História da Morte no Ocidente

História da Morte no Ocidente Philippe Ariès




Resenhas - História da Morte no Ocidente


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Lôh 31/01/2023

Interessante
É um livro que nos mostra como se alterou na passagem dos séculos a ideia, a vivência e a representação da morte.

Eu tinha me esquecido como gostava de livros de história, contextualizar o porque das mudanças e o porque de hoje serem tais maneiras de viver alguns fenômenos.

Apesar de ter gostado, na metade do livro achei repetitiva certas informações. E o autor faz uma exposição da morte e suas mudanças no contexto dos países europeus e dos EUA.

Como meu objetivo era também entender essa mudança no contexto da América do Sul, vou precisar pesquisar para encontrar algum autor que mostre como essas mudanças em relação a morte
aconteceram no Brasil.
comentários(0)comente



BJekyll0 07/12/2022

Time for dying
Que estudo fantástico.
O autor cria um panorama da história da morte da Idade Média até o século XX.
Desde os rituais mortuários, até a falta deles.
O pesar da agonia de assistir alguém morrendo até a perturbação social que o luto provoca.
"Chora-se apenas,em particular, como nos despimos e descansamos em particular."
As referências são de uma riqueza, particularmente gosto dos autores que Airès traz para solidificar seus ensaios, Huizinga, Bataille, Tolstoy, Balzac, a morte de Madame Bovary.
Ele abarca não somente as questões fisiológicas e ritualísticas como retoma os pensamentos do Iluminismo e do Romantismo, assim como as influências da Revolução Industrial e a questão de pestilência que adoeceu cidades que abrigaram covas com incontáveis corpos que literalmente transbordavam em meio à civilização que tentava esconder seus mortos.
comentários(0)comente



Bookstan 30/10/2021

Excelente!
Não li o livro completo pois usei ppara pesquisa de trabalho na faculdade, mas definitivamente quero ler o que falta pois é muito interessante!
Recomendo!
comentários(0)comente



willian.coelho. 30/10/2021

Talvez a obra mais completa sobre a morte no último milênio
“A história da morte no ocidente”, publicada em 1975, é uma compilação de ensaios, abordados por diversos contextos, sobre a morte. O autor se destaca por pertencer a uma corrente de historiadores que vislumbram fatos históricos através da análise das mentalidades, buscando diálogo com o conjunto das ciências humanas. Ademais, fica evidente a erudição do escritor, na medida em que se revela exímio conhecedor da literatura, linguagens e arte, com as quais imbui seu texto. Conquanto haja uma canalização de todos os artigos para o mesmo assunto e um modus operandi que prima por tratar os elementos ao longo de um vasto período (da alta idade média à contemporaneidade), Ariès apresenta ao leitor os comportamentos concernentes ao ato de perecer, às exéquias, ao luto; é, por conseguinte, uma obra deveras completa e variada.
Considerando que o livro foi lançado há quase meio século e que a América Latina nem sequer tenha sido mencionada (malgrado faça parte do ocidente), alguns itens que são postos como atuais pelo historiador não retratam a realidade (pelo menos no Brasil) e, portanto, servem mais como objeto de estudo do que de reflexão. Contudo, a interdição do luto parece ter pouco se alterado desde o fim do século XX (essas manifestações públicas soam desagradáveis): os familiares do falecido fazem uma postagem noticiando a morte em uma rede social, e as pessoas replicam com mensagens curtas de condolências ou de tentativas de abrandamento da tristeza (“pode descansar agora” ou “está num lugar melhor”), mas se mantendo a uma “distância segura” da morbidez. Curiosamente, certamente pela fervorosidade cristã conservadora, os ritos funerários (principalmente o velório) são mantidos bastante tradicionais no Brasil, no lugar de simplesmente se livrar do corpo do modo mais expresso possível.
Outro ponto sobre o qual Philippe discorre com primazia é a relação do homem com a sua finitude, tomando conhecimento da sua individualidade na certeza de sua morte. Ele cita que houve uma mudança nesse aspecto que acompanhou o aumento na expectativa de vida: antes os indivíduos viviam desencantados com a asserção de que sucumbiriam cedo; hoje, por outro lado, quase ninguém pensa na morte (essa particularidade é reservada aos intelectuais existencialistas, os populares estão seduzidos pelos encantos capitalistas), mas estão todos frustrados pela consciência do fracasso de suas aspirações. Essa situação pode ser ainda mais exacerbada no século XXl, pois a medicina evoluiu exponencialmente desde a década de 70: um homem que vive quase até os 100 anos passa quase metade da sua vida como um idoso; enquanto não cogita morrer, vive a incapacidade fisiológica e social, enfrentando “Thanatos” apenas com o capital para se defender.
Por fim, cabe salientar outro brilhante tópico: a relação entre sociedade, família, médico e moribundo. O autor traz uma esplêndida investigação da obra “A morte de Ivan Ilitch” do Tolstói e disseca o comportamento do protagonista com os médicos - que colocam o diagnóstico acima da degradação do seu estado de saúde - e com a família - que se recusa a assumir seu provável fim. Traçar um paralelo com a sociedade atual é demasiadamente verossímil, uma vez que há uma tendência a colocar o moribundo num estado de invalidez social (como uma criança) ao mesmo tempo que o priva da opção de se resignar à morte e esconde dele a real ameaça a sua vida (a ideia é manter o doente sempre ocupado cuidando da sua enfermidade, é insuportável que desista). “Antigamente, a morte era uma tragédia - muitas vezes cômica - na qual se representava o papel ‘daquele que vai morrer’. Hoje, a morte é uma comédia - muitas vezes dramática - onde se representa o papel ‘daquele que não sabe que vai morrer’”.
Inúmeras outras teses são discutidas ao longo da obra, como o culto aos cemitérios, a mercantilização da morte e a monopolização da mesma pela igreja. Se o leitor deseja usufruir desses raciocínios é imprescindível que esteja razoavelmente mapeado dentro da história da idade média (sobretudo para com o desenvolvimento do cristianismo). Além disso, como supracitado, Ariès é muito culto e sua linguagem pode incomodar algumas pessoas: embora sua escrita seja informativa, ele flerta com algo mais literário, incorporando diversos vocábulos em língua estrangeira (latim, inglês e, na tradução, foram mantidos alguns em francês - língua do escritor). Também usa-se de diversos clássicos como referencial teórico, além da arte (pintura, escultura e arquitetura) e dos testamentos. Pela estrutura de compilação, ocorre um pouco de repetição; nada que incomode, todavia. Para finalizar, deve agradar os médicos, que podem se refestelar em material filosófico para ponderarem sobre ortotanásia e eutanásia, conceito de vida, declaração de notícias ruins, etc. Um novo ensaio desse porte, atualizado e expandido, é indispensável.
comentários(0)comente



