Sonhos em tempo de guerra

Sonhos em tempo de guerra Ngugi wa Thiong'o




Resenhas - Sonhos em tempo de guerra


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Letuza 08/09/2020

Uma viagem para o Quênia
Ng?g? wa Thiong'o nasceu em 1938 no Quênia e é professor universitário, dramaturgo e escritor. No livro Sonhos em tempos de guerra, ele conta um pouco de infância, seu desejo de aprender, suas aventuras com os irmãos, as relações com a família e suas impressões sobre a guerrilha que tomou conta do país na década de 1950.
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Ng?g? wa Thiong'o é o quinto filho da terceira esposa do pai. Sua infância foi vivida em uma propriedade dividida entre as quatro esposas de seu pai. A vida era dura, mas equilibrada. O pai, pouco participou de sua educação. Seu maior desejo era estudar e vestir o uniforme. Quando sua mãe proporciona a oportunidade de estudar, ele, cheio de orgulho, se dedica ao máximo. Sua mãe, muito sábia, sempre pergunta: ?Você fez o melhor que poderia fazer??
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Estudando Ng?g? começa a entender o mundo, seu país, que era colônia do Reino Unido. Começa a questionar o ensino apenas técnico, para que os colonos não pensassem, só executassem. Começa a questionar a doutrinação religiosa, imposta pelos colonizadores ?caridosos?. Ele percebe que estudar, ler e escrever lhe dava poder, lhe dava chance de lutar por um mundo melhor. Ele passa a acompanhar a situação política e econômica do país, mergulhado na guerrilha. Mortes, desaparecimentos, censuras começam a fazer parte do seu mundo. Seus ?heróis? mudam e passam a ser os revolucionários, aqueles que lutavam pela independência e pela liberdade do seu querido Quênia.
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Esse é um livro que mostra a importância da educação e do pensamento. Mostra como a educação pode transformar o mundo e como a vontade de aprender supera todas as dificuldades.
?- Me promete que não vai me envergonhar se recusando algum dia a ir à escola por causa da fome e de outras dificuldades?
- Sim! Sim!
Eu teria prometido qualquer coisa naquele momento.?
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Camila 15/08/2020

Emoção em todas as linhas
Meu primeiro livro de Ngugi e que me faz querer conhecer todos os seus outros. Do inicio até a metade do livro pude perceber as histórias variando, como pequenos e imensos contos de diferentes fases que faz entrar na dinâmica do livro e se emocionar muito. Da metade pro final, comecei a perceber que Ngugi estava aos poucos, enquanto a história ia em uma trajetória linear, se despedindo. Senti que o final do livro estava perto, ainda que faltasse metade, escrevo isso pra dizer que é um livro em que nenhuma página traz tédio, ou monotonia. Pelo contrário, no fim de cada capítulo, queria que as páginas pudessem se multiplicar.

Como ouvir histórias contadas por alguém, por seus familiares, ou por amigos, ou histórias que escuta em algum lugar? Como ouvir de verdade? Sem querer saber com precisão, mas captar a essência, os sentimentos expressados e deixados ali. O autor não traz essa reflexão expressa, mas é a primeira e principal coisa que me marca nesse livro.
Então tem as vivências e sonhos contextualizados em uma realidade diferente das que conheço, que trazem fatos históricos, hábitos, palavras e ideias novas e interessantes. Tem a energia de uma comunidade, os sentimentos de uma família expansiva, os sentimentos que são, em sua maioria, apenas sentidos, vistos, admirados, expressos, são percebidos por Ngugi, em seus diferentes momentos e idades, e espelhados no livro.
Tem a infância que me trouxe saudade e me fez emocionar em todas as páginas. Mais que tudo, tem muita sabedoria e força de viver e de sonhar.
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Josue.Fagundes 04/08/2020

Sonhos em tempo de guerra
Fazia um tempo que queria ler esse livro, e na última festa do livro da USP 2019 adquiri, cheio de expectativas. Consegui ler só agora, e mais um livro africano espetacular termino. Que livro foda. Se vc gostou de Thiong?o, recomendo ler Chinua Achebe tbm.
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Mari 02/08/2020

memórias de infância
É um livro de memórias que conta a busca obstinada de uma criança por educação.
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Maria 26/05/2020

Que livro visceral! Super indicado para expandir horizontes. Acredito que nunca tinha lido um livro queniano e as reflexões que o autor faz sobre as instabilidades políticas do Quênia, sobre essa luta anticolonial é muito interessante para entender melhor o país, além de que não é só reflexivo, ele cita muitas datas e acontecimentos importantes para o país que não temos acesso na nossa educação eurocêntrica. É bonito demais a forma como a educação mudou a vida do autor, inspirando a nós, leitores, a também querermos sempre fazer o melhor que pudermos.
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Romulo 28/04/2020

Muito bom
Livro gostoso de ler. Excelente ambientação do Quênia! Leitura que passa rápido e vale muito a pena!
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Sonhos em tempo de guerra, de Ngugi Wa Thiong’o – Nota 9/10
Apesar de ser considerado um dos principais nomes da literatura africana contemporânea, nunca tinha lido nenhuma obra do autor. Resolvi começar por seu livro de memórias, especificamente memórias da sua infância e juventude.

