Resenhas - Sua Última Duquesa

Bárbara 01/03/2020

Bizarro
Muito descritivo. Cenas bizarras, fortes para mim que gosta de malvados que viram bonzinhos.
Senti falta de empolgação na amizade da duquesa com a criada. Senti falta de mais cumplicidade entre a babá idosa da duquesa. Não senti frio na barriga nem tesão no casal...
Não colou a ausência dos pais...

Vanessa 19/01/2021

Sua Última Duquesa conta a história de Lucrécia, jovem que foi prometida em casamento para Alfonso d'Este - Duque de Ferrara aos 16 anos. Jovem, bonita, com uma inocência trigueira, tinha tudo para garantir a continuidade do ducado. Ela tem uma amizade muito forte com seu primo Giovani, o qual é apaixonado por ela. Certo ponto acreditei que eles ficariam juntos. Mas a inocência que encantou Alfonso também "o bloqueou", pois este não conseguiu consumar o casamento. Passa-se o tempo e o consolo de Alfonso é Francesca, sua amante. Ele começa a ter delírios de perseguição, acreditando que Lucrécia debochava dele junto aos criados, o que não melhorou muito a situação. Para tentar melhorar os ânimos ele contrata um grupo de pintores para decorar com afrescos o castelo, fra Pandolfo e Jacomo. Enquanto o duque está fora resolvendo problemas de Estado, Lucrécia se aproxima dos pintores e Jacomo e ela se apaixonam. Quando Alfonso retorna, este está mais perturbado do que nunca, pois o papa ameaça lhe tirar o ducado se não tiver herdeiros. O final me surpreendeu. Acredito que o enredo levou a tensão até quase o final de forma bem desenvolvida, mas o clímax poderia ter sido mais aprofundado. Como posso dizer, acabou muito rápido, mas gostei muito da leitura.

Lu 27/08/2015

Sou fascinada pelo período da Renascença italiana desde a adolescência. As intrigas políticas e religiosa, o favorecimento às artes e a construção de monumentos que existem até hoje e uma série de personagens fascinantes, como Da Vinci, Michelângelo, os Bórgias e, é claro, os Médici tornam o período um material excelente para livros, seja diretamente, como A Esposa Bórgia, O Nascimento de Vênus, Os Sopradores de Vidro ou em referências indiretas, como em O Código Da Vinci. Quem lê Agatha Christie sabe que a autora, volta e meia menciona Lucrécia Bórgia, uma das figuras mais controversas e fascinantes da História Italiana.

Falando em Lucrécias, eu nunca tinha ouvido falar em Lucrécia de Médici, nossa protagonista. Apesar de ter como figura central, um personagem histórico, ele não é um livro de ficção histórica, e sim, um romance histórico nos moldes de "Moça com Brinco de Pérola", de Tracy Chevalier.

Focando no livro em si, eu confesso que não gostei da primeira metade do livro. Não por deficiência narrativa ou falta de esforço da Gabrielle Kimm em tornar a Lucrécia uma personagem agradável, e sim porque os elementos da história, afrescos, casamento infeliz, um certo talento para pintura, pintores bonitões, me fizeram lembrar, e muito, de "O nascimento de Vênus", da Sarah Dunant. Na metade final, esta impressão se desfaz.

A narrativa é envolvente, ainda que a autora seja, de vez em quando, um tanto prolixa. É engraçado que ela detalhou a maneira como os afrescos eram feitos, mas pouco fez para descrever os personagens em si. O que eu mais gostei foram os diálogos. A sonoridade deles "me parecia italiana", por assim dizer, e davam um clima especial à história.

Quanto aos personagens, eu gostei bem mais dos personagens secundários, do que dos protagonistas. Olhando uma foto de Alfonso D'Este na internet, ele me pareceu bastante maquiavélico, mas ainda acho que a Gabrielle exagerou na dose aqui, porque ela só faltou dizer que ele acariciava o bigode de forma malígna. Lá pela metade final do livro, tanto Lucrécia quanto seu pavoroso marido meio que viraram caricaturas de si mesmos.

Essa deficiência na construção dos protagonistas não virou um desastre, porque a autora criou outros pontos de interesse, como Catalina e Giovanni. Ao criar uma subtrama, a história ganhou o equilíbrio necessário e eu encontrei por quem torcer.

