O Castelo de Otranto

O Castelo de Otranto Horace Walpole
Oscar Nestarez




Resenhas - O Castelo de Otranto


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bobbie 11/03/2023

Gótico puro...
... mais um pouquinho de escracho? Publicado na segunda metade do século XVIII (1764), este é considerado, em alguns círculos, o primeiro romance gótico publicado. Não se intimide para ler este livro, pois ele não é nada rebuscado, confuso ou cansativo de ler, no caso de você ter preconceito com clássicos. Temos aqui um retrato caricato da aristocracia prepotente, arrogante e tirânica, na figura do príncipe Manfredo, usurpador do castelo de Otranto e que se porta, praticamente, como o dono do universo. Ele está sempre irritado e impaciente, da primeira à última fala: manda na filha, na mulher (que o obedecem cegamente, sem questionar), mas não consegue mandar na futura nora, que ele pretende desposar logo em seguida à morte do único filho. Só ela, Isabella, é o ponto fora da curva da mulher submissa (Hipólita, a mulher de Manfredo, não consegue se impor nem mesmo ao saber que o marido pretende divorciar-se dela para se casar com a jovem que teria sido sua própria nora). Mas os céus, as forças ocultas, os espíritos não vão deixar que Manfredo coloque em prática seus propósitos infames e dê prosseguimento ao seu principado roubado. E é aqui que este castelo apresenta toda sua maestria gótica, com direito a passagens secretas subterrâneas sombrias, fenômenos inexplicáveis, ruídos assustadores, e ventanias que pressagiam os males que não podem se concretizar pela vontade dos antepassados. Este livro é uma dose rápida do puro suco do gótico, temperado com doses cômicas de escracho - sempre vindo da parte dos criados. Vale a pena.
laleska reads 22/03/2023minha estante
querooooo


bobbie 25/03/2023minha estante
Vale muito a pena.




Lucas | @luagonoslivros 09/10/2022

Minina, você não sabe da fofoca que eu tenho!
Dizem que o castelo de Otranto está amaldiçoado por uma aparição. Não sei se é verdade, mas o filho do príncipe Manfredo morreu misteriosamente num acidente com um elmo.
É, minha filha!
E me contaram que, depois disso, o passado voltou para atormentar a família real!
O príncipe Manfredo quis se casar de novo, depois matar todo mundo, depois se divorciar da esposa, depois matou mais gente...
Que heresia!
A parte do divórcio, é claro.
Mas sabe como é, no fim a verdade aparece e tudo acabou bem - Você acha que eles formam um belo casal?
Ah, jura?
Bem, já eu acho que sim. O que a tristeza uniu é bem difícil de ser separado.
Mas quem diria que ele era o herdeiro, hein.
Fofoca das boas essa.
Deixa eu ir lá que tenho mais o que fazer. As fofocas da família real não põem comida na mesa, né kkkkk tchau
Isack 08/11/2022minha estante
Depois dessa fofoca tenho que ler kkkk


Jennifer 28/09/2023minha estante
Eu teria lido com muita mais vontade se minha professora de literatura tivesse lido esse comentário na sala de aula kkkkkkkkk Amei




Araujo20 18/07/2021

Dramalhão de época
Ler O Castelo de Otranto foi uma experiência muito divertida.

Diálogos diferentes, exagero nas emoções e revelações, reviravoltas mirabolantes. Um típico dramalhão mexicano em formato de livro de cavalaria.

Leitura leve para distrair. Recomendo.?
Mandark 18/07/2021minha estante
Amoooooooooooooo que você também leu!! Eh muito gostosinho, né? Que bom que você gostou!!


Araujo20 19/07/2021minha estante
Muito bonitinho.
Só esperava um finalzinho mais clichê.
?




Marryamelia 07/02/2024

Maravilhoso, o suspense e os mistérios deixam qualquer um instigado. Além dos absurdos que foram cometidos no castelo.
Akemi 07/02/2024minha estante
Acredita que eu parei de ler ele não passado. Eu preciso retomar ?.


