O Imoralista

O Imoralista André Gide




Resenhas - O Imoralista


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Ingrid 18/01/2021

para passar o tempo e refletir um pouco, o livro é ótimo, porém é meio arrastado e as coisas só se desenrolam mesmo lá para o final do livro.
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Edu 11/04/2021

Sem direção?
A leitura foi fluida, ficando interessante (principalmente nos capítulos em que ele está no campo), mas parece que não chegamos a lugar nenhum... No final ficou aquela sensação de que faltou. Ficou tudo muito sugestivo ou tênue. O mais ousado no livro é a capa mesmo. Mas ainda assim foi uma boa descontração, com um pouco de filosofia.
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Disotelo 14/04/2021

Quando a Persona Desaba
Já se passaram 15 anos desde a leitura desse livro e eu ainda guardo algo significativo dele.
Temos aqui um protagonista bastante sufocado pela persona, que, diante de situações trágicas, vê a persona desmoronando. Eu vivia um processo semelhante quando o li, por isso mesmo ele foi tão marcante pra mim, nota-se que o autor tem um entendimento profundo desse tipo de experiência psicológica, inclusive, ele mostra os perigos disto e vai até as últimas consequências nesse mostrar, não devemos entender como uma apologia ao comportamento do personagem, mas sim como um alerta "seja você mesmo, mas seja com moderação para não se tornar um monstro"
Fora isso vale dizer que a escrita do Gide é muito boa, não é difícil de ler e ele é do tipo de autor que sabe construir frases marcantes, do tipo que fica na sua cabeça após o término do livro.
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Mozart 02/05/2021

Andre Gide neste livro contou alguns detalhes de sua vida .
E um relato de um homem que prometeu ao pai que casaria, e assim o fez, mesmo sabendo que não seria feliz.
Michel teve um matrimônio de aparências com Marceline . Saia só em algumas noites, saia para saciar seu desejo sexual com outro homem, isto com a ciência de sua esposa.
Quando Marceline ficou tuberculosa fizeram o inverso da viagem de lua de mel até o Marrocos onde depois de um período ela falece.
A partir deste momento Michel começa a viver uma vida mais modesta no Marrocos,sem cobranças e sem nenhuma promessa . Vive ao lado de um jovem marroquino. Vive feliz.
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Carolina Corrêa 04/05/2021

Bom
É um bom livro, com a narrativa típica de Gide, prendendo o leitor.
Dentro da temática polêmica para seu tempo, o autor segue dando toques autobiográficos em seus romances. Critica sutilmente os preconceitos do mundo burguês - ambiente da história contada, assim como o que o próprio autor viveu, no século XIX.
Merecem destaque a sensibilidade e a coragem do personagem em relação a seus amores.
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Rafael.Montoito 03/10/2021

Uma odisseia da autoaceitação
Este é um livro sobre os preconceitos do começo do século XX e de como era difícil alguém ser sincero consigo mesmo: na história, publicada originalmente em 1902, Michel promete ao pai, em leito de morte, que irá se casar - e assim o faz, com a frágil Marceline, com quem desenvolve uma terna amizade. Contudo, o casamento não apaga sua verdadeira condição sexual.
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Após sobreviver à tuberculose, o jovem francês começa, pouco a pouco, a abrir-se para a vida, na tentativa de resolver seus conflitos interiores. Numa viagem à África, sente uma forte atração por jovens africanos e por trabalhadores rurais brutos, ambos grupos que contrastam com sua educação erudita e requintada; seus desejos homossexuais vêm em ondas cada vez mais fortes e o acompanha quando volta à França: o desejo torna-se vontade de ver os corpos masculinos; ao vê-los, deseja tocá-los; ao tocá-los, descobre-se o outro que não tem coragem de ser, dada a moralidade da época - a escalada do autoconhecimento vai de mão com a construção de uma personalidade imoral (que, por fim, é imoral aos olhos dos outros, mas é a única garantia de felicidade de Michel).
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O livro é curto, um pouco arrastado e as referências à homossexualidade de Michel são apenas levemente delineadas - o leitor mais desatento as deixará passarem despercebidas -, porém contém algumas frases brilhantes, profundas e assertivas que mostram a genialidade de seu autor. Duas cenas merecem destaque: aquela em que a personagem principal conversa com Moktir, que lhe sinaliza que sua única chance é aceitar sua própria essência, e a em que Michel se encontra com um condutor de carruagens siciliano.
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Paulinho 22/03/2020

