Waterloo

Waterloo Bernard Cornwell




Resenhas - Waterloo


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Adriano Araújo 13/07/2020

Quase um documentário do History Channel
Ler esse livro é como assistir a um documentário do History Channel, e não estou querendo dizer que isso é ruim, pelo contrario, é um livro documentário extremamente emocionante. Dá até pra visualizar aqueles momentos em que aparecem os personagens cada um dando o seu relato da historia, mesmo em uma guerra alguns são cômicos. A quantidade de informação deixa a gente um pouco perdido no livro inteiro rs, mas lendo com atenção da pra visualizar toda a confusão dos três dias que foi a batalha de Waterloo, e o porque até hoje ela ser tão comentada e estudada. Foi por pouco, por muito pouco que ele não venceu.
Niájera 15/07/2020minha estante
Tb achei isso qdo li rsss




Robson (Bob) 07/02/2021

Maravilhoso - Mas posso estar sendo parcial...
Desde a adolescência o tema militar, especialmente campanhas e batalhas históricas, desperta-me interesse. Sobretudo o assunto Segunda Guerra Mundial. Contudo, embora sempre tenha sido um profundo fã de batalhas de eras antigas/clássicas, medievais e Segunda Guerra, não fui, por muito tempo, tão aficionado por batalhas modernas, ou da época dos mosquetes e cavalos, e, ainda, da Primeira Guerra Mundial.

Ao longo dos anos tal gosto foi sendo modificado. Primeira Guerra Mundial passou a interessar-me mais, depois guerras modernas (pós Guerra da Coreia), e, por fim, época dos mosquetes e cavalos... especialmente Guerras Napoleônicas.

E um dos grandes responsáveis por tal mudança foi justamente o autor dessa obra, Bernard Cornwell.

É fácil verificar, pelo meu histórico de leituras/estante aqui do Skoob, que sou um grande fã desse escritor. Entretanto, como muitos dos outros fãs dele, sempre mais consciente de seu lado como novelista. Embora a maioria de nós saiba que ele é um Historiador por formação, o que torna seus romances tão bons, dado à acuidade histórica com que escreve.

Depois de ter lido tudo o que podia dele, decidi aventurar-me em Sharpe, um de seus mais famosos personagens, um soldado inglês que luta na Índia e nas Guerras Napoleônicas... E apesar de minha resistência inicial... que histórias fantásticas essas escritas sobre esse personagem e seu grupo. Apaixonei-me tanto quanto havia pelas histórias de Uhtred ou mesmo pela trilogia Crônicas de Artur (que, por sinal, é a obra que mais gosto dele).

Tal interesse desperto fez-me ir atrás da série televisiva que, apesar de suas claras limitações, também curti muito. Depois acabei conhecendo Black Powder, um dos miniature wargames que mais curto. E tudo isso foi fazendo meu interesse pelo período aumentar mais e mais.

Esse livro, então, comprei há cerca de 3 ou 4 anos e, mesmo assim, jamais o peguei realmente para ler. Até que enfim, após assistir ao filme Waterloo, de 1970, com Christopher Plummer, falecido nessa semana, no papel de Duque de Wellington, resolvi acabar com essa vergonha em minha vida literária e, enfim, devorá-lo.

O filme é muito característico desse tipo. Um relato leve sobre os eventos, carregado de excertos de declarações dos sobreviventes, cartas dos soldados e civis, transcrições de documentos oficiais, etc. Tudo, é claro, relativizado com os comentários do autor, tentando trazer a declaração para algo mais condizente com o que se tem aceito como fato, e não mera suposição ou excesso.

Cornwell descreve uma das maiores batalhas da História com maestria, utilizando-se do dinamismo pelo qual é conhecido. Apesar de muitos dados, não são dados de forma cansativa. Não vai ter parágrafos e mais parágrafos de apenas dados estatísticos.

Da mesma forma, apesar de inglês, e, embora seja claro que seja um fã/admirador de Wellington (acredito que não há como não ser), ele não desmerece Napoleão ou seus marechais, embora não deixe de apontar as falhas desses, e faz para todos os três exércitos envolvidos na batalha.

