A Importância de Ser Prudente

A Importância de Ser Prudente Oscar Wilde




Resenhas - A Importância de Ser Prudente


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Gloria Ferreira 04/10/2016

Não é sobre essa prudência que você está pensando
A Importância de ser prudente

Eu só peguei esse livro porque sempre quis (e ainda quero) ler O Retrato de Dorian Gray, do Oscar Wilde, e como ele estava indisponível na biblioteca, trouxe esse mesmo, pois queria conhecer a escrita desse autor.

Não dei nada pelo título, já fui julgando como se fosse esses comuns, com lição de moral no fim e blablabla, já que o título sugere (e muito) ser um livro de autoajuda. Fiz algo do tipo ''ah, não tem tu, então vai tu mesmo'' HAHAH.

O contexto histórico da peça retratata a sociedade inglesa do sécula passado, narrando a confussão entre os personagens João Worthing e Algernon Moncrieff, que disputam o famigerado título de ser o ''Prudente'' que permeia a imaginação das suas amadas, Gwendolen Fairfax e Cecília Cardew, respectivamente. O sentido de ''Prudente'' nesta peça não representando algo que evita perigo, mas sim a denominação de poder, no sentido de ser batizado com este nome.

Confuso? sim, mas muito divertido. São 94 páginas certinhas, separadas por diálogos de personagens em diferentes cenários e situações. Muito claro e objetivo. É uma ótima leitura pra quem, assim como eu, só tem o tempo dos busões para fazê-la.
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Jefferson Pessôa 08/01/2015

A Importância de Ser Prudente é uma peça do escritor/dramaturgo/poeta irlandês Oscar Wilde. Hoje considerada a obra-prima teatral, A Importância de Ser Prudente, foi escrita no fim de 1894 e estreou nos palcos londrinos por volta de 1895.

Como não é desconhecido por ninguém que Wilde era um ferrenho crítico de sua própria época, inclusive no que tange às frivolidades da aristocracia inglesa, essa peça não poderia ser outra coisa se não uma minuciosa construção da realidade vitoriana em seus últimos anos, ao mesmo tempo em que descrevia esses personagens da forma caricata, que lhe era inerente.

Os personagens são pessoas distintas da alta sociedade inglesa, e os personagens principais, cada um motivado por um objetivo diferente, utilizam-se de um estratagema para conseguirem o que querem — usar um pseudônimo, para poderem se libertar das normas sociais e poderem agir como não agiriam em condições normais caso não estivessem submetidos às pressões conservadoras e culturais.

Wilde destaca tanto as características da personalidade supérflua da época, em sua crítica, que os leva ao ápice do ridículo, tornando o que à prova de análise já era cômico, em algo mais cômico ainda. No entanto, não é um humor que ridiculariza por ridicularizar, mas sim o humor ácido e comedido que é inerente a Oscar Wilde. Mais que uma sátira, é uma crítica construtiva fortemente imbuída de sentimento.

A comédia já começa pelo título: No original é The Importance of Being Earnest.
Por “earnest” entendemos “honesto” e que em si é um termo homófono a “Ernest”, nome próprio que na tradução ficou Prudente, o nome do protagonista.

Considerações finais
A peça é curta e pode facilmente ser lida em menos de uma hora. Não há um único personagem nessa história que não seja hilário e igualmente controverso no que se refere à moral ou até sanidade. Os personagens são engraçados, as confusões em que se mete mais ainda e Wilde não satisfeito em gozar com a cara da sociedade inglesa tradicional, brinca ainda com a filosofia, o clero, a família, o amor e mesmo a literatura.

Os personagens aqui relatados são a personificação da máscara social que cada ser um humano assume em sua sociedade. Mesmo sendo uma crítica feita á sociedade de seu tempo, hoje ela ainda continua fresca; atualíssima.

Não posso deixar de destacar o quanto me diverti lendo essa peça, mesmo sendo um iniciante quando se trata de peças teatrais, consegui ler tudo com uma extrema facilidade, devido à fluidez da escrita do autor e principalmente devido à história divertidíssima de todos esses personagens sem noção alguma.

“[Wilde] é nosso mais completo dramaturgo. Ele brinca com tudo: com a espirituosidade, com a filosofia, com o drama, com os atores e com a plateia — com todo o teatro.” — George Bernard Shaw
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 08/05/2013

Mal-entendidos em humor tipicamente britânico
Personagens estereotipados e bastante caricatos juntam-se ao típico humor britânico nesta comédia de costumes do escritor/dramaturgo/poeta irlandês Oscar Wilde. Em A Importância de Ser Prudente, Wilde satiriza tanto a alta sociedade quanto a camada popular; tampouco ficam de fora as instituições – como o casamento e a família –, o clero, a etiqueta, o moralismo e até a própria literatura.

A crítica aparece de maneira sutil, mas não menos hilária. Os trocadilhos e as reviravoltas dão o tom cômico exigido pela própria situação da trama.

As reviravoltas, aliás, aparecem sem economia; as mentiras e ações dos personagens se acumulam, fazendo do confronto final um mal necessário e inevitável. Chamá-lo de mal, entretanto, parece injusto, já que um confronto viria a desfazer os diversos malfeitos.

A recompensa, aqui, não é dirigida às virtudes, estas praticamente ausentes – pelo menos em um plano consciente. Um desfecho recompensador seria mais consequência da resolução dos erros cometidos.

As moças enxergam no nome a própria personificação da prudência, embora a característica esteja em falta; os homens desejam ser Prudente sem realmente compreender a essência – e a importância mesmo – de sê-lo. Depois de muita confusão e grandes surpresas, só mesmo alguém prudente merece ser genuinamente chamado de Prudente.

