Mutações

Mutações Liv Ullmann




Resenhas - Mutações


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lucas 27/03/2024

Liv expressa suas vivências com delícias e clarezas. É gostoso acompanhar cada detalhe descrito e vivenciado por ela. Me senti completamente envolvido em seus sentimentos, dores, amores, representações, infortúnios e muito mais do que minha razão pode compreender como tal.
Ela é uma mulher interessante, extremamente interessante, ao ponto de despertar uma percepção de que na realidade, ela só é ela mesma - com máscaras e sem máscaras, evidênciando cada lado e reconhecendo sua condição - e traz consigo suas dúvidas, incertezas e inseguranças. Liv é uma mulher incrível, com grandeza na sua humildade e muito pequena na sua vaidade. Me apaixonei na página 3 e segui apaixonado até o fim do livro.
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duca nascente 11/10/2023

Não tenho palavras para descrever o quão bonito é este livro, a Liv escreve de forma triste, poética e profunda principalmente no capítulo "Na Ilha".
sem dúvidas o melhor livro que já li
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livrosmortificados 29/03/2023

TE AMO LIV!!!!!
memorias, pensamentos e fragmentos nao lineares, externamente poeticos e reflexivos.
Nao quero fazer um resenha muito critica, ate porque esse livro é quase que como um diario, me senti acolhida lendo ele, e mesmo sendo um livro "leve" Liv consegue abordar diversos temas importantes aqui como maternidade, feminismo, morte e etc

"O que é mutação?
Algo que acontece dentro de mim?
Ou algo que experimento em outras pessoas?
Talvez seja um impulso consciente ainda mais forte e, sendo assim, para onde conduz?
Para que estou me esforçando?
Para me tornar o melhor ser humano possível?
Ou a melhor artista?
O que realmente desejo fazer com aquilo que alcancei?
O que farei com a mutação?
Talvez não seja tão importante saber. Talvez não seja tão importante chegar."
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Ronaldo Thomé 12/02/2023

"Este Pássaro Voou"
Uau! Primeira (e muito boa) leitura de fevereiro!

Enquanto lia esta obra, o que me veio à mente é a bela letra de Norwegian Wood (This Bird has Flown), dos Beatles. Em parte, por se tratar um livro de memórias da bela e talentosa Liv Ullmann, norueguesa nascida no Japão e que se tornou uma atriz famosa no mundo todo.

Mas, principalmente, por oferecer algo muito interessante: Ullmann nos oferece uma narrativa que não é exatamente linear. Não é uma autobiografia, e sim uma obra em que memórias são apresentadas de forma meio aleatória, de acordo com um fio narrativo que a autora desenvolve, dependendo de qual assunto quer comentar conosco.

Por exemplo: no primeiro capítulo, "Noruega", ela inicia pinçando momentos do presente com passagens chave de sua vida (aqueles momentos em que tudo mudou para ela, como numa epifania ou nas suas decepções). Dessa forma, a obra vai se tornando dinâmica e interessante.

Aqui, ela expõe vários casos e vivências de maneira crua, porém honesta e, muitas vezes, poética: a relação com a filha, Linn, o casamento com Ingmar Bergman (o genial cineasta que também foi bastante abusivo, porém perseguido pela tristeza e solidão). A forma como via a fama e a falsidade de Hollywood, a imprensa...

É um trabalho agradável, interessante e honesto, embora tenha se tornado um pouco repetitivo ao final (talvez pudesse ser um pouco mais curto). Entretanto, é inegável que Liv era talentosíssima com escritora também - e é sempre prazeroso ler alguém com tanto assunto (e boas histórias por contar)!

Indicado para: entender a mulher por trás do mito, e também o mito de toda mulher. De fato, Liv se esquiva de todas as tentativas de decifrar sua alma, ao mesmo tempo que se expõe. Como diz a canção: "quando acordei/Eu estava sozinho/este pássaro voou"...

Nota: 9,5 de 10.

Dica: ouça isto lendo - https://youtu.be/sXfRGpTXTbM
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underlou 10/07/2021

Faces de uma Persona
"Sou uma mulher - uma mulher sozinha, dedicada à sua carreira, com uma filha."

Liv Ullman relata, já nas páginas finais, que a ideia de um livro de memórias germinou nos bastidores do filme "Face a Face" (1976) enquanto ela, o diretor do filme e parte do elenco divagavam sobre a morte. No final daquele ano, publicou "Mutações".

Este livro não é apenas um manual para jovens atrizes, tampouco apenas um relato da relação com Ingmar Bergman, como muitos esperam ou vendem. É um livro de memórias cruas, objetivas, às vezes desconcertantes, de uma mulher honesta consigo mesmo que, àquela altura, sentia o peso da idade a consumi-la. Em várias passagens, nota-se a estranheza e melancolia estampada em sua face, como se estivéssemos diante de uma imagem em movimento.

Liv esboça com ternura passagens de sua infância remota, muito para traçar paralelos com a criação de sua filha Lin (a quem aliás dedica o livro), ao mesmo tempo em que, inevitavelmente, busca esclarecer para si as consequências de sua relação com Bergman. Pelo modo como a atriz traz à tona alguns temas, sua escrita se assemelha muito a um diário, tanto que assume esse gênero nos capítulos finais, com o qual ela tenta catalizar seus sentimentos, o que considero ótimo, pois me parece ser sempre a finalidade primeira da escrita.

Por fim, se é que seja possível indicar um trecho que sintetize o teor deste livro, eu me direcionaria para a página 22 (edição da Círculo de Livros) na qual a autora justifica sua condição de mulher, de ser humano. Gosto da ideia impressa de que todos nós passamos por mutações ao longo da vida, o que parece de imediato até óbvio demais, mas é algo que deixamos escapar em meio às tribulações e às pequenas glórias de nossas jornadas. Uma mutação é, segundo a atriz, parte de nossa responsabilidade enquanto seres vivos de nos mantermos atentos às transformações intrísecas a nossa natureza. É enfim um contínuo processo de autocompreensão. Assim, se é esse tipo de aprendizagem que se espera deste livro, é afinal o que se tem.
Qlucas 10/07/2021minha estante
Parabéns, você avisou que é ela.




Marcela.Grünewald 26/05/2020

Honesto e sensível
Um livro extremamente honesto e sensível, em que uma mulher, atriz, mãe e amante se conhece um pouco mais a cada metamorfose. Mutações é a leitura perfeita a todos os "misfits" e existencialistas por aí.
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Adriana Scarpin 10/01/2019

Qualquer pessoa que tenha um mínimo conhecimento sobre cinema sabe que Liv Ullmann é uma das grandes atrizes de sua história e esse livro (que ela escreveu quando tinha por volta quarenta anos) nos faz o favor de nos mostrar além de pequenos relances de sua vida pessoal, mas também um fabuloso diário de filmagens de Face a Face do Bergman, que por acaso considero sua melhor interpretação, muito embora ela tivesse atuado em melhores filmes de Bergman.
Além da vida com a filha, seu período em Hollywood, suas viagens pelo mundo, a estranhíssima proximidade com Henry Kissinger (!!!), nós ainda temos a certeza do que já havia ficado claro em Lanterna Mágica: que o Bergman era um macho chato do caralho. Ullman fala de tudo isso com muita destreza e maturidade, além de mostrar o quanto técnica e intuição moldaram suas sempre excelentes interpretações.
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Hel 24/03/2017

Surpreendeu-me
Como outros livros que resenhei aqui (Teje Preso, Os Olhos da Treva), eu conhecia essa capa dramática da infância, quando minha família recebia catálogos da Círculo do Livro, num tempo em que só podia especular o que havia por trás de cada capa mostrada.
Peguei sem muitas expectativas... e o meu queixo caiu.

Não vou dizer que é incrível, fenomenal, mas é um relato das impressões sensitivas da atriz Liv Ullman sobre passagens de sua vida, desde a infância, quando foi obrigada a abandonar os EUA por ocasião da morte do pai, até sua vida como atriz e seu envolvimento com Ingmar Bergman - que, cá entre nós me pareceu um abusado.

O que mais me chamou a atenção foi a atualidade dos seus comentários em relação ao seu problema de conciliar maternidade com trabalho e a culpa vinda disso, instilada pelas pessoas (babá, vizinhos, parentes), que acham que uma mãe tem que ficar colada ao filho quarenta e oito horas por dia e não pensar em mais nada. Identifiquei-me principalmente porque minha mãe passou por situação semelhante quando eu era pequena e ela estava na faculdade... e o mais impressionante é que esse modo medieval de pensar continua atual.
Tem um capítulo em que Liv descreve a dificuldade para escrever esse livro (provavelmente foi por isso que não escreveu outros, o que é uma pena), porque era o tempo inteiro interrompida pela filhinha, pela babá, por telefonemas de fãs, agentes, amigos, visitas da mãe, e ninguém parece - ou melhor, ninguém QUER entender que ela precisa de um tempo para si mesma! Ela tem que se refugiar no porão para poder escrever, mas sente vergonha de ligar o som, porque se outros ouvirem música vão achar que Liv está se divertindo. E conclui com ironia: "Talvez me respeitassem se eu fizesse pilhas de panquecas, pão e arrumasse as camas todo dia". Com minha mãe e eu, que trabalhamos em casa: acontece a mesmíssima coisa. Resumindo: dos anos 50 pra cá, pouca coisa mudou.
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Augusto 23/11/2016

