Warleggan

Warleggan Winston Graham




Resenhas - Warleggan


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Maitê 04/01/2020

Mesmo tendo assistido a série, que são muito fies aos livros, ainda assim a escrita é tão boa que continuo virando as páginas desejando cada vez mais.
Ao chegar ao livro 4 fica claro, que essa não é um tipico romance histórico, onde o amor romântico prevalece. O amor aqui é o do companheirismo, sem mascaras, o da convivência e o da dificuldade.
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Denise 19/05/2018

Arrancaram meu coração
Que livro foi esse?
Que autor!! Que maravilha de escrita! A angústia me acompanhou por toda a leitura e em algumas partes tinha de largar o livro e caminhar um pouco para respirar,porque parecia que estava lendo thriller de suspense. Teve momentos que pensei: Poxa, será que nada vai dar certo nesse livro? Tudo que eu imaginava que ia acontecer era o inverso. Eu amo ser surpreendida amo uma leitura imprevisível é sofrido? Sim, muito. Mas é incrível!!
Sobre o relacionamento do casal foi a parte mais sofrida,muito triste ver o afastamento deles eu sofri tanto pela Demelza eu chorei e me angustiei como se eu fosse ela. Ah e como eu odiei o Ross... só que daí vinham os capítulos onde eu tinha acesso aos sentimentos e pensamentos do Ross e eu acabava compreendendo ele.... ok então vamos culpar a outra? Não, não vamos porque o autor vai mostrar que ela também é uma pessoa que tem suas lutas e dificuldades e assim segue a leitura observando cada situação se colocando na pele de cada um e sem condenar ninguém é isso é brilhante,são poucos autores que conseguem esse efeito em mim. E o final? E não é que ele fez a mágica,um final feliz de aquecer o coração e derramar lágrimas de emoção e felicidade.
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Peregrina 12/07/2016

Winston Graham se superou!
O quarto livro da série Poldark traz um Ross dividido entre a esposa Demelza e a mulher que julga ser o amor da sua vida, Elizabeth. Os negócios na "nova" velha mina vão de mal a pior. Para piorar, o prazo para pagar o empréstimo que fez sob uma taxa altíssima de juros se aproxima e, com ele, a possibilidade de ir para a prisão caso a dívida não seja quitada (e as possibilidades disso são BEM altas). Além disso, a Revolução Francesa é o pano de fundo para mais complicações e oportunidades, a possibilidade de guerra contra os franceses se eleva e os nossos personagens não tardarão a ser atingidos, a expectativa é que a Inglaterra entre em guerra contra a França a qualquer momento e isso afeta bastante algumas decisões tomadas na história.

"As pessoas esquecem que quando um país joga fora a sua disciplina, joga fora a sua força."

O filho de Ross e Demelza, Jeremy, cresce saudável e um tanto diferente de Julia, sua primogênita e não parece ser o suficiente para levar a vida do casal de volta ao estágio em que estava antes do julgamento de Ross que ocorreu no livro anterior e, após algumas revelações impactantes de Elizabeth ao Captain Poldark, seus sentimentos tornam a inquietar o senhor de Nampara. Quem sofre com isso é Demelza que, conhecendo bem o marido, é abalada por uma tempestade de ciúmes e desconfiança que a levam a se envolver perigosamente com um oficial escocês, velho amigo de Ross.

Fora do triângulo amoroso, outros personagens se destacam neste livro. Verity não está neste rol, mas o autor nos deixa saber que ela está feliz com os enteados e esperando um bebê. Já Francis encontrou uma razão de viver na nova mina e deposita todas as suas energias em esforços para encontrar quantidades promissoras de cobre, o que acaba lhe custando caro. Eu nunca gostei muito do Francis, confesso, porém neste livro o autor fez com que ele se tornasse mais agradável aos olhos do leitor de alguma forma, além de se empenhar na mina, ele se converte de um babaca mimado em um homem mais "experiente", reconhece que tratou a Demelza injustamente nos anos anteriores e é bem gentil com ela, por exemplo na passagem seguinte quando ela, já incomodada com a reaproximação de Ross e Elizabeth, faz uma confissão ao cunhado:

"Não tenho dúvidas de que o Ross te ame", Francis disse, "Porque eu mesmo poderia amá-la".
Ela olhou para ele rapidamente, bem séria, então se inclinou e colocou mais lenha na lareira. "Você acha que ele ainda me ama?"
"Ross? É claro. Por quê? O que você acha?"
"Acredito que ele ame mais a Elizabeth."
Quando ela se levantou nenhum dos dois falou por alguns instantes. Ele disse então: "Bem, se esse é o dia das confissões, posso lhe dizer algo sobre você, Demelza?"
"É claro."
"Você tem um defeito que é este: você não se valoriza o bastante."

Além do Francis, outro personagem que assume um papel de mais destaque é o médico Dwight Enys, o seu dramático envolvimento com a herdeira Caroline Penvenen atingiu patamares mais arriscados e o relacionamento dos dois foi fonte de grande conforto e prazer na leitura enquanto tudo desmoronava em Nampara e Trenwith. Aliás, retiro tudo que disse e/ou pensei sobre a Caroline. Ela é uma personagem fantástica, por mais que parecesse irritantemente mimada no terceiro livro, ela provou ser uma mulher corajosa e astuta neste e gostei bastante das cenas que ela protagonizou.

Por fim, o último personagem que se destacou e cujo sobrenome intitula o livro é George Warleggan. Não que ele apareça mais do que nos outros livros, mas, neste, nós sentimos sua influência nos personagens e em cada acontecimento importante do livro de modo mais intenso e frequente. De alguma forma, ele está sempre lá quando algo relevante acontece; sua família fica ainda mais poderosa e seu poder sobre Ross aumenta consideravelmente, representando um perigo para a subsistência do Capitão Poldark, de sua família e até mesmo para a conservação de sua sanidade!

Sobre a escrita do Graham só posso dizer que ele se superou, criou um enredo de tirar o fôlego, difícil de largar, profundamente impactante. A história só não se tornou uma favorita porque, infelizmente, eu fiquei decepcionada com o rumo pelo qual ele conduziu alguns eventos/personagens... O que mais? Este livro mexeu com meu íntimo, me fez questionar valores, em diversas situações me vi desesperada no lugar de personagens queridos e sem saber como agir se determinados acontecimentos tomassem lugar na minha vida. É um livro que nos faz pensar sobre nós mesmos e em como as escolhas que tomamos não têm o condão de afetar apenas as nossas vidas, mas de muita gente ao nosso redor também. Terminei a leitura com lágrimas escorrendo incessantemente sobre as minhas bochechas, um pouco decepcionada, mas extasiada com o show de escrita que tive um prazer de apreciar. Já quero o próximo livro!

"Quanto mais eu vivo", Ross disse, franzindo as sobrancelhas, "mais desconfio dessas distinções entre homens fortes e homens fracos. Os acontecimentos da vida fazem o que querem conosco e essa liberdade temporária que temos apenas nutre uma ilusão."
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Rebeca 12/07/2016minha estante
Como eu amo as suas resenhas!


Peregrina 15/07/2016minha estante
Obrigada, Rebeca



Cynthia.Theodoro 06/06/2018minha estante
Achei tão linda essa passagem entre Francis e Demelza! Ainda não li nenhum dos volumes dos livros apenas assisti a série mas a impressão que os personagens me deram é que Francis admira ainda mais Ross pela escolha que ele fez da esposa. E acho Francis doce e verdadeiro quando após se livrar da influência de George se reencontra com o primo-companheiro, a quem ele confia e admira!




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