Marryamelia 07/02/2024minha estante
Tu não vai se arrepender. Muito bom o final da história vale a pena




emclara 22/07/2023

"Que novas calamidades o destino nos reserva?"
? //

Esse livro me surpreendeu muito. Como foi o primeiro terror gótico escrito, não esperava que fosse como os de hoje em dia, assim como não esperava que fosse tão teatral! Cheio de conflitos familiares, tiranias, profecias, entre outras surpresas.

Eu não sabia que castelos assombrados, com passagens subterrâneas e quadros vivos, me interessariam tanto. Infelizmente, essa é uma parte da narrativa que não foi bem explorada, me deixando com um vazio quando terminei de ler. Sorte que as outras tramas não ficam para trás.

Enfim, foi uma leitura curta mas boa.
WalterGoncalves 22/07/2023minha estante
Valeu a pena então. ?


emclara 22/07/2023minha estante
Com certeza!




Lucie 09/04/2020

Bom
Estava bem curiosa para este livro; o clima sombrio e assustador foi melhorando a cada páginas, mas tive que usar beeem a minha imaginação para o cenário, já que não teve tantas descrições, e como se passa na idade média, pensei que teriam mais detalhes. O romance gótico me prendeu bem, todo esse lance de algo proibido, as intrigas políticas da época envolvendo alianças, tudo em volta do principado de Otranto; achei uma experiência muito boa esse clássico.
Sissi Araújo 03/06/2022minha estante
Nossa, também amo toda essa estrutura. Adoro estilo gótico na literatura. Aquele ar sombrio, perigoso e por vezes assustador, mas também muito sedutor. Que bom que existem pessoas que gostam desse estilo. Kkkk as vezes me sinto só. Kkk


LekaL3K4 20/04/2023minha estante
Aaaaa eu amo livros nesse estilo, mas só conheço O Morro dos Ventos Uivantes e O Fantasma da Ópera. Alguém tem algum semelhante para me recomendar?




spoiler visualizar
CabraDaP3ste 11/12/2021minha estante
Ah, a edição é bem bonita.




Julio.Cesar 01/06/2022

Melhor do que eu esperava, sinceramente.
Como já ficou claro pelo título, esse livro me surpreendeu. Eu esperava por uma leitura mais complicada e arrastada, mas aconteceu o contrário: a leitura foi bem rápida e dinâmica, e eu me entreti com ele. Por mais que tenha faltado algo, motivo pelo qual eu não o favoritei, continua sendo um livro muito bom. Recomendo.
Sissi Araújo 04/06/2022minha estante
Também estou adorando.




pisce 17/10/2021

ok???
Considerado o primeiro clássico gótico, sim, diferentemente do que muitos dizem O Castelo de Otranto é o primeiro clássico gótico e dpois temos Frankenstein, tudo bem que ambos SÃO MUITO DIFERENTES.

Esse gótico inclui muito mais fatores medievais da sociedade, como por exemplo crises de principado, herdeiros desconhecidos, profecias, fantasmas e mulheres em histeria tudo com um ar cômico, enquanto Frankenstein se foca mais no interior humano e numa crítica bem mais complexa a sociedade. DE QUALQUER FORMA, esse livro foi bom, não ótimo, mas bom. Não sou muito fan de livros góticos, a narrativa costuma ser cansativa e sempre tenho raiva de todos os personagens kskskxksk.

Esse livro não me fez criar vínculo nenhum com nenhum personagem, são todos vazios, sem aprofundamento nenhum, a história é totalmente superficial.