Mutações
O que é mutação?
Algo que acontece dentro de mim? Ou algo que experimento em outras pessoas?
Talvez seja um impulso consciente ainda mais forte e, sendo assim, para onde conduz?
Para que estou me esforçando?
Para me tornar o melhor ser humano possível? Ou a melhor artista?
O que realmente desejo fazer com aquilo que alcancei?
O que farei com a mutação?
Talvez não seja tão importante saber.
Talvez não seja tão importante chegar.
(p. 186)
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C r i s 25/03/2016

Confesso que os relatos da Liv nesse livro ás vezes me deixavam pensando por horas durante o dia sobre essa capacidade do ser humano de se conectar com o que há no seu entorno como expressão das tentativas de se conectar mais profundamente com o que há dentro de si mesmo. Tem que ter sensibilidade para compreender no outro certas particularidades dessa "inteligência emocional" porque denota mais SENTIR do que conceituar. Imagine que encontrei esse livro em uma feirinha de livros numa caixa de madeira jogado com tantos outros livros e paguei apenas R$1 real para ler o diário tão pessoal de uma mulher - que eu já conhecia pelos filmes do Ingmar Bergman - que se comunica pelos olhos tentando expor sua alma em busca da compreensão que uma outra pessoa possa ter disso que é SER humano e carregar por debaixo da pele um sofrimento mudo, que se deve a essa sensibilidade feminina tão especial e incompreendida. Particularmente, e eu falo isso como leitora e cinéfila, isso que a Liv escreveu (veja como ela nos tornou íntimos com sua escrita tão sincera e explícita) de que com os closes principalmente, ela tenta transmitir através da lente da câmera o que ela sente no fundo de sua alma para quem está vendo ela do outro lado da tela, eu consegui captar muito melhor essa essência com a escrita. Então, não só ela é uma excelente atriz, como se mostrou uma escritora convincente. Liv Ullman é uma artista dotada de um talento de expressão que vai além da sensibilidade.
Nádia C. 25/03/2016minha estante
Lindo




Deco 12/09/2015

As atrizes, estas atrizes
Confesso que tinha uma expectativa maior sobre o relato da atriz. A expectativa? De que falasse mais do seu ofício. Fiquei obviamente frustrado porque fala de si de modo autocentrado e são poucas as páginas dedicadas ao ofício. Valor histórico talvez.
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Dose Literária 05/03/2013

Ela encanta sem causar enfado
Neste livro, pessoalíssimo, Liv Ullmann, uma atriz mundialmente famosa e admirada escreve, com total e tocante honestidade, a respeito de si própria – a respeito de ser atriz, mulher e mãe.
A Liv que nesta obra conheci, é a mulher complexa, irrequieta, para a qual tenho sido atraída também para os filmes que ela fez com Ingmar Bergman, desde Persona até Cenas de um Casamento e Face a Face.
Ela permite que entremos em seu mundo e em seus sentimentos, vendo-a em momentos cruciais de sua vida, expondo seus pensamentos e emoções.
Ela se abre completamente quando escreve como é trabalhar com Bergman, ou viver com ele, ou viajar com ele. Enfim, ela nos fala a respeito de seu gênio monumental e de suas idiossincrasias.
Liv nos deixa sentir o fluxo quase torrencial de seus próprios sentimentos pela jovem filha Linn – sua culpa por estar longe dela com tanta frequência; sua alegria por estarem juntas, coisa que, digo com firmeza, só quem é mãe para compreender e ser cúmplice dessas sensações tão profundas.
Ela conta a respeito de seu primeiro amor, do marido que ela abandonou, da família de onde veio, das pessoas em que ela confia... diversas foram as identificações.

Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/03/mutacoes.html
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Bruna 26/01/2013

Intimo
Liv eh extremamente sincera neste livro. Ela conta de seus dias, pensamentos e da sua vida. Eh intenso e lindo. Realmente inspirador. Da para compreender um pouco da sua historia e de seus conflitos. Uma leitura muito digna. Amei.
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