar sobre os feitos daquele que mais admirava - porém, justamente por não ser confiável que é o melhor narrador possível para que seja possível nos afeiçoarmos a cada pequeno detalhe, cada pequena história que fez daquele pai e daquele filho quem eles realmente são. Além do protagonista e de seu maior admirador, quem está sempre presente é o tal embrulho que tornou possível esse resgate da memória e a decisão tomada quanto a ele me agradou bastante, ainda que eu tenha previsto esse resultado (não porque foi uma solução genérica, mas sim pela forma com que a narrativa me guiou até aquele final). Aliás: que puta final! Os últimos quatro ou cinco capítulos foram de longe os melhores, talvez pelo percurso até ali, talvez porque o escritor realmente tenha caprichado mais. Não é para menos que recebeu o Jabuti em 1996.
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Luiz Pereira Júnior 30/05/2020

Proustianamente brasileiro
Em uma narrativa semelhante à de Proust (não importa se intencional ou não), Carlos Heitor Cony nos leva de volta aos meandros de memória. Um tema repetido pelos autores, sem dúvida, mas é algo que está intrinsecamente ligado a nós. Não há ser humano (até mesmo as crianças) que, vez ou outra, vire a cabeça procurando algo que ficou para trás. Muitas vezes, nem mesmos nós sabemos o que é esse algo, ou por que olhamos para trás com tanta intensidade se todos temos certeza de que o presente é sempre o mais importante dos tempos...
Mas isso não significa que uma narrativa que apresenta o tempo como seu principal tema seja difícil de ser lida, de ser apreciada. Muito pelo contrário, essa obra é agradável, em muitos momentos de uma leveza que surpreende ao leitor (eu, por exemplo) que esperava todo o livro tomado por reminiscências, angústias existenciais e quejandos (e isso é um elogio!).
Algo notável é que a figura paterna tem tanto destaque que chega a eclipsar todos os outros personagens, que parecem mera sombra ou mero reflexo dele. Tudo parece girar ao redor dele, mas isso não se torna um demérito à obra. É a visão de um filho que decide contar a história de um pai que não mais existe, ou que existe apenas na memória (de uma forma idealizada, sim, mas ainda próxima ao que aconteceu na realidade e nos tempos que já se foram).
Dica: não assista ao filme. Como é possível mudar tanto de um livro para um filme? Um filme sem o humor simples e bondoso do livro (aliás, sem humor algum), sem leveza, com uma mistura de gêneros que confunde o espectador, em certos momentos parecendo teatro filmado, intelectualoide no pior sentido do termo...
Esqueça o filme! Leia o livro!
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Naiana 20/02/2020

Quase Memória
Muito bom, leitura gostosa, vontade de saber o que é verdade e o que é imaginação do autor que descreve a obra como um quase-romance, uma quase-memória, onde personagens reais e fictícios se misturam, onde fatos da história do Brasil se mistura com sua própria estória também, super recomendo a leitura, para ler com calma e se deliciar com as memórias do autor e sensações obtidas ao receber um pacote misterioso.
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ritita 29/01/2020

Que delícia de saudades, que delícia de livro.
Conhecia Cony apenas como excelente cronista, mas o moço é um excelente escritor, pelo menos neste livro.

O lirismo domina o enredo; mas as relações entre pais e filhos são sempre mais complicadas do que parecem e a carga afetivo-amorosa do livro vem misturada a uma boa dose de ironia.

Fico maravilhada com escritores nacionais como Cony, tão esquecidos em nossa literatura, onde apenas alguns ícones são endeusados, à revelia de outros tão bons quanto. Eu, que amo literatura nacional não conhecia seus livros, o que será corrigido daqui em diante.
Delícia de leitura, de escrita e narrativa leve e fluida.

Se estas memórias são frutos de verdadeiras lembranças, não sei, só sei que foi assim.
Ah, o título do livro bem poderia ter sido O pai.
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