Tuareg

Tuareg Alberto Vázquez-Figueroa




Resenhas - Tuareg


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Leonardo.H.Lopes 26/05/2024

Livro bom, mas ...
Interessante a paisagem de desenvolvimento da narrativa, como o autor vai pintando o deserto do Saara e sua paisagem árida, cercada de camelos, afundada no calor extremo e habitada pelos Tuareg, um povo milenar para quem a honra está acima de tudo, abaixo apenas dos desígnios de Alá. Nesse cenário, desenvolve-se a história de Gacel Sayad, guerreiro do deserto que, ao hospedar dois homens desconhecidos, vê um deles, que estava sob sua proteção,ser assassinado a sangue frio por um oficial do exército e o outro ser levado à força. Altivo, orgulhoso, resistente e extremamente devoto da tradição de seu povo, Gacel abandona a família para vingar a morte do hóspede e a mácula de sua honra, bem como para garantir a integridade e a liberdade do outro hóspede.. Nessa aventura, ele mata mais de quinze pessoas e descobre que a obediência cega aos costumes, que se revela também uma forma de extremismo, deságua em um destino triste e inexorável.

É um bom livro, não há dúvidas. Achei o início muito bom, a ambientação, o cenário árido, a construção dos personagens e dos cenários. Mas, à medida que a narrativa avança, senti a história cambalear, principalmente com as saídas óbvias ou os acontecimentos meio inverossímeis que ocorrem para que o enredo caminhe. Muitos dos eventos no ápice das situações extremas que os personagens vivem no deserto, quase à beira da morte e de um acontecimento terrível, são resolvidos através de verdadeiros deus ex machina, algo que ocorre do nada apenas para salvar a situação trágica e fazer com que os personagens se salvem. Esses elementos, em minha experiência de leitura, acabam por empobrecer a obra, pois geram no leitor certo ceticismo quanto à verossimilhança do que está sendo contado e exigem muito da suspensão de descrença.

Superados esses pormenores, é um livro que vale a pena ser lido quando nos pegamos naquelas tardes sabáticas de tédio. A primeira metade é mais interessante que a segunda, e as coisas se atropelam pelo final da história, como se o autor tivesse se cansado de escrever e quisesse colocar logo um ponto final no texto. Confesso que o final acabou, sim, me surpreendendo e fiquei de boca aberta durante alguns segundos tentando assimilar os quatro últimos parágrafos que encerram, talvez, até mesmo uma lição de moral: tudo na vida deve ser pesado e sopesado, até mesmo as tradições que alicerçam a essência de nosso ser. Agir com irracionalidade por uma causa é um jogo de soma zero, pois nos destrói e gera consequências que nos levam à regressão, destruindo aquilo que julgamos proteger.
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Polly 04/01/2024

Épico!
Já tinha um tempo que minha lista de favoritos não ganhava um novo integrante. Esse livro mereceu.
Estava a ponto de dar 4.5 estrelas a ele, mas pela última FRASE do livro foi impossível resistir à uma nota máxima.
Li em voz alta o último capítulo andando de um lado para o outro na sala de jantar, sem conseguir ficar sentada. Que história! Que escrita! Foi emocionante acompanhar a jornada de Gacel em seu zelo ao código de honra levado para além de seus limites. O personagem é cativante, a história, imprevisível. Diferente de muitos dos livros de suspense que leio, em que facilmente consigo adivinhar como tudo irá acabar, esse aqui me surpreendeu profundamente. Não apenas Gacel me conquistou, mas os outros personagens também possuem personalidade e são descritos de forma muito interessante, como o tenente Razmán e mesmo outros que aparecem fugazmente. O ritmo não é acelerado, mas mesmo isso (entendi com o tempo) faz sentido considerando que tudo se passa no deserto, no calor sufocante, em suas intermináveis dunas de areia. Ainda assim, não é monótono.
Em vários trechos quis fazer marcações e grifar, mas me contive pois o livro é emprestado. As descrições são bem escritas, quase que poéticas. A descrição da cena da neve me tocou tanto que li várias vezes.
Creio ser esse um exemplo de livro que se faz impossível adaptar ao cinema sem perder a essência quase que em sua totalidade. Vi que há uma adaptação antiga, que pretendo sim assistir. Mas penso que a riqueza contida nas descrições, nos pensamentos, nas intenções, nas expressões... tudo isso se faz difícil de ser captado por um filme, que conseguiria transmitir apenas as cenas objetivamente, o que tornaria o relato, a meu ver, superficial.
Finalizo recomendando a leitura e reforçando que vale muito a pena, até o último ponto final.
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@thejubenfica 30/09/2023

