dariostradlin 28/01/2023
Haaaja coração
Bem, Amigos! Temos aqui um excelente livro que narra a história do maior de todos os tempos. Dificilmente alguém discordará disso, pois certamente a turminha do "cala a boca, Galvão" não lerá este livro. E quem ler, vai concordar.
Galvão Bueno é o maior narrador brasileiro de todos os tempo, talvez o maior do mundo. Não apenas narrador, mas também apresentador, "frontman" e, acima de tudo, jornalista.
Galvão é sinônimo de esporte, seja futebol, Fórmula 1, vôlei, basquete, natação... eu tenho certeza que qualquer torcedor sente orgulho de ver um jogo de seu time sendo narrado por Galvão Bueno.
Eu cresci ouvindo Galvão derramar emoção ao gritar gols de Rrrrrrrronaldo, Rrrrrrronaldinho, Rrrrrrrroberto Carlos. Tenho memórias gravadas de momentos que não vi ao vivo, como "Sai que é sua, Taffarel; Acabou, acabou, é Tetra, é Tetra", e, a mais triste de todas, "Senna bateu forte:.
Vi, ao vivo, tantos "olhugol" na Copa de 2002 e o grito de "É Penta". Assim como vi declarar Schumacher tantas vezes vencedor, mas também as vitórias de Rrrrrrrrubens Barrichello. Trago comigo inúmeras frases folclóricas e engraçadas, como "a física não permite". Outras nem tão engraçadas assim, como "Lá vem mais, lá vem eles de novo, olha que absurdo, goooool da Alemanha; as lágrimas de um menino..."
Vi Galvão narrar o penta do Grêmio na Copa do Brasil sobre o Atlético Mineiro, em 2016. Naquela em que a final teve também toda a carga emocional ocasionada pelo acidente com o time da Chapecoense uma semana antes. Ao final do jogo, houve uma briga entre oa jogadores e Galvão pedia "hoje, não". E como esquecer da final da Libertadores de 2017? "O lance é bom, o lance é bom..."
O livro foi publicado em 2015 e desde então mais de 7 anos se passaram e muita coisa aconteceu. Galvão ainda narrou outras duas Copas do Mundo masculinas e duas Olimpíadas. Será estranho não o vermos mais daqui pra frente. Alguns personagens presentes no livro já não estão mais aqui, como Pelé e a própria mãe do narrador.
Esta biografia também é um excelente livro para jornalistas, em especial àqueles que estão começando e tem a ilusão de que basta ir para a frente de uma câmera e ler um texto.
As histórias de "bastidores" da vida de Galvão também são fascinantes, principalmente as histórias com Ayrton Senna. E por falar em Senna, são os detalhes da notícia de sua morte o ponto mais "pesado" do livro. Quando Galvão foi ao hospital após o acidente fatal de 94, não era um jornalista que estava lá, mas um amigo de primeiro nivel que descobria ter perdido um "irmão mais novo".
Aproveitem cada página deste livro e sintam-se privilegiados de terem presenciado a história deste grande profissional e ser humano chamado Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno.