Silvana Barbosa 08/12/2021Em meio ao campo de batalhaAh, livrão, viu?
Não gostei do mocinho de cara, não, aliás, me custou gostar dele, e tive que entoar o mantra "é só uma história" para não ficar com raiva. Funcionou. Brent é um protagonista do seu tempo, fiel à realidade da época, e criado em 1985, vale lembrar.
Acompanhamos 4 anos de encontros e desencontros do casal, em plena guerra da Secessão, que prende a atenção.
É uma aula, de fato, sobre a história norte-americana, e gostei muito disso, além de boas cenas de ação. Na verdade, o amor dos protagonistas foi mais difícil de entender e a parte menos legal. O "mocinho" é agressivo com a mocinha no início, beirando ao estupro na primeira vez em que ficam juntos, e só não falarei detalhadamente de como aconteceu, para não dar spoiler. Mas a impressão que tive é que, como o marido dela é violento, Roxane acaba aceitando o homem que a trata menos pior... Depois de se mostrar meio bruto, Brent dá uma aliviada, mas a relação do casal é tempestuosa, cheia de discussão e conflito. Daí a dificuldade de crer em um amor que acontece a partir de uma noite de sexo praticamente imposta, e de encontros esporádicos ao longo dos anos de guerra, sem muita conversa de verdade além de bate-boca, palavras de desejo e informações relativas á guerra civil.
Apesar da minha ressalva em relação a parte românica da trama, recomendo o livro, principalmente quando o que tem feito mais sucesso nas grandes editoras são histórias que focam só e exclusivamente no casal, sem contexto histórico e muito menos menção à situação política do país onde é ambientada.