As veias abertas da América Latina

As veias abertas da América Latina Eduardo Galeano




Resenhas - As Veias Abertas da América Latina


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rafaa !! 10/03/2024

Quem não conhece a própria história, está fadado a repeti-la
É muito fácil repetir o discurso de que o Brasil poderia ser um país de primeiro mundo, que possui riquezas para tal, mas ninguém de fato se preocupa por quê ele não é. E isso se estende a América Latina inteira: por que uma região tão rica é tão pobre? Eduardo Galeano nos dá uma "luz" para responder esse questionamento.

O autor, misturando fatos, relatos e depoimentos, narra a história da América Latina a partir de seu "descobrimento". Apesar de achar que, às vezes, ele se perde nesse meio, o livro é esclarecedor sobre a exploração sofrida desde os séculos XV/XVI até os dias de hoje. Lendo o livro, raiva e tristeza são sentimentos que nos dominam; saber que boa parte dos tristes acontecimentos relatados no livro não são abertamente falados causa um desconforto enorme.

Mesmo sendo um livro de 1971, ele ainda é, infelizmente, muito atual. A escrita talvez não seja mais tao "simples" para os dias de hoje, porém, é muito mais fácil do que vários outros livros do mesmo gênero. Vale a pena leitura para todos que buscam entender como uma região tão poderosa é tratada como a "escória" do mundo.

Por fim, o sentimento da América Latina não nos pertencer prevalece durante o livro. Nós não somos os donos da nossa própria região. As veias continuam abertas e, infelizmente, não temos mais Eduardo Galeano para tocar na ferida exposta.
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Krishna.Nunes 09/03/2024

As veias abertas nunca pararam de sangrar
Não almejando escrever um livro técnico ou escolar, o autor usa uma linguagem informal para recontar a história do ponto de vista dos derrotados. Aqueles mesmos tópicos que estão nos programas das aulas de história e geografia do ensino fundamental e médio são vistos aqui sob outra ótica - o ponto de vista dos explorados.

Eduardo Galeano nos leva a entender a posição econômica e social do continente através da compreensão de uma longa cadeia de fatos que incluíram, no passado, as grandes navegações, o colonialismo, o mercantilismo, a exploração predatória, a divisão internacional do trabalho, o neo-feudalismo e o capitalismo incipiente. Mais recentemente as relações desbalanceadas de comércio, o imperialismo, os golpes de estados financiados pela plutocracia, o neo-liberalismo e a má distribuição de renda contribuem para manter e aprofundar os abismos sociais criados desde a colônia.

De maneira sóbria, sem sensacionalismo nem afirmações categóricas, o autor faz um apanhado social, econômico e histórico da América Latina que permitem enxergar claramente as razões do subdesenvolvimento do continente frente às nações desenvolvidas, bem como as origens das desigualdades internas que afligem as nações do sul. Todos os fatos relatados são acompanhados de vastas referências bibliográficas.

Mesmo escrito em 1970, o livro continua atual e necessário, já que as veias abertas de 50 anos atrás, as veias que vêm sendo abertas há 500 anos no nosso continente, não deixaram de sangrar.
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Matheus.Frazao 06/03/2024

?Nunca seremos felizes, nunca?
Desde criança eu queria entender o motivo que tornava o Brasil um país pobre. As pessoas falavam tanto sobre as riquezas naturais do país, e que se não fosse a corrupção seríamos uma potência. Agora tudo faz sentido para mim, como quando termino de montar um quebra cabeça.
O Brasil padece de um problema histórico semelhante ao de todos os países da América Latina. Nossa forma de produção, desde o inicio, foi voltada para o exterior: A cana de açúcar no Nordeste, os metais preciosos em Minas Gerais, o petróleo? O livro mostra como nossa riqueza nos tornou pobres, explorados e dependentes. Esse livro é indispensável para todo latino-americano.
Anabanana:) 20/03/2024minha estante
Genial




