spoiler visualizarTigronna 24/07/2023
Eu adoro Jorge Amado e claro, adorei Gabriela, acredito que a história dessa mulher muito se encaixa nos dias atuais, na luta feminista.
Gabriela, ao meu ver, foi uma mulher a frente de seu tempo. Na época do livro o machismo dominava, as mulheres não podiam estudar, trabalhar, só limpavam, cozinhavam, bordavam e a fins, se fosse casada não podia sair desacompanhada a noite e tinham que seguir certas “regrinhas” para ser uma senhora de respeito.
Porém Gabriela era livre e mesmo quando foi casada, continuou livre, andava descalça, dançava, via amigos e as vezes até sozinha de noite saia, tudo escondido pra não magoar seu Nacib, homem bom, segundo ela, que tentou mudá-la, ou moldá-la para a sociedade.
Pra Gabriela ciúme era engraçado, casamento e fidelidade também, ela “amava” todos os homens que queria, também escondido de seu Nacib...
Mas um dia, a verdade vem a tona e a partir de então passaram a aceitar a liberdade da moça, aceitar que ela não se deixaria moldar fosse por marido ou pelos comentários, ela era livre e pronto! Aí tudo fluiu bem, no trabalho e também no amor.
Hoje a sociedade está mudada, está moderna, mas ainda há os que nos querem moldar e assim nos oprimem, portanto, mulheres, sejam Gabriela e não deixem que homem algum vos impeçam de ser vocês mesmas, de trabalhar, estudar, dançar, fazer esportes... Façam o que amam!
Por trás da história da moça, há uma história de reforma, de luta e de desenvolvimento da cidade de Ilhéus, a qual eu não sei se é verdade, mas pretendo pesquisar.