O autor, mais uma vez, consegue não transportar, por meio de sua narrativa, não apenas ao local, mas ao momento histórico da batalha. Sua marca registrada, como todo fã bem sabe, é a habilidade com que descreve batalhas, e essa obre não fica nem um pouco atrás. Aliás, fato de ser o tema principal faz com que consiga descrever ainda melhor.

Embora Cornwell faça conjecturas ao final, destacando a discussão história sobre quem e porquê venceu a batalha, não deixa de apontar o que é também admitido, e a razão de achar que essa ou aquela teoria não são tão corretar sob seu olhar.

Enfim, o livro é excelente, bem escrito, bem organizado, e com as características de um bom Cornwell, mesmo não sendo um romance, e sim um relato histórico. Já tivemos breve relatos desses ao fim de cada um de seus livros, em que faz uma nota história sobre a principal batalha descrita nos romances, e quais alterações fez para o bem de suas tramas. Mas aqui vê-se realmente o Cornwell Historiador.

Por derradeiro, uma nota de lamento por Wellington ter sido esquecido nas páginas da História. Não apenas isso. Nas poucas vezes em que é lembrado, é tido como mero general de tática defensiva, o que não fazia qualquer justiça à sua carreira militar.

Desde que comecei a ler Sharpe, e passei a fazer pesquisar sobre esse General, a admiração apenas cresceu e, ainda assim, é visto como alguém menor por muita gente. Claro que Napoleão era o gênio daquele tempo. Mas Logo atrás com certeza vinha "O Duque de Ferro".

Suas maiores batalhas, além de Waterloo, como Salamanca e Assaye (essa última da qual tinha grande orgulho, e que sempre dizia que tinha sido sua melhor batalha), demonstram melhor sua capacidade tática. E qualquer um que, com exército muito inferior ao do inimigo em termos de número, como geralmente era sua situação, lutaria a maior parte de suas batalhas defensivamente também.

De qualquer forma. Se você curte história militar, ou Bernard Cornwell, ou, ainda, tem interesse sobre Waterloo, recomendo esse livro com toda certeza (e o filme acima mencionado, de 1970).


Robson (Bob) 07/02/2021minha estante
*Parcial, não imparcial...

Erro... desculpem-me.




Coruja 24/08/2015

Que sou uma fã do Napoleão Bonaparte, é possível que todo mundo que freqüenta o Coruja já saiba. Admiro o homem, sua determinação, ambição, seu gênio estratégico, sua disposição em enfrentar adversidades, seu imenso carisma. Menos conhecida talvez seja minha inclinação a ser fangirl de Arthur Wesley - posteriormente rebatizado de Wellesley -, o Duque de Wellington.

Como político, Wellington não foi particularmente inspirador, mas o Duque de Ferro foi um grande estrategista militar. Até a batalha de Waterloo, ele não enfrentara Napoleão diretamente, mas suas vitórias contra os generais do imperador - especialmente na Península Ibérica - lhe deram o epíteto de 'o conquistador do conquistador do mundo'.

(Em termos de dedução lógica, isso significa que eu sempre cairei de amores por campeões de War? Mas, enfim...)

Considerando o fato de que tenho ambos como ídolos, é meio surpreendente que, antes de ler o livro de Cornwell, meu conhecimento sobre Waterloo se restringia a "foi a batalha decisiva em que Napoleão foi derrotado pelas forças aliadas de ingleses e prussianos comandandas pelo Duque de Wellington". Assim, aproveitando a publicação do livro em meio às comemorações dos duzentos anos da batalha, eu não poderia deixar de solucionar esse lamentável lapso em minha educação.

Waterloo é o primeiro livro de não ficção de Cornwell e aqui ele traz não apenas uma rica pesquisa histórica - inclusive de estratégia militar - como também sua experiência como romancista. Ele não despeja fatos simplesmente, mas os encadeia de forma a criar uma narrativa coesa (e coerência e coesão nem sempre são prerrogativas de relatos de guerra); alia as descrições técnicas a impressões pessoais, contrabalanceando-as com pequenas anedotas sobre as pessoas que participaram do conflito.