Thiong’o nasceu em uma região rural do Quênia, na década de 40, e foi criado com base nos costumes e tradições das gerações antepassadas. Sua mãe, uma figura extremamente presente ao longo da vida do autor, era a terceira das quatro esposas de seu pai.

E é a partir da visão de uma criança nascida em uma família poligâmica no interior do Quênia que o leitor acompanha as mudanças que o colonialismo traz na vida de Thiong’o e dos que estão à sua volta. É um contraste, percebido em pequenos detalhes, entre os costumes da população local e o “novo” conceito de civilização trazido pela colonização britânica. Essas mudanças impostas pelos colonizadores vão ser percebidas dentro da própria casa, nas escolas, no idioma falado, na religião, nos jornais e em diversos aspectos da vida cotidiana.
A história do Quênia no período colonial e dos movimentos de resistência que surgiram em busca da independência está dissolvida de forma sutil ao longo de toda a obra. É um daqueles livros em que se aprende sem nem mesmo perceber!

Além de relatar suas memórias de forma envolvente, o autor conseguiu transmitir ao leitor de forma muito real o processo de perda de identidade do povo colonizado. É o sentimento de não pertencer a uma cultura, de perder as terras em que vive e, como mencionado pelo próprio Thiong’o, de se sentir como um “forasteiro” em seu próprio país. “Sonhos em tempo de guerra” é um relato autobiográfico inspirador e que ensina muito ao leitor não só sobre fatos históricos, mas também sobre a resiliência e determinação do ser humano. .

“A crença em si mesmo é mais importante do que intermináveis temores acerca do que os outros pensam de você. Valorize-se, e os outros irão valorizá-lo. A melhor legitimação é a que vem de dentro.”

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Eder Ribeiro 18/02/2020

O livro de memória, Sonhos em Tempo de Guerra do escritor queniano Ng?g? wa Thiong'o é ambientado entre a primeira e segunda guerra mundial e relata o núcleo familiar, o sistema educacional e a transição de sua  infância para a sua adolescência. Um fato interessante é que a fonte que o autor bebeu para mais tarde se torna escritor veio da tradição oral inserida na cultura queniana da época. O livro vale pela bagagem cultural da época, as tradições queniana e a leveza da escrita do autor. 
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Camis 29/01/2019

Sonhos em Tempo de Guerra
Livro que envolve e emociona o leitor a cada página lida. Uma forma delicada de se tratar assuntos tão complexos como colonização, independência e cultura. Vale a pena a leitura para saber o quão difícil é conseguir estudar e lidar com a rejeição em alguns países e ainda sob as ameaças de guerra.
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Mark 15/01/2019

“Talvez sejam os mitos, tanto quanto os fatos, que mantenham os sonhos vivos mesmo em tempos de guerra.”
Sonhos em Tempo de Guerra, do premiado escritor queniano, que nasceu no fim da década de 30, em um dos piores cenários políticos do Quênia, país que foi comandado pelo Império Britânico de 1920 a 1963.
Memórias da infância de Thiong’o, em sua grande família, formada por seu pai e suas quatro esposas e seus 24 filhos, narradas por aquele que as vivenciou no que deveria ser o melhor período de sua vida, o queniano Ngũgĩ wa Thiong’o. Dificuldades, fome, vitórias, perdas, alegrias, tristezas, guerra, uma reunião de lembranças da infância onde o principal cenário em suas narrativas está no campo, e, acerca das dificuldades em sobreviver dessa forma, pois no Quênia, o plantar e o colher não estava mais nas mãos dos quenianos e sim dos brancos.
Surge a descoberta do amor pelas palavras, que começa pelo simples ato de contar e ouvir histórias, onde muitas vezes era uma forma de esquecer a fome, uma fuga de sua realidade. Veremos sua determinação em busca do conhecimento, mesmo com todas as dificuldades, pois frequentar a escola com o apoio de sua mãe e irmãos, o que inclui fome e longas caminhadas até a sala de aula, e não foram motivos para que o escritor desistisse de aprender a ler e escrever em inglês e no seu idioma nativo, o gĩkũyũ.
Um livro que demonstra que apesar dos inúmeros obstáculos que a vida insiste em nós impor, para desistirmos de nossos objetivos, mesmo assim, podemos transmutar em perseverança para lutarmos cada vez mais por nossos sonhos, mesmo que em tempos de guerra.
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Señorita Li 06/01/2019

