Bob & Harv

Bob & Harv Robert Crumb
Harvey Pekar




Resenhas - Bob & Harv


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half gate 26/02/2023

"eu fui a toronto umas semanas atrás e vi o balé vermelho da china... aquilo sim foi lindo, o jeito como todos dançam juntos... na china as pessoas trabalham duro... são sérias! mas eles não podem trazer o balé chinês pra este país! por que os políticos americanos não deixam eles trazerem o seu show? os políticos daqui têm medo dos chineses... não querem que os americanos vejam o que os chineses sabem fazer!"

"sim... não dá mais pra morar na cidade... todo mundo só quer encher a cara de vinho e matar os outros..."

"não apreciam a boa música... só querem correr pra lá e pra cá!"

folheei hoje 'bob e harv'. ele foi minha porta de entrada pros trabalhos do pekar (já conhecia o crumb). como me diverti lendo! as figuras que passeiam pelos quadrinhos acabam se tornando interessantes pelo nível de trivialidade que as situações onde elas estão inseridas carregam. a realidade reajustada na ficção. 'o presente do sr lopes', 'a história do jovem crumb' e 'sem título' foram meus favoritos. são tão hilários quanto sagazes. a arte do crumb em 'a carta de kissinger' e 'dilema hipotético' dispensa comentários.
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Emerz 19/06/2020

Um dos meus quadrinhos favoritos, é simplesmente perfeito, os roteiros do Harvey e as lindíssimas ilustrações do Crumb. E esse gibi reúne várias dessas trocas entre os dois, com história divertidíssimas sem dúvidas são dois gigantes.
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Marcos Faria 03/03/2012

Seis álbuns do Robert Crumb (editora Conrad) de uma vez, para aproveitar uma promoção. Promoção também no Almanaque: seis resenhas no mesmo parágrafo. Porque a vantagem foi ler todos os seis livros como se fosse uma coisa só, uma grande antologia de Crumb. O suficiente para mostrar por que o cara é um dos melhores de todos os tempos. A exceção é Bob e Harv, o mais fraco do pacote, até por ser o único em que as histórias não são de Crumb e sim de Harvey Pekar. Pekar tem algumas coisas interessantes, mas a maior parte do tempo é tedioso. Tanto que o melhor momento é a história em que ele conta como conheceu Crumb. Aí a coisa se aproxima do que a gente vê nos outros livros: a rabugice do anti-herói, sempre pronto para reclamar de tudo o que vê na América. Mas Crumb mata a pau mesmo é quando fala de si mesmo, especialmente em Minha vida e Meus problemas com as mulheres – as vezes, eu me senti como se ele estivesse falando da minha vida e dos meus problemas com as mulheres. A maior diferença é que ele não tem o menor medo de expor as fraquezas, mostrar-se falho, humano, incoerente. O fato de dar a cara a tapa lhe dá o direito de reclamar de volta, criticando o próprio meio da contracultura que fez dele um ídolo. Isso acontece de forma primorosa em Mr. Natural, o mais bem resolvido nesse aspecto e, paradoxalmente, o menos autobiográfico (ao menos aparentemente). Também em Blues, ao falar de uma música que não existe mais e talvez só exista na cabeça de colecionadores nostálgicos, lendas melhores que os fatos e que por isso se sobrepõem a eles, expõe um desejo de beleza que é de certa forma o desejo de uma vida diferente. Às vezes dá vontade de esfregar isso na cara de Crumb; que ele mesmo é tão ridículo e mesquinho e decadente quanto aqueles (e aquelas!) que critica. Aí o espelho me olha de volta.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/03/03/meninos-eu-li-20/)
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