A Little Life

A Little Life Hanya Yanagihara




Resenhas - A Little Life


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eudayvidalves 27/04/2024

Uma vida de merda.
Não sei nem por onde começar? Mas, vou tentar expressar tudo (de ruim) que eu penso sobre ?Uma vida pequena?.

Bom, Hanya Yanagihara é claramente uma mulher sádica, mas inteligente, reconheço que ela tem uma escrita poética e isso conquista bastante gente, talvez seja a tentativa dela de disfarçar sutilmente as problemáticas que ela coloca pra fora nesse livro.

Acredito que ela separou uma lista com o máximo de gatilhos que ela conseguiu, e ao decorrer do tempo ela foi marcando quais já haviam sido mencionados na sua narrativa enquanto escrevia o livro.

Ainda sobre os gatilhos: ela usou praticamente todos em cima do Jude (nos outros personagens também tem, mas bem menos), onde o único background do personagem foi sofrer. Eu não vi nenhuma evolução no personagem que a gente pode chamar de protagonista do livro. Eu ainda estava em 20% do livro e só pensava nisso: o final do livro, muito provavelmente, é o Jude se suicidando.

Cara, eu não estou dizendo que tudo isso que aconteceu com o Jude, não possa acontecer com uma única pessoa, sabe? Mas me parece um grande exagero ? e em breve eu vou falar o que eu acho disso.

A Hanya ainda tem a capacidade de pensar que suicídio deveria ser bem visto na sociedade e tido como uma solução para ?pessoas sem concerto?. Sinceramente? Não tem como defender isso.

Pra encerrar a parte de gatilhos: a autora não se deu o mínimo trabalho de mencionar que seu livro tinha inúmeros gatilhos, sendo que isso é algo extremamente sério pra algumas pessoas, pois alguém já pode ter passado por uma ou até algumas experiências TRAUMÁTICAS como as que contem no livro e sem saber pode pegar esse livro pra ler e desencadear algum problema. Ela não está falando de algo como uma fobia, que vai te deixar com medo, mas está falando de TRAUMAS PESSOAIS! E já que a Hanya iria fazer isso virar um pornô pra se satisfazer, deveria ter avisado.
(Eu não me importo com a lista de gatilhos, eles não me pegam, mas eu sei que isso pode afetar alguém e liberar uma crise).

Ainda por cima, a autora não acredita em terapia, tratando a psicologia como se fosse uma religião, mas psicologia é ciência. Então, eu me pergunto, ela não acredita na ciência?

A única parte que eu não vou reclamar, pois achei um pouco justo dentro do raciocínio que ela quis passar, é onde os amigos do Jude não conseguem fazer nada para o ajudar e nem conversam (o suficiente) sobre essas coisas, pois meu ciclo de amizade é composto por homens e isso é verdade. Não conversamos e nem falamos sobre esse tipo de situação. Isso é um reflexo da sociedade que faz os homens pensarem que não podem demonstrar sentimentos ou chorar, desde a infância.

É genuinamente triste ver o pensamento do Jude, ele achar que a melhor coisa que poderia acontecer com os amigos dele é a própria morte destrói qualquer pessoa. Pior ainda é alguém se identificar com o personagem. Isso tudo é tão cruel, tão pesado? As descrições de cenas com automutilação e suicídio são realmente preocupantes, tudo muito visual e muito explícito (sem aviso, como já falei, se tivesse algum tipo de aviso, eu não veria problema algum).

Dito isso, vou abandonar o livro aqui em 58%. É o livro preferido de um amigo, vou pedir pra ele me contar o final, mas jamais vou terminar de ler isso. E também vou ouvir audiobook da parte que ainda não li, quero postar tudo que isso que eu senti durante a leitura numa resenha, e se ele estiver como ?abandonado? não vou conseguir postar :)
sthe.may 27/04/2024minha estante
Fui começar este querido e simplesmente nunca li algo tão prolixo como o que essa autora fez


Sarah 27/04/2024minha estante
depois dessa vou até remover da minha lista de leituras KJLJKJKJKJKJKJKJK


beatrizs 27/04/2024minha estante
To fora dessa bomba


Krist_Hyna 27/04/2024minha estante
SOCORRO KKKKKK IMAGINAR O TEU AMIGO LENDO ISSO KKKKKKKKK


bianca.ssales 27/04/2024minha estante
Na minha cabeça é bem simples: a autora tinha a aspiração de fazer o livro mais triste já escrito, daí transformou a história em uma grande romantização de desgraças. Atirou pra todo lado, é tanto gatilho que por fim as tragédias aconteciam e eu só sabia rir e achar graça em como ficou previsível. Vejo uma estrela ainda como bondade da sua parte...


