Cesinha 26/06/2022
Thomas Szasz, em "O mito da doença mental", considera a doença mental um conflito moral. Para ele, somente o corpo pode ter uma doença. Ele considera a doença mental um "mito conveniente" para negar que a vida é uma luta constante, onde a saúde, como seu oposto, é uma crença que implica no erro de se pensar que há um estado de ausência de doença. Um de seus argumentos mais fortes é que para escolher entre saúde e doença usamos juízos de valor, portanto critérios morais. Ele complementa este argumento com duas perguntas decisivas. A primeira é sobre quem decide, ou seja, quem exerce o juízo de valor que redundará ou não na segregação do indivíduo como doente: o paciente ou o médico? A segunda é sobre como avaliar a cura do mental: volta ao estado anterior?