Dilson Vargas Peixoto 03/02/2024
O mesmo estilo
Ao ler várias obras de José de Alencar, me deparo com o mesmo pano de fundo: uma paixão geralmente oculta, a defesa de uma fazenda ou território, aliados inesperados que aparecem superficialmente, um rival/inimigo bastante presente.
Em Til e O Sertanejo não foi diferente. Contudo, o destaque dos romances são alguns detalhes. A compaixão da personagem principal do primeiro e apresença de um portador de necessidades especiais torna atrama peculiar. Ademais, existe a abordagem do trauma da escravizada.
O Sertanejo foi o meu preferível entre os dois. O detalhe das lides do vaqueiro nordestino, da natureza ao qual está inserido e, principalmente, a relação de igual para igual com a fauna beiram ao misticismo para quem é da cidade. Mas, no próprio romance há uma explicativa racional para o fato.