Antonio Accioly 26/04/2024
Black Mirror espacial
Lendo 2001, tive a sensação de estar assistindo uma serie de televisão antológica.
O livro é divido em 3 partes, cada parte conta uma história em um tempo diferente, mas que juntas criam uma linha cronológica. E todas estão ligadas pela presença do Monolito, um objeto extraterrestre que parece ser mais do que apenas um retângulo inanimado.
Que experiencia fascinante de leitura, por muitos momentos eu pensei que estava assistindo um filme na minha cabeça. A escrita do Arthur C. Clark é fluida e muito visual, não é a toa que o livro foi escrito concomitantemente com a produção do filme.
A história é simples, mas complexa. A questão extraterrestre é trabalhada de uma forma diferente, não é nada batido, como alienígenas de olhos grandes, com cabeção, ou invasão alienígena e destruição global.
O livro segue por um outro caminho, o extraterrestre, o desconhecido no caso, é usado mais como um ponto de debate filosófico e darwinista. Em alguns momentos, não vou mentir, tive que me esforçar para entender esses debates que o livro levanta, me refiro ao final. Que é um final bem WTF, mas depois que parei para pensar e refletir, entendi melhor.
Nessa edição que eu li, ainda tem 2 contos fantásticos no final do livro, o conto O sentinela e o outro chamado de Encontro no Alvorecer. Ambos merecem a devida atenção.
Um livrasso da Ficção Cientifica!