Uma história de superação
É o segundo autor africano que leio e achei maravilhoso.
O retrato de uma sociedade e forma de vida tão diferentes mas escrito de uma forma leve e cativante que resulta muito fácil de se relacionar com a história.
O autor consegue contar com leveza uma parte tão cruel da história do Quênia. Mediante suas lembranças de criança vai contando das suas dificuldades em ir e se manter na escola, nas diferenças sociais, na colonização inglesa, nas lutas e resistência do povo africano.
Livro lindo de se ler que traz uma mensagem de superação ante as dificuldades da vida.
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maria @mariandonoslivros 21/08/2018

Memórias que serão eternas.
Um dos livros biográficos mais bacanas que li nos últimos tempos. Ngũgĩ wa Thiong'o é a luz. Um dos grandes nomes da literatura africana contemporânea, Ngũgĩ nos leva a uma viagem pela sua infância e adolescência em meio a região rural do Quênia, durante a ocupação britânica. Acompanhamos, como expectadores abertos e sedentos, a caminhada na qual o autor atravessou e se reergueu como uma fênix.

A guerra é um dos panos de fundo que fazem deste livro um dos mais pessoais e imersivos que já pude ler. A forma como somos colocados para acompanhar a colonizada Quênia aos olhos de Ngũgĩ, é cruel e desesperadora. Além disso, a forma como são introduzidos as lutas diárias pela voz e a liberdade do povo africano em meio a um amor pelas palavras cultivadas com tanto fascínio, nos fazem ter uma noção ainda maior da força e determinação deste jovem que hoje, se torna uma inspiração para todos nós.

“A crença em si mesmo é mais importante do que intermináveis temores acerca do que os outros pensam de você. Valorize-se, e os outros irão valorizá-lo. A melhor legitimação é a que vem de dentro.”

Um livro que nos faz firmar a crença na força da educação e nos traz ensinamentos valiosos.
Beijos de luz, Maria ノ゚ο゚)ノミ★゜*。・+☆
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Leituras do Sam 31/07/2018

Li com alegria essa biografia romanceada.
Foi muito interessante perceber como o autor atribui sua carreira como escritor, a toda a comunidade onde cresceu.
Emocionante, bem escrito e interessante, o livro me despertou a vontade de ler outros livros do autor.

@leiturasdosamm
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Ferreirinha 30/06/2017

Emocionante
Nessa história o autor descreve detalhes de sua vida até a chegada ao Ensino Médio. O menino que quando sua mãe resolve abandonar seu pai é rejeitado pelo mesmo e precisa se readaptar a uma rotina de vida longe dos irmãos dos outros casamentos do pai. Passa por períodos difíceis de guerra mas mantem firme o acordo feito com sua mãe: nunca desistir dos estudos.
Com um final emocionante e tão dramático quanto todo o livro, aqui o autor mostra que toda e qualquer dificuldade pode ser ultrapassada quando se tem um sonho.
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Lucas Cotô 31/07/2015

Ngugi Fascinante
Conhecer sobre a África e qualquer canto dela é como conhecer um pouco mais sobre nós (brasileiros). Apesar das diferenças, há milhares de semelhanças.

Ngugi retrata o Quênia de sua infância, meados de 1940 até 1960, de forma singela e contundente, mostrando como uma criança via e compreendia tudo o que ocorria ao seu redor.

O Quênia neste período sofreu diversas modificações graças ao domínio colonial que ocorreu em 1920, feita pelos britânicos. Essa invasão trás diversas modificações, não somente políticas como também culturais, interferindo diretamente na infância de Ngugi.
A primeira interferência vem da apropriação que os britânicos fizeram da terra, deixando somente um pequeno espaço para sua família que mal dá para a subsistência. Sendo assim, necessitaram trabalhar para sustentar a casa. Há outras modificações como a introdução de uma nova língua (o inglês) e a criação de escolas religiosas.

O livro vai retratando como é sentida essas transformações na vida e no cotidiano de Ngugi que intensifica-se a partir do momento em que ele sela um pacto com sua mãe.
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