Corações de Alcachofra

Corações de Alcachofra Sita Brahmachari




Resenhas - CORAÇÕES DE ALCACHOFRA


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Carous 27/07/2023

Um livro simples, fofo, fácil e rápido perfeito para garotas que estão entrando na puberdade. O romance é uma gracinha, a ingenuidade entre eles é um amor!

Dá para ver que a autora usou muito de sua vida para escrever o livro.

O plot é bem simples, não espere nenhuma reviravolta. Também não acho que houve crescimento da protagonista, mas Mira é uma garota muito simpática e boazinha, então não havia que evoluir mesmo.

Encontrei este livro num sebo por 10 reais, levei 4 anos para pegá-lo para ler, mas não me arrependo. Foi muito gostoso acompanhar as visões de uma garota de 12 anos sobre mudanças, amores e perdas ocorrendo ao seu redor por causa da pureza de Mira e da escrita, a união da família dela, a gentileza dos pais dela com os filhos e a ligação de Mira com a avó.
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nessaaaa 09/04/2023

Legal ler algo com outra visão
Também perdi minha vó e senti isso, a mira é uma menina incrível que tenta e vê a morte da vó vivendo um dia de cada vez, também acompanhamos ela se apaixona pela primeira vez como esse não é o foco do livro, sabemos bem pouco sobre eles mas com certeza estamos juntos. É uma leitura bem de boa e fácil, não achei cansativa.
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Luanna.Maba 12/05/2022

O livro conta a história de Mira, sua família e alguns amigos. Nesse meio muitas coisas acontecem na vida dela como a primeira menstruação, conhecer o amor... mas o principal é a sua avó que está com um câncer terminal. Cada detalhe da vida deles é como se aproximam é muito legal.
Acho que tem algumas coisas que poderiam ser trabalhadas mais no final, como a Pat Print, e as meninas que tiravam com ela. Mas no geral, ele é muito gostosinho de ler. O amor que a vó dela passa em cada detalhe, cada conversa é bem nítido. Dá um quentinho no coração.
Recomendo a leitura!
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Leh 29/03/2022

Surtos com esse livrooo ??????
E uma leitura rápida mais emocionante vai mexer com seu coração e derramar lágrimas no seu colchão.

?mexeu com meu psicológico de um jeito quee eu não sei explicar como aconteceu e eu chorei tantoo mais tanto com o final desse livrooo. SIMPLESMENTE MARAVILHOSO (lido mais de 2× :>)?
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giixdsp 18/12/2021

corações de alcachofra
"Ela segura minha mão e coloca o pingente de alcachofra na minha palma, fechando-a com seus dedos"
Um livro de leitura rápida e uma situação que pode tocar o seu coração de uma forma tão linda.
Acredito que temos muito a aprender com a pequena Mila Levenson e sua avó Josie, com toda certeza a vida deu uma rodadinha pro lado e passei a ver as coisas com uma outra visão, uma visão mais leve.
E acreditem assim como o coração de alcachofra nosso coração também sempre tenta proteger a parte mais preciosa.
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Rafa 19/11/2021

Terminei amém irmãos
O Livro é bom em si, só que eu acho que a autora poderia ter desenvolvido um pouco mais o casal. Também acho que ela poderia falar um pouco mais da relação da Mira com a sua avó.
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Jemilly 31/08/2020

Dá pra consertar um coração partido?
 "Se você não consegue pensar em nada gentil para dizer a alguém, não diga nada."

Hoje eu poderia desenvolver minha fala nessa resenha sobre os vários clichês desse livro, não vou mentir e dizer que achei uma grande escrita literária, uma revolução do romance, porque se você começar a ler Corações de Alcachofra esperando isto, provavelmente você vai se decepcionar.

 "Ela me deu esse pingente de aniversário. Tem o formato de uma alcachofra. A maioria de vocês já deve ter visto ela usando isso. Quando me entregou o pingente, ela me contou sobre ele. Eu não entendi na hora, mas agora acho que entendo. Ela me contou que, quando somos crianças, nossos corações são macios, como o coração de uma alcachofra, e essa é a parte preciosa. Mas ai coisas acontecem conosco, coisa difíceis, e elas no fazem criar camadas cada vez mais duras para nos proteger da dor. Mas essa camadas também nos impedem de sentir muito."

