flaflozano 25/06/2019
A little taste
Ah, isso é muito mais divertido do que achei que seria. Gosto de ficar bêbada quando Hardin está por perto porque digo as coisas sem pensar — tudo que tenho vontade —, e isso é muito engraçado.
“Você me ouviu…”, respondo e caminho na direção dele. “Talvez eu tenha deixado um cara na balada me levar para o banheiro. Ou de repente o Trevor me comeu nessa cama”, digo, olhando casualmente para trás, por cima do ombro.
“Cala a boca. Pode parar com isso, Tessa”, Hardin me avisa.
Mas eu dou risada. E me sinto forte, corajosa… com vontade de arrancar fora a camiseta dele. “Qual o problema, Hardin? Não gosta de pensar nas mãos do Trevor por todo o meu corpo?” Não sei se é a raiva de Hardin, o álcool ou a falta que sinto dele, mas, sem pensar muito no que estou fazendo, subo no colo dele. Meus joelhos se apoiam ao lado de suas coxas. Hardin fica completamente surpreso e, se não me engano, está tremendo.
“O que… o que você está fazendo, Tessa?”
“Fala pra mim, Hardin, você gosta de pensar em Trev…”
“Para com isso. Para de falar isso!”, ele pede, e eu obedeço.
“Ah, relaxa, Hardin, você sabe que eu não faria isso.”
Eu o envolvo pelo pescoço. A saudade que me invade por estar em seus braços é quase de tirar o fôlego.
“Você está bêbada, Tessa”, diz ele, tentando afastar meus braços.
“E daí… Quero você”, digo, surpreendendo a nós dois.
Decido ignorar meus pensamentos, ao menos os racionais, e agarro seus cabelos com ambas as mãos. Ah, como senti falta dessa sensação em meus dedos.
“Tessa… Você não sabe o que está fazendo. Está completamente chapada”, diz ele.
Mas não há convicção alguma em sua voz.
“Hardin… para de pensar demais. Você não sente falta de mim?”, digo contra o seu pescoço, dando uma chupada de leve. Estou completamente entregue aos meus hormônios, não sabia que o queria tanto assim.
“S-Sinto…”, ele sussurra, e eu chupo com mais força, certamente deixando uma marca. “Não posso, Tess… Por favor.”
Mas me recuso a parar e, em vez disso, movo os quadris no colo dele, fazendo-o gemer.
“Não…”, ele sussurra e me agarra pela cintura, interrompendo meus movimentos.
Eu me afasto e lanço um olhar fulminante. “Só existem duas opções aqui: ou transa comigo ou vai embora. Você decide.”
O que eu acabei de dizer?
“Você vai me odiar amanhã se eu fizer isso com você nesse… estado”, ele diz e me olha nos olhos.
“Eu já te odeio”, revido, e ele estremece diante de minhas palavras. “Mais ou menos”, acrescento, com mais suavidade do que gostaria.
Ele afrouxa as mãos em minha cintura, permitindo que eu me mexa de novo. “Será que a gente pode pelo menos conversar sobre isso antes?”
“Não, deixa de ser chato”, resmungo e me esfrego contra sua perna.
“A gente não pode fazer isso… não assim.”
Desde quando ele tem alguma preocupação moral? “Sei que você quer, Hardin. Estou sentindo como está duro embaixo de mim”, digo em seu ouvido.
Não acredito nas palavras sujas que saem dos meus lábios bêbados, mas a boca de Hardin está bem escura, e seus olhos estão arregalados, quase pretos.
“Qual é, Hardin, você não quer me debruçar naquela mesa? Ou na cama? Na pia? Tantas possibilidades…”, sussurro e mordo de leve sua orelha.
“Caralho… Tá bom. Foda-se”, ele diz e passa as mãos pelo cabelo, puxando a minha boca para a sua.
No momento em que os lábios de Hardin tocam os meus, meu corpo se inflama. Solto um gemido contra a sua boca e sou recompensada com um som igualmente febril de sua parte. Meus dedos brincam em seu cabelo, e eu o aperto com força, incapaz de controlar a mim mesma ou minha necessidade. Sei que ele está se segurando, e isso me deixa maluca. Minhas mãos descem até a barra da camiseta preta, segurando o tecido e puxando-o por sobre a sua cabeça. No instante em que interrompemos o beijo, Hardin recua a cabeça ligeiramente.
“Tessa…”, ele implora.