Mari @conectadacomlivros 27/04/2024minha estante
Ja não tinha vontade nenhuma de ler esse livro, depois dessa resenha então kkk livro que entrou pra lista de "não leio nem que me paguem"


Yasmin V. 27/04/2024minha estante
Sinceramente, nunca entendi o hype desse livro. Pela sinopse e resenhas que já li, é sofrimento o tempo todo. Fico pensando o quão perigoso esse livro pode ser pra algumas pessoas...


Bia Brito 27/04/2024minha estante
Chocada


spderboy 27/04/2024minha estante
Amg ela acredita que o suicídio a melhor opção pra quem passa por algo ruim como o Jude


supostaleitora 27/04/2024minha estante
Primeira pessoa que eu vejo falar mal desse livro kkkkkkkkkkkk mas acho que tanto drama e tragédia tbm não funcionaria pra mim


Birdie.Reader 27/04/2024minha estante
Sua resenha é tão necessária não quis ler esse livro, mas uma amiga leu e precisou de uma semana para se recuperar com ajuda do terapeuta. A gente lê por vários motivos diferentes e válidos, mas precisamos ser responsáveis com nosso emocional e entender que palavras tem poder.


Naraliz 27/04/2024minha estante
@Birdie.Reader Penso exatamente o mesmo, palavras tem poder.


eudayvidalves 27/04/2024minha estante
Véi, achei que ia ser julgado pra c4ralh0 falando tudo isso, ainda bem que teve gente concordando KKKKKK eu realmente queria gostar mas não rolou


eudayvidalves 27/04/2024minha estante
@Krist_Hyna ele tá aqui no whatsapp discordando de quase tudo kkkkkkkkk


Sarah 27/04/2024minha estante
ainda bem q esse livro nunca me chamou muito a atenção, até gosto de ler coisas tristes, mas gosto da melancolia e gosto de quando resolvem as coisas, pq gosto de pensar q tudo na vida tem solução.


eudayvidalves 27/04/2024minha estante
@ferrarsbf cara? na moral, isso é maluquice


eudayvidalves 27/04/2024minha estante
@Birdie.Reader caramba, espero que ela esteja melhor!


Birdie.Reader 27/04/2024minha estante
Está sim, brigada! mas tinha muitos gatilhos e doeu muito nela. Por isso elogiei sua resenha. Vejo muitos influenciadores jogando os avisos de gatilho pro escanteio e aclamando esse livro... é preocupante mesmo.




Clio0 08/01/2022

Poucas vezes eu li uma história tão condescendente com o protagonista e sua narrativa como essa.

A Little Life apresenta a vida de JB, Willem e Malcolm na Nova Iorque moderna e os problemas acarretados por traumas de infância. A premissa é ótima, principalmente porque o livro leva em consideração questões atuais como abuso infantil, sexualidade, etc.

Infelizmente, a execução deixou a desejar.

Hanya Yanagihara apresenta mais de oitocentas páginas de drama em cima de drama, ou melhor dizendo, trauma em cima de trauma. A maioria tão debilitante que é quase impossível acreditar que alguém conseguiria continuar a vida sem suporte psicológico e medicamentoso.

Eu definiria esse livro como uma pornografia baseada em trauma; algo obviamente sádico pois a narrativa se estende obscenamente em detalhes que absolutamente não fazem sentido - como o tráfego de centenas de pedófilos cruzando os EUA dos anos 80.

O rol de personagens de apoio é sumariamente descartado se qualquer ação dos personagens principais fundamenta uma transformação na estrutura social-familiar. Personagens femininas basicamente não tem voz além de seu posicionamento básico.

Pode-se supor que esse livro faz parte da nova ficção que traz como proposta o seu uso terápico. Porém, mesmo se houver espelhamento entre o leitor e alguns dos momentos narrados, não há como justificar a baixa qualidade de estilo (frases soltas, diálogos rasos e repetitivos, cenas sem função) e a ausência de trama.

Não só não recomendo. Deploro.
Aryana 08/01/2022minha estante
Caraca, nunca li algo mais lúcido. Parabéns pela resenha, tive essa mesma sensação quando li.


Pedróviz 08/01/2022minha estante
Não li o livro e creio que após essa resenha definitivamente ele está fora dos meus planos de leitura. Estou procurando descartar toda literatura apelativa.


Faline.Ferreira 08/01/2022minha estante
Está na minha lista de leitura , mas ainda não sei se lerei .


Bia 08/01/2022minha estante
Definiu exatamente o q senti quando li ?


Ruth33 08/01/2022minha estante
Eu já não tinha vontade de ler, depois dessa resenha então...


Dayane.Persil 12/01/2022minha estante
Obrigada, não vou ler isso não rs


Giomsousa 11/05/2022minha estante
To me sentindo exatamente assim? vou abandonar por enquanto


Cherry 05/09/2022minha estante
É exatamente isso. Obrigado.


bendtherules 25/01/2023minha estante
Sim!! eu criei um carinho pelo principal por tudo que ele passou nessa historia, mas você foi cirurgico nessa resenha.