LEIA PORQUE... Há genialidade na crítica feita por Wilde. O humor britânico se faz notar por seu aspecto afetadamente comedido, fazendo o cômico parecer ainda mais cômico.

DA EXPERIÊNCIA... Ainda que teatro não esteja entre os meus gêneros de predileção, não posso deixar passar em branco o quão divertido foi acompanhar as peripécias e confusões de João e Algernon na Inglaterra vitoriana.
Para quem quiser “incrementar” a experiência, existe uma adaptação para o cinema cujo título em português é Armadilhas do Coração. Produzida em 2002, tem direção de Oliver Parker – mesmo diretor de outras duas obras de Wilde: O Marido Ideal (1999) e O Retrato de Dorian Gray (2009).

FEZ PENSAR EM... Finalmente li algo do Oscar Wilde! E percebi que não é à toa que o escritor tem uma estátua no parque Merrion Square, em Dublin (da qual nunca tirei foto – Regrets Mode On).


Leia mais em: LIVROLAB.blogspot.com
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sonia 26/01/2012

brincando com nomes
uma divertida comédia de costumes do século XIX, em que dois rapazes se utilizam de um estratagema - trocar de nome, o que leva a uma grande e alegre confusão, com final feliz.
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Coruja 20/06/2011

Já vimos os gregos... e o bardo. Em termos de teatro, é deles que primeiro me lembro, afinal, os gregos inventaram o teatro e Shakespeare inventou o humano. Mas, para completar a lista do Desafio Literário 2011, ainda faltava um título e eu não queria me repetir.

Estava nesse dilema, pesquisando um título ali, um autor aqui, quando liguei a TV e zapeando pelos canais dei de cara com Colin Firth. Não sabia do que se tratava o filme, que já estava lá para o final e havia qualquer coisa de muito bizarra naquele enredo (especialmente para quem pegara o bonde andando como eu) – mas o que importava? Era o Colin!

Quando dos créditos finais, descobri que o filme se chamava The Importance of Being Earnest (na tradução absolutamente nada a ver, Armadilhas do Amor), baseado na obra de Oscar Wilde. Uma coisa se seguiu a outra e não demorou muito para descobrir que se tratava originalmente de uma peça e ela entrar para a minha lista.

Pronto: tinha já o terceiro título. Só faltava arranjar o livro. Fui às compras e encontrei esse volume por vinte e seis reais em português... e dois e oitenta em inglês. Qualquer dia desses acabarei escrevendo de novo sobre essa abusividade que são os preços de livros no Brasil...

A peça é curta – li em menos de uma hora – e deliciosamente nonsense. Meu pai do céu, não há um único personagem dessa história que não seja moralmente dúbio, já com um pé na insanidade. Não há, realmente, quem se salve: Jack e Algernon são dois charmosos canalhas; Gwendolen parece ter um incêndio ocorrendo debaixo das saias e petticoats; Cecily não é simplesmente sonhadora, mas delirante e Lady Bracknell é uma das criaturas mais frívolas que já li na vida.

E é com um elenco desse calibre que Wilde tece uma verdadeira comédia de erros – que me faz pensar a certas alturas em Noite de Reis e Sonho de Uma Noite de Verão - onde uma mentira se soma a outra, provocando uma avalanche que desemboca no absurdo.

É por essas e outras que adoro o bom humor britânico. God Save the Queen!

Jack Worthing, um cavalheiro de Hertfordshire, tem um irmão imaginário chamado Ernest – na tradução, Prudente. Este Ernest imaginário é um camarada irresponsável, que vive se metendo em confusões e fazendo dívidas, obrigando Jack a se ausentar o campo e de suas obrigações como tutor da jovem Cecily, para ir a Londres dar um jeito no irmão.

Tão logo chega em Londres, contudo, Jack se transforma no próprio Ernest, que é como ele se apresenta aos amigos da cidade, incluindo Algernon, primo da bela Gwendolen, em que Jack/Ernest está de olho.

Por motivos diversos, Algernon – ou Algie para os íntimos – acaba por descobrir o expediente de Jack, declarando-o assim um seguidor do Bunburismo. Mas hein? Bunburismo? O que é isso? É de comer?

Assim como Jack inventou Ernest para poder fugir de suas responsabilidade no campo para a cidade, Algie inventou um amigo inválido chamado Bunbury para poder fugir de suas dídidas na cidade para o campo.

Agie também descobre sobre Cecily, partindo para Hertfordshire a fim de conhecer a moça – que é uma fabulosa herdeira – lá apresentando-se como... Ernest, o irmão perdido de Jack. Isso enquanto Jack, que tenta cortejar Gwendolen, enfrenta a futura sogra e revela uma triste história de vida: ele não sabe quem são seus pais, pois os perdeu quando bebê, tendo sido achado numa mala numa estação de trem pelo avô de Cecily, que o adotou.

Claro que isso acaba com suas chances junto a Lady Bracknell. Não que isso impeça Gwendolen de ir atrás de seu amado Ernest. E aí teremos Cecily apaixonada por Algerno/Ernest e Gwendolen apaixonada por Ernest/Jack se encontrando e então...

Não vou contar. Vocês terão de ler. Ou assistir. Ou fazer os dois, como eu fiz. Afinal, além de todos os outros motivos que já dei, tem o Colin... Você vai perder a oportunidade?
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Fimbrethil Call 13/08/2009

Genial!
Essa é uma genial peça de teatro, uma crítica muito bem feita à sociedade inglesa da época vitoriana, com suas hipocrisias e futilidades. Realmente sensacional.
Recomendo.
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