Jose 24/02/2023
O Castelo de Otranto é um romance gótico, considerado o primeiro do gênero, foi escrito por Horace Walpole e publicado pela primeira vez em 1764. Estudei sobre esse livro durante uma das minhas disciplinas de literatura na faculdade. A edição que tenho em mãos é da Nova Alexandria, de 1994, mas há uma mais recente, de 2010. Ambas são traduções de Alberto Alexandre Martins.
Quando publicado pela primeira vez, Horace disse em um primeiro prefácio que a obra se tratava de um manuscrito italiano antigo que ele estava traduzindo. No entanto, após O Castelo de Otranto ter caído no gosto do público, ele fez um segundo prefácio assumindo a autoria da obra (ambos os prefácios estão presentes nessa minha edição).
Então, antes de entrar na história em si, é importante dizer que vou me ater a esfera particular da obra. Não vou adentrar na discussão sobre o gótico nem nada do tipo (até porque estou estudando sobre isso no momento, melhor evitar falar do que ainda não sei): vou manter o assunto na superfície, seguindo minha opinião.
A história gira em torno do principado de Otranto, uma região comandada por Manfredo, seu senhor, que tem um único herdeiro: seu filho Conrado, que tem uma constituição muito frágil e uma saúde fraca. Para evitar uma profecia que dizia que sua família cairia em ruína, Manfredo tenta, o mais rápido possível, casar seu filho com Isabela, filha de um marquês. No entanto, no dia do casamento, um elmo gigante de natureza sobrenatural cai encima de Conrado, o esmagando. Sem um herdeiro, Manfredo se torna obcecado em se divorciar de sua esposa Hipólita (que não lhe dá filhos) e casar com Isabela, a prometida de seu falecido filho, para poder continuar sua linhagem.
O livro dividiu a turma: muitos odiaram, outros até gostaram. No meu caso, eu gostei (não sei se pelos motivos certos). A história me pareceu uma novelona rocambolesca, que foi bem divertida de se ler. E, por suscitar discussões interessantes (justo as que evitei no post), a obra cresceu ainda mais no meu gosto.