Marina 02/03/2024

O livro é muito interessante, traz vários aspectos da história que a gente nem sempre acaba tendo contato. Eu demorei muito tempo pra ler pq as situações dão raiva kkkk por tudo que a América Latina passou, aí precisava dar uma pausa e ler outros livros. Então é uma leitura difícil por esse sentido, mas que vale muito a pena.
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Levi 29/02/2024

Perfeito
Ler esse livro é pereber que toda sua educação escolar sobre história, foi tão superficial e fútil q vc se revolta.
Aqui é para vc perceber que os vilões estão ali do outro lado do oceano e ali "em cima" dps do México
LEIA E DEIXE DE SER UM ANALFABETO HISTÓRICO
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Ludmila.Carreira 27/02/2024

Leitura necessária a todo cidadão latino-americano
Esse livro traz à tona toda a origem das mazelas que assolam os povos latino-americanos. nos faz entender muito do que acontece hoje.
e se voce, ao terminar essa leitura, sair com ÓDIO dos estados unidos e da Europa pq foram os principais responsáveis por tudo. sugiro que leia novamente com mais atenção.

"o subdesenvolvimento latino-americano é uma consequência do desenvolvimento alheio, que os latino-americanos somos pobres porque é rico o solo que pisamos e que os lugares privilegiados pela natureza foram amaldiçoados pela história."
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leonardson 26/02/2024

Um livro pra se ler com muita calma, e com muita atenção. Acho que é meio clichê falar isso, mas todo latino americano, e pessoas de outros continentes que foram, e ainda são, explorados pelas nações do norte geográfico, deveria ler (porém, em consequência dos fatos descritos no livro,muitos nem têm a condição fazer a leitura).
Por mais que tenha muitas informações, a autor é extremamente objetivo, fazendo uma coletânea de vários fatos do porque as nações latinas estão como estão e, principalmente, quem foram os responsáveis.
No momento em que nós estamos, onde vemos bolsofascistas escancarando com orgulho bandeira de países que não estão em nada alinhado com os nossos interesses, esse livro vem muito a calhar, mas infelizmente eles preferiram ler Olavo de carvalho (duvido que eles tenham lido algo na real).
Pra concluir, tem uma frase no final do livro que contextualiza bem ele: ?As forças armadas (ditaduras) foram convocadas pelas classes dominantes para esmagar as forças de mudança, perpetuar a ordem interna de privilégios e gerar condições econômicas e políticas sedutoras para o capital estrangeiro?
Isso dá muita raiva lendo esse livro, ver que qualquer ideia de ser um continente sem pessoas morrendo de miséria foi esmagada por conta dos interesses europeus e americanos, que continuam fazendo essas atrocidades sem ninguém impedi-los.
oMatheusFa 28/02/2024minha estante
falou tudo kim kataguiri da esquerda


leonardson 10/03/2024minha estante
nossa eu te odeio ?




Jeff_Rodrigo 22/02/2024

"Gracias a Dios nací en latinoamérica".

Galeano detalhe os horrores, massacres e explorações com uma riqueza de detalhes magnífica. Ver o quê esses povos passaram, e saber como resistiram aos avanços dos impérios coloniais e às ganâncias dos centros financeiros, só me fazem ter orgulho de ser latino-americano - sem me esquecer de que ainda tem muito a se fazer.
Sra. Star Wars 04/03/2024minha estante
?




Cecilia393 21/02/2024

Esclarecedor
Achei o livro perfeito, pelo fato das opiniões do público serem de pessoas comuns e principalmente do proletário, fica mais esclarecedor ainda os fatos que são dados. Também conta com clareza e desde o princípio do porquê os países da América Latina serem como são.