Samya.Domingues 28/02/2024minha estante
falou bonito


Lets 21/03/2024minha estante
Muito obrigada pela resenha ? tinha colocado na lista mas vou tirar. Eu amo drama mas não gosto de coisas apelativa e quando envolve ped0felia eu fujo ??


ohtori 04/05/2024minha estante
nao vejo a hora de ter essa obra em minhas mãos e desfrutar dessa leitura.


Orphelha 15/06/2024minha estante
Eu irei ler ele só para definir a minha opinião, mas depois disso estou sem ânimo algum.




bruno 24/01/2024

"And so I try to be kind to everything I see, and in everything I see, I see him."
Por mais que eu tente nunca conseguirei esquecer o Jude, Willem, Malcom, Richard, Harold, Julia, Andy e JB; eles sempre impregnarão os meus pensamentos. Consigo entender o porquê de algumas pessoas odeiam tanto esse livro, porém, apesar de toda crueldade e assuntos delicados contidos no livro, eu o entendi como um livro sobre amor, união e amizade.

Sobre como mesmo o Jude esperando que todos os seus amigos o deixassem e começassem a odiá-lo como todo mundo de já passou pela vida dele, mas eles continuaram o amando incondicionalmente durante todos seus momentos sombrios até mesmo quando ele tentava afastá-los. Como vagarosamente começa a aceitar esse amor e tentar retribuir.

Sim, para cada momento bonito há milhares de outros momentos viscerais em que vc deseja nunca ter aprendido a ler. Contudo, foi a raridade desses momentos que me faziam apreciá-los cada vez mais. A escrita da Hanya está no seu ápice aqui, a sagacidade em conseguir descrever cada emoção, as descrições dos ambientes me fizeram sentir que estava vivenciando cada momento com uma vividez inimaginável (não que seja uma coisa boa, pois assim como vivenciamos os bons momentos com essa vivacidade, vivenciamos, também, os maus).

Estava temeroso de reler esse livro ? li pela primeira vez há quase 4 anos, no auge da pandemia e esse livro me destruiu ? não posso dizer que a experiência de reler foi diferente (sinto ainda que foi pior, porque já sabia o que me esperava), porém consegui aproveitar muito e perceber coisas que não tinha notado na primeira leitura, principalmente por estar lendo no idioma original.

Enfim, ainda não seria um livro que eu recomendaria pra todo mundo, se vc pensa em lê-lo eu recomendo vc pelo menos olhar a lista de gatilhos e estar em um estado mental bom, apesar de não existir um sanidade mental suficiente para aguentar a little life, pois ele é tudo isso e muito mais do que falam.

"The only trick of friendship, I think, is to find people who are better than you are ? not smarter, not cooler, but kinder, and more generous, and more forgiving ? and the to appreciate them for what they can teach you, and to try to listen to them when they tell you something about yourself, no matter how bad ? or good ? it might be, and to trust them, which is the hardest thing of all. But the best, as well."

"Why wasn?t friendship as good as a relationship? Why wasn?t it even better? It was two people who remained together, day after day, bound not by sex or physical attraction or money or children or property, but only by the shared agreement to keep going, the mutual dedication to a union that could never be codified."

"Things get broken, and sometimes they get repaired, and in most cases, you realize that no matter what gets damaged, life rearranges itself to compensate for your loss, sometimes wonderfully."

"Wasn?t friendship its own miracle, the finding of another person who made the entire lonely world seem somehow less lonely?"

"He experienced the singular pleasure of watching people he loved fall in love with other people he loved."
skuser02844 25/01/2024minha estante
VOU ME MATAR COM ESSA RESENHA


skuser02844 25/01/2024minha estante
AMEI


Núbia Cortinhas 26/01/2024minha estante
Uauuu!! Arrasouuu!! Belíssima resenha!!


caiogaabriel 26/01/2024minha estante
MDSSS. me despertou mais curiosidade p ler, bruno


bruno 26/01/2024minha estante
o maior livro ne, gi ?


bruno 26/01/2024minha estante
obrigado, nubia ?


bruno 26/01/2024minha estante
lê mesmo, Caio!!! mas lê com responsabilidade pois ele é bem pesado, dá uma pesquisada na lista de gatilhos antes de começar




@livreirofabio 15/03/2016

Tragedy Porn / Mundo de Homens
"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos."
- João 15,13

(Eu tinha abandonado esse livro chegando quase na metade, dando o assunto como encerrado -- li o final, soube o que aconteceria com personagens-chave antes mesmo de chegar propriamente a metade do livro, na esperança de que quanto mais esdrúxula e gratuita as coisas continuassem, menos animado a continuar com a leitura eu ficaria; o resultado foi estranho: fiquei mais determinado a continuar. É a atração de uma boa tragédia, o charme da desgraceira.)

Um dos problemas é o tragedy porn/depression porn, o fetiche da desgraça contidos no relato de quase quarenta anos. Beira o circo como a Hanya vai puxando um desastre em cima do outro, o quão barato parece para ela lançar mão disso em troca de absolutamente nada. Como ela barateia a experiência da pessoa abusada e tenta tapear a inteligência do leitor. Umas das questões que vi numa vídeo-resenha é essa: como essa rede de homens, frequentando 'motéis' ou como quase todo caminhoneiro que passa por tal personagem pode ser pedófilo? Como esses homens, centenas, podem ter atravessado estados e mais estados, num fluxo imenso? (Calculo que isso ocorre lá pelo fim dos anos 60, começo dos 70, não há internet, nem celular sempre a mão, mas ainda assim bem distante de qualquer obscurantismo medieval para passar tão desapercebido) E qual a necessidade de 'centenas' deles? Uma só má experiência não seria prejudicial o bastante? É ofensivo a vítimas de abuso e ao próprio personagem que ela criou.

Assim como é ofensivo a tentativa de povoar o romance de diversidade, e ao mesmo tempo tratar as relações gays das personagens protagonistas com tamanha ingenuidade e falta de destreza. Simplista, confusa, e má observada. O hype é uma coisa pentelha porque ainda assim esse livro já foi chamado de ‘O Grande Romance Gay’, palhaçada, porque venhamos e convenhamos, uma escrita receosa que coloca na mente de uma personagem coisas como o seu "dever" como parceiro também sexual, técnicas, manuais, melindres, isso numa relação que se supõe quase perfeita em todos os seus outros aspectos – não é grande -- e se diminui ainda mais quando colocado ao lado de Maurice ou Carol , tendo a excelência como exemplo -- esse último pura finesse de atração, desejo, amor e devoção.

Claro que ao meio ao fim e ao cabo eu fiquei devastado pela leitura, pelos seus gatilhos emocionais, e agradeço por isso não ter lançado sombra no fato de que a recusa dela, Hanya, em aceitar qualquer corte ou edição que não a dela (mesmo problema que hoje vejo n'O Pintassilgo, embora Donna Tartt tenha sido mais bem sucedida, mais contida e certeira, e peque só pela chatice da trama policial que só faz engordar o livro) é fato não do que minha complacência anteriormente tachou como mau direcionamento ou tropeço, pelo contrário, ela parece ter atingido exatamente seu objetivo -- criou um romance 'tijolo', que vem adquirindo status cult e sendo chamado de ""subversivo"" pela New Yorker, mesmo cheio de anacronismos, quando na verdade é única e exclusivamente depressivo, de uma descrença capenga, e sem nenhuma catarse, niilismo sem charme pendendo para a cafonice. Quando a revolta me sobe lembro de Faulkner com seu Hightower -- a agonia desse homem, o desespero, me emociona e me motiva, me leva aos tropeços, que seja, à frente de um autoconhecimento que exige ser sempre alimentado – infelizmente esse não é o caso de A Little Life; não vejo mais nada de esclarecedor ou revolucionário na desgraça de galeria, joguei meu cilício fora.

"(...) esse livro e seus admiradores parecem 'presos um ao outro pela sua mútua repulsa e desconforto'; como a imagem na capa, o romance de Yanagihara tem tapeado muita gente numa confusa angústia e êxtase, prazer e dor." (trecho da resenha de Daniel Mendelsohn sobre A Little Life na NY Review of Books) {tradução livre]
PERFIL DESATIVADO - NÃO SIGA 16/07/2019minha estante
Li recentemente e concordo com tudo que disse. Esse livro foi minha grande decepção do ano.


Nanda 28/08/2019minha estante
Estou em 50% da leitura, meu Deus!! Nunca vi tanto sofrimento gratuito. ???
Espero que no final pelo menos o Jude seja um pouquinho feliz :/


@livreirofabio 28/08/2019minha estante
Então, Nanda, é demais... Chega a ser gratuito, pra apelar mesmo... Te desejo força pra continuar com a leitura. Lembro até hoje da crise depressiva que tive após terminar de ler esse livro. Enfim, força!


Steroskyus 12/01/2023minha estante
pqp eu fui lendo sua resenha e você dirige de uma maneira tão elegante a crítica que só me veio a Isabela Boscov dos memes "Nada de inovador ou revolucionário", "Imediatamente tenho crise de ansiedade"... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK




jiangslore 15/04/2023

[2/5]
Na minha opinião, "A Little Life" é um livro quase tão difícil de resenhar quanto é difícil de ler. Isso porque não é fácil entender e expressar o que sinto pelo livro. E acho que isso ocorre em razão da combinação de uma escrita muito boa, personagens interessantes e uma abordagem nem sempre adequada de questões muito sensíveis - enquanto os dois primeiros aspectos fizeram com que eu apreciasse o livro pelo que ele é, o último fez com que eu quase desistisse da leitura mais de uma vez.

Claro, não é segredo para ninguém que "A Little Life" é um livro pesado e difícil de digerir. Logo, entendo que algumas pessoas vejam reações como a minha e pensem que elas são contraditórias - pois, se todo mundo sabe que o livro é pesado, por que se esperaria outra coisa? Mas acredito que a questão é bem mais complexa do que isso, porque penso que é necessário ter responsabilidade ao retratar dor, especialmente uma dor que não é sua. E ter responsabilidade não significa, necessariamente, que o final da história deve ser feliz ou que os pontos mais difíceis de discutir não devem ser abordados, mas significa que deve haver uma "honestidade" do escritor, por meio da qual é possível perceber que ele entende o peso e a complexidade do que está retratando. E a questão é que eu não senti essa honestidade em "A Little Life".

Talvez "honestidade" não seja a melhor palavra para expressar o que estou pensando. Mas o que quero dizer é que, ao retratar uma questão complexa e sensível, é necessário entender essas características e, por isso, saber que nem todo mundo verá algo da mesma maneira. Portanto, é muito mais importante escrever demonstrando um ponto de vista que acrescente algo na discussão e que entenda que deve haver concessões para outras visões do que apresentar uma resposta para questões que não são facilmente respondidas. Sob essa perspectiva, "A Little Life" pareceu-me uma história definitiva demais, e é por isso que acho que ela não é "honesta".

A definitividade que esse livro tem, apesar de combinar com seu título e sua proposta, acabou por me deixar com a sensação de que tudo que a autora fez foi para provar um ponto. Por si só, isso não é algo errado. Todo escritor é um ser humano, e todo ser humano tem opiniões e visões que deseja expressar. Mas fazer isso a ponto de transformar um personagem principal extremamente interessante quase em um arquétipo de uma pessoa "sem salvação"; e, enquanto faz isso, apresentar eventos que sem dúvida alguma vão emocionar o leitor, faz parecer que a autora quer convencer por um argumento extremo e emotivo que o que ela quis retratar era inevitável - ou definitivo.

Além disso, acredito que é importante discorrer sobre o que quis dizer com o cuidado ao retratar a dor do outro. Não irei tão longe a ponto de dizer que o foco da narrativa é um homem gay, porque (e eu falarei mais sobre isso daqui a pouco) não temos uma confirmação definitiva da sexualidade do protagonista; mas, sem dúvidas, um dos grandes focos da narrativa é a sexualidade de um homem - e isso foi intencional. É só dar uma pesquisada sobre o título da foto que está na capa do livro para perceber isso.

Portanto, temos a dor de outra pessoa, consubstanciada no trauma do protagonista - homem - relacionado à sua sexualidade. E algo que pode ser percebido na maior parte do livro é que a atração por homens é associada sempre ao trauma, sem que exista um desenvolvimento que demonstre até que ponto isso está relacionado com a orientação do personagem em si. É difícil pensar que a orientação sexual dele não foi abordada como um condicionamento derivado de diversos abusadores homens quando, no momento em que ele se imagina em uma vida normal, pensa se teria uma namorada (sim, no feminino) em uma determinada idade.

Alguém poderia dizer que isso é resultado de um narrador pouco confiável e traumatizado, e acho que é um argumento justo. Entretanto, não concordo, pois a mesma tendência a tratar a sexualidade masculina como algo convenientemente sem rótulos e não definido também aparece em trechos que são narrados por outros personagens.

Acredito - e isso é compatível sobre a minha aversão à definitividade nesse contexto - que existe um jeito positivo de entender "A Little Life", no sentido de ser um livro que fala como uma vida, mesmo que seja uma vida pequena, merece ser contada, lembrada e vista. Mas há várias coisas que me impedem de ver o livro dessa forma, e uma delas é o questionamento constante no sentido de saber se a autora também quis dizer, com a obra, que uma vida pequena deve continuar sendo vivida. Ao terminar o livro, sinto que a resposta é óbvia. Uma dica: se for efetuar a leitura, preste atenção nos momentos em que o termo "uma vida pequena" é mencionado no livro. Se fizer isso, provavelmente vai perceber que há quase... cruel na forma que isso foi retratado.

Portanto, não consigo ver uma mensagem positiva ou significativa nesse livro que faça a dificuldade da leitura valer a pena. E é por isso que, apesar de não ter me arrependido da leitura - não posso negar que me apeguei incrivelmente aos personagens e gostei muito de vários aspectos da escrita - não a recomendo para absolutamente ninguém.
Vênus 15/04/2023minha estante
Resenha simplesmente INCRÍVEL!!?


jiangslore 15/04/2023minha estante
Obrigada ?