Indico para aqueles que estão querendo uma leitura simples, que pode tocar ou não seu coração dependendo do momento da sua vida, ele não chega nem perto do que considero um livro perfeito, escolhi ler ele pela capa que gostei, mas não o favoritei, não dei nota máxima, mas ele merece muito que eu fale dele, pois valeu a pena a leitura.

 "Quando leio alguma coisa no presente, desapareço na leitura, como quando estou pintando. É como se eu não existisse mais, simplesmente me perco lá no meio dos personagens."

A narrativa que é através do diário de Mira de 12 anos, que vai escrever nele sobre sua primeira menstruação, sua melhor amiga, sua professora, seu primeiro amor, vários outros momentos de descoberta, mas ela também vai escrever algo mais, vai escrever sobre sua avó, uma senhora que ama pintar, que é alegre, forte, tem uma personalidade única e um estilo mágico. Uma senhora que faz parte da vida dela de forma difícil de descrever, uma avó que ela ama, que tem câncer e está morrendo.

 "Quando alguém está morrendo, tudo o que você diz ou faz significa mais do que normalmente. Quando alguém está morrendo, você percebe coisas? na verdade, tudo. A vida toda fica em câmera lenta."

Sita Brahmachari escreveu sobre os sentimentos de uma menina que vai passar pela sua primeira perda, escreveu sobre uma avó excêntrica que quer preparar tudo para seu próprio funeral, que pinta o seu próprio caixão com a neta com as imagens mais lindas que as duas possam pensar, então não espere um grande momento no livro, ele tem apenas pequenos momentos, pequenos momentos da vida que parecem grandes demais depois que lembrados.

 "Vovó pinta o passado com tanta clareza que quase parece que é parte da minha própria memória? ela tem uma maneira de levar você para dentro das cenas? fazendo com que você sinta que é a única pessoa que importa no mundo."

Talvez como uma leitora crítica eu possa encontrar vários defeitos nesse livro, como uma pessoa que já passou por esse momento de perda, a única coisa que posso falar de ruim é que gostaria que esse livro tivesse sido escrito há alguns anos atrás e que eu tivesse tido a oportunidade de ter lido ele, não que as coisas pudessem ser mais fáceis, mas coisas pequenas talvez parecessem grandes o bastante.

 " _O coração pode partir de verdade, vó?

 _ Nós falamos assim, Mira, mas ele não se "parte" de verdade. É mais complicado do que isso...é mais como um machucado do que algo partido. Quando a ferida está nova, parece que nunca vai se fechar. Acho que é por isso que dizemos que ele se parte.

 _ Já aconteceu isso com a senhora? - pergunto para vovó. 

 _ Com certeza.

 _ Então dá para consertar um coração partido?

 _ Não, foi isso que quis dizer. Não é simples assim. Ele meio que se cura com o tempo, mas sempre deixa uma cicatriz. Cada vez que você se machuca, coloca uma camada protetora em volta dele, como um curativo, para que na próxima vez e ele não se machuque com tanta facilidade. Lembra das folhas de alcachofra?"
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Sabrina320 17/06/2020

Lindo
Que livro mais doce e lindo!
Lembranças da minha própria adolescência e do meu relacionamento com a minha vó!
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Viviane 12/07/2016

Lindo
Sensível. Emocionante. Delicado. Recomendo mil vezes.
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De Cara Nas Letras 23/01/2016

Corações de Alcachofra
Fofo, triste e tocantes, são os sentimentos que podemos descrever o romance escrito por Sarah Brahmachari. Corações de Alcachofra é uma história que narra a trajetória e o crescimento de uma menina meiga, determinada e tímida, tentado lidar com as realidades enfrentadas agora, na vida pré adulta.

Na trama conheceremos Mira, uma garota talentosa e tímida, que acaba de ingressar no ensino fundamental II e esta tentando lidar com as mudanças de seu corpo. Sempre muito apegada a sua avó, por quem tem uma devoção gigantesca, está tendo que enfrentar dizer adeus para ela, da maneira mais lenta que pode imaginar. Josi, sua avó, está partindo. Seu câncer está consumindo sua vida e não resta mais tanto tempo. Agora, tendo que lidar as mudanças de sua vida e importantes decisões, Mira enfrenta não só o desapego de tudo que pensou ser verdade, como também o questionamento de quem ela realmente é.

"Quando leio alguma coisa no presente, desapareço na leitura, como quando estou pintando. É como se eu não existisse mais, simplesmente me perco lá no meio dos personagens."

É totalmente impossível não se apaixonar pela personagem criada por Brahmachari. Mira é garota tímida que qualquer leitor vai desejar conhecer e abraçar. Narrado em primeira pessoa, o livro vem estruturado em forma de diário, e isso já reflete boa parte de sua essência. Tanto o título bem peculiar, quanto a estrutura selecionada pela autora, são totalmente explicados conforme nos aventuramos em suas páginas. A história em si, tem três grandes divisões. A primeira pode ser encontrada com Mira narrando sua convivência com sua avó. São estes capítulos, que com ganchos bem elaborados por Brahmachari, puxam a segunda maior parte do romance: recordação. Temos alguns flashbacks da infância de Mira, demonstrando diálogos que teve com sua avó. Assim como qualquer outro elemento da trama, este com certeza não é sem fundamento. Essas lembranças tem suma importância não só para ilustrar a proximidade que as duas personagens tem (o foco total da trama é este relacionamento, que não muda, mesmo com todas as transformações que Mira começa a sofrer), como também sempre filosofam informalmente sobre questões da vida. A autora levanta debates instigantes sobre religiosidade, fé, Deus, comportamento humano e outros aspectos da vida cotidiana, desde os mais banais, aos mais focados socialmente.

A terceira e última maior parte da história é mais voltada ao público feminino, e com certeza, uma leitora, terá maior identificação do que um leitor. Respectivamente nesta parte, a escritora irá trabalhar o dia a dia Mira, desde a escola, a sua convivência com os outros membros de sua família. Neste espaço vemos a personagem enfrentar dramas mais clichês, como primeiro amor, primeira menstruação, laços de amizade e fidelidade, e também bullying. Sempre bem trabalhos, o que mais me chamou atenção na narrativa de Brahmachari foi a esperteza de trabalhar tantos temas, sem deixar nenhum em particular a desejar.

Como mencionei, seus personagens são cativantes, todos a sua maneira. O primeiro momento do romance, quando a história se mostra mais introdutória, apresentando personagem por personagem, é um pouco lento, mas não cansativo. Essa provavelmente deve ter sido a maior falha do romance. A meu ver, o público estritamente feminino que a autora escreveu e a lentidão ao iniciar da obra, tornando a leitura maçante em determinados momentos para mim, e até tediosa. Como disso, o público é um pouco fechado, e como leitor masculino, não me identifiquei tanto com os dramas da personagem. Isso, contudo, não muda o fato de que é uma leitura leve, e voltada para o público que é, bem instrutiva, compensadora. A autora trabalhou dramas que a faixa etária do livro deve vivenciar e desta forma, encará-los, se não na vida, na literatura. Além disso, os debates filosóficos servem para aguçar, de certa forma, um senso mais crítico; um posicionamento desse leitor ao final da obra.

Corações de Alcachofra apresentou uma personagem diferente, magnifica e muito peculiar. Mira é a estrela do romance, mas não passa nem perto de ser a melhor. Pat Print é sim a grande "rainha" da obra. Além de apresentar discussões e citações marcantes, a personagem garante cenas de comédia e emotivas, que levam o leitor a gostar ainda mais dela, mesmo sem saber muito, transformando a obra, que já apresenta uma temática um pouco pesada para a idade (falar sobre câncer, embora a doença não seja sempre centralizada) em algo mais leve, reflexivo e divertido. Corações de Alcachofra é sem dúvidas, uma boa leitura para um sábado ou domingo a tarde, garantindo um desenvolvimento um tanto quanto surpreendente e personagens maravilhosamente apaixonantes.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2016/01/resenha.html
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Felipe Miranda 06/08/2015

Corações de Alcachofra - Sita Brahmachari por Oh My Dog estol com Bigods
O mais divertido de ler livros voltados para o público mais jovem é perceber se o autor escreveu aquilo, de fato, para apenas um tipo de público. É relativo, eu sei, mas no caso de Corações de Alcachofra, Sita Brahmachari (nome indiano!), elaborou um enredo que nem de longe é restrito. Dá para qualquer adulto ou adolescente se identificar com aspectos da trama. É meio bobinho? Sim. Vai dar uma certa impaciência? Também. Mas vale lembrar que a narradora é uma criança de 12 anos. Logo, toda a sua cabeça é mesmo com uma mentalidade dessa idade.

