spoiler visualizarSilveira 29/11/2023
Capitulo l - Brasil.
Navegadores Fenícios.
Entre surpreso e curioso, um dono imenso de terras, português de nascimento, encontrou em 1872 algumas pedras perto do rio Paraíba do Sul, que cruza serpenteando os estados de São Paulo e o Rio de Janeiro, as quais apresentavam em sua superfície estranhas inscrições.
Pegou algumas amostras e as enviou ao Instituto Histórico do Brasil , no Rio, onde o renomado naturalista, Dr. Ladislau Netto, identificou a inscrição como sendo de origem fenícia.
Muitos e muitos anos mais tarde, em 1967, o professor da Universidade de Nova Iorque, Dr. Cyrus Gordon, de posse de copias das inscrições, identificou-as como de origem sidônia, ou seja, fenícia, no princípio do século V a.C.
As inscrições nas pedras dizem o seguinte, segundo o Dr. Gordon: "Somos os Filhos de Canaã, de Sidon, da cidade onde o mercador foi tornado rei. Ele nos enviou para esta ilha distante, para a terra das montanhas.
Partimos de Enzion-geber para o Mar Vermelho e viajamos em dez navios. Estivemos juntos no mar por dois anos, perto da África. Não estamos mais juntos com nossos companheiros. E assim chegamos aqui, 12 homens e 13 mulheres , nesta ilha solitária, quase sem ninguém porque 10 já morreram".
O papel dos fenícios, como intermediários da antiga civilização, foi muito maior do que se imagina, disse o professor Gordon, e, a América pode ter sido colonizada intermitente por meio da interferência dos antigos navegadores do Mediterrâneo.
Na década de 1960, foram descobertas na Baía da Guanabara, à 15 quilômetros do Rio de Janeiro, algumas ânforas de vinhos romanos. Outros objetos e peças romanos foram encontrados na década de 70, quando por aqui vigorava a ditadura militar. Destroços de um navio romano também foram encontrados por pesquisadores que desciam a uma considerável profundidade do mar. O episódio indica que navegantes do Mediterrâneo de diversas civilizações teriam saído, em busca do Novo Mundo desde os primórdios dos anos 1000 a.C., até vários séculos após o nascimento de Cristo. Vikings e outros marinheiros europeus continuaram a realizar suas viagens até pouco antes de Colombo. Egípcios, ao que tudo indica, teriam sido os primeiros, dentre as culturas mediterrâneas, a singrar os mares em direção às Américas, tendo iniciado suas viagens por volta dos séculos V ou lV a.C.