Ménalque vale a leitura.
Infelizmente a edição da Nova Fronteira, que se diz Edição Especial e Limitada, Coleção Clássicos de Ouro, e não possui um único texto de apoio, nenhuma introdução, nenhum posfácio, nada. Um livro de 1902, que com certeza rende ótimos artigos e análises, em uma edição pífia. Falando do livro em si, achei as reflexões interessantes, mas a ação repetitiva, único personagem que me ganhou e que valeu a pena a leitura do livro é o Ménalque. Faltou ao Michel coragem para ser imoralista, várias vezes as reclamações do protagonista parecem da ordem de "white people problems".
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Mary Maia 29/11/2021

Leitura cansativa
Sinceramente eu não curti essa leitura. Achei maçante e tive que fazer um exercício enorme para dar continuidade.
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Jullyan.Garcia 25/01/2020

Uma doença
Um livro muito bem escrito, mas não é bom. Só traz um homem viajando e tentando fugir de algo... Esse algo? A doença do corpo e da alma.
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Antonio.Junior 15/01/2022

"Como um Artista e sua Tela."
Escrevo esta resenha ainda extasiado. É indescritível a sensação que permanece conosco ao fim de uma leitura que consegue comunicar-se tão intimamente com o nosso ser. Escrevo também na intenção de tentar fazer justiça ao autor, que infelizmente não tem o reconhecimento que merece em nosso país (pelo menos até o momento, esse ano [2022] sua obra entra em domínio público, espero intimamente que esse cenário mude) e também fazer justiça a este livro, que possui, por aí, opiniões bem divergentes.
Consegui me envolver facilmente com esta leitura logo no primeiro parágrafo. A escrita de Gide é bastante minuciosa e poética, somos presenteados constantemente, durante o romance, com descrições encantadoras, não só de belíssimos, exóticos e selvagens ambientes, mas também belas e não menos selvagens psiques. Poderia muito bem se tratar de um pintor com sua tela. Embora com uma temática tão "pesada", que é a luta interna do homem com seus valores internos, o autor consegue guiar o leitor por seus parágrafos com uma extrema leveza que torna essa leitura tão fugaz (e doce) como a evaporação do primeiro orvalho pela manhã.
É essa leveza do Gide, essas pinceladas sutis do escritor, o que mais me agradou nesse romance. A "Imoralidade" está nas entrelinhas, em muitos momentos me peguei espiando-as tão avidamente quanto as próprias palavras.
Uma experiência transformadora, um bálsamo ao espírito.
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Marcelo 10/02/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
Fazia tempo que queria ler algo de André Gide e ao ler recentemente os diários de Susan Sontag, onde ela cita muito o autor, tomei a iniciativa de ler ?O Imoralista?.

André Gide foi Prêmio Nobel de Literatura em 1947 e já havia escutado sobre a temática homossexual que permeia sua obra. Confesso que fui curioso para ver como o tema era abordado nessa época.

O livro relata a historia de Miguel, casado com Marceline. A doença de ambos é um eixo central. Na busca de um lugar melhor para recuperar a saúde e também pela felicidade, o casal passa por diversas cidades e países.

Miguel reúne seus 3 melhores amigos para abrir sua alma, contar tudo o que se passou em sua vida com Marceline e contar suas aventuras com outros homens. Apesar do amor que afirma por sua esposa, o personagem central vive a dúvida de estar com ela ou estar com jovens que passam pela sua vida. Mesmo nos momentos mais críticos da doença, deixa a esposa para se aventurar com outros rapazes.