Vênus 15/04/2023minha estante
De nada?




bmeetsevil 24/07/2020

Cruel demais
Se você veio olhas as resenhas pra saber do que fala, vou te poupar e dizer que tem gatilho DEMAIS e acho extremamente importante avisar isso. Tive a sorte de ter alguém pra me avisar antes de ler, até porque a gente nunca sabe o que pode afetar o outro.
Então aqui vai uma listinha:
?estupro
?transtorno alimentar
?automutilação
?comportamento suicida
?tentativa de suicídio
?relacionamento abusivo
?pedofilia
?prostituição infantil
?vício em drogas
?inúmeros transtornos mentais
?luto fudido ( não é exatamente um gatilho, mas quem viveu um luto muito pesado sabe que ver/ler coisas relacionadas traz memória à tona)

Não é, de forma alguma, um livro doce e gostoso de se ler. É uma leitura extremamente pesada e cruel.
Aliny Araújo 03/09/2020minha estante
nossa, obrigada pelo aviso, de verdade...


bmeetsevil 04/09/2020minha estante
De nada ??




Fabiana 20/06/2022

Não sei nem como começar a falar sobre esse livro... Sempre tive vontade de ler porque sempre vi muitas pessoas indicando porém nunca parei para ver um vídeo ou ler uma resenha completa. Sempre que visitava a livraria esse bendito livro estava como recomendação de leitura. Pensei comigo: vamos lá! Foi uma das leituras mais demoradas que já fiz. Tinham dias que eu simplesmente precisava dar um tempo dessa história. Muito difícil de ler. Muito difícil de entender como tanta coisa ruim pode acontecer com uma única pessoa. Como tanto sofrimento pode fazer parte de um personagem. Daí que eu entendi o porque eu estava sofrendo tanto com esse livro: ele é muito real. E isso assusta mais que histórias sobre palhaços sobrenaturais e assassinos ou vampiros que devoram humanos. Hanya é uma excelente escritora, por isso as quatro estrelas. Recomendo o livro? Não. Não conseguiria saber que eu, após ter lido e sabendo do conteúdo do livro, seria a responsável por indicar e passar essa experiência para outra pessoa. Aviso: O livro é repleto de gatilhos e temas extremamente difíceis de ler.
Guile 19/11/2022minha estante
Acho que a escritora forçou um pouco a barra, colocando drama atrás de drama e já tava se tornando algo bem irrealista.




nicole.cunha 27/10/2023

816 páginas de puro sofrimento
"A Little Life" foi um livro pelo qual eu estava esperando para ler com a expectativa de me afogar nas próprias lágrimas. Sem saber o contexto, ou o resumo, ou até mesmo os personagens e gatilhos, comprei o livro apenas com a noção de que eu provavelmente (segundo o TikTok) sairia me afogando em lágrimas e com um ódio pela autora, que me faria sentir coisas jamais sentidas antes.

Vou começar essa resenha, talvez a maior e mais importante que eu escrevi até hoje, dizendo que o livro foi, talvez, o melhor livro que eu já li, mas que não supriu nenhuma das minhas expectativas, e apenas duas lágrimas foram derramadas.

Já comentei isso antes e vou reiterar, eu acredito - como cristãos acreditam em Jesus - que um livro só é tão bom quanto a época que você o leu. Um livro de romance é mais bonito quando estamos apaixonados, um de aventura é ainda mais intrigante quando estamos na mentalidade de que tudo é possível, e um livro triste só é tão triste quanto estamos no momento. A pequena vida não sai dessa regra.

Na minha opinião, para se emocionar com este livro - pelo menos como o TikTok faz parecer que é - você precisa seguir três regras:

1. ser uma pessoa emotiva
2. se identificar MUITO com algum dos personagens (ajuda levar uma vida que é semelhante a eles)
3. Ler o livro em uma sentada só.

Pode parecer idiota, principalmente porque quem irá ler 816 páginas em uma sentada só?! Mas a verdade é que o livro se passa no dia a dia, emaranhando passado e presente através de memórias e acontecimentos, que são emocionantes dentro de um contexto, que pode ser quebrado pela vida real.

Hanya Yanagihara foi brilhante em sua escrita, trazendo uma realidade tão absurdamente vívida que emociona mesmo sem lágrimas, que assusta mesmo sem gritos e que encanta mesmo sem imagens. Uma escrita brilhante, uma história emocionante e personagens que são apenas pessoas, tentando fazer tudo dar certo, como todos nós.

Um livro recomendado para todos aqueles que não têm gatilhos, e que querem perceber que a vida tem altos e baixos, e que o amor prevalece, mas nem sempre é o suficiente...
Jussara 27/10/2023minha estante
Concordo plenamente! Esse livro é como a vida: às vezes triste, às vezes alegre e sempre lindo.