Num geral a história se passa em um período de 3 dias mas que parecem as vezes ANOS por que NINGUÉM NESSA DESGRAÇA DE LIVRO CONSEGUE SÓ COMPLETAR UM PENSAMENTO SEM ENROLAÇÃO, TUDO nesse livro é enrolado, 2 páginas pra contar UM acontecimento. Não temos descrição de nada, de ambiente quase nenhum, de personagem nenhum, sabemos apenas que o principe é tirano e maluco e a princesa é uma santa coitada, a história é muito corrida e MUITO lenta. A escrita porém não é complicada, é facinho de ler o livro. Queria que tivesse mais descrição do castelo, da sociedade, das inclinações da princesa, várias coisas ficaram em aberto, a princesa parecia que sabia bem mais do que deixava escapar, queria saber sobre a história do Frederico, da vida de Afonso, do por que ele ser tão amado, do por que as coisas serem GIGANTES????????????? mas ok, foi até legalzinho.
Carol 14/12/2021minha estante
"a história é muito corrida e MUITO lenta" bela descrição do livro hahaha exatamente o que eu senti.




SOTRATI 12/05/2023

Origens do Gótico
Considerado a origem do Gótico na Literatura, Castelo de Otranto é mais que isso. Confesso que fui ler pela curiosidade, mas fiquei pela qualidade. Só pra contextualizar, é um livro inglês de 1764. Pra dar um ar de exótico, a história se passa na Itália e parte desse exotismo se dá pelo autor proclamar que ele apenas traduziu um texto de cerca de 200 anos antes. Embora sendo um texto do século 18, é uma leitura fluída e agradável, o que pode ser também a questão da tradução. Outra escolha interessante envolve uma discussão atual do famoso "show, don't tell". Ele não escolhe. São várias as passagens em que ele conta o ocorrido e depois mostra a atuação dos personagens. É interessante também o papel do feminino na obra. Embora esteja lá o sábio e santo padre ancião e o jovem e heróico cavaleiro, são as mulheres que levam a trama a andar o tempo inteiro. Além disso, ressalta-se o humor que permeia a obra e acaba por fortalecer os momentos mais tensos. Ainda hoje criativo e inventivo, vale como diversão, curiosidade das origens das histórias góticas mais famosas como os contos de Poe ou Drácula, por exemplo, além de ser fonte de inspiração.
GioMAS 06/07/2023minha estante
Ótima resenha!




giio 23/03/2020

romeu e julieta gótico
O livro é bem legal pra algo que foi escrito por volta de 1750. A história é bem dinâmica e é impossível deduzir o que vai acontecer depois. Achei divertido.

Entretanto, a servidão e obediência cega de uma certa personagem diante de fatos absurdos me irritou um pouco. O ideal de esposa mudou um pouco desde aquela época. O sangue de barata da Hipólita me cansou um pouco.

A história é muito boa. Os personagens são críveis e o clima de mistério e assombração foram bem construídos, além de ser bem curto. Deveriam fazer um filme disso.

Por fim, convém lembrar que o vocabulário e o estilo condizem com o de um livro de 1750. Lembrou muito aqueles livros que a gente é obrigado a ler na escola, tipo Gil Vicente, Eça de Queiroz, Gregório de Matos e tal. Quem não curte os tus e vós pode se cansar.
Nathalia.Rondan 25/03/2020minha estante
Me identifiquei muito com suas impressões, a Hipólita me irritou, também...kkk, mas no geral gostei do livro :D




Marcynhah 29/04/2024

Obra seminal
"O Castelo de Otranto" de Horace Walpole é uma obra seminal que marcou o surgimento do gênero gótico na literatura. Publicado em 1764, este romance é ambientado em um castelo sombrio e misterioso, onde eventos sobrenaturais e intrigas familiares se entrelaçam para criar uma atmosfera de suspense e terror.

Walpole constrói uma trama envolvente, repleta de reviravoltas e elementos sobrenaturais, como aparições de fantasmas e objetos misteriosos que ganham vida. A história gira em torno do Príncipe Manfred, que busca desesperadamente assegurar a continuidade de sua linhagem, enquanto uma maldição ancestral ameaça destruir sua família.

Uma das principais críticas ao livro é a sua tendência ao melodrama e à exageração, características típicas do período em que foi escrito. Além disso, a caracterização dos personagens pode parecer superficial em comparação com as normas literárias contemporâneas.