“Hardin”, respondo e corro os dedos por sua tatuagem. Sinto saudade da forma como seus músculos rígidos se esticam sob a pele, o jeito como a tatuagem preta e intricada se retorce e decora seu corpo perfeito.
“Não posso me aproveitar de você”, diz, mas depois geme quando deslizo a língua pelo seu lábio inferior.
Deixo escapar uma risadinha zombeteira. “Para de falar.”
Quando o envolvo com a palma da mão através da calça jeans, sei que ele não vai mais resistir, o que me agrada mais do que deveria. Nunca achei que estaria no controle com Hardin; é muito divertida a forma como trocamos de papel.
Ele está tão duro e tão excitado. Saio do seu colo e tateio à procura do zíper.
HARDIN
Minha mente está a mil. Sei que isso é errado, mas não consigo evitar. Eu quero tê-la, preciso dela. Sinto muita falta dela. Tenho que possuí-la. E Tessa deixou bem claro que é para eu ir embora se não fosse transar com ela, então não há nenhuma chance de eu sair daqui se essas são as minhas opções. As palavras saíram de seus lábios com tanta naturalidade, foi tão estranho…
Mas tão sensual.
Suas mãos pequenas abrem minha calça jeans. Quando meu cinto bate em meus tornozelos, balanço a cabeça. Não estou pensando direito, não estou conseguindo raciocinar. Estou perdido, completamente apaixonado por essa mulher em geral tão doce, mas hoje tão indomável. Eu a amo mais do que posso suportar.
“Espera…”, digo novamente, sem desejar que ela pare, mas o lado bom que existe em mim quer resistir ao menos um pouco para aliviar a culpa.
“Nada… de esperar. Já esperei demais.” Sua voz é suave e provocante. Ela puxa minha cueca e me segura em sua mão.
“Caralho, Tessa…”
“Isso mesmo. Caralho. É isso que eu quero.”
Não posso impedi-la. Nem que quisesse. Ela precisa disso, precisa de mim. E, bêbada ou não, sou egoísta o suficiente para aceitar isso, já que é a única maneira de ela me querer.
Tessa se ajoelha e me envolve com a boca. Quando olho para ela, vejo que está retribuindo o olhar, piscando algumas vezes. Porra, ela parece um anjo e o diabo ao mesmo tempo, tão doce e tão devassa, me acariciando com a língua, lambendo e brincando comigo.
Então ela para com o meu pau junto do rosto e pergunta com um sorriso: “Você gosta de mim assim?”.
Quase gozo só com aquelas palavras. Faço que sim com a cabeça, incapaz de responder, e ela me engole de novo, mais fundo, e me chupando mais forte. Não quero que ela pare, mas preciso tocá-la. Senti-la. “Para”, imploro e a afasto com carinho pelo ombro. Ela faz que não e continua sua tortura, movendo a cabeça para cima e para baixo numa velocidade perigosa. “Tessa… por favor”, digo num gemido, mas sinto que ela está rindo, uma vibração profunda que me atravessa por inteiro, até que, por sorte, ela para logo antes de eu gozar em sua boca.
Tessa sorri e limpa os lábios agora inchados com as costas da mão. “Você tem um gosto tão bom.”
“Porra, de onde veio essa sem-vergonhice?”, pergunto enquanto ela se levanta.
“Não sei… Sempre penso nessas coisas. Só nunca tive as manhas de dizer”, ela responde e se move em direção à cama.
Quase dou risada ao ouvi-la falar daquele jeito. Não tem nada a ver com ela, mas esta noite Tessa está no comando e sabe disso. Sei que está gostando da situação, de ter meu corpo à sua mercê.
Esse vestido é suficiente para fazer qualquer um ceder. A forma como o tecido se agarra a cada curva de sua pele impecável é a coisa mais sensual que já vi. Quero dizer, isso até ela tirá-lo pela cabeça, jogando-o na minha direção com atrevimento. Quando vejo seu corpo, quase posso sentir meus olhos tentando saltar da cabeça. A renda branca do sutiã mal sustenta os seios cheios, e a calcinha combinando está enrolada num dos lados, revelando a pele macia entre o quadril e o púbis. Ela gosta de ser beijada ali, embora eu saiba que tem vergonha das finas linhas brancas, quase transparentes, em sua pele. Não sei por que; para mim, ela é impecável, com marcas e tudo.
