Entre Ossos Agora

Entre Ossos Agora Maitê Proença




Resenhas - Entre Ossos Agora


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Renata Mofatti 15/11/2016

4 estrelas. Perde uma por defender caça esportiva aos animais
Este é mais um livro lido da atriz da TV, Teatro e Cinema Maitê Proença. Dela, tenho todos. Sempre entre um livro “pesado” e outro eu gosto de variar para a leveza que as crônicas permitem. Crônicas são por essência assim: geralmente curtas, atemporais e leves.

Maitê tem dessas coisas: a capacidade de me tirar da seriedade e mesmo quando escreve sobre coisas sérias não deixa aquele sarcasmo maluco que nos fazer rir. “Entre Ossos Agora” é seu livro que complementa com novas crônicas o “Entre Ossos e a escrita”, lançado em 2006.

Chamo a atenção para o fato de Maitê não chamar para si os holofotes. Muito pelo contrário, ela não é a “Diva”, não é a atriz célebre, ela se desnuda e joga seus defeitos de forma tão natural que chega a ser paralisante.

Respeitando as singularidades, é claro que eu não poderia deixar de citar que uma de suas crônicas de extremo mau gosto (a meu ver e amor pelos animais) intitulada “A Caça” me provocou aversão. A escritora defende a caça esportiva e inclusive já participou desses, por assim dizer: esporte. Quando li essa crônica por completo, pensei em trancá-la na gaveta. Foi o que fiz! Depois a resgatei, não é direito meu ser egoísta e querer que as pessoas respeitem os animais da forma que eu respeito. A prova de que Maitê é “foda o suficiente” é que a raiva durou apenas dias e quando percebi já tinha devorado todas as páginas.

4 estrelas! Perdeu uma por conta desse papo chato de achar bonito disparar uma arma na cabeça de pássaros e elefantes.
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Anderson668 30/10/2015

Para quem adora contos sem colocar visão crítica da realidade
No primeiro capitulo, Maitê traz suas crônicas [se é verdade ou não, eu não sei] muito para o lado sentimental, sobre a vida, uma realidade paralela, que nós, como telespectadores imaginamos das pessoas públicas porém, não sentimos na pele. Ela consegue escrever de uma maneira que prende o leitor, fazendo rir ou ficar com os olhos como se tivesse acabado de colocar um bom colírio.
O amor. Ah o amor! Uma visão romântica, utópica ou real, seja lá o que for, na segunda parte, Maitê, mostra uma versão cheia de romance, quase um livro do século XVIII, mostrando profundamente com o os sentimentos podem mexer com os órgãos do corpo ou com a libido, mostrando que a emoção pode ser maior que a razão e que amar, ah, amar é mais importante que qualquer opinião externa. As crônicas te envolvem, possuindo todo seu coração e, para quem esta amando, realça a ternura e para quem não está amando, enche o coração de esperanças, caso não encha, amolece a dureza dos anos.
Cheio de amor, ternura e utopia, Maitê traz aquela perspectiva de fantasia, de história cotidiana, mantendo seu estilo de escrita que procura confundir o leitor para aquele mesmo questionamento - é verdade? Aconteceu com ela? Será que é isso que ela pensa? Porém, a autora fala que no amor, não existem só coisas boas, existe o abandono, a falta de compreensão, a traição, a falta de honestidade e pior, a violência, e a autora traz essas perspectivas sem sair da visão romântica.
Sexo, desejo, conquistar com amor, esses são os temas envolvidos nas crônicas no terceiro capítulo do livro, que te envolve entre suas linhas. Contos [verdade eu não sei] que te fazem pensar um pouco sobre o que realmente se chama relacionamento.
P.s - o livro traz textos heteronormativos, as vezes machistas, com algumas utopias de vida.
O que é a vida? Quais são as suas dificuldades, seus questionamentos, suas conquistas, entre tantas outras coisas que foram nossa identidade, que constroem nossa visão de mundo. Dentro desta perspectiva, Maitê escreve no quarto ato do livro, sobre as coisas da vida, sobre seu redor, sobre as pessoas, utilizando estereótipos, sendo verdadeira, sendo preconceituosa.
Quinta parte, a autora traz as mazelas da vida [ou da sua vida, Sabe la Deus] do cotidiano. Opinião sobre outros indivíduos, da sociedade, da convivência ou simplesmente as dificuldade enfrentadas no amor, no sexo e no ato de desejar. Pois, desejar é fácil, difícil é lutar para conseguir alcançar. Temas como homossexualidade, gravidez aos 40 anos e, como a autora traz de forma exacerbada, a religião.
Na sexta parte, Maitê traz crônicas mais pessoais, com suas opiniões [verdadeiras ou não], suas angustias, entre outras problemáticas da vida.
"Não é verdade que o amor seja um sentimento incondicional, há hiatos no amor. Tem horas em que a tolerância, a generosidade e as virtudes que o acompanham sucumbem às circustâncias. Tem horas que você quer ver o seu amor morto porque seria um alívio. Esta é a verdade".
Sexo, índios, Brasil, educação, honestidade, entre tantos outros temas do nosso dia a dia, Maitê escreve com um tom de acontecimento pessoal, firmando a impressão que temos no início do livro, que ele é autobibliografico, tornando-o envolvente, explico: o tom machista e heteronormativo utilizado pela autora traz a sensação de estar lendo coisas da cultura brasileira.
No último ato, Maitê traz uma conclusão sobre o livro, sobre as histórias e suas perspectivas.
Vale a pena ler!

site: http://ideaisideologicos.blogspot.com.br/
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Amiga Leitora 22/08/2015

Dividido em sete "capítulos", 'Entre Ossos Agora', reúne crônicas inéditas e outras que já foram publicadas na revista Época e em outra edição desse livro, da atriz Maitê Proença.

Como todo escritor - ou pelo menos, como eu imagino que aconteça com todo escritor -, Maitê abre seu livro questionando o porque escrever e até mesmo questiona o valor da sua escrita. Textos de outras duas pessoas - sendo uma deles o texto que abriu a primeira edição desse livro - podem ser encontradas algumas paginas depois pelo leitor.
Da vida ao amor, do amor ao tesão cru, do tesão a estranheza, da estranheza a vida. Em meio ao mar de palavras que transbordam a cada pagina, o leitor se perde entre relatos que parecem ser reais - e provavelmente não são -, e relatos que parecem uma boa história inventada, mas que não passa de um verdade esdruxulas.

Crônicas catárticas e crônicas minimamente pensadas e executadas, levam o leitor numa viagem de sentimentos que vão da felicidade à inquietação em um pulo de página.

Nunca tinha lido nada escrito pela Maitê, mas por ter visto algumas entrevistas dela e gostado da maior parte das suas respostas, logo que vi esse livro fiquei curiosa para conferir como ela era enquanto Escritora. Confesso que a surpresa do primeiro contato foi bastante gratificante.

O desenho da divisão dos capítulos é feito através do tema, ou seja, apesar de não intitula-los ou fazer qualquer marcação, as cronicas são organizadas dentro de uma temática em comum. Temos no primeiro capitulo um conjunto de crônicas sobre o "eu", Maitê falando sobre Maitê, no segundo temos em pauta o "amor", e assim sucessivamente.
Uma das coisas que mais me marcou na leitura desse livro foi o sentimento. A forma como a Maitê escreve me pareceu muito sincera, e em alguns momentos eu consegui sentir os sentimentos que ela escrevia.

Uma coisa que eu preciso falar também é sobre a diagramação, que apesar de simples funciona tão bem com o texto que torna impossível não prestar atenção nela. Eu estou simplesmente apaixonada pelas fotos da capa e a brincadeira feita com as cores azul e vermelha que trazem a ideia de um desenho em 3D. Editora Record brilhou!! hahaha

Com uma narrativa dinâmica, crônicas curtas, mas cheias de conteúdo. 'Entre Ossos Agora' é uma leitura que eu recomendo a todo leitor, mesmo acreditando que esse seja um daqueles livros que exige mais do leitor.


site: http://www.amigadaleitora.com/2015/08/resenha-entre-ossos-agora-editorarecord.html#comment-form
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