Fragmentos do Rio Antigo

Fragmentos do Rio Antigo André Luis Mansur...




Resenhas - Fragmentos do Rio Antigo


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Rachel 09/11/2023

Muito legal, um pedacinho dos patrimônios cariocas explicados de forma simples, recomendo pra quem quer saber um pouquinho mais da cidade
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Luis 17/10/2014

Cápsulas históricas do Rio
Em um mundo cada vez mais multifacetado, em que o conhecimento transita na mesma alta velocidade dos meios de comunicação, fazer história há muito deixou de ser campo privativo do historiador.
Fragmentos do Rio Antigo ( Edital, 2014) junta os esforços do jornalista André Luis Mansur e do médico aposentado Reinaldo Moraes na sempre nobre tarefa de resgatar aspectos fundamentais da memória da nossa cidade, esquecidos por ignorância ou descaso.
O volume é uma edição modesta, de pouco mais de 160 páginas, mas apresenta curiosidades que podem despertar no leitor menos afeito ao tema, um certo interesse por ir adiante no assunto, através da leitura de outras obras ou ainda visitando os vários sítios retratados. Pela linguagem acessível estruturada em textos curtos e algo coloquiais pode vir a ser uma ferramenta útil na sensibilização histórica dos alunos de nível médio e fundamental.
Um outro ponto a se destacar é a abordagem que abrange certas áreas metropolitanas normalmente negligenciadas em publicações do gênero, sejam elas acadêmicas ou de interesse mais geral. No caso específico do trabalho de Mansur e Moraes, o foco é apontado com muita propriedade para a Zona Oeste da cidade, outrora conhecida como zona rural, autêntico celeiro do município. Os capítulos sobre a Fazenda e o Matadouro de Santa Cruz, bem como as reminiscências acerca dos bondes de Campo Grande (não por acaso, a foto que ilustra a contracapa retrata a antiga oficina dos veículos que atendiam à região, localizada na interseção entre as Estradas do Monteiro e do Magarça) atestam essa inclinação. Cabe ressaltar, que a própria casa editorial responsável pela publicação também se localiza no bairro Campo Grandense, o que contribui efetivamente para reforçar os laços históricos culturais locais.
Diante dessa simpática iniciativa, o único senão da obra acaba mesmo sendo a limitação de recursos gráficos da edição. Sendo fortemente apoiada em imagens, não há dúvida de que, caso as possibilidades permitissem, um tratamento mais adequado ao acervo coletado por Ronaldo Morais , de forma a propiciar ao leitor uma maior amplitude do olhar, promovendo a sinergia entre os fragmentos escritos e fotográficos, agregando musculatura substancial ao trabalho e , talvez, amplificando a sua repercussão, seria muito bem vindo.
Embora seja evidente a manutenção de uma certa aura de informalidade tipicamente carioca, também não faria mal um ordenamento mais didático aos artigos selecionados, relacionando-os por período temporal ou ainda por critérios geográficos, tal como uma argamassa que fixa e valoriza o conjunto ladrilhado.
Em todo o caso, o saldo de Fragmentos do Rio Antigo é acentuadamente positivo, o que pode vir a pulverizar o entusiasmo dos autores para outros grupos que de forma amadora (no melhor sentido do termo, ou seja, no exercício da pesquisa histórica por amor) e abnegada se dedicam ao mesmo tipo de ação.
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