“Sua vez.” Ela sorri e arremessa os sapatos junto da cama antes de se jogar de costas no colchão.
Sonho com isso desde o dia em que ela me abandonou. Achei que este momento nunca iria chegar, e agora que está acontecendo sei que preciso prestar atenção a cada detalhe, porque provavelmente não vai rolar de novo.
Devo ter demorado demais, porque ela deita a cabeça de lado e me olha com a sobrancelha arqueada. “Quer que eu comece?”, provoca.
Meu Deus, ela está insaciável.
Em vez de responder, vou com ela para a cama. Sento junto de suas pernas, e ela puxa a calcinha comimpaciência. Afasto suas mãos de seu corpo.
“Senti tanta saudade”, digo. Ela, no entanto, só agarra meu cabelo e empurra meu rosto para baixo, para onde ela quer. Balanço a cabeça, mas acabo cedendo, pressionando os lábios contra ela. Tessa geme e se contorce sob minha língua, enquanto me dedico com atenção especial ao seu ponto mais sensível. Sei o quanto ela adora isso. Lembro da primeira vez em que a toquei, e ela perguntou: “O que é isso?”.
Sua inocência foi — e ainda é — muito excitante para mim.
“Ah, meu Deus, Hardin”, ela geme.
Que saudade desse som. Em geral, eu diria alguma coisa sobre ela estar molhadinha, prontinha, mas não consigo encontrar as palavras. Também estou consumido por seus gemidos e suas mãos se agarrando aos lençóis de tanto prazer. Enfio um dedo nela, entrando e saindo, e ouço sua respiração ofegante.
“Mais, Hardin, por favor, mais”, Tessa implora, e dou a ela o que quer. Enfio e retorço dois dedos dentro dela antes de tirá-los para colocar a língua. Sinto suas pernas se enrijecerem, como acontece sempre que está perto do orgasmo. Afasto a cabeça para ver meus dedos esfregando-a depressa, de um lado para outro, e ela grita —literalmente grita meu nome — e goza na minha mão. Olho para ela, assimilando cada detalhe, a forma como seus olhos se fecha com força, e como sua boca se abre num O quase perfeito, como seu peito e suas bochechas se coram num tom de rosa-claro. Sou apaixonado por ela; puta que pariu, sou muito apaixonado por ela. Não posso me conter e levo os dedos à boca depois que ela termina. Seu gosto é muito bom, e quero ter algo do qual me lembrar quando ela me deixar de novo.
O movimento rápido de seu peito subindo e descendo me distrai, e ela abre os olhos. Está com um sorriso enorme no rosto bonito, e não consigo deixar de sorrir de volta quando ela me chama para perto de si com o indicador.
“Você tem camisinha?”, pergunta cheia de malícia enquanto me debruço sobre ela.
“Tenho”, respondo. Uma cara feia substitui o seu sorriso, e espero que ela não pense muito no assunto. “É só um hábito”, admito com sinceridade.
“Não me importo”, ela murmura e olha para a minha calça jeans no chão. Em seguida, se senta na cama e puxa a calça, vasculhando os bolsos até encontrar o que está procurando.
Relutante, pego a embalagem de alumínio e fixo os olhos nos dela. “Tem certeza?”, pergunto, pela vigésima vez.
“Tenho. E, se você perguntar de novo, vou levar a sua camisinha para o quarto do Trevor”, ela rosna.
Baixo os olhos. Tessa está terrível hoje, mas não consigo pensar em ninguém mais com ela além de mim. Talvez porque isso me mataria. Meu coração começa a se acelerar à medida que vejo imagens dela com aquele Noah, o sangue fervendo e a raiva ressurgindo.
“Tudo bem, a escolha foi sua, ele vai…”, ela começa a dizer, mas eu a interrompo, cobrindo sua boca com a mão.
“Não se atreva a terminar essa frase”, rosno e sinto seus lábios se abrindo num sorriso sob a minha mão. Sei que isso não está certo, a forma como está antagonizando comigo e o fato de eu transar com ela quando está bêbada, mas parece que nenhum de nós é capaz de evitar isso. Não posso negar a ela o que quer, e existe uma chance… uma pequena chance… de que, se Tessa se lembrar de como somos quando estamos juntos, vai me perdoar. Tiro a mão de sua boca e abro a camisinha. Assim que a coloco, ela sobe no meu colo.