Foi uma leitura densa porque foi meu primeiro livro depois de um tempo considerável sem ler. Essa é uma leitura para se ter com calma, pois tem uma enxurrada de informações que não dá para processar às pressas. Com certeza irei reler.
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Bruno 18/02/2024

50 anos depois, as veias seguem abertas
Essa me parece ser uma leitura fundamental para qualquer latinoamericano. Aqui, Galeano faz uma recuperação histórica de diversos fatores e eventos que explicam a chaga de nosso subdesenvolvimento.

O livro demonstra com imensa riqueza de detalhes que os brutais ciclos econômicos coloniais (que expurgaram os povos originários, escravizaram os povos africanos e exploraram de maneira hedionda o nosso solo) foram substituídos por uma maneira latente de dominação através do capital financeiro. O financiamento de golpes de estado na América Latina, a imposição do livre-comércio aos países pobres pelos países ricos (que permanecem protecionistas), a exploração contínua do solo e da mão-de-obra latinoamericana por multinacionais: tudo faz parte da estrutura que mantém os povos latinoamericanos reféns de seu próprio subdesenvolvimento.

Publicado pela primeira vez em 1971, o livro é, inescapavelmente, um retrato de sua época, na qual o mundo vivia sob a bipolarização do bloco comunista ante o capitalista. Por esse motivo, alguns diagnósticos e avaliações do autor mostram-se, hoje, defasadas. Contudo, mais de cinquenta nos depois, é impressionante como as chagas apontadas pelo livro seguem atuais e, em alguns casos, ainda mais graves. Cinquenta anos depois, nossas veias seguem abertas e o chamado à reflexão de Galeano permanece atual e urgente.
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theus33 16/02/2024

? ? aquele com o subdesenvolvimento da américa latina;;
Este foi o primeiro livro que consta como uma análise de puro teor histórico. Talvez este tenha sido um dos motivos que me levou a demorar um mês e meio para completar a leitura, dentre outras coisas. Mas, de qualquer modo, valeu muito a pena.
As Veias Abertas da América Latina é um clássico do gênero e tem como foco principal realizar uma análise econômica do subdesenvolvimento da América Latina e os motivos de sua pobreza. Ao constatar a existência das chagas que rodeiam a região do problema em que habitamos, Eduardo Galeano procura entender o papel dos latino-americanos na DIT e por quais razões nosso desenvolvimento sempre foi dependente dos países desenvolvidos. A partir disso, ele nos leva desde os primórdios da colonização até os anos 70 (período em que o livro foi escrito), passando por nossa submissão aos espanhóis, portugueses, ingleses e, na contemporaneidade, aos norte-americanos.
Dito isso, As Veias é uma obra importante para entender a dinâmica econômica na qual estamos inseridos neste mundo movido pelo imperialismo. É uma ótima maneira de entender nossa posição geopolítica nos anos 70 e toda a organização socioeconômico devido aos diversos dados fornecidos pelo autor e, infelizmente, também serve para associar aos dias de hoje, uma vez que, apesar de os dados não serem mais os mesmos e muita coisa ter mudado em cinquenta anos, a divisão internacional do trabalho continua a mesma. Além disso, a forma latino-americana de fazer política continua a mesma, a atual situação da Argentina e de El Salvador são grandes exemplos, e também o atual congresso brasileiro é o pior resquício daquilo que Galeano interpretava e analisava meio século atrás.
Uma obra importante para entender porquê devemos continuar lutando por nossos direitos enquanto povo e nação, para que um dia a riqueza da América Latina deixe de ser, também, o motivo de sua pobreza.
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ana :) 16/02/2024

Derrota planejada
"O banho de sangue coincidiu com um período de euforia econômica da classe dominante: é lícito confundir a prosperidade de uma classe com o bem-estar de um país?" (P. 142)

É um livro rico em acontecimentos históricos, mas não desconectados ou apenas jogados como mera curiosidade, a História é expostas e conectada para que possamos perceber que a vida não é fruto do acaso, que o subdesenvolvimento não está falta de esforço ou resultado de gente preguiçosa, mas sim uma miséria arquitetada desde o colonialismo até o capitalismo contemporâneo para que polos europeus e estadunidenses pudessem "prosperar".