Há fatos, sim, mas também relatos em primeira mão dos soldados que estiveram lá: fragmentos de diários, de cartas, mensagens, memórias... o que nos convida a enxergar mais que as figuras históricas, mas sua humanidade.

Foi assim que descobri que Wellington estava no meio de um baile quando chegou a confirmação de que os franceses tinham começado a invasão. Que o comandante do exército prussiano, já passando dos setenta anos, por vezes tinha delírios em que achava estar grávido de um elefante (não, você não leu isso errado). Que o Conde d'Erlon, com seus 22 mil homens poderia ter sido decisivo em qualquer das duas frentes que antecederam o grande choque dos exércitos em Waterloo, mas passou o dia andando de um lado para o outro sem ajudar em nada por falhas de comunicação.

É um livro muito interessante para quem gosta de história militar. E não é uma narrativa seca; o Cornwell sabe como encaixar os fatos para tirar o máximo proveito dramático do que aconteceu - então mesmo que você não tenha interesse em estudar a história daquele portentoso dia, vale à pena pela forma como ele encontra para contá-la.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2015/08/para-ler-waterloo.html
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Maria290 23/11/2021

Não é um massacre, é O massacre
A escrita de Cornwell nunca decepciona... Ele é um baita dum escritor maravilhoso e, apesar desse livro não ser ficção como os outros livros de Cornwell que li, ele consegue descrever os relatos de um jeito tão maravilhoso e nada chato, consegue nos colocar mesmo dentro do campo de batalha, uma riqueza de detalhes (o que, por um lado, me deixou um pouco confusa) e, principalmente, os relatos de testemunhas oculares que ele trás a rodo!!

Eu realmente amei muito este livro, me deixou cada vez mais interessada em estudar sobre essa batalha decisiva... Muito bom mesmo! É claro que, como um bom inglês, dá para perceber que Cornwell puxa um pouco a sardinha pro lado da Inglaterra, mas nem posso julgar porque eu passei o livro todo torcendo pros britânicos.

Enfim, recomendo demais este livro pra quem gosta de História mas não quer um texto chato e acadêmico. É acadêmico, sim, mas não é nada chato e cansativo!
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Matheus.Konrad 24/01/2022

Uma visão muito detalhada da batalha de Waterloo, eu acehi bem interessante a descrição, e o modo como o autor recorreu a cartas e opiniões de diferentes pessoas que participaram da batalha para compor o escopo geral.
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Zaqueu 21/01/2024

A queda de Napoleão
Finalizada essa obra prima que narra a guerra travada entre Napoleão e Wellighton e que conta toda a trama e sofrimento dos soldados de ambas as partes, o que mais me interessou nessa história foi como o autor da obra vai narrando a história que com uma sutiliza única nos coloca dentro da mesma.

No fim temos um Napoleão que ao decorrer dos tempos talvez por causa da sua grandeza e fama não viu realmente que tudo estava fugindo do controle de suas mãos e que, por falta de humildade não via os seus oponentes como ameaça e sim apenas mais um grupo de mortos que no final da batalha ele sairia vitorioso. Algo que não aconteceu em Waterloo, pelo contrário essa foi a sua queda e fim.

Ou seja mais um homem que chega ao poder e fica cego diante de tanta força disponível a ponto de sacrificar homens mesmo todos eles vendo que não havia saída e que o fim estava chegando.
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Paulo Vitor 15/12/2022

Cansativa e tendenciosa
Um livro interessante pelo contexto histórico do que foi essa batalha de em Waterloo, o exército britânico que teve um pouco de sorte e ajuda do exército prussiano para vencer o exército de napoleão. O livro é bastante detalhado, um pouco cansativa também a leitura, porém esse fato histórico tem que ser lido pelo dois ladoa da moeda, neste livro o autor ingles da bastante ênfase e vitoria do exército do Duque Wellington. Até hoje ninguém sabe exatamente quem venceu, mas ficou nítido para mim que houve muitas baixas de ambos os lados. Em uma outra leitura desse fato histórico em os miseráveis do Victor Hugo, já dá ênfase que a derrota dos franceses foi ocorrida pelo mau tempo e assim dando tempo do exercício prussiano se juntar com os ingleses. A conclusão é que esse livro tem muitos detalhes e é sempre importante ter outras leituras sobre o assunto para complementar o outro lado francês da história, mas que é nítido que todos foram perdedores nesta batalha violentíssima.
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Val 07/04/2021

