Nó de víboras

Nó de víboras François Mauriac




Resenhas - O Nó de Víboras


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Jatanailson 12/04/2024

O nó
Depois de ler Nó de Víboras acho natural chegar a conclusão de que o homem quando se tranca em seus próprios pensamentos, julgando o mundo através apenas de evidências e sensações, sem oportunizar esclarecimentos, comete injustiça não apenas com os outros, mas também consigo mesmo; rumina ódios inexistentes e afasta o bem que muitas vezes poderia ganhar.
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michele-biblioteca 09/04/2024

Excelente.
François Mauriac, laureado com o prêmio Nobel de Literatura de 1952, nasceu em Bordeaux, em 1885, e morreu em Paris, em 1970. Nó de víboras foi publicado pela primeira vez em 1932, e trata-se de um romance lindamente escrito sobre o ciúme e o ódio que corroem um casamento durante 40 anos. O personagem principal, Louis, é um homem idoso que passou sua vida duvidando do amor da esposa, disputando sua atenção com os filhos, e totalmente consumido pela cólera contra sua própria família, que deseja deserdar após a sua morte, por vingança. Atormentado e paranóico, isolado em uma velhice triste e solitária, Luis escreve cartas, que se tornam um diário, no qual compartilha sua vida e suas misérias. Como leitores desse diário, não sabemos o quanto da narrativa do personagem é realidade e o quanto dela é uma ilusão, apenas acompanhamos um ser humano combalido, que é o responsável por sua própria ruína, após ter vivido uma existência ansiando pelo amor, mas disseminando o ódio. Seu coração é um verdadeiro nó de víboras, há anos envenenando sua própria vida.
Mauriac explora as complexidades da mente e do coração humnao e faz um registro magistral dos mais íntimos pensamentos de um homem fascinante e sombrio. Uma das minhas melhores leituras desse ano, que recomendo fortemente.
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Marion 22/10/2023

Amargo como a vida
O livro é o testamento de uma vida cheia de amarguras do personagem que com muito desgosto vai deixar todo seu dinheiro para a futura viúva
Mary 25/10/2023minha estante
Finalmente um livro bom !!!




luizadespindola 02/06/2023

Um moribundo corroído pela miséria afetiva, embriagado em ressentimentos, originador do temor e da aversão familiar; este era Luis. Por vezes alheio a aqueles que o cercava, sua diversão no ambiento doméstico era o apontamento dos erros e contradições de terceiros. Era como uma marca, forma de mostrar sua presença.

"Desalmado!" Seus conhecidos, em geral, o poderiam assim descrever. Era como o viam, como este se mostrava externamente.

O que não contariam, entretanto, era com as nuances que aquela velha carcaça preservava em seu interior, reveladas ao leitor.

A carta de Luis - que posteriormente se tornaria algo semelhante a um diário -, mostra não somente a perspectiva inicial de um homem a beira da morte remuido pelo ódio, mas também sua transformação ao longo dos acontecimentos que desenrolam durante sua escrita; sua consciência diante de determinados erros de interpretação e seu despertar para algo superior, que nem ele poderia imaginar.

Leiam "Nó de Víboras", senhores! Penso que não iram se arrepender.
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Pedróviz 07/11/2022

O Nó de Víboras
Esta é a primeira obra que leio de Françoise Mauriac, um escritor comentado pelas atmosferas psicológicas de seus livros. Em O Nó de Víboras o clima é denso. Trata-se de uma narrativa em primeira pessoa feita em um diário por um patriarca com sérias dificuldades de relacionamento com sua família. A narrativa é tão perfeita que não se tem aquela linearidade óbvia de um livro óbvio. O que se lê é algo perfeitamente verossímil e expressivo, e a impressão que me ficou é de que somente ao final da vida, quando o tempo urge, após tanto desperdício em desamor e mesquinharia, o homem busca se reconciliar com Deus e com a vida. Pretendo ler outras obras do autor.
Dan 08/11/2022minha estante
Ótimo romance. Mauriac escreve prova como se fosse poesia.


