Benjamim

Benjamim Chico Buarque




Resenhas -


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otis.correa 06/05/2023

Eu li todos os romances de Chico
Benjamin é mais uma daquelas histórias que só Chico Buarque poderia ter escrito. A urgência poética de Benjamin, a maneira como Chico mistura o conto factual com a crônica que ocorre na mente, o entrelaçar das vidas de suas personagens, tudo levando a uma resolução pouco cerimoniosa. Li num dia, iniciando enquanto esperando um avião e encerrando à beira do mar de meu destino, com uma jornada digna de um dos grandes nomes de nossa cultura, música e literatura. Agora posso dizer que li todos os romances da maturidade de Chico.
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Ayumi.kimura 07/12/2022

Um mix de sentimentos entre a realidade e o delírio, nos deixa confuso e ao mesmo tempo reflexivo e sem saber o que é real e o que é apenas imaginação.
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Aly Valente 18/10/2021

Benjamin
Esse livro deve ser a história mais viajada que já vi. Não tem pé nem cabeça, toda hora o cenário muda, troca os pensamentos dos personagens do nada. A história não tem uma linha temporal normal e eu tenho sérios problemas com livros assim. Não entendi o final do livro também. Para mim o personagem principal é louco. Fora que o livro é errado em muitos níveis, assédio rola solto, estupro, fora os distúrbios também. Eu tô tentando entender até agora.
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Rub.88 18/11/2019

Zambraia, Masé, Sgaratti.
Não conseguir se libertar do passado. Porque foi mais glorioso e brilhante do que esse presente obscurecido e melancólico. Ou porque o passado vem na lembrança de uma pessoa que amou ou na forma de alguém ciumento e possessivo que pode aparecer repentinamente. A origem pobre e criminosa como correntes que mesmo depois de arrebentadas, e superadas, deixam marcas no tornozelo e sobrecarrega o andar e encurva a postura.
No livro Benjamim de Chico Buarque três personagens se esbarram, e esse contado alterar um pouco a vidas deles. Porem é como um corte no dedo. Pode ser apenas um incômodo ou virar uma infecção.
O Benjamim do titulo é modelo fotográfico. Agora meio passado tem pouco trabalhos e mora num apartamento lúgubre que tem a janela de fundo bloqueada por uma montanha rochosa. Ele parece que gosta de olhar para a pedra.
Ariela é corretora de imóveis. Parece que sempre se veste inapropriadamente. Tem uns casos sem muita importância e aparenta uma pessoa atordoada e mecanizada.
Alyandro esta concorrendo a um cargo público. O livro não deixa claro que tipo de eleição. Prefeito, vereador, deputado, presidente, sindico. Ele na adolescência puxava carros e para sempre será filho de uma mulher que roda bolsinha.
A estória, que foi muito difícil de acompanhar e tive que decifrar muita coisa, é que Benjamim num dia vê Ariela e lembra-se da forte paixão antiga que acabou mal. Cisma que a mulher é filha do amor do passado e fica na cola de Ariela até engrenar um relacionamento. Ariela não dá muita importância para os homens da sua vida. Ela parece se contentar em ser um acessório. Como o maldito livro não tem diálogos, eu não tenho como ter uma noção mais clara do que os personagens pensam. O politico Alyandro que esta na cidade para fazer campanha e para gravar propaganda, a qual Benjamim foi contratado para um trabalho rápido, também alugou um imóvel para abrir o seu comitê. Claro que foi Ariela quem mostrou o estabelecimento para o antigo ladrão, atual filho da puta e futuro eleito. Outro relacionamento sem consequência.
É isso. Sim. É isso. Tem outros personagens como o dono da corretora de imóveis que nunca olha nos olhos de Ariela. O dono da agencia de publicidade, histriônico e inconveniente. Um policial paralisado e seus amigos justiceiros. Um taxista piadista. O assessor principal e parente do Alyandro. Todos eles participam pouco da trama. Para mim nenhuma imagem ficou deles, e na verdade, nem do trio protagonista.
Esse livro não despertou nenhum interesse em mim. Muita divagação e sonhos. Nomes esquisitos. Um entra e sai de prédios, ônibus e taxis para fugir ou se esconder.
Livro sem nenhuma construção fixa. Um conjunto de comentários curiosos e secos. Fluxo e mais fluxo de imagens desconexas e pensamentos aleatórios. As mudanças de assuntos sem concretizar ou mesmo estabelecer o anterior e de querer largar esse livro na sarjeta num dia de chuva forte. Que a agua leve numa enxurrada essa pretensa estória. Podia pelo menos ter um espaço em branco, um intervalo de pensamento, para pontuar à narrativa quando fosse mudar de personagem e de foco de ação.
Eu não faço analises literárias. Nada de dissecação de tema, subtexto ou metáfora abstrata. Não sou um estudioso das letras. Um acadêmico. Falo oque sinto lendo uma obra. O que ela deixa e motiva. E no caso de Benjamim eu sentia o vazio que foi a perda de tempo em ler isso. Chico Buarque é bom cantor e letrista genial, mas como romancista... Ele pode e eu acredito que seja um baluarte da cultura nacional e que tenha muitos admiradores da sua contribuição artística. Porem esse livro que tenho em mãos achei muito ruim. A única coisa boa nele é que é curto...
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