Resenhas - Sono

Lore 17/12/2023

Me prendeu do início ao fim
Muito interessante e de fácil leitura. É fácil se relacionar com a personagem principal e entender suas dúvidas e sentimentos. Em alguns momentos me peguei tentando explicar o que ocorria com ela com meu conhecimento de vida real, como paralisia do sono ou algum distúrbio. Mas quem me indicou o livro me avisou de que o autor tem por hábito escrever histórias fantásticas, então considerei que viria algo mais fantasioso.
O final me pegou completamente desprevenida, sinto que terminou no clímax da história e fiquei ansiando por mais. Adorei a experiência.

Nat 16/12/2023

Meu deus que odio desse homem.
Li ppr 3 noites antes de dormir e a escrita invejável só me fazia pensar o quanto quero escrever historias envolventes como as dele.

Michele 11/12/2023

Um despertar
?Viver e não conseguir se concentrar é o mesmo que estar de olhos abertos, sem poder enxergar?

Uma escrita fluida, bem estruturada e uma personagem muito interessante que ao não conseguir dormir se depara com questionamentos existências.

?Será que a morte não seria uma escuridão profundamente consciente e infinita, como a que estou presenciando agora??

Amal0 11/12/2023

Meu deus, eu ouvi falar que esse livro termina com final aberto mas não tava esperando por isso.

Tudo bem, eu estou esperando a parte II.

Jú 29/11/2023

Sono
Adoro a escrita de Murakami e nesse conto não foi diferente. Senti o que a personagem sentia, tendo, inclusive, insônia uma noite após ler o livro.
Acredito que o sono é da vida morna e entediante da protagonista e ao não conseguir dormir é como se sua consciência despertasse.
O final totalmente inacabado me incomoda, mas não são assim os contos?!

Fernando Almeida 28/11/2023

Livro bom, mas final brocha
Livro interessante, com uma escrita rápida e dinâmica, com fatos narrados quase como um diário.
A premissa é boa e interessante ver a personagem ir levantando os questionamentos à medida que vai passando os dias acordada. Porém, quando ela começa a refletir e a narrativa toma uma dimensão filosófica centrada nos devaneios dela, o livro termina com o final mais seco e sem sentido que já vi (???)

Lucianna 24/11/2023

Gostei, mas queria mais
Eu li esse conto pra um trabalho da faculdade. O meu professor disse que havia escolhido os livros pensando em cada aluno. Então fiquei o livro todo pensando no porquê ele escolheu esse livro pra mim.

Eu gostei bastante da história, achei interessante e diferente da maioria dos livros que eu leio. Porém, não gostei tanto assim da protagonista - tenho um problema com personagens muito frias e apáticas.

No geral, foi uma boa leitura. O fato dela estar extremamente incomodada com a monotonia e rotina me fizeram criar uma simpatia e elo com ela. Pois esse também é dos meus maiores medos. A rotina chata, a mesmice.

Mas algo que me incomodou foi a sensação de que sempre iria acontecer algo e nunca acontecia.

Apenas no final - que eu com certeza não esperava - tivemos uma reviravolta e eu simplesmente ainda não creio que acabou assim.

kety 23/11/2023

2° livro lido desse autor, e continuo fascinada e curiosa pra ler outras obras. senti "agonia" lendo esse livro, entendi completamente o que a personagem estava sentindo, ela releu um livro de quase mil páginas (várias vezes) simplesmente por sua vida ser tão REGRADA e monótona, que até isso se tornava mais interessante que DORMIR. mais uma vez: queria muito postar todas as minhas marcações, que foram muitas, mas vai ficar tão cheio que não irei fazer isso skskkskdkd
tenho muito medo de me sentir assim, vazia, incompleta, todos os dias iguais, sabe? enfim, esse final me deixou confusa, tenho muitas interpretações dele.. mas no geral, adorei o livro, bem curtinho, deu p ler bem rápido.

cozyloue 18/11/2023

Nade de sono
Essa livro conta a história de uma mulher que não consegue mais dormir, e foi o efeito que ele teve sobre mim, ele foi um livro que me fez refletir sobre o que estava lendo, dava a impressão que sempre algo iria acontecer, mas esse algo nunca acontecia, foi um livro bom, gosto dele

Danuza3 15/11/2023

Mais um conto
Que escrita! Fiquei um tanto impressionada, assumo que não esperava tanto, mas graças, me impressionei. A maneira como tudo foi se formando foi muito bom, mesmo eu não concordando com certas coisas, assumo que foi um bom conto, porém, no fim tive a sensação de que a história precisaria de um pouco mais do que fora dito. Eu e o meus problemas em ler contos e sentir que é o suficiente.

Kess 15/11/2023

A narradora - que está em seu 17° dia sem dormir - ao longo da obra nos explica sua dificuldade para dormir e as implicações que surgem em decorrência da privação de sono. Confesso que fiquei confusa no decorrer da narrativa e não saberia dizer se a obra toda não passou de um mero pesadelo, sonho, surto de paralisia do sono ou espécie de limbo pós morte.

Apesar disso, estava achando a leitura divertida, mas o livro acabou DO NADA.

PS: O paralelo com Anna Karenina é ótima, principalmente as semelhanças das personagens de não "terem" do que reclamar mesmo assim estarem insatisfeitas.

"Todas as coisas ao meu redor estavam turvas e embotadas. Minha própria existência era algo questionável, uma espécie de alucinação."