Apesar da temática homossexual, o tema é tratado de forma bem sutil, deixando a entender o que se passa nas entrelinhas, apenas com alguns flashes e relatos um pouco mais claros.
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Sakura22 24/03/2022

Legalzinho
Nossa, agora que percebi que estou a 5 meses em hiato na leitura... Anyaway, peguei esse livro pensando que ia ser algum tipo de romance clichê e coisa e tals, porém ele foi bem diferente da minhas expectativas. Não que seja algo ruim, mas, se você ler esperando dois personagens fixos vivendo um romance, vai quebrar a cara, pois o protagonista vive diversas experiências aleatórias e propõe várias reflexões filosóficas sobre a vida, o amor, a desigualdade social e coisa e tal durante o livro...
É um livro bem sensível e gostoso de se ler.
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Wagner 10/04/2022

COLEGAS DE ESTUDO
(?) Revi com mais satisfação meus colegas de estudos, arqueólogos e filólogos, mas não encontrei em sua convivência mais emoção e prazer do que sentia em folhear bons dicionários de história (?)

In : GILDE, André. Os imorais . Pp 58.
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marcelo.batista.1428 13/06/2022

Existe uma lista dos cem melhores romances do século passado publicado na Folha de São Paulo, e eu a tenho visitado uma vez ao ano com o objetivo de aproximar-me dos clássicos, com os quais nem sempre me apaixono, mas acho importante conhecer. Assim cheguei a esse livro.
Foi uma leitura que não me empolgou e provavelmente me falta conhecimento para absorver porque ele é considerado um clássico. Além do estilo do autor não ter me encantado, o tema também me trouxe um certo desconforto. Acompanhamos a vida de um homem da elite que resolve pensar sobre a razão da vida, questionar o que é o mais importante, e com isso ter uma visão crítica do modo como nos organizamos em sociedade, com relação a ritos e tradições que seguimos, e questionar a forma moralista como se desenha as relações.
Isso gera alguns momentos interessantes no livro, e um deles cito aqui: “Das mil formas de vida, cada um de nós só pode conhecer uma. Desejar a felicidade dos outros é loucura: não saberíamos o que fazer dela.”
O meu incômodo vem do fato das questões sociais geralmente ficarem de fora da abordagem desses clássicos do século passado. Geralmente a elite é retratada e quem está fora dela, mal aparece. Nesse livro, as classes mais baixas aparecem, mas distantes, com um enfoque que chega a ser pejorativo, muitas vezes “objetificando” pessoas. As vezes parece que o sofrimento do outro é um problema não porque me empatizo com ele, mas porque ele causa tristeza em mim.
“... Não contente de acompanha-los ao trabalho, queria assistir suas distrações; seus pensamentos obtusos não me interessavam, mas eu assistia as suas refeições, escutava seus gracejos, acompanhava amorosamente os seus prazeres. ... Sentia em meus braços a fadiga do ceifeiro; cansava me com o seu cansaço; o gole de sidra que ele bebia matava a minha sede; ... um deles cortou profundamente o polegar; sua dor doeu-me até a medula.”
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Neylane Naually 08/07/2022

Escrita belíssima
O livro foi publicado em 1902 na França e mostra a fragilidade e as várias faces da vida burguesa europeia. Gide, em suas obras, mostra a sensualidade, a luxúria e até mesmo certo homoerotismo, de forma que seus livros estiveram na lista de livros banidos pelo Vaticano.

Pessoalmente, o que eu mais gostei foi a escrita. A história é bem simples e rápida de ler, nós acompanhamos o relato de Michel, que se casa com Marceline para agradar o pai que está no leito de morte. Após o casamento, ele fica muito doente e é assim que ele passa a se questionar.

Separei alguns dos meus quotes favoritos. Obrigada a minha amiga por me fazer tirar esse livro da estante.

O autor recebeu o Nobel de Literatura de 1947.

"Aliás, que entendia eu por viver? - Era precisamente o que gostaria que me ensinassem. Uns e outros conversavam habilmente sobre diversos fatos da vida, mas nunca sobre aquilo que os motiva."
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