Fechei o livro contente pelo desfecho, mas em dúvida sobre que nota dar ou o que dizer na resenha. Eu não vou negar que esperava mais do livro da Gabrielle Kimm, mas eu estaria sendo injusta dizendo que a leitura foi desagradável. Não foi. É, por fim, um livro que tem, sim, suas falhas, mas que também tem qualidades, oras.

Por isso, acho que as três estrelas estão de bom tamanho.

Recomendo.

Alexia 07/12/2021

Um poema ??
Eu ainda estou chocada que esse livro foi todo inspirado em um poema e que tem um que de fatos históricos.
Eu amei essa mistura de realidade com fantasia! Livro super interessante para quem ama romance, idade média e história.
A autora tem uma escrita tão boa que você nem percebe quando já está terminando o livro. E o final foi ?

Mariane 01/05/2020

Surpreendente
O título me enganou a princípio, achei que seria um romance clichê de época. A sinopse me deixou interessada, mas o livro em si me surpreendeu, com um final que me lembrou Shakespeare (pra não dar spoiler). Recomendo.

Maíza | @maizatavares_ 15/09/2020

Agoniante
Primeiramente, ao iniciar a leitura deve-se considerar os seguintes pontos:

Apesar de Lucrécia de Medici e Alfonso D'Este terem existidos, o livro é de ficção. Ou seja, não conta a vida ou trajetória da real Lucrécia de Medici.
Contém gatilhos de violência contra mulher e abuso sexual.
Contém falas misóginas e machistas.

A história gira em torno de Lucrécia, uma jovem doce, alegre, feliz; e Alfonso, um homem amargo, cruel, egocêntrico, sádico e com uns comportamentos psicopáticos.

Ao se conhecerem, Alfonso se encanta por Lucrécia, por sua beleza e acha que ela se encaixaria muito bem no papel de duquesa. No entanto, por ser um casamento arranjado e às pressas, eles não tem tempo de ao menos se conhecerem. Depois do casamento, ela se muda com o duque para Ferrara e seus comportamentos começam a incomodá-lo e a falta de um herdeiro passa a ser cobrado.

Simplesmente não há explicações convincentes para Alfonso odiar tanto Lucrécia, sua mente é perturbada e ele acha que ela vive o humilhando pelo modo EDUCADO que trata os criados, por sorrir para outras pessoas e por acreditar que todos devem ser tratados de forma carinhosa independente da classe social.

O personagem é um dos protagonistas mais odiosos que já li, a personalidade dele é horrível, só pensa em si e acha que é o centro do universo. Possui traumas que não são explicados no livro e que, mesmo se fossem explicados, não justificaria seus comportamentos. Ele gosta que todos sejam submissos à ele, sente prazer em diminuir e menosprezar as atitudes de Lucrécia.

Ela, por outro lado, é uma moça que, ao longo do livro, perde sua alegria e vira refém de um homem que a odeia. Lucrécia tem medo dele, evita contato, é submissa às vontades dele. Logo, a gente vê pouca reação dela contra Alfonso, somente após uma cena de abuso sexual ela consegue lhe dizer um NÃO. Porém nesse ponto entendo a autora pois, pela imaturidade e pela realidade da época, ela não poderia fazer nada contra as vontades do marido
.
A premissa do livro é muito boa porém não foi tão bem desenvolvido, demorou mais de 50% do livro para algo acontecer. Além disso, as motivações e o ódio “gratuito” que Alfonso tem por Lucrécia não são convincentes. A autora escreve bem, descreve sentimentos muito bem, porém, tantas descrições e analogias deixam o texto prolixo e cansativo de ler. O livro poderia ter beeem menos páginas.

Em muitos momentos foi uma leitura difícil, por abordar temas com gatilho e por conter partes misóginas e machistas que me incomodaram bastante, mesmo retratando 1555, havia termos que não influenciariam na história se não fossem usados. Ex: "égua são como mulheres, basta acariciá-las no lugar certo e farão qualquer coisa" ou chamar crianças de 'p*tinhas'.

Apesar de tooodas essas questões, escrever não é fácil, meu intuito é passar as impressões sobre a livro e não depreciá-lo. Não foi tempo perdido, porém não leria novamente.

Milena 06/11/2020

Achei a leitura um pouco cansativa, mas apesar de ter demorado me ofendeu na história e me deixou querendo saber mais.
Cenas pesadas, que não são pra estômagos fracos.

Fernanda 16/11/2022

Romance que explora o psicológico.
Muitas vezes é descritivo demais, e senti que a maioria dos personagens não me encantou.

Mas é uma boa história. Deu bastante curiosidade para saber como terminaria.



"Disse a si mesmo com firmeza que era melhor parar de sonhar acordado e se concentrar na tarefa adiante."

Beta Oliveira 31/12/2015

Dá angústia, dá desespero, dá pena, dá horror do ponto a que as pessoas chegam por causa da ambição desmedida pelo poder e quando se sentem pressionadas com medo de perdê-lo. Ao mesmo tempo, a autora mostra o quanto uma decisão infeliz pode acabar em algo ruim. E como destinos se cruzam sem as pessoas perceberem.

Confira o texto completo no Literatura de Mulherzinha.

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com.br/2015/03/cap-995-sua-ultima-duquesa-gabrielle.html

Natália Cristina - Leitura por Amor 08/04/2016

Leitura fácil e agradável
O livro me surpreendeu positivamente! Lucrécia é uma personagem forte e luta pelo que quer apesar da época ser difícil para as mulheres. Valeu a pena a leitura de cada página! Recomendadíssimo!

Layssa Costa (@mermaidsandbooks_) 21/07/2016

Intrigante.
Eu comecei a ler e não via a hora de chegar na última página. Eu gostei bastante do livro, é muito intrigante e o mas incrível é que é baseada em um poema e que certos personagens realmente existiram e que alguns realmente não se sabe o paradeiro. Eu achei muito fascinante o livro, super recomendo.

Nasa 08/07/2018

Sua Última Duquesa - #Leituras Junho 3
Ler qualquer trama do período da renascença me deixa muito inspirada. As intrigas políticas movidas pela igreja nesse período mudaram o mundo. Sem falar no florescimento da arte, ciência, e da arquitetura que hoje são monumentos da humanidade. Época de criaturas como Da Vinci, Michelângelo, famílias poderosas como os Bórgias, e seus rivais, os Médici. Deixaram o mundo bem mais interessante. Claro, os assassinatos, as conspirações mudaram a história.
Mas vamos ao que interessa o livro. Nunca ouvi falar nada de Lucrécia de Médici, a protagonista. Apesar de ser um personagem histórico, o livro não é de ficção histórica.
Não vá ler esse livro buscando muita ação, tudo ocorre de maneira lenta. O casamento sem amor, infeliz. Alfonso d’Este, Duque de Ferrara, marido da protagonista, não surpreende, tem amantes, esta obcecado por um herdeiro, e para ele Lucrécia é apenas um objeto que ele comprou. Normal para os padrões da época. A rotina de uma mulher nesse século só agitada pelo aparecimento de uma gravidez, ou trair o marido com os artistas da época.
A forma que a autora detalhou como os afrescos eram me deu uma boa carga interessante de conhecimento. Mas digo, ela descreve pouco os personagens, talvez isso tenha me mantido distantes deles durante a leitura, sem que pudesse torcer com mais empolgação. No entanto, os diálogos são o seu forte.
Tenho grande resistência a “Casamentos Fracassados”, fico logo muito puta da vida. Afinal ela poderia ter tramado a morte dele. Ele merecia, um sujeito nauseante.

O livro convence, mas poderia ter sido muito mais vibrante, sabe aquela coisa de você pegar o livro e de vez em quando gritar: yes! Isso! Não houve.
Eu esperava mais da autora julgando pelo material que ela tinha em mãos. Mas a leitura é Boa. É que eu estou num pique de livros mais cheios de ação. E fui também cheia de expectativas, mas vale a leitura. Minha nota? Três beijos mordidos!


site: http://www.nazarethfonseca.com.br/2018/07/11/sua-ultima-duquesa-gabrielle-kimm-leituras-junho-3/

sahkps 28/01/2023

Brocha e agressivo
O começo da história é super lento e na minha opinião a escritora foca MUITO em descrever cenários e coisas assim, o que acabou deixando a leitura um pouco cansativa. Ao longo dos capítulos, vamos experimentando os mesmos sentimentos de Lucrécia e entendemos os motivos que levaram ela a fazer o que fez. Vale tudo pra fugir do seu agressor