I.don't.know 12/11/2023

O despertar da consciência.
" O hábito torna as tarefas simples de serem realizadas. ''

Sono é uma obra que retrata uma mulher que até então vivia de forma mecânica que, após " perder " o sono começa a questionar tudo ao seu redor e perceber falhas em sua vida, analisar aspectos e analisar perspectivas. Nessa obra, pode-se ver que a normalidade é a monotonia são o pior caminho, com o tempo nos esquecemos de nós mesmos, nossas razões, nossas queridas memórias, nós perdemos de nós mesmos... A única coisa para mim que não ficou clara foi o final ( pesquisei e vi que isso é uma característica do autor ) o qual pode ou não ter sido o fim ou inicil do sono dela.

Como minha primeira obra do autor, devo dizer que estou satisfeita e muito entusiasmada para ler mais dele.

" Não consigo descrever em palavras o que há de estranho em seu rosto. Ele não é bonito, mas também não é feio. Tampouco há em suas feições algo que possa ser classificado como ?marcante?. Para ser sincera, não há outra maneira de descrevê-lo a não ser como sendo ?esquisito?. Em outras palavras, o jeito
mais próximo de qualificálo é dizer que ele é ?inqualificável?. "

Rosa254 10/11/2023

Um tipo de morte
Me interessei em uma resenha que vi aqui no skoob, então decidi ir atrás do livro.

Senti que o pano de fundo inteiro do conto é para dar ao leitor a sensação de que há algo de errado desde a primeira página - que é resultado da aflição vivida pela protagonista por não conseguir dormir.

Mas o que venha a ser o dormir? O que é esse sono? E o que é a falta dele? Estar acordado é estar em contato com a realidade, ela não estava sonhando. É com essa premissa que somos levados pensar sobre a morte até chegar a uma perspectiva bem angustiante: "(...) Será que a morte não seria uma escuridão profundamente consciente e infinita, como a que estou presenciando agora?" - Ver a morte como uma eterna vigília na escuridão... Uau. Definitivamente a ideia de blecaute é mais reconfortante.

A escrita é linda, como se fosse um diário, o que permite acompanhar suas intenções, suas ilusões, queixas, retrospectos e suspensões. Acho que ter acesso ao íntimo é sempre uma experiência muito forte.

As ilustrações tambem são apaixonantes, muito coerente com tudo que é descrito, o que me ajudou a abraçar os pensamentos da protagonista.


Vale citar uma passagem que me deu calafrios: "Não me importo de ficar louca ou de perder o cerne de minha existência. Por mim, tudo bem. A única coisa que sei é que não quero ser consumida por uma tendência"

Ps: no conto, por definição, "tendência" seria o modo pessoal de pensar e se comportar de cada um. Uma tendência própria significa que uma vez que ela se estabelece, ficaria difícil agir e pensar fora desse padrão.

Talvez a falta de sono apareça por meio da consciência de nossa própria tendência. Acho que temos que ter muito cuidado com isso que chamamos de "viver".


Recomendo a leitura.

Víctor Morais 10/11/2023

Cansaço
Enquanto, Caçando Carneiros foi estupendo, Norwegian Wood foi péssimo...Sono foi, em suma, rotineiro.

Vou explicar, enquanto em Caçando Carneiros, foi uma longa narrativa, e uma metáfora para a depressão. Sono foi, ao menos para mim, uma metáfora para o cansaço.

A protagonista fica cansada da sua vida monótona, que até dormir se torna algo tão rotineiro que ela decide não dormir mais. A vida da nossa protagonista é tão regrada. Ela já releu tantas vezes o livro que já sabe de tudo que possa acontecer.

É sempre a mesma rotina: acorda, arruma o filho para a escola, faz o café, o marido sai, o filho sai, ela faz o almoço, ela arruma a casa, ela busca a criança, o marido chega, ela termina o jantar, eles jantam, vão para a cama (fazem sexo algumas vezes) e no fim, dormem.

Essa rotina é tão cansativa para a nossa protagonista, que até mesmo ler Anna Karenina, um livro de quase mil páginas, é mais interessante que o simples ato de dormir. A rotina é tão comum, que ninguém percebe o quanto a protagonista está sem dormir, e com olheiras.

No fim da história, cansada, ela termina o livro, e se joga para fazer a única coisa, que ela tinha deixado de fazer na rotina, que era dormir e sonhar. E como fazia tempos sem dormir, ela acaba tendo um pesadelo.

No fim, essa é a minha versão simplificada, e meu entendimento, sobre Sono.

Lucy 09/11/2023

Dubiedade e filosofia
A questão maior do conto está para o fato de que a narradora tem um grande problema e ele n é a sua insônia no sentido literal.
Se formos para uma análise dos elementos que o texto nos traz, fica bem claro que há uma discussão sobre ser mulher e ocupar este lugar, assim como de todas as suas renuncias que nem mesmo aparentam ser conscientes: a continuidade nos estudos, o casamento com o homem de rosto esquisito, um filho homem que pertence a familia paterna ante todas as características parentais, a rotina de doação que é fazer pelo outro e aguardar para fazer pelo outro, ao ponto em que apenas durante o momento do inconsciente, do dormir, do fora de si ela era dela mesma.
Tanto o é que ao final ela se veste como um homem e tal qual ela é afrontada pelas figuras negras que tentam subjuga-la novamente, visto que ainda tentava fugir ao que era de fato reservado a si.
Não é por pouco que se escolheu Ana Karenina como livro, obra gigantesca em diversos termos em que a mulher só aparece no capítulo 18, ainda é assim, na noite 18 que nossa protagonista de sono aparece, não é? Ela é levada a um confronto.
Apesar de o final parecer de fato aberto, eu o vejo de cunho amarrado ao enredo e muito bem estruturado, ligado a todos os pormenores.
N vou dizer que n tive que elaborar esses pensamentos, pq o fim parece bastante insoso, a gente quer ler toda Ana Karenina, não é mesmo?