Sem vista para o mar

Sem vista para o mar Carol Rodrigues




Resenhas - Sem Vista para o Mar


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Raul.Coutinho 05/01/2023

Quadros postos
Um universo de imagens que montam uma narrativa. Essa forma de contar, que de início estranha, é resolvida no término de cada conto independente do fim. A quebra do encadeamento entre as frases traz novas possibilidades, tão qual a ideia da marcação de diálogo. E faz sentido não avisar seu vizinho se você vai pedir um pouco de arroz, ele não espera a visita, assim como o ouvinte não espera sentado ouvir algum: hoje tá frio né. Não, as vozes simplesmente acontecem.
É preciso ter coragem pra navegar de forma experimental, seja na forma ou nos temas nos contos. Salvo o juízo de valor, Sem vista para o mar é incrível. O meu xodó desse livrinho. Muito foda!
Super aconselhado a quem trabalha com escrita estudar e debruçar na técnica que a Carol Rodrigues arrisca.
Os fortes pontos contrastam, na minha experiência, aos fracos que é por conta do estranhamento da forma. É inovadora, porém, exigível uma paciência maior pra interpretar os Quadros postos, e isso é com o leitor a quem lhe lança uma "bola na fogueira".
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Letuza 25/09/2019

Contos de fuga
Contos maravilhosos escritos por uma autora jovem. São contos sobre estradas, fugas, encontros e reencontros. O conto Sem vista para o mar que dá nome ao livro é de uma sensibilidade apaixonante.
Uma escrita única, diferente, intrigante.
Uma delícia!
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"Ana Paula" 30/08/2019

O livro desse mês para debate no Piquenique Literário de SJCampos, foi escolhido por causa da Flim - Festa Literomusical do Parque Vicentina Aranha - que acontecerá entre os dias 13 e 15 de setembro em SJCampos. Carol será co-curadora da festa e esteve presente no Piquenique deste mês para saber o que nós, leitores e piqueniqueiros, achamos de sua obra.

❝Foi com outro menino de mentira, era loiro, era de fora, era gostoso beijar e sentir no beiço o buço ralo, moço novo, a mão na calça, ele tinha calça, no calor suava todo, as costas as coxas o buço. Mas pegaram alguém viu contou pro pai pra mãe pra irmã noiva, ia casar, e dali foi jurado por meninos de verdade que jogavam futebol.❞

Sem Vista para o Mar - Contos de Fuga, é vencedor do Prêmio Jabuti e o da Fundação Biblioteca Nacional. Nele vamos encontrar contos que acompanham a vida cotidiana de pessoas normais, que não conhecemos, mas reconhecemos em diversos momentos e acabamos nos sentindo próximos deles.
Eu adoro ler contos. Para mim é uma experiência diferente do que ler um livro completo. Nos contos, eu dou asas a minha imaginação e deixo ela me levar por caminhos que não foram desbravados pelo autor. Ao terminar de ler um conto, fico imaginando o que mais poderia resultar do término, para onde esses personagens vão e o que será deles dali pra frente.
Sem Vista para o Mar me deixou fascinada e ao mesmo tempo confusa: a escrita da autora é totalmente diferente de tudo que já li. Tem um traço marcante, é diversificada mas também me confundiu pela falta de vírgulas e coerência das palavras. Carol tem uma escrita reticente, com cortes de pensamentos e retomada de elementos já escritos, o que por um lado, é promissor e diferente, mas também, confuso e desconexo.

Mesmo assim, me peguei sorrindo e ansiando por mais. Cada conto trás sentimentos diferentes e, as vezes, conflitantes. Falam sobre o dia a dia, sobre falta, sobre saudade e diversas outras coisas.
Outro ponto positivo da obra é que todos os contos se encadeiam, finalizando com um conto "continuação", o que gostei muito.

❝O cinema é a janela de um trem. Nos países que tomam trem. Aqui o cinema é a janela que trepida. Escura. Um buraco quadrado. Sem fundo. O amor. Também.❞

A autora é uma pessoa maravilhosa. O bate papo foi instrutivo e cheio de descobertas pela parte da autora e dos leitores presentes também. Eu adorei conhecer a Carol, saber sobre seu processo de escrita e quais escritores a influenciam foi uma experiência única! Agradeço ao Piquenique Literário por mais essa oportunidade, pois se não fosse por eles, nunca que eu conheceria o trabalho da Carol. Sem Vista para o Mar não é um livro que eu compraria por vontade própria.

Do mais, indico sim a leitura. Mas vá com calma, saboreie, deixe-se levar. Há contos que merecem ser lidos e relidos. Contos que realmente nos faz fugir da realidade.

❝Encolhida de frio e perplexidade procuro entender um pouco.Por que mulher arrepia mais. Devia ter menos frio onde tem mulher.
Porque encrespam. Encrespam o dorso as senhoras das biografias mais remotas arrepiam a crina o ego a saia o rabo de cavalo baixo a alça do sutiã caída e toda arrepiada.❞


site: http://www.livrosdeelite.com.br/2019/08/resenha-sem-vista-para-o-mar-contos-de.html
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Juni 18/07/2018

Contos de fuga (de fato)
A Carol Rodrigues traz uma escrita nova e bem trabalhada, mostrando o seu estilo logo de cara. A leitura é uma corrida para saber o que o final de cada conto aguarda, gostoso de ler.

Me perdi um pouco em alguns contos, preciso reler, porém acredito que essa questão dependa de cada leitor.

Já no início abre com um dos contos que foi o meu favorito(onde acaba o mapa), talvez para prender a atenção do leitor com o "gostinho de quero mais".

Outros contos que se encontram no livro que me capturaram foram: sem vista para o mar; o homem vespertino; o mau lobo; quando eu parei de pensar; os dentes não sabiam como agir; das oito às oito.

Vale a pena a leitura. Li no ônibus, na minha casa e na casa da avó. Os contos tem algo relacionado ao cotidiano que fazem refletir um pouco sobre o próprio dia-a-dia, as efemeridades e sentimentos fugazes.
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Carol 23/03/2016

Neste vídeo eu conto o que achei deste livro.

site: https://www.youtube.com/watch?v=wFtJtXcXh50
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