Dan 08/11/2022minha estante
Prosa*




Andre.Santana 03/10/2022

Nó de Víboras
?O Nó de Víboras? se passa todo sob a perspectiva da morte. É por ter plena consciência de que em breve irá morrer que Louis começa a escrever a carta que dá corpo ao romance. E ele o faz num último arremedo de raiva e crueldade, comportamentos que foram a base de toda a sua vida. Antes de partir deste mundo, ele se vingaria da mulher e dos filhos desabafando numa carta póstuma todas as intrigas que viveram em comum. Mas acontece uma reviravolta súbita ? diferente do que havia planejado. E é diante desde acontecimento que inicia a via de arrependimento e redenção de Luis. É diante da dor da perda inesperada que Luis repensa de novo toda a vida que levou, mas dessa vez não com a intenção de despejar misérias sobre os outros e justificar sua própria crueldade, mas para admitir sua parte da culpa e então desatar o nó de víboras em que havia se transformado o seu coração.
Dan 06/10/2022minha estante
Ótimo livro




kiki.marino 18/02/2022

Sempre acabo lendo obras de escritores "católicos " embora não seja religiosa, esta representa a França "fin de siecle' sob influência destes dogmas burgueses de casamento, família, filhos, uma instituição sagrada, porém se olharmos em um microscópio, veremos talvez só hipocrisia, infelicidade e fracasso, distâncias e silêncios que só o sangue une .

Conta a história de Louis que através de uma carta conta ao leitor o veneno que lhe corroi o coração, essas viboras que alimenta no coração contra sua família, em especial a esposa ,o qual a acusa de nunca o ter amado. Poderia ser mais um caso de um personagem homem chorão "vítima da sociedade " rs ,que empurra e responsabiliza seus defeitos , a vida vazia de amargura e desconfiança nas relações de amizade ou amor ,do seu destino de homem burguês obcecado por dinheiro nas "mulheres da sua vida". Porém na verdade é só mais um homem com uma faceta mesquinha como outros mortais ,tímido, perante a vida e as mulheres assim como tantos homens, cumpridores das normas do patriarcado, que não amam e não se permitem amar,no sentido agape, que se entorpece na ilusão na sua vaidade,ego,falso poder e dinheiro. Tudo isto elevado ao sagrado na sua vida. Chega a velhice e tenta desconstruir o muro de pedras que o afastava de tudo e todos , seria tarde demais?
É uma novela pungente do inicio ao fim, Louis escreve com urgência a espera da morte, com nuances do desprezo ao ódio, condescendência e ares de superioridade até o fim contra a própria família,sim é vítima e também vilão, estas emoções são o mais profundo que revela de si ,não é muito agradável, mas revela um bom personagem e trama com profundidade psicológica.Tal como Scrooge de Dickens tenta selar a paz consigo mesmo e com a fé, religião do qual nunca acreditou.
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Fa 31/01/2021

Incrível
Um dos melhores livros já escritos.
Brasil 06/09/2021minha estante
Olá onde vc conseguiu comprar?




Dan 07/12/2020

Vingança póstuma
Essa história conversa mais verdadeiramente com aqueles que não passam pano para o esgoto do coração humano que deságua na FAMÍLIA; demonstra que essa instituição não é passível do lodo mais asqueroso que possa existir em sua convivência..

o protagonista, por exemplo, sentiu no antro familiar o sabor amargo daquilo q o evangelista diz na bíblia "onde está o teu tesouro, ali está também o seu coração"
Para encontrar Deus, o protagonista precisou rompér com a família que ele havia criado na terra.
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Disotelo 11/06/2021minha estante
Fiquei interessado, tenho curiosidade em relação a estes autores religiosos que conseguem impactar pessoas para além do seu nicho religioso e gosto também de arcos de redenção(embora a maioria desses arcos não soe verossímil, o Nobel e as 5 estrelinhas que vc deu me fazem acreditar que essa obra deve ser convincente.


Maria 11/06/2021minha estante
Mauriac escrevia magnificamente. Caso queira, posso enviar a edição portuguesa em PDF. Procurei para comprá-lo durante um bom tempo, mas só encontrava em francês. Então deparei -me com esta edição portuguesa na Internet e resolvi ler primeiro em português mesmo. Mas ainda pretendo ler em francês. Definitivamente, é um livro que merece ser lido e relido.