Nataniele.Kmentt 10/05/2021

Um livro acadêmico maravilhoso
Quem me conhece sabe que eu sou apaixonada na temática final de vida, cuidados paliativos, processo de morrer e morte. Esse livro concluímos em grupo, numa leitura de projeto da faculdade e eu fiquei muito apaixonada, por conhecer a dimensão da historia da morte, as mudanças observadas por séculos que Ariès conseguiu unir pra nos entregar essa obra divina. É um livro essencial pra quem quer entender sobre o assunto, amei muito, o próximo agora é o nascimento do cemitério de Lauwers.
comentários(0)comente



Saulo.Almeida 20/07/2020

Excelente reflexão sobre o interdito na morte na sociedade contemporânea e sobre a proibição da emoção no neoliberalismo.
comentários(0)comente



Juliana.Rissardi 14/06/2020

O livro foi escrito em 1970 pelo Historiador Ariès. A pesquisa descreve sobre as mudanças e como o ser humano via e agia perante a morte desde o começo da Idade Média até a Modernidade, através de estudos de documentos testamentais e a mentalidade do homem. Da morte naturalizada, ao tabu da morte em nossos tempos.
Nos explica as questões da morte dependendo da religião, da sociedade pós- industrial, da sociedade do bem-estar e do consumo.
Apesar de ser um livro historiográfico para o uso aos estudos, é também interessante para quem é curioso em entender sobre como a humanidade reagia nas questões da morte e doa mortos, até mesmo na literatura.
Paulo 14/06/2020minha estante
Muito bom saber que existem livros com essa temática, pois é algo que todas as sociedade humanas, sem exceção, teve que lidar, tem que lidar e terá que lidar. Sua resenha me instigou a ler, vou pegar como recomendação :)


Juliana.Rissardi 15/06/2020minha estante
Fico contente que tenha se interessado pelo livro. A morte é um tema que vemos muito em ficção, reportagens, mas pouco estudada e explicada. Ler, mudou e esclareceu minha forma de pensar alguns aspectos.


Alipio 15/06/2020minha estante
oi Juh.
era para eu ter lido esse livro em Abril.Fui adiando...adiando...e por fim, ficou de lado??

mas pretendo mês que vem ( julho) colocá-lo de volta na fila ?


Juliana.Rissardi 15/06/2020minha estante
Lemos quase no mesmo mês Alipio! Também era para eu ter lido antes. Quando ler, quero suas considerações! ?




7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR