Sabrina.Lima 23/02/2022
MEDO DE MIM? NOME PERFEITO PARA ISSO...
Bem, depois que iniciei essa leitura eu fiquei com uma puta pulga atrás da orelha. Fiquei imaginando se era somente eu que estava sentindo aquilo, ou se alguém mais sentiu o mesmo.
Eu amo ler.
E apesar de alguns temas que não gosto muito, como livros de sheik, reis, aliens. E alguns outros que não vem ao caso, eu me considero uma pessoa eclética e fiel ao livro que estou lendo.
Ainda que não goste de alguma coisa, a escrita, a estória, a abordagem eu vou até o fim para ser justa em qualquer julgamento, até porque não dá para formar qualquer opinião se não se conhece o fim da estória, não é mesmo?
Entretanto sobre essa série, eu juro que fiquei com vontade de largar...
Juro mesmo!
Mas fui até o fim.
No final eu senti, uma espécie de decepção por ter perdido o meu tempo, porque os personagens são tão sem nexo, que me perguntei qual foi a motivação da escritora ter escrito 4 continuações.
Incrível!!
Eu sei que muita gente leu e gostou, mas eu sinceramente não sei o que dizer. Porque eu não consegui entender a essência da personalidade do protagonista. Ou melhor, eu até entendi do que foi construída a sua personalidade, a causa da razão dos seus atos, etc. Coisa que você, sofridamente, entende somente no 3º livro. Mas o que te angustia é a postura da protagonista. A passividade incoerente diante das contradições de coisas peculiares que fazem parte da natureza humana.
Coisa do tipo: Quem gosta de sofrer? Quem gosta de ter violado sua privacidade? Quem gosta de perder sua liberdade? Quem gosta de ser coagido? Quem gosta de sofrer humilhações por coisas que absolutamente não entende o porquê?
Essas respostas, não se encontra em nenhum desses livros.
Ok! Entendam que a licença poética autoriza a criatividade do escritor a escrever qualquer coisa no seu mundo alternativo. Mas até o exercício da licença poética exige coerência em determinados cenários para que a estória seja dinâmica e plausível. E estamos falando aqui de um enredo que ocorre na sociedade civil como a conhecemos. Sem fadas, sem gnomos, sem mundo apocalíptico. Portanto, acredito que isso tenha sido o meu grande empecilho de dar credibilidade aos personagens desta estória, pelo menos o casal principal que é o carro chefe do foco dos 3 primeiros livros...
Então, desconfortável com a sensação em cima do muro, eu fui pesquisar sobre os comentários sobre essa série, curiosa para saber se somente eu estava me sentindo uma idiota lendo.
Aliviada, percebi que grande parte das opiniões que vão na contramão do exercício de que um tapinha não dói, concordam em gênero, número e grau de que ainda que o amor seja lindo, um tapinha sempre dói. E muito! Ainda mais se um brutamontes imbecil é suficientemente covarde para se atrever a dá-lo. E no pior das circunstâncias, um escritor ou melhor escritora dar uma conotação amorosa atenuada a isso, violando centenas de esforços duramente trabalhados através de tantos anos por mulheres vitimadas é no mínimo ultrajante.
Como disse a Leninha ali embaixo, ler esse livro é o melhor jeito de foder com seu tempo livre.