Waterloo: o triunfo da bestialidade humana.
Após admirar o meticuloso trabalho de pesquisa histórica e de costumes da obra literária do competente e brilhante galês Ken Follett, deparo-me agora com outro incrível trabalho detalhista e preciso de pesquisa histórica de outro britânico: o livro Waterloo, do veterano londrino Bernard Cornwell. Este é seu primeiro trabalho de não ficção, publicado em 2014, tratando da batalha que derrotou, definitivamente para a história, o imperador francês Napoleão Bonaparte.
Afastando-nos da simplicidade inconclusa da publicidade do livro que diz “A história de quatro dias, três exércitos e três batalhas”, podemos destacar a complexidade dessa história real proporcionada por Cornwell, apresentando detalhes importantíssimos para se entender um momento histórico ímpar que culminou com a queda decisiva de um dos maiores gênios militar de todos os tempos: o persistente e inabalável Napoleão.
Reflexões estratégicas, imprevistos naturais e do acaso, dramas pessoais, glórias relembradas, o contragolpe de Bonaparte, dramáticas cenas da guerra com e sem batalhas, dentre outros contextos, dão corpo a um bem estruturado texto. O enredo é a própria espantosa história que a competente narrativa de Cornwell revive. O que mais impressiona, em destaque, são a prepotência e arrogância do líder francês e as intermitentes confusões de seus comandados ao não entender explicitamente suas ordens estratégicas.
Esses dois aspectos, predominantemente, aliados à competência, visão e experiência militar – somados a um pouquinho de sorte - do comandante inglês Arthur Colley Wellesley, o Duque de Wellington, além da fidelidade das tropas aliadas da Prússia (Alemanha), Nassau (Holanda) e Bélgica, conduzem quase duzentos mil homens a três renhidos e sangrentos combates campais, tornando-se das mais conhecidas e famosas batalhas da história da humanidade. E Cornwell, fiel à verdade, descreve-as impiedosamente e de forma crescente em detalhes que chocam e impressionam ao mais frio leitor.
Todas as guerras são cruéis. Mas estas batalhas descritas por Cornwell apresentam-nos características que pouco conhecemos em outras guerras geralmente mostradas em filmes e livros e restritas às primeira e segunda guerras mundiais e às lutas de espadas e flechas de períodos mais antigos. Estas de Waterloo são diferentes devido à utilização basicamente de artilharia de canhões e obuses primários, com munições e técnicas extremamente destrutivas; a cavalaria com espadas e lanças e a infantaria em combates na maioria das vezes corpo a corpo, com sabres, baionetas e lanças e, contra a cavalaria, os mosquetes simultâneos. Imaginem as estratégias para a utilização de tal variedade de destrutivas armas nos momentos apropriados.
O autor utiliza-se de trechos de cartas e depoimentos de participantes de todos os lados desse evento bélico, até reproduzindo alguns trechos cruciais, o que traz bastante realismo e credibilidade à obra.
Após esta leitura, com certeza você irá refletir sobre a estupidez e a bestialidade humanas. Tudo foi real. Não se trata de um filme ou uma narrativa de ficção. A guerra sempre foi a atitude mais irracional e criminosa do ser humano e as batalhas de Waterloo, aqui brilhantemente retratada por Bernard Cornwell, bem atestam essa ignomínia que percorre e entremeia toda a história da humanidade.
Valdemir Martins
10.04.2021


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Lustoza 24/01/2022

Fantástico
O livro não só explica como tudo ocorreu pela ótica dos envolvidos, como pela riqueza de detalhes te transporta para o combate. Nos leva a teorizar sobre possíveis rumos, se certos erros não fossem cometidos, e até "torcer" mesmo sabendo do desfecho para ambos os lados. Recomendo, o livro é simplesmente excelente.
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Marcelo.Castro 28/10/2022

