O Árabe do Futuro

O Árabe do Futuro Riad Sattouf




Resenhas - O Árabe Do Futuro


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Lucas.Oliveira 09/06/2020

Leitura simples, rápida, com humor, política e reflexiva.
Como eu gostoso ler uma biografia em um quadrinho, o Arabe do Futuro, é um quadrinho sensacional não é a toa que está nos meus favoritos, eu já queria ler ele algum tempo, só estava esperando o momento certo.

O árabe do futuro conta a história de Riad, uma criança tendo que viver com sua pai e com sua mãe, e que pai doido ele tem, Riad é um menino curioso, e que percebe tudo apesar de nem tudo entender, adorei como é apresentado essa visão de criança em paralelo com uma narrativa de acontecimentos políticos que ocorre em torno da história, conforme aos personagens mudam de lugar na história, as corres do quadrinho mudam, e a história aborda o sentido do ofato, coisa que poucos quadrinhos fazem, com uma ótima descrição o autor faz o leitor emegir ainda mais na história.

Riad, cresçe e evolui, passa por medos e tenta entender o mundo apesar das mudanças de sua vida, ele é bem alegre, atento e curioso. é uma leitura simples, rápida, com humor, política e reflexiva.
Jose.Maria 20/06/2023minha estante
Eu adorei o 1 e já estou lendo o 2 .




Aécio de Paula 12/06/2021

O Árabe do Futuro - Riad Sattouf
Divertido. Recomendo
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danisteagall 25/03/2021

Primeiro volume da série ?O Árabe do Futuro?, aqui conhecemos os personagens título: Riad (criança de 4 anos, loirinho), Abdel e Clementine (pais de Riad).
Esse livro tratar da infância de Riad dividida entre a França, a Líbia e a Síria.
Com mudanças lustrosas de coloração, o autor vai narrando os fatos sob o ponto de vista do pequeno Riad.
Um excelente primeiro volume, estou ansiosa para ler os próximos!
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Alex 19/06/2015

Primeiro como tragédia, depois como farsa
Primeiro livro de uma possível trilogia, O Árabe do Futuro é uma autobiografia que retrata o crescimento de Riad Sattouf durante os governos Kaddaffi (Líbia) e Hafez Al-Assad (Síria). Ambos buscavam o progresso e o desenvolvimento de seus países com base no nacionalismo e no secularismo.

Com uma narrativa em cores (há uma tonalidade própria para cada ambiente), o livro capta a óptica de uma criança que cresce em um mundo hostil e em constante mudança, mas com um olhar de inocência, admiração e espanto, que vagamente lembra personagens como Mafalda e sua atitude filosófica frente à eterna novidade do mundo.

E se por um lado nos divertimos com as crônicas familiares, descobertas, e enrascadas em que o pequeno Riad se mete, por outro lado, à medida que Riad vai internalizando sua visão de universo, nos deparamos com um mundo que vai se evidenciando cada vez mais contraditório e violento, com governos tirânicos e pessoas que muitas vezes agem de maneira irracional, com superstição (mythos), ou impulsividade.

Riad está quase sempre acompanhado de seus pais, o sírio Abdel e a francesa Clémentine. Seu pai, Abdel, talvez fruto de algum rancor nutrido pelo autor, é negativamente destacado pelo lado racista, machista e sectário, tornando-se um verdadeiro porta-voz do senso-comum. Era aquele que queria integrar-se à modernidade e ao progresso da sociedade europeia, mas não o consegue.

Já a mãe de Riad, Clémentine, seria a visão de mundo coerente e sensata, embora submissa, cansada e apagada. Um verdadeiro contrapeso ao despotismo e à emotividade do pai. Age sempre com lógica e razão (logos), forma que o autor encontra para legitimar a sua própria opinião que emite através da personagem, quando, por exemplo, ridiculariza o governo líbio na rádio; quando censura a opinião antissemita de Abdel; e quando busca salvar um cachorrinho indefeso de uma morte truculenta por crianças sírias que encarnavam verdadeiros bárbaros. Em suma, é a ocidental educada e esclarecida que contrasta o árabe temperamental (repare nos elementos infantis que Sattouf atribui a Abdel) e violento, que apoia ditadores, espanca crianças e diz que enforcar pessoas é "um mal necessário".

Além disso, a noção de que Sattouf estaria retratando os dois países árabes com fidedignidade porque lá morou (e porque teria uma metade árabe) se desfaz ao constatarmos que, por exemplo, a representação da Síria e de seu povo é bastante superficial, injusta e pobre, retratando o país como muito sujo, perigoso e inacabado (novamente contrastando com a França, apresentada como segura, de cercas baixas, vibrante e florescente), com funcionários públicos que quase sempre são apadrinhados ou corruptos, cidadãos que agem educadamente apenas por temor ao “regime”, e garotos violentos, vulgares e provocantes (não é necessário novamente ressaltar a oposição desses meninos com o delicado, inteligente e inocente Riad). Não há um único contraponto a toda essa estereotipização. O próprio autor, em entrevista, reconheceu que mal sabe sobre a Síria, e que nunca voltou lá depois de 1990. Torna-se óbvio que, com uma fotografia tão vulgar, o autor apenas busca dar elementos que justifiquem a atual a revolta armada contra o filho de Hafez Al-Assad, o atual presidente Bashar Al-Assad.

Assim, ao dar uma representação fraca e demasiadamente simplista da Síria e da Líbia, apresentando-os por meio de algumas poucas simbologias negativas, o livro deixa de lado importantes progressos que os governos dessas nações fizeram. A Líbia sob Muammar Kaddafi melhorou radicalmente as condições de vida para as massas. Grande parte de suas necessidades básicas como saúde, educação, alimentação e habitação, até então inexistentes, se tornaram políticas públicas e de acesso universal e gratuito (embora o livro tente deslegitimar isso, ressaltando a agonia da luta por bananas e o absurdo de se perder a casa após um simples passeio).

Na Síria houve progresso nas condições das mulheres, e integração social das diferentes etnias, religiões e tribos no país, tornando esse antiquíssimo país de maioria sunita em um grande mosaico étnico, com drusos, curdos, alauitas, armênios, cristãos, e sunitas convivendo em grandes centros, como Aleppo, que antes de 2011 era uma das cidades mais cosmopolitas do mundo.

Infelizmente, ao final da leitura fica uma impressão de que, sob pretexto de descrever sua infância (o que por si só já é um argumento frágil, pois é impossível que alguém relembre a primeira década de vida com tantos detalhes, senão por um processo quase que inteiramente de reconstrução), o autor apenas reforça velhos preconceitos e clichês contra esses povos árabes, assim como corrobora a demonização de governos e líderes independentes do império anglo-saxão-sionista, como já vemos todos os dias na grande mídia.

Hoje a Líbia e a Síria são estados destruídos, após potências ocidentais em busca de ganhos geopolíticos - dentre as quais a França (com Sarkozy na Líbia e François Hollande na Síria) - fornecerem, juntas com Arábia Saudita, Qatar, e Turquia, armas, logística, e dinheiro a dezenas de grupos jihadistas wahhabitas (a maioria estrangeiros), como a Al-Qaeda (na Síria, Al-Nusra) e a mais uma miríade de grupos mercenários, além de impingir sanções e bombardeios ilegais a ambos países.

A Líbia, que antes de 2011 possuía o IDH mais elevado da África, está em completo pandemônio, terra de ninguém, atolada em uma guerra entre centenas de milícias, assim como a Síria, onde já morreram mais de 300 mil pessoas e corre o risco, se o governo sírio colapsar, de desintegrar-se em vários mini-estados, com um possível genocídio das minorias étnicas pelos rebeldes, desestabilizando ainda mais a região. A cidade de Homs foi quase que completamente destruída e o pequeno vilarejo de Ter Maaleh, retratado no livro, até esta data estava sob domínio de insurgentes e não se sabe o que aconteceu com a sua população. Nos dois países, o falso califado do Estado Islâmico (em árabe Daesh), fruto direto da invasão e destruição do Iraque em 2003 e da política de armar rebeldes linha-dura na Síria, já domina várias porções territoriais, trucidando os locais com extrema crueldade e barbárie.

E como na profecia de Marx em que a tragédia se repete como farsa, ao final, o autor demonstra que se até a metade do livro o pequeno Riad não entendia a violência irracional ao seu redor e até tenta apartá-la, nas últimas páginas ele passa a enxergar uma certa justiça na violência (quando revida a agressão dos primos) e, no fim, até mesmo prazer (quando pisa e xinga o alemão), mostrando que começa a assimilar (ou ser assimilado) a ethos de intolerância e irracionalidade. Esse desfecho sombrio, tanto do personagem como dos países, nos remete a conclusão de que o árabe do futuro de Sattouf morreu ainda no passado.

Resumindo, se o leitor deseja conhecer e compreender melhor os complexos precedentes que deram causa ao que hoje ocorre na região, não recomendo de forma alguma esta graphic novel.
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Natália 01/05/2020

Importante para ajudar a compreender um pouco sobre a cultura e a política árabe. Pretendo ler mais sobre isso, pois foi muito interessante ler sobre os conflitos e dinâmicas políticas descritos no livro.
Tem umas situações bastante tensas, que envolvem violência, bullying, xenofobia, racismo etc; situações que me deixaram bastante agoniada ao longo da leitura.
Apesar disso, a narrativa é bem fluida e fácil de ler.
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Diego Rodrigues 23/02/2020

Ótimo para conhecer mais do mundo árabe e entender seus conflitos
Ao mesmos moldes de "Maus" de Art Spiegelman, "O Árabe do Futuro" é um quadrinho autobiográfico no qual o autor francês Riad Sattouf relata como foi sua infância no Oriente Médio após sua família deixar a França para viver na Líbia e posteriormente na Síria. Riad é filho de pai sírio e mãe bretã, seus pais se conheceram na França socialista, onde a família tem uma vida estável até que seu pai recebe uma proposta de emprego para lecionar em uma escola líbia. Temos aqui o primeiro choque cultural no quadrinho, a família de Riad sai de um regime socialista para entrar em um país que está sob a ditadura de Kadafi.

Possibilitar ao leitor como esse choque cultural é visto pelos olhos de uma criança é o principal destaque da narrativa. Na França, Riad, com seus longos cabelos loiros e olhos claros, era paparicado e mimado aonde quer que fosse. Já na Líbia suas características passam a ser vistas como estranhas. A organização social e política do país também chamam a atenção: as portas das casas só têm trincos do lado de dentro e as pessoas não têm casas fixas, quem encontrar uma casa aberta tem a permissão para entrar e tomar posse imediatamente, esse é o regime das massas adotado no país. A comida é racionalizada e o governo controla toda a distribuição que é feita para o povo. A imagem do ditador Kadafi está presente em todos os lugares: em cartazes, outdoors e também na TV, o tempo todo. O pai de Riad, estando mais perto de suas raízes, aos poucos começa a se revelar e a expressar alguns sentimentos que nos permite ter um vislumbre do que se esconde debaixo de sua personalidade. Ele acredita no pan-arabismo, que é a união dos povos de língua árabe, e acredita que para que isso possa ser alcançado é preciso deixar o fanatismo religioso para trás e buscar o conhecimento através do estudo acadêmico. Apesar dessa crença, percebemos nesse ponto que o pai de Riad tem muitos pensamentos retrógrados e atitudes racistas, e que não se preocupa nem um pouco em esconder isso do filho.

Depois de uma rápida volta a França a família de Riad vai para a Síria, onde seu pai consegue um novo emprego. Na sua terra natal o pai acredita que a família terá uma vida melhor, mas o que vemos aqui não é bem isso. Na Síria sob a ditadura de Hafez al-Assad temos o segundo choque cultural na história, os costumes se tornam ainda mais estranhos e o povo vive muito próximo da miséria. E para piorar, estando mais perto ainda de suas raízes, o fanatismo e os preconceitos do pai de Riad se tornam ainda mais evidentes.

"O Árabe do Futuro" é muito mais que uma simples biografia, é também um documento histórico. As diferentes culturas e costumes árabes sempre foram completos desconhecidos pra mim, sempre que os jornais falam sobre esses povos o tema é a guerra ou o petróleo, acho que mesmo sem perceber a gente acaba associando esse povo somente a isso. Não procuramos entender a origem de seus conflitos religiosos, nem sua história ou sua política. Esse quadrinho me permitiu um pequeno vislumbre desse lado mas sei que ainda tenho muito a pesquisar se quiser entender melhor o assunto. Além do valor histórico e cultural, a obra também serve como um alerta para os efeitos que comentários e atitudes racistas, machistas, homofóbicas e xenofóbicas podem ter em uma criança que vive próximo de um adulto tóxico ou fanático. Fiquei curioso para saber o que vai acontecer com Riad nos próximos volumes.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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@somaisumparagrafo 05/07/2020

@somaisumparagrafo
Com apenas três anos, Riad enfrenta uma grande mudança. Filho de pai sírio e mãe bretã, se vê saindo da França para ir morar na Líbia e, posteriormente, na Síria. Um menininho loirinho e muito inocente que abruptamente é imerso em culturas complemente diferentes daquilo no qual nasceu e foi criado.

-x-

Essa é uma HQ autobiográfica que vai retratar a vida de Riad e sua família dos anos 1978 a 1984. O pai é um professor doutor que se candidata a uma vaga para lecionar na Líbia e é um cara completamente obcecado com a educação árabe. Sua mãe (dona de casa) e Riad não veem outra opção a não ser seguir seu pai para onde quer que ele deseje ir.

Com traços simples e através das lembranças de uma criança, temos a visão nua e crua sobre política, religião, costumes e aspectos culturais dos povos sírio e libanês da década de 80. Fica nítido o choque cultural no qual Riad é submetido, mostrando toda sua trajetória ao tentar se adaptar as suas novas e duras realidades.

Como era de se esperar, por todo o contexto social vigente, a trama aborda o preconceito, o machismo e a violência, não nos poupando de algumas cenas bem chocantes. Contudo, por questões pessoais, essa leitura não funcionou muito bem para mim. Não sou muito fã de questões políticas e me senti extremamente incomodada com a violência contra os animais aqui retratada, mas identifico a importância do enredo pensando em um olhar antropológico.
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Lerinha80 01/03/2021

O árabe do futuro
Riad Sattouf, filho de pai sírio e mãe Bretã, narra nesse primeiro volume, a sua infância com a família na Líbia, Síria e França. Essa HQ tem algumas passagens super engraçadas e outras mais reflexivas acerca das diferenças culturais entre os países ocidentais e o mundo árabe. Adorei!
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Gabriel 29/01/2021

Uma obra curiosa que nos instiga
Leitura não tão agradável, mas importante para olharmos o ?diferente?. Aguardando a leitura dos outros volumes para uma conclusão melhor
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Suerllen 24/12/2020

Leitura gostosa e instrutiva!
Pra você que nunca ouviu falar, ou nunca pesquisou sobre o Árabe do Futuro, a contra capa do livro traz a definição perfeita sobre o seu enredo: "A história verdadeira de um menino loiro e sua família na Líbia de Kadafi e na Síria de Hafez al-Assad." É isso! E o menino loiro em questão é o Riad Sattouf, o próprio autor do livro.

É uma obra muito inteligente, aclamado pela crítica e que desde o seu lançamento já se tornou um clássico do gênero. Primeiro por ser uma HQ, com ótimas ilustrações e uma linguagem em certo ponto sarcástica (o que é ótimo!). Além de tudo, é interessante enxergar as peculiaridades de uma infância dividida entre o Oriente (Síria e Líbano) e o Ocidente (França), por meio dos olhos de uma criança.

É claro que o pensamento atual do autor interfere na narrativa dos fatos e na percepção do que ele viveu em seus primeiros anos de vida, mas isso é o de menos, o conteúdo da história, a forma como ela é abordada e o contexto apresentado ditam inteiramente o ritmo do livro.

Ritmo que por sinal é um dos pontos altos da obra. Os capítulos são muito bem repartidos e em nenhum momento se cria barriga ou se torna cansativo.

O ponto negativo é que você vai ter que desembolsar um bom dinheiro se quiser devorar toda a série de O Árabe do Futuro, haha. Este é apenas o volume I, de 4 que já foram lançados (o último chegará em Outubro no Brasil).

Mas sem delongas, recomendo fortemente. Leitura leve e gostosa e que com certeza agradará a gregos e troianos ou até mesmo sírios, franceses e libaneses!
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Ogro 17/03/2020

Despretensioso em contar a história de uma criança...
Riad narra sua vida e ida à Síria ainda muito pequeno. Por ter saído ainda muito cedo de uma visão ocidental do mundo (mesmo não compreendendo direito) ele se depara com a estranheza nos costumes de um lugar novo e completamente diferente. Paralelo a isso, o autor nos ensina um pouco de histório do Oriente Médio, mostrando os acontecimentos que ocorreram naquele período.
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Ana Rosa @falarosa 20/02/2022

Pesado e leve ao mesmo tempo e eu nem sabia que isso era possível
Nessa HQ, Riad, o autor, nos leva a conhecer um pouco da história da Líbia entre os anos de 1978 e 1944. Nascido na França, filho de pai sírio e mãe bretã, Riad, com apenas três anos, foi levado a morar na Síria onde seu pai foi convidado a lecionar.

A partir de aí, "O Árabe do Futuro" nos leva, através do olhar de uma criança, a conhecer uma cultura completamente diferente, e acompanhar o estranhamento do próprio autor com tudo aquilo que estava vivendo.

A leitura é fluída, mas potente e ver todo aquele contexto sob o olhar de uma criança é super interessante! Estou animada para os próximos!
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RICARDO 15/07/2015

Um futuro que demora a chegar
Talvez uma leitura mais acurada possa achar o quadrinho um pouco xenofóbico, contudo, não foi essa a impressão que tive. Comprei o HQ para aprofundar meu conhecimento sobre história geral e oriente médio, fui bem feliz na escolha, embora não tão ambientado politicamente se comparado a Joe Sacco - até mesmo pelas propostas serem completamente distintas - rapidamente o leitor começa a ver a Síria e a Líbia por um prisma diferente.
A história flui bem, tão bem que terminei no segundo dia de leitura, e um ponto em especial é fenomenal, o autor tem uma capacidade sem igual para mesclar a realidade vivida por uma criança e o panorama político, indo além da visão ocidental representada pela mãe de Riad e trazendo a perspectiva do pai, um oriental ocidentalizado que tem paixão por seu país.
Quem espera um denso debate político não encontrará muito com o que se alegrar, Riad me pareceu com Bill Watterson, talvez seja uma impressão exagerada. Calvin é uma criança que fala como adulto e não um adulto que fala como criança, Watterson consegue resgatar nossa memória quase como em um processo de regressão, Sattouf se aproxima de Watterson e em alguns momentos acontecimentos antigos me vieram a cabeça a partir das impressões do protagonista.
Um ponto talvez a ser discutido é a questão da emergência dos ditadores no mundo islâmico, refletindo o contexto dos tempos atuais em que esses países estão imersos em um fundamentalismo religioso e contrapondo essa realidade com o começo dessas ditaduras e sua antiga propensão a se ocidentalizarem nos moldes soviéticos.
Outro ponto é a situação da mulher e a visão ocidental sobre o oriente médio, a dificuldade de interação entre as diferentes formas de pensar e as barreiras culturais que muitas vezes parecem insuperáveis. Pensando na mãe de Riad vi a companheira que não abandona o marido, mesmo sendo ocidental e universitária ela aceita a luta quixotesca do companheiro trocando a França pelo oriente médio.
Para finalizar, o pai de Riad é outra figura excepcional, retrato de uma época, ele é o típico nacionalista de esquerda com viés "culturalista". Não é nem um marxista dogmático nem um pós moderno, um sujeito que quer enriquecer, comprar uma mercedes mas é contra os E.U.A e Israel e a favor das políticas socialistas aplicadas pelos ditadores, orgulhando-se de ser árabe mas com alguns preconceitos raciais, sendo a religião mais um elemento importante de ligação cultural do que algo central em sua vida.
Vale a pena ser lido!
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Claudia.Ramos 07/09/2016

Leitura agradável e divertida
A história de um pequeno francês sírio contada através de seus olhos. Incrivelmente sadio e que me fez passar por um choque cultural muito grande. O livro é todo em quadrinhos, achei bastante divertido! Super indico!
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Tah_baddauy 12/03/2020

Embora tenha relatos pesados, fale de temas importantes ( como conflito no Oriente médio, xenofobia, fanatismo religioso, intolerância, etc,...)Tem uma narrativa divertida e fluída.
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