Nineteen Minutes

Nineteen Minutes Jodi Picoult




Resenhas - Nineteen Minutes


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Luiza 22/09/2013

Quem cria um verdadeiro monstro?
Nenhum livro conseguiu mexer tanto com as minhas emoções como Dezenove Minutos. Durante toda a leitura eu me coloquei no lugar de todos os personagens, principalmente do Peter.
Ah, Peter. O assassino. Mas minha lágrimas foram as suas.

Peter, é um adolescente que sofre bullying desde o seu primeiro dia no jardim de infância. Diferente, maltratado, sempre se sentido inferior em relação ao seu irmão perfeito, só tinha a sua amiga Josie ao seu lado. Até chegar ao ensino médio.
Como acabar com a humilhação? Peter só viu uma saída: acabando com o culpado.

Quem é o culpado?

A adolescência pra mim foi uma das épocas mais difíceis, e me deparar com um personagem como Peter foi um turbilhão de emoções. Eu sentia a humilhação dele e a minha própria.
O livro todo eu me perguntava: Quem foi o culpado? Quem realmente começou?
Claro, nada justifica o que ele fez, mas eu entendi o porquê.

"— Você nunca elaborou um plano, como o Peter, de percorrer a escola
matando sistematicamente as pessoas que mais o tinham magoado,
elaborou, Derek?
— Não — disse ele. — Mas às vezes eu queria ter feito isso."

Todos deveriam ler esse livro. O bullying está presente em praticamente todas as escolas, presente na vida de muitas crianças e adolescentes. Eu posso dizer o quanto isso afeta porque, hoje, já no meu segundo ano de faculdade, meu maior medo é ser rejeitada. Eu ainda sou o que eles disseram. É claro, vai passando com o tempo, talvez a idade, o madurecimento e decisões te ajudem a dizer quem você realmente é...

"O importante é o que todo mundo pensa sobre como você se
veste, o que você come no almoço, que programas de TV você assiste, quemúsicas você tem no seu iPod.
Mas eu sempre me perguntei: Se a opinião de todo mundo é o que
importa, então você chega a ter opinião própria?"

Outra coisa que mexeu muito comigo foi a família do Peter. Ver que seu filho não é aquilo que pensava, a culpa de não ter feito algo ou feito demais. O sofrimento da família era tamanha que eu senti que nunca iria passar, que seria horrível pra sempre. E talvez fosse. Peter não era um filho indesejado, seus pais sempre faziam o que achavam que era certo, e o certo seria se o fizesse feliz. Eles o amavam.
Amor não seria suficiente?

O autora consegue te levar completamente para a vida de cada personagem do livro. A leitura é rápida, nem um pouco repetitiva e não dá pra parar de ler.
Super recomendo!
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