“Quero fazer assim primeiro”, ela insiste, segurando meu pau antes de sentar em mim. Deixo escapar um suspiro cheio de derrota e prazer, enquanto ela rebola os quadris contra os meus. Ela se move lentamente, em círculos, criando o ritmo mais gostoso do mundo. O formato do seu corpo à medida que me cavalga, a perfeição de seus quadris curvilíneos, é fascinante e incrivelmente sensual. Sei que não vou durar muito; já aguentei tempo demais. O único alívio que tive recentemente veio de mim mesmo, pensando nela.
“Fala comigo, Hardin, fala comigo como você fazia antes”, ela geme e envolve o meu pescoço, me puxando para perto de si. Odeio o jeito como diz “fazia antes”,como se tivesse tanto tempo assim.
Ergo o corpo da cama um pouco para acompanhar seus movimentos e aproximar a boca da sua orelha. “Você gosta quando falo sacanagem no seu ouvido, né?” Respiro junto de sua pele, e ela geme. “Responde”, insisto, e ela faz que sim com a cabeça. “Sabia que gostava. Você tenta dar uma de inocente, mas eu te conheço direitinho.”
Mordo de leve o seu pescoço. Estou perdendo o controle. Sugo sua pele com força o suficiente para deixar uma marca. Para o babaca do Trevor ver. Para todo mundo ver.
“Você sabe que sou o único que consegue deixar você assim… que ninguém mais é capaz de fazer você gritar do jeito que eu faço… que ninguém sabe onde te tocar”, digo, baixando a mão para esfregá-la no ponto em que nossos corpos se misturam. Ela está encharcada, e meus dedos deslizam facilmente sobre a umidade.
“Ai, Deus…”, ela ronrona.
“Fala, Tessa. Diz que sou o único.” Esfrego seu clitóris em movimentos circulares velozes, mexendo o quadril para entrar nela, enquanto ela continua se movendo em cima de mim.
“Você é.” Ela revira os olhos. Está tão perdida em sua paixão por mim, e estou me juntando a ela.
“Sou o quê?”
Preciso ouvi-la dizer isso, mesmo que seja mentira. Meu desespero por ela me apavora. Agarro sua cintura e giro nossos corpos, deitando por cima dela. Entro com mais força do que nunca, e Tessa grita. Meus dedos entram fundo em sua carne. Preciso fazê-la me sentir, me sentir por inteiro, e preciso que ela goste do que estou fazendo. Ela é minha, e eu sou dela. Sua pele macia está brilhando de suor, e ela está absolutamente linda. Seus seios se movem ritmicamente com os meus movimentos, e seus olhos se reviram para trás.
“Você é o único… Hardin… o único…”, diz Tessa, e eu a vejo morder o lábio, cobrir o rosto com a mão e depois levá-la até o meu rosto. Eu a vejo se desfazer por inteiro sob mim… e é lindo. Vê-la se esquecendo de tudo enquanto goza é perfeito demais. Suas palavras são tudo o que eu precisava para conseguir o meu próprio alívio,e ela enterra as unhas nas minhas costas. A dor é bem-vinda, amo essa paixão entre nós. Elevo o tronco, trazendo o corpo dela junto com o meu e colocando-a no meu colo de novo. Meus braços envolvem suas costas, e a cabeça dela cai em meu ombro enquanto levanto meus quadris. Meu pau entra e sai num ritmo constante, e eu gozo na camisinha, gemendo seu nome.
Deito de costas na cama, ainda com os braços ao redor dela, e Tessa suspira quando corro meus dedos por sua testa, afastando o cabelo encharcado de suor de seu rosto. Seu peito sobe e desce, sobe e desce, num movimento reconfortante.
“Eu te amo”, digo e tento olhar para ela. Tessa, no entanto, vira a cabeça e toca meus lábios com o indicador.
“Shhh…”
“Não, nada de shhh…” Viro-a de lado e digo baixinho: “A gente precisa conversar sobre isso”.
“Dormir… tenho que acordar em três horas… Hora de dormir…”, murmura ela, passando o braço pela minha cintura.
Seu abraço é mais gostoso que o sexo que acabamos de fazer, e a ideia de dormir na mesma cama que Tessa me emociona; faz muito tempo. “Tudo bem”, digo e beijo sua testa. Ela hesita um pouco, mas sei que está exausta demais para brigar comigo.
“Eu te amo”, digo novamente, mas, como não obtenho resposta, resolvo me tranquilizar concluindo que ela já.