Andre 24/05/2020

História muito boa, como pode tanta tragédia acontecer na vida de uma pessoa? É até difícil de ler.
Única coisa é q eu achei o livro desnecessariamente longo, tem partes muito repetitivas.
Deborah Kufner 24/05/2020minha estante
Também achei desnecessariamente longo...




Evelyn 19/01/2023

não leia esse livro
não leia esse livro. procure um resumo online e você vai entender o porquê. eu gosto de ler um livro sem saber nada sobre, mas depois desse, eu acho que vou mudar esse hábito.

tem partes muito bonitas e bem escritas, mas não vale nem um pouco a pena a quantidade de sofrimento do tipo mais repulsivo ao qual somos expostos. tem muito amor nesse livro, mas tanta dor que não compensa. uma mensagem de desesperança total.

se você ler essa resenha e decidir não ler esse livro, minha vida vai ter valido a pena.
Fluorescentbnny 08/06/2023minha estante
Queria ter lido antes de começar kkkk mas tbm sofro do mesmo mal de querer ler sem saber nada




helena 14/03/2022

não leiam se você tem amor a sua saúde mental
NÃO LEIA ESSE LIVRO SE VOCÊ É MINIMAMENTE SENSÍVEL!!!! ESSE LIVRO NÃO É BRINCADEIRA!!!

eu nunca tive gatilho nenhum com NENHUM livro, mas do mesmo jeito eu consegui ficar completamente afetada e engatilhada por esse livro. se você ainda quer ler, o que eu acho que não vale a pena nenhuma e eu não recomendo esse livro pra ninguem, esteja 100% consciente de que esse livro vai te fuder e vai mexer com a sua cabeça de uma forma terrível.

o problema desse livro não é que ele fala sobre a maldade que existe no mundo, porque obviamente o mundo que a gente vive é cheio de pessoas maldosas e pessoas boas que não merecem ter vivido o trauma que passaram. o problema desse livro é que ele aborda esses temas de forma completamente irresponsável, quase que jogando experiências traumáticas uma atrás da outra pra ver o leitor morrer e ficar mal, porque é impossível você não ficar mal lendo esse livro. eu queria estar exagerando quando eu falo isso, mas nao é, se voce ler esse livro é impossível não ficar afetado pela maldade que existe nele.

esse livro não vale a pena e ponto final. não vale a pena passar por 800 páginas de tortura psicológica por um livro cujo único objetivo é ver o leitor sofrer, a nenhum custo, só violência pelo propósito de violência. nenhum livro vale a pena o que eu senti enquanto lia esse livro, nem o harold, andy, jude, willem, malcom, jb, nenhum personagem vale a pena essas 800 páginas.

eu acho que eu nunca vou conseguir descrever direito a forma como eu fui afetada por essa [*****] de livro, minha cabeça ficou estragada por mais de uma semana por causa dessa merda, 3 pessoas vieram me falar que eu tava com cara de acabada, eu senti uma ansiedade fudida que fazia tempo que não sentia, e isso não é nem um décimo do que essa [*****] fez comigo.

se você ainda não se convenceu que eu odeio esse livro e que ele é uma bomba atômica, ele é literalmente o único livro que eu já dei 1 estrela aqui no skoob, nem mesmo shatter me e clockwork angel, que são livros que eu odeio com o fundo da minha alma, eu dei 1 estrela. não é exagero, não é drama, eu realmente queria que fosse

eu podia falar por horas sobre os problemas desse livro mas eu sinceramente não consigo mais pensar sobre ele, eu não aguento mais falar sobre esse livro, não aguento mais ficar repassando as cenas horríveis dele na minha cabeça, eu só quero reler meus livros favoritos agora e fazer uma maratona de friends pra me lembrar que a vida não é uma merda, é só esse livro que é mesmo.
Guile 19/11/2022minha estante
Super concordo. A escritora forçou a barra pkrl com esse livro. E tem gente ainda pagando pau pro livro falando que é uma obra prima. É puro trauma porn e como vc falou é de pura irresponsabilidade a maneira que a atriz trata desses assuntos. Usando um assunto sério só pra criar drama atrás de drama nessa história.




gabibs 05/01/2022

eu nunca li nada tão triste na minha vida
sinceramente esse livro mudou minha vida de verdade mas eu não leria de novo NUNCA. eu ia tirar uma estrela pq não acho que tinha que ser tão explícito, mas eu amei demais pra não dar 5 estrelas. jude no meu coração pra sempre eu te amo muito
"and he cries and cries, cries for everything he has been, for everything he might have been, for every old hurt, for every old happiness, cries for the shame and joy of finally getting to be a child, with all of a child's whims and wants and insecurities, for the privilege of behaving badly and being forgiven, for the luxury of tenderness, of fondness, of being served a meal and being made to eat it, for the ability, at last, at last, of believing a parent's reassurances, of believing that to someone he is special despite all his mistakes and hatefulness, because of all his mistakes and hatefulness"
chris 05/01/2022minha estante
esse livro é tão triste e tão poderoso que você sai dele outra pessoa




giovannamrz 12/04/2023

O papel da angústia em Jude
Literalmente um dos livros mais tristes e lindos que li na vida.