O autor aborda o genocídio dos povos originários, a subversão humana a qual pessoas escravizadas foram forçadas a passar, o que não pode confundir com submissão. No início houve resistência e hoje ainda há resistência.

Não é a matéria-prima que condena a América Latina, é a posição no mercado internacional que restringe os imensos campos a uma monocultura para o exterior, enquanto os trabalhadores padecem de baixos salários, severas crises alimentares e a violência.

"O gaúcho das estampas folclóricas, tema de pinturas e poemas, têm pouco a ver com o peão que trabalha em extensas e alheias terras. As alpargatas desfiadas tomaram o lugar das botas de couro; um cinto comum, ou às vezes uma simples corda, substituiu o largo cinturão com enfeites de ouro e prata. Quem produz a carne perdeu o direito de comê-la." (P. 164)
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Renan 13/02/2024

Perspectivas e nuances
Já tinha ouvido falar muito desse aqui, faz anos que enrolava pra ler. Pois bem, é exatamente tudo o que ouvi dizer, narra de modo simples todo a história da América Latina, mesclando acontecimentos históricos com fatos políticos e decisões econômicas que ajudam a entender um pouco o processo de formação desses países.

A linguagem é simples e clara, de modo que é possível entender coisas mais complexas como os investimentos externos, juros e afins.

Mesmo sabendo do que se tratava o livro eu acabava postergando a leitura, depois de começar eu consegui entender o porquê. É revoltante você finalmente conseguir entender que as coisas estão como estão porque são parte de um sistema maior e que isso dificilmente mudaria. Alguns capítulos sobre a parte da cana e do café são revoltantes, mas o que me surpreendeu mesmo foi a guerra do Paraguai. Uma perspectiva diferente para as razões pra que a guerra acontecesse. Enfim, recomendo a leitura porque ajuda a ampliar a perspectiva histórica que recebemos na escola, muitíssimo interessante (e revoltante).
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Taylor36 12/02/2024

Com suor e sangue é escrita nossa história.
Com suor e sangue é escrita nossa história, desde os primórdios da chegada da ?civilidade? europeia até os dias de hoje, a América Latina é explorada até seu último recurso, e fazem sangrar a terra e os trabalhadores latinos.
Constituímos ao mundo imperialista uma terra com um simples objetivo, retirar todas as riquezas ao maior lucro possível, servindo apenas como moeda de troca ao mundo capitalista moderno.
Nossa população vive em pleno século XXI uma escravidão econômica, ideológica e laboral para as grandes indústrias estadunidenses e europeias, essas que, nos veem como carne e como trabalhadores iletrados e inferiores.
O livro me faz sentir o mais puro ódio do sistema capitalista e de seus criadores.
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Andrews5 12/02/2024

América Latina: somos o que nos roubaram
?O atual processo de integração não nos leva a reencontrar nossas origens nem nos aproxima de nossas metas. Já Bolívar havia afirmado, certeira profecia, que os Estados Unidos pareciam destinados pela Providência a encher a América de misérias em nome da liberdade. Não serão a General Motors e a IBM que farão a gentileza de levantar, por nós, as velhas bandeiras da unidade e da emancipação caídas na luta, nem serão os traidores contemporâneos que farão, hoje, a redenção dos heróis ontem traídos. Há muita podridão para lançar ao mar no caminho da reconstrução da América Latina. Os despojados, os humilhados, os amaldiçoados, eles sim têm em suas mãos a tarefa. A causa nacional latino-americana é, antes de tudo, uma causa social: para que a América Latina possa nascer de novo, será preciso derrubar seus donos, país por país. Abrem-se tempos de rebelião e de mudança. Há quem acredite que o destino descansa nos joelhos dos deuses, mas a verdade é que trabalha, como um desafio candente, sobre as consciências dos homens.?
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