Maria 11/06/2021minha estante
Ele tem um outro livro magnífico: o deserto do amor. Dê uma lida na sinopse depois. Talvez o interesse.


re.aforiori 11/06/2021minha estante
Maravilhosa sua resenha, Maria!

Tenho grande curiosidade por este autor. E já vou iniciar de peito aberto, que amo literatura francesa - e esta é a minha preferida de todas as literaturas.

Já está em minha meta de leitura, para este ano ?O deserto do amor?, e tenho outros dois livros dele: ?thérèse desqueyroux? e ?o filho do homem?, que penso em ler tão logo também. E sua resenha me deu vontade de ler este ?O nó de víboras?, que nem sequer tinha ouvido falar. Mas, pelo que vi, está fora de catálogo, né.
Nosso mercado editorial me revolta, às vezes. ?
Mas enquanto eu leio os livros de Mauriac que possuo, estarei esperando que surja uma edição de ?O nó de víboras?, então. ?


Maria 11/06/2021minha estante
Eu tenho o PDF, caso você queira :P Você teria "Thérèse Desqueyroux? e ?O filho do homem? em versão mobi? :) Sou apaixonada pelos russos, mas ninguém escreve com tanta beleza quanto os franceses :P


Maria 11/06/2021minha estante
E muitíssimo obrigada pelo elogio! Fico feliz que a minha resenha tenha despertado a sua curiosidade pelo livro. :)


Maria 11/06/2021minha estante
E, sim, o livro merecia uma nova - e bela - edição em português. Tantos livros maravilhosos não são mais editados, não é? Sim, é revoltante e ao mesmo tempo, triste. Aguardemos os próximos capítulos!


re.aforiori 11/06/2021minha estante
Ah, infelizmente, eu só os tenho em livro físico...

Agradeço o PDF, mas, na verdade, só costumo ler livro físico mesmo... ?

Depois dos franceses, para mim, vem os russos logo em seguida - que também os amo; mas os franceses ocupam um lugar mais especial em meu coração... ? ?
Que entre meus livros favoritos da vida, a maioria são de literatura francesa...
?


re.aforiori 11/06/2021minha estante
Exatamente, tenho uma lista grande de livros que desejo, que estão esgotados, fora de catálogo, ou que nunca tiverem edição em português.


re.aforiori 11/06/2021minha estante
Um caso vergonhoso acontece com a obra poética de Schiller, reconhecido como o maior poeta de língua alemã, depois de Goethe; que nunca teve nada dele no nosso mercado editorial.

Há poucos anos atrás não tinha sequer um livro de Dickens, em catálogo.
E os russos só se tinha em traduções indiretas, provenientes do francês - o que tira o tom seco, peculiar nos diálogos russos.

Melhorou bastante. Mas falta muita coisa ainda...


Disotelo 14/06/2021minha estante
Ué, quando li sua msg pela primeira vez fui no z-library procurar o Nó de Víboras e só o encontrei em espanhol, agora fui lá procurar o Deserto do Amor e encontrei ambos e até Thérèse Desqueyroux, mas agradeço a oferta.
Sobre o Thérèse Desqueyroux, posso conseguir o MOBI dele fácil, caso ainda queira.


Disotelo 14/06/2021minha estante
Legal vc conseguir ler em francês, deve dar acesso a muita coisa boa...


Maria 14/06/2021minha estante
Bem, com um bom dicionário em mãos, quase tudo é possível, certo? Ahaha Nunca li, mas estou cogitando :p Quanto à oferta...QUERO!!! Deus lhe pague!!! :D


Disotelo 14/06/2021minha estante
Pois é, isso funciona bem com espanhol, talvez seja o caso de tentar com o francês. Pronde eu mando?




Alessandro 29/12/2016

Bom livro
Uma boa história onde é retratada conflitos internos, sentimentais, problemas familiares, culturais.
Brasil 06/09/2021minha estante
Olá, vc tem esse livro?




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