A história da grande batalha
Como leitor compulsivo de Cornwell, estou sempre buscando novas obras dele para explorar. Este livro foge um pouco do padrão dos que já li do autor, já que aqui o objetivo é diverso. Enquanto em obras como as Crônicas Saxônicas, por exemplo, a história é pano de fundo para construir o romance que acompanhamos, aqui em Waterloo o objetivo é uma reconstrução precisa dos fatos e personagens envolvidos em uma das mais famosas batalhas da História. Para alguns, o livro pode soar um pouco acadêmico, mas é inegável que a habilidade de escrever de Cornwell torna tudo muito mais agradável. Livro essencial para quem adora História é quer enteder um pouco mais sobre essa batalha tão famosa, e que muitas vezes aparece retratada em outras obras literárias e romances.
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prof.vinic 03/03/2017

Maldito Marechal Ney ... "On a perdu la France!"
Talvez uma das batalhas mais conhecidas da História, e com certeza entre as 5 mais importantes para o futuro da Humanidade. Qualquer resultado diferente, o mundo hoje com certeza seria outro!
Cornwell foge um pouco do seu estilo romance histórico e cai direto na "biografia" de uma batalha. O enredo é pautado por vários depoimentos de sobreviventes, ou cartas daqueles que caíram na batalha; especialmente do lado inglês, por motivos óbvios.
O que achei de mais interessante foi a forma que ficou claro, para mim pelo menos, que Napoleão perdeu esta batalha basicamente por inércia dele, e de seu principal homem de frente: Marechal Ney. Wellington foi um grande estrategista, armou bem sua defesa e deu um trabalho real para o imperador, mas não teria obtido sucesso (ou pelo menos não um tão definitivo) caso a incompetência do lado francês não tive sido fenomenal. (Sim, sou um super fã de Napoleão, confesso)
O que me desagradou no livro foi apenas a descrição da batalha, pois, por estar acostumado com o estilo de Cornwell, esperava algo mais sanguíneo e detalhista. Sei que não era a proposta do livro, mas ainda assim esta era minha expectativa. Por outro lado, informações diretas de quem realmente participou da batalha é um deleite para os fãs das grandes guerras realmente raro.
Parafraseando Napoleão para o Marechal "On a perdu la France!" (a gente perdeu a França) ... maldito marechal.
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Digão Livros 11/06/2017