Um jornada de maluco
Olha, como historiadora até entendo toda a jornada do tuareg, mas pelo amor de Deus, depois de tudo o que esse homem passou, esse é o final? Comecei admirando a coragem e determinação e terminei achando ele um maluco, porque mesmo com todas as tradições, não faz sentido um personagem TÃO BURRO MEU DEUS DO CÉU QUE ÓDIO
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Alice Braga 26/02/2023

Ganhei este livro, talvez não tivesse comprado e perderia muito ao não le-lo. Fui me envolvendo com o personagem, sofrendo com ele, justificando suas perseverança em honrar costumes antigos, mesmo quando eu via que não estava dando em nada. Cheguei próximo ao final já prevendo o que aconteceria e decepcionada que acabaria de maneira ruim, no entanto, o que aconteceu foi surreal, me deixou de boca aberta, li novamente a última folha para ter certeza do que tinha acontecido e este final valeu a nota 5. O desenvolver do livro, as angústias do personagem, seu caráter, sua devoção, fizeram o livro, mas o final, que final!!! Fiquei chocada, pqp.
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Lalá? 22/02/2023

Estou embasbacada
O gênero e a proposta da história normalmente não me chamariam a atenção, mas decidi dar uma chance pra esse livro e eu realmente gostei. Ele prometa e entrega quase tudo, só o romance que não apareceu muito na história, mas nada que incomode. O enredo é muito massa de ler e não é entediante, visto que normalmente é um tipo de livro lido apenas por pessoas mais velhas e tido como chato. e O FINAL MEODEUS, nem se fala.
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Jessica 21/02/2023

Eletrizante e impressionante
Este livro, recomendação do grande livreiro Sr. Chain, sem dúvida é um dos melhores livros que já li. O enredo se trata da jornada de um targuí, Gacel, em busca de fazer valer a antiga lei do deserto após um acontecimento inoportuno. Pode parecer uma ingênua história, mas quanto mais se lê, mais cativante a história se torna, a medida que a aventura de Gacel toma proporções extraordinárias. Estava muito satisfeita com o desenrolar dos eventos, mas a finalização da incrível viagem de Gacel deixa, sem exagero, o leitor de "boca aberta", sem reação, de tão inesperado e dramático. Foram poucos os livros que li que conseguiram ser apaixonantes do começo e o fim; repleto de momentos arrebatadores e de interessantes relflexões! Não deixe de lê-lo!!
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bobsleigh 08/01/2023

livrão
Existe o pensamento antes depois de Tuareg. Nunca imaginei o deserto do Saara da forma com que o Figueroa escreveu aqui. É um empurrão pra viajar num dos ambientes mais hostis do planeta que, uma vez estando lá em imaginação, a causa da Gacel Sayah virá sua. A lei do deserto deve prevelacer acima dos franceses, dos traidores da pátria, dos militares e qualquer outro que queira ameaçar a vida do nobre Imuhagh.

o filme é uma merda.
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Viviani.Bontorin 06/01/2023

Um final simplesmente surpreendente
Gacel Sayad é um dos últimos tuareg que existem no deserto do Saara, sua vida muda no dia em que precisa lutar para manter seu código de honra.
Um livro envolvente, com uma história única e repleta de nuances.
Mas confesso que o final para mim fechou com chave de ouro.
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Reccanello 15/03/2022