Lendo algumas resenhas vi o quanto algumas pessoas acharam o livro repetitivo e explícito quanto a certos temas (o que não deixa de ser um alerta para quem for sensível ao tema).

Mas na minha opinião, não existe maneira mais branda de abordar sobre o abuso e suas diferentes formas e consequências na vida adulta.

Quando me refiro ao livro como belo não quero amenizar ou enxergar beleza em situações que causam asco e que são completamente grotescas, e sim porque retratam a dura realidade e nos auxiliam a enxerga-la de fato como se apresenta.

É brilhante o modo como a autora consegue expressar as angústias que perpassam um trauma e de como ele pode consumir a vida de quem o vivencia.
Em traumas já instaurados, não existem salvadores da pátria e não existem pessoas capazes de magicamente solucionar tais questões.
Confesso que estava com medo do livro ir para este caminho e fiquei extremamente grata por relatar a dura realidade: o trauma é volátil.

Ao decorrer do livro e por meio de uma narrativa impecável, a autora nos apresenta o desenrolar da história e a sucessão de eventos que levam a Jude ser quem é. É extremamente prazeroso enxergar como cada cena de sua história faz diferença no final do livro.

Uma das partes mais dolorosas e ?belas? do livro, em meu ponto de vista, é o modo como os mecanismos de defesa de Jude foram apresentados.


É possível enxergar com clareza como a autora cria estes mecanismos para que, assim, eles pudessem servir de âncora e amparar suas próprias experiências, construindo um ponto de ligação entre seus pensamentos e a realidade.
Ao longo de todo livro, podemos ver como Jude busca no ambiente, fatalmente, indícios e evidências que busquem confirmar um pensamento já instaurado.

Achei extremamente belo, mesmo que de modo explícito e grotesco, a forma como a angústia, a patologia e a responsabilidade quanto ao sofrimento são retratados no livro.
Além disso, as formas que Jude encontra de lidar e encarar esta angústia e de como estes mecanismos compensatórios funcionam em sua cabeça.

No mais, achei o livro impecável (principalmente durante os relatos de Harold e de sua fala no final do livro).
Ilayne.Christiny 12/04/2023minha estante
Mais impecável que o livro só a sua resenha




Madu 27/12/2021

Um pouco de vida
É muito difícil falar sobre esse livro mesmo depois de quase 15 dias do fim da leitura, é o livro mais horrivelmente lindo que eu já li. Mesmo após chorar copiosamente por dias, se eu ler os trechos marcados (que foram muitos) eu volto a chorar? Não é um livro que eu recomendo para todos porque tem muitos gatilhos, mas, em compensação, a última parte ?Lispenard Street? (meu capítulo favorito) tem uma das melhores escritas que eu já li. Vi algumas discussões na internet falando que a tradução do título não está totalmente certa, pois com certeza não se trata de Uma vida pequena, mas sim Um pouco (apenas o que nos foi permitido) de vida, da vida de Jude.
Jude St. Francis e Willem Ragnarsson demonstraram puramente o que é amor, e Harold? ah, Harold, eu sinto muito. A sensação é como se eu tivesse perdido familiares, mas ao mesmo tempo, me questiono se conseguirei reler, porque é muito sofrimento. Me senti traída por esse livro ao final de Os anos felizes, porém, depois de um tempo, percebi que essa é a premissa da história, apresentar uma pessoa que, ao contrário da maioria, teve picos de felicidade em vez de picos de tristeza. O livro está guardado na minha memória como uma espécie de lembrete de que os problemas parecem mais simples de resolver quando são vividos pelos outros, simplesmente porque a gente não carrega a carga emocional deles. É, com certeza, um exercício de empatia que se demonstra cru e agridoce do começo ao fim. Apesar de discordar de algumas coisas, como a forma explícita com que a autora descreveu as cenas de abuso, minha avaliação é de ??????????. Escrevi muitas palavras, mas não cheguei nem perto de falar sobre tudo que queria. Apenas leiam (ou não).


?Por isso tento ser amável com tudo o que vejo, e em tudo que vejo, eu vejo ele?.
Su_rribeiro 10/03/2022minha estante
Esse livro me marcou tanto que só de ler tua resenha fiquei com os olhos marejados...




spoiler visualizar
Su_rribeiro 10/03/2022minha estante
Eu chorei lendo a sua resenha... Esses personagens me marcaram tanto!




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