Guerras são eventos confusos.
Mesmo nos dias de hoje, com satélites e outros artefatos tecnológicos, é comum ouvir falar sobre baixas civis, ou bombardeio de escolares e outros pontos neutros, onde supostamente deveria haver alvos militares.
É claro que há também o marketing militar, onde cada lado propaga notícias de seu interesse. Contudo, é possível pensar que, se as guerras atuais, com todos os recursos disponíveis, ainda possuem esses efeitos colaterais, imagina uma guerra do século 19?
Muitas dúvidas pairam sobre o conflito, que determinou o fim do Império de Napoleão.
Quando iniciei a leitura desse livro de Bernard Cornwell, esperava um romance com fundo histórico, pautado pelos principais acontecimentos que fossem consenso entre os historiadores.
Acostumado a outras sagas do autor, esse livro mostrou-se totalmente diferente, pois procurava ser didático, relatando os principais momentos históricos, as possibilidades do conflito, e o que provavelmente cada líder de batalha planejou, para tomar as decisões.
Infelizmente, creio eu, em alguns momentos a veia patriótica inglesa do autor revelou-se latente ao descrever os acontecimentos. Ao meu houver, sobraram criticas aos franceses, em detrimento aos ingleses.
Outro ponto a destacar são os mapas disponibilizados, que remetem ao período do conflito e, para mim, pelo menos, são confusos, sendo mais acessível a pessoas familiarizadas com o tema. Seria mais prático ilustrações contemporâneas em paralelo aos mapas da época.
Quando aos relatos de Guerra, Napoleão era amado pelos seus pares, e temido pelos inimigos. Além de bem treinado, seu exército apaixonado por ti.
Em uma época onde atos de bravura eram exaltados pelos pares, mesmo que infrutíferos, possuir um exército que amasse seu comandante era um grande diferencial.
Napoleão possui um exército experiente e apaixonado, disposto a lutar e manter a liderança de seu Imperador. Um exército a ser temido.
Desde o início do conflito, a quantidade de soldados napoleônicos era inferior a dos aliados. Contudo, seu equipamento bélico equiparava-se ao dos rivais, e sua tropa já havia sido testada em eventos anteriores.
A principal estratégia de Napoleão era dividir a força inimiga em 2 exércitos que não se comunicassem, vencer uma, e após a outra. A vitória sobre a segunda força seria facilitada pelo efeito moral desestimulador causado nos inimigos, após seu primeiro triunfo.
E os franceses tiveram oportunidade para implementar com sucesso esse plano, não fosse o excesso de conservadorismo do segundo em comando do Imperador, a história poderia ter tido outro vencedor.
Perdida a oportunidade, a verdade é que o oponente de Napoleão era o respeitado Duque de Wellington, que havia vencido o segundo em comando do Imperador em oportunidades passadas, causando sua postura conservadora e a oportunidade perdida.
Adiante, o acaso também impediu maior sucesso francês. A chuva torrencial impediu que Napoleão ocupasse com seus canhões o campo de batalha, contra um oponente que ainda não estava devidamente agrupado e organizado.
A tempestade impediu o avanço napoleônico e, enquanto o mesmo aguardava o campo de batalha secar, o exército dos aliados se fortalecia.
Em sequencia, erros grassos foram cometidos de ambos os lados, mas os aliados lutavam sempre com a expectativa de dobrar seus recursos, com a chegada dos prussianos, enquanto Napoleão lutava sob a pressão de vencer rapidamente o primeiro inimigo, para poder dispor de recursos contra o segundo, que certamente chegaria por sua retaguarda.
Napoleão não venceu a primeira batalha a tempo, o que levou a medidas desesperadas e infundadas, que destruíram rapidamente seu poder bélico e seu exército.
Por fim, a derrota de Napoleão ocasionou o seu ostracismo.
O Duque teve a grandeza de não apoiar a execução de seu oponente, contudo, o tempo mostrou que isso foi mais em função de não macular a sua vitória, do que um gesto nobre em relação ao rival. Isso porque, com o passar do tempo, os esforços do Duque foram para que somente seu nome prevalecesse como líder supremo de uma batalha épica, sem dividir os louros com os prussianos por exemplo.
Adiante, a derrota fez com que os próprios franceses apoiassem o ostracismo de Napoleão, de modo que o seu ciclo finalizou-se de modo solitário e desprovido de grandeza.
Os relatos do autor apresentam muitas possibilidades e perspectivas, sendo rico em alternativas a respeito do conflito, mas se mostrando-se parcial e patriótico, o que, para mim, colocou um pena nuvem sobre até que ponto os seus relatos não foram contagiados por seu amor a sua Pátria.
De qualquer maneira, um livro de Bernard Cornwell é sempre um bom livro!
Boa leitura!
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Lucas 20/04/2022

A queda de Napoleão
Leitura que evidencia em detalhes a batalha de waterloo, separando por ordem cronológica todos os momentos mais importantes. A leitura foi muito emocionante, parecendo um livro de fantasia em certos capítulos e por isso foi uma leitura muito fluída.
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Anna 01/05/2020

Visão completa da batalha
Bom livro para quem quer se aprofundar na história da batalha de Waterloo que marcou a queda de Napoleão em meio aos exércitos inglês e prussiano.
O livro é interessante e teoricamente rápido de ler, apenas me confundi um pouco com o tema dos corpos e batalhões, porque são muitos então tem que manter um caderninho do lado se você quer aproveitar o máximo do livro.
É um livro para fãs de guerras e que gosta desse tipo de descrição, não fica apenas na história em si, mas explica detalhes de armamento e formação de batalha.
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Estefania 01/10/2021

Que livro bom! Meu primeiro livro a respeito da batalha de Waterloo e estou impressionada com a riqueza de detalhes dessa guerra tão sangrenta e avassaladora. Havia momentos da leitura que senti aflição como se estivesse estado de verdade no campo de batalha, junto com aqueles homens. Pude sentir o temor de alguns e o desespero de outros nessa luta brutal.
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