Matheus Braga 24/02/2015Quem vê capa não vê conteúdo.Hey pessoal, tudo bem?
Apesar de possuir uma capa chamativa e uma premissa muito interessante, a narrativa de Natalie Standford não só não me agradou, como também me fez querer abandonar o livro por várias vezes, afinal, toda vez que alguém se referia à matriarca da família Sullivan como "Poderosa", eu imaginava uma senhora de 90 anos vestindo látex, com um chicote de couro e cantando Anitta.
A obra possui foco nas irmãs Jane, Sassy e Norrie, que em algum momento cometeram um ato de grande ofensa à sua avó, a Sra. Arden Louisa Norris Sullivan Weems Maguire Hightower Beckendorf - que foi BEM vulgarmente apelidada de "Poderosa" -, o que resultou na exclusão de toda a família do testamento da mesma. Contudo, ela prometeu que se a pessoa que cometeu tal ato se confessar para ela até determinada data, ela iria adicionar todos novamente ao testamento, ou iria pelo menos pensar com carinho. Eis que a família simplesmente decide que quem cometeu a ofensa fora uma das irmãs (afinal, ninguém mais seria capaz de ofendê-la, não é!? #Sarcasmo) e é aí que começam as confissões e histórias de vida de cada uma delas.
"Eu confesso.
Sei o que fiz, e a senhora sabe a razão - foi por um verdadeiro amor. A senhora já se apaixonou alguma vez, Poderosa? Sei que já foi casada cinco vezes - mas já se apaixonou? É algo inevitável. A pessoa perde o controle. Fica sem saber o que fazer."
Pág.: 14
Como disse no começo do texto, o que me incomodou na história foi a narrativa. Um livro cujos personagens se referem à uma idosa rica como "Poderosa" e ao filho dela como "Paizão" só demonstra que a autora não conseguiu criar termos mais elaborados e menos irritantes. Sério, toda vez que eu lia "Paizão" e "Poderosa" eu revirava os olhos ao ponto de quase olhar meu próprio cérebro.
Outro fator que também não contribui com a história são os diálogos, que não só apresentam pouco dinamismo como passam uma imagem muito forçada. Contudo, apesar de todos esses pontos negativos, gostei do estilo utilizado nas confissões de Jane, que são apresentadas ao leitor como um website onde ela posta fatos e verdades sobre sua família, contendo até espaço para comentários e a transcrição dos mesmo. Achei isso bem legal, pois me lembrou de como é nossa relação com os leitores na blogosfera em geral.
Os personagens até que apresentam um certo carisma, mas não o suficiente para ofuscar o fato de que as três protagonistas são mulheres ricas e mimadas que vivem na high society (senti uma vibe meio GG nesse quesito, mas foi só a impressão mesmo, são mundos diferentes). Os demais personagens não apresentam um papel muito relevante para a história, exceto no caso da confissão da Sassy envolvendo um outro personagem, que a meu ver foi a mais chocante, mas ainda assim pouco convincente.
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