Yuxin

Yuxin Ana Miranda




Resenhas - Yuxin


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Wes Costa 12/11/2018

Resenha: Yuxin: Alma
Estrelas: 5/5

A história de como eu achei esse livro é um tanto quanto engraçado. Eu estava na casa dos meus pais vasculhando meu antigo guarda roupa e assim, meio que por ?acidente?, eu achei ele. No começo eu