No entanto, "O Castelo de Otranto" continua sendo uma leitura fascinante, especialmente para aqueles interessados na história da literatura gótica. Sua influência é inegável, tendo inspirado inúmeras obras posteriores no mesmo gênero. Walpole criou um universo rico em atmosfera e suspense, que cativou os leitores de sua época e continua a intrigar até os dias de hoje.
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Samantha @degraudeletras 29/07/2012

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
Quem não gosta de um bom livro de terror?
Pois bem, em meio à leva de obras nesse gênero, você já parou para se perguntar de onde veio tudo isso?

As origens das estórias de horror são de tempos remotos, mas a literatura ocidental reconheceu O Castelo de Otranto como o marco inicial da Literatura Gótica. ( ressalto que essa não foi a primeira estória de horror, são apenas convenções).

Trazendo elementos que caracterizam a novela gótica como o cenário num antigo castelo, uma maldição, fantasmas, corredores sombrios, passagens subterrâneas e mortes inexplicáveis.

Embora esteja enquadrada nesse estilo literário e possua todas as características para ser classificada como tal, O Castelo de Otranto não transmite medo aos dias de hoje , mas a obra não perde seus méritos.

A obra traz a saga do príncipe Manfredo que quer a qualquer custo continuar no reinado de Otranto. Manfredo tinha um filho e uma filha, onde ele apostava todas as fichas no garoto ara dar continuidade ao nome da família e assim, esta permanecer no poder de Otranto.

Até que no dia do casamento do filho acontece um desastre e o jovem Conrado (filho de Manfredo) morre de maneira misteriosa. Manfredo, muito sagaz, resolve ele mesmo dar continuidade à sua linhagem, mas todas as suas tentativas de permanecer no 'legado' de Otranto, de uma forma ou de outra acabam não dando muito certo.

Toda essa 'neura' de Manfredo para dar continuidade ao seu nome é devido uma profecia que proclamava:

O castelo e o senhorio de Otranto passariam da presente família, quando o seu verdadeiro proprietário crescesse demais para habitá-lo.

Tal profecia fora proclamada devido a acontecimentos passados que desvirtuaram o reino de Otranto. Vou parar por aqui para não gerar spoilers. -rs

Em suma, acontecem várias cenas sobrenaturais que impedem os contratempos que vão contra o cumprimento da profecia.

A linguagem da obra é meio Shakespeareana , um pouco difícil para quem não está acostumado, mas não pe algo horrível ou impossível de ler. Os que já têm costume com uma linguagem um pouco mais complexa, conseguirá ler o livro em uma tarde.



O Castelo de Otranto chega a ser engraçado, com personagens quase pitorescos. Vocês devem estar pensando " como uma estória de terror pode ser engraçada?" ressalto aqui, mais uma vez, que devemos levar em conta o que assustava aos leitores naquela época.Alguns diálogos são super engraçados e dá para notar claramente que os personagens tinham muito medos dos acontecimentos difíceis de explicar, eles associavam tudo como obra de um ser maligno.
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Ângelo Von Clemente 07/02/2016

Ambientação atrativa, leitura prazerosa.
Tive maiores expectativas sobre a obra em questão, essas que não foram devidamente atingidas. Em seu contexto histórico de lançamento certamente Walpole foi digno de todas as honrarias que lhe atribuíram, entretanto se nos utilizarmos de perspectivas atuais para tentar interpreta-lo, recorremos a um erro comum, certamente. Em minha concepção pessoal entrevi no ambiente de O castelo de Otranto uma familiaridade notória muito tipica dos antigos romances de cavalaria... Muitos dos elementos se encontram presentes em nosso inconsciente coletivo, tendo como diferencial a temática proposta nessa obra, em contraste com o estilo de títulos específicos como Lancelot e o rei Arthur. O castelo de Otranto causa deslumbre, e inebria o leitor com o misticismo da fantasia. Recomendo-o para leitores de todas as idades, sem restrições.
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