Mira Levenson acabou de fazer aniversário e mestruar. Essa última parte ela fez questão de esconder de toda a família e amigos, mas parece que as dúvidas que tem estão se tornando insuportáveis. Ela até entende pelo o que seu corpo passa, mas precisa de ajuda para saber como agir. Com uma irmã ainda bebê, a Laila, e um irmão ainda criança craque em corridas, o Krish, nossa protagonista se vê sempre rodeada de situações enlouquecedoras. Laila esperneia e grita por uma liberdade que ainda é impossível para sua realidade. Ei! Você ainda está de fraldas, não vai sair de casa sozinha. Já Krish não está lidando muito bem com a inevitável e pouco aguardada morte de sua vó.

Esse é o problema que guia toda a história. A vó dos garotos está com câncer e sabe, no fundo, que não tem muito tempo de vida. Precavida ela decide cuidar do próprio caixão. Artista nata que é, sempre encarou a vida com humor e criatividade. Sua maior inspiração é Frida Kahlo. Dá para imaginar o quão mórbido e triste é acompanhar um parente cuidando da própria morte?

Na hora de dar o adeus, vovó Josie não quer que todos chorem as pitangas e a vejam empacotada dentro de algo feio e nada original. Para isso pede a ajuda de Mira para colorir seu caixão. Azuis, verdes, amarelos, brancos, rosas. Todos os tons. Os tons mais impressionantes. Vovó encara seus últimos dias com o mesmo fervor que cultivou durante toda a vida. Complicado é se despedir aos poucos dos netos, da família toda, do mundo.

Com a mestruação e os hormônios a flor da pele, Mira começa a perceber mudanças não só físicas, mas sentimentais também. Ela está se apaixonando. Corações de Alcachofra é um livro de primeiras vezes. O primeiro adeus, o primeiro amor. Dois opostos dolorosos e complicados. A melhor amiga de Mira a arrastou para uma espécie de clube literário formado por apenas quatro pessoas, além da srta. Pat Print, que comanda toda as reuniões com debates e momentos de socialização. É aqui que Jidé Jackson entra em cena. Ele é misterioso, atencioso e parece estar tão interessado quanto nossa protagonista, que pensa nele o dia todo. É uma premissa simples, mas que aborda tudo que fervilhou em nossas cabeças quando éramos mais jovens, inexperientes e com muito medo de tentar. O time de personagens cresce junto, tem uma conexão maravilhosa e a autora conseguiu não se fazer apenas de clichês para contar sua história. E olha que Mira cultiva um diário no meio disso tudo!

Para finalizar minhas impressões preciso dizer que estou assustado. Pensei que apenas eu tivesse a mania de estabelecer metas quando era mais jovem. Metas do tipo “Se eu chegar no pátio da escola em 77 passos vou ganhar um celular do meu pai”, “se eu descer a escada antes daquele senhora passarei de ano direto”. Mira tem essa mesma mania e nunca, em toda a minha vida, eu havia lido sobre isso ou conhecido alguém que me confessasse esse costume assustador. É engraçado repensar nossa infância. O quanto não já vivemos e aprendemos, não é mesmo? Ah, e eu não esqueci do significado do coração de alcachofra. É que é tão bonitinho, que prefiro não estragar.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2015/08/resenha-coracoes-de-alcachofra-sita.html
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Moonlight Books 09/06/2015