Um livro denso e, ao mesmo tempo, muito tenso, mas cuja trama flui como os grãos de areia que o vento espalha pelo deserto e prende como as maravilhas de um oásis.
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Como diz seu título, o livro conta a história de um… tuareg! Gacel Sayad - um guerreiro do deserto que segue um código moral muito próprio e definido - tem sua honra imensamente atacada quando militares invadem sua tenda em pleno deserto e assassinam um seu hóspede, que estava protegido sob seu teto. Não há maior desonra para um tuareg, e sua ancestral moralidade exige punição àqueles que cometeram tal ato. A qualquer custo! E assim começa sua aventura pelo deserto, numa sequência de perseguições, dissimulações, truques, golpes e contragolpes, numa história da qual, ao final, ninguém sairá vencedor.
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Neste romance admirável que vendeu mais de 2 milhões de cópias, as descrições que o autor faz do deserto e das paisagens inóspitas que fazem parte do dia a dia dos tuareg são absorventes e sedutoras. A narrativa da ação é vertiginosa e mergulha o leitor no mundo milenar e misterioso do Saara e de seus habitantes mais aguerridos, os únicos capazes de sobreviver às suas inacreditavelmente inóspitas condições, donos de uma cultura única e apaixonante, para quem a lei do deserto é inapelável. Ao lado de sua história absolutamente fascinante, o livro nos leva a pensar e refletir seriamente sobre a colonização e o estupro cultural de povos cujas bases culturais são tão antigas quanto a própria humanidade.

site: https://www.instagram.com/p/CW62eVdAh2a/
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Henrique Bittencourt 05/02/2022

Ótimo livro de aventura! O author traz uma narrativa muito leve, fácil de entender e ao mesmo tempo explora temas complexos, como a cultura do povo Tuaregue.
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AssunAAo 03/01/2021

Até onde um homem é capaz de chegar para defender sua honra?
Tuareg conta a história de um targui que recebe em sua tenda dois estranhos. Entre os tuareg a hospitalidade é uma prática que não deve falhar. No momento em que um dia homens é morto sob sua tenda e o outro é levado, ainda que pela polícia, o targui sente que falhou em sua obrigação com aqueles estranhos. Então, empreende uma missão que busca resgatar sua honra ferida e compensar o estranho que ainda permanecia vivo por não ter oferecido por completo sua hospitalidade. Em meio à sua missão, em uma África pós-colonial, o targui é colocado em cheque quanto às suas crenças e práticas tradicionais. É um romance que prende o leitor do início ao fim da história: ora nós identificamos com sua visão de mundo em que o respeito deve estar acima de qualquer coisa, ora nós questionamos qual o limite entre o respeito à um outro personagem. Não se pode deixar de destacar também o final surpreendente e totalmente coerente dessa missão.
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Deco 27/10/2020

Matulem, Matulem.
Que livro!
Ambientado em um inóspito deserto, cujas fronteiras existem apenas nos mapas e cartas, Tuareg é uma obra irretocavel.
A linguagem utilizada pelo autor, com suas analogias e descrições nos faz imergir naquele mundo, muito diferente do nosso verde tropical, com costumes muito mais antigos que qualquer lei escrita.
Tuareg é um história empolgante e profunda que, em meio a acontecimentos marcantes e aventuras eletrizantes, nos faz pensar sobre a moralidade, e sobre conceitos básico, como o "certo é o errado".
O livro prende o leitor até o fim, e só termina na última frase.

RECOMENDO FORTEMENTE.
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Amanda 18/08/2020

?Duro de Matar das arábias?, foi essa minha sensação durante a leitura de Tuareg! Mas fui surpreendida para além da aventura ao ser questionada se vale tudo pra se defender o seu código de honra.

Gacel Sayad é um tuareg, homem do deserto e seu profundo conhecedor, guerreiro e orgulhoso de suas tradições. Uma vez ofendido seu inflexível código ele busca vingança e parte em uma saga solitária através do Saara até onde seu corpo e mente nunca pensaram em estar.

A sabedoria de sobreviver ao deserto, sua sagacidade e a lealdade extrema acompanham o Tuareg e torna sua jornada admirável e nos deixa sem fôlego. Mas somos apresentados também ao seu viés. Defender o que para o personagem é correto acaba por desencadear outras situações também não éticas e por ele, não desejada. Então, até onde devemos ir pra honrar nossos princípios?

Uma história onde o desfecho se dá na última linha é incrível! Tuareg faz isso e ganhou crédito pra mim por conta deste desfecho. Por isso indico ler o último parágrafo usando as mãos para escondê-lo conforme ler para não estragar toda a emoção do momento.
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pmilao 13/06/2020

Quando a tradição cega
Até que ponto vai um tuareg? Qual o preço a se pagar pela honra do seu povo? Uma narrativa muito gostosa de ler.
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