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net

A narrativa sensível em primeira pessoa, na voz de Mira, é intimista e reveladora, flui bem e prende fácil pela ligação que permite com a personagem, além disso a linguagem da obra é rica e elaborada, outro ponto positivo para o leitor jovem a qual é direcionada, permitindo um enriquecimento do vocabulário, eu gosto disso, afinal leio desde cedo e incentivo que este hábito venha desde a infância. Cultive seu pequeno leitor com obras preciosas.
Corações de Alcachofra não é um livro sobre perdas e morte, embora aborde estes temas, é sobre crescer a amadurecer, lidar com os limões que a vida nos dá e fazer uma gostosa limonada, Mira Levenson começa pequeninha e termina grande, não em tamanho, mas como pessoa, não pensem que idade determina experiência e sabedoria, ela em apenas poucos meses de sua vida viu tudo mudar e teve que aprender a tirar o melhor disso. Inteligente e observadora, nos faz pensar sobre nós mesmo, lembrando o quanto é importante estar perto de quem amamos, dividindo, somando, multiplicando e subtraindo os bons e maus momentos, o importante é amar e ser amado. Eu adorei este livro.

site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2015/06/resenha-coracoes-de-alcachofra.html
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Dressa Oficial 05/06/2015

Resenha - Corações de Alcachofra
Olá, tudo bem com você?

Corações de Alcachofra foi minha última leitura do mês de Maio e graças a Deus depois de passar um mês com leitura medianas esse chegou para me agradar e conquistar o meu coração.

Juro que não criei muitas expectativas com esse livro e talvez isso tenha contribuído para ter gostado mais que o normal, apesar do nome meio complicado o livro traz uma mensagem muito bacana.

Quem narra a história é a adolescente Mira que tem apenas 12 anos de idade mas parece ser muito mais velha, ela tem uma vida normal nada demais acontece com ela na maioria do tempo, ela mora com seus pais e mais dois irmãos um menino de 9 anos e uma neném, além disso ela visita a avó diariamente.

A avó de Mira a senhora Josie está com câncer e sente muitas dores, ela sofre muito porém tenta levar sua vida com muito bom humor e não deixar ninguém ficar triste ao seu lado, ela tem até uma ideia bem inusitada que é comprar um caixão e pintar ele com desenhos alegres e cores felizes para quando ela morrer ninguém ficar triste com sua partida.

Página 136
"Se você não consegue pensar em nada gentil para dizer a alguém, não diga nada"


Mira está completando 12 anos e ganha um relógio de presente e desde então acha que o tempo nunca mais será o mesmo, ela tem inclusive medo que o tempo passe rápido demais e que ela perca bons momentos com sua avó, seus amigos e sua família.

Ao mesmo tempo que Mira aprende a lidar com a notícia que sua avó querida pode morrer a qualquer momento ela também enfrenta novos desafios na escola, ela começa a frequentar um aula especial de Literatura que ela aprende a lidar melhor com seus sentimentos e a escrever o que sente.

Mira então começa a escrever um diário e a contar algumas coisas que acontecem no seu dia a dia, no grupo de literatura está sua melhor amiga e um menino chamado Jidé que desperta seus sentimentos e a faz sentir aquela atração e ansiedade do primeiro amor.

Página 139
- O coração pode partir de verdade, vó?
- Nós falamos assim, Mira, mas ele não se "parte" de verdade. É mais complicado do que isso...é mais como um machucado do que algo partido. Quando a ferida está nova, parece que nunca vai se fechar. Acho que é por isso que dizemos que ele se parte.
- Já aconteceu isso com a senhora? - pergunto para vovó
- Com certeza
- Então dá para consertar um coração partido?
- Não, foi isso que quis dizer. Não é simples assim. Ele meio que se cura com o tempo, mas sempre deixa uma cicatriz. Cada vez que você se machuca, coloca uma camada protetora em volta dele, como um curativo, para que na próxima vez e ele não se machuque com tanta facilidade. Lembra das folhas de alcachofra?


Mira ganha de sua avó um pingente no formato de um coração de alcachofra e então ela começa a perceber que de fato o pingente tem haver com a fase de vida que está vivendo, a leitura é muito agradável, a personagem é bem inteligente para sua pouca idade e consegue crescer muito no decorrer da leitura.

A edição do livro está simples, letras em bom tamanho,páginas amareladas, capítulos curtos e separados em forma de diário com a narrativa feita em primeira pessoa pela Mira.

Apesar de ser um livro juvenil ele agrada a todas as idades e com certeza é um livro que te passa boas mensagens e merece ser lido.

Página 304
Ela me deu esse pingente de aniversário. Tem o formato de uma alcachofra. A maioria de vocês já deve ter visto ela usando isso. Quando me entregou o pingente, ela me contou sobre ele. Eu não entendi na hora, mas agora acho que entendo. Ela me contou que, quando somos crianças, nossos corações são macios, como o coração de uma alcachofra, e essa é a parte preciosa. Mas ai coisas acontecem conosco, coisa difíceis, e elas no fazem criar camadas cada vez mais duras para nos proteger da dor. Mas essa camadas também nos impedem de sentir muito.


Beijos

Até mais!


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2015/06/resenha-coracoes-de-alcachofra.html
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Aione 02/06/2015

Embora de autoras diferentes, Corações de alcachofra despertou minha atenção por me lembrar de Jeremy Fink e o sentido da vida, também publicado pela Galera Júnior e um dos meus favoritos de 2014: ambos trazem jovens na mesma faixa etária, tendo de lidar não apenas com a transição para a adolescência, mas também com lições mais difíceis, originadas da perda. Apesar disso, são histórias bem diferentes, que me conquistaram cada uma a seu modo.

Com uma escrita muitas vezes beirando a coloquial, Sita Brahmachari dá voz à Mira, que narra a história por meio de seu diário. Ainda que a narrativa seja fácil e leve, é permeada por inúmeras reflexões capazes de enriquecê-la e de contribuírem ainda mais para sua capacidade de envolver o leitor.

“Quando alguém está morrendo, tudo o que você diz ou faz significa mais do que normalmente. Quando alguém está morrendo, você percebe coisas… na verdade, tudo. A vida toda fica em câmera lenta.”
página 53

Confesso que, inicialmente, a história demorou um pouco a me prender, principalmente, talvez, pela quantidade de cenas rápidas iniciais mais descritivas, cujo intuito consiste em apresentar ao leitor a vida e a rotina da protagonista. Contudo, conforme os personagens foram se tornando mais familiares, fui me apaixonando por eles, pela história e pela escrita da autora.

Mira precisa encarar muitas mudanças e seus significados: a primeira menstruação, a primeira paixão e, a mais difícil de todas, a iminente perda de sua avó, que aguarda serenamente por sua morte devido ao câncer após uma vida plenamente vivida. Em meio a tudo isso, a protagonista passa a ter aulas com Pat Print, uma escritora de papel fundamental nesse processo de transição de Mira: é ela quem sugere à jovem, por meio de uma tarefa, usar um diário, e é ela quem possibilita à Mira um olhar mais atento sobre as pessoas e situações. Pat Print não é a única, porém, a fazer parte desse processo de amadurecimento: vovó Josie e Jidé Jackson são, além de altamente cativantes, imprescindíveis na transformação de Mira, contribuindo, cada um de sua forma, com a aprendizagem da protagonista.

“Vovó pinta o passado com tanta clareza que quase parece que é parte da minha própria memória… ela tem uma maneira de levar você para dentro das cenas… fazendo com que você sinta que é a única pessoa que importa no mundo.”
página 102

Sita Brahmachari foi muito feliz em desenvolver sua obra: há nela a leveza esperada para um livro a cuja faixa etária se destina, trazendo temáticas pertinentes a fase de forma não superficial, ao mesmo tempo em que se aprofunda em questões mais complicadas sem que haja um abuso delas. O tópico da morte não é tratado de forma sensacionalista, explorando-se o sofrimento; ao contrário, há uma valorização da vida por meio do foco na plenitude da vivência de vovó Josie, que busca uma visão positiva na última etapa de sua vida.

Foi impossível não me envolver e não me emocionar com a leitura desse belíssimo trabalho de Sita Brahmachari. Foi um prazer acompanhar o crescimento de Mira em um espaço tão curto de tempo e vê-la compreender o que seria um coração de alcachofra, sem, acima de tudo, se esquecer da principal parte existente entre as duras camadas impostas pela vida. Um livro que não apenas pode ser lido pelo público infanto-juvenil, mas que pode ser muito bem apreciado por qualquer um que a ele se abra.


site: http://minhavidaliteraria.com.br/2015/06/02/resenha-coracoes-de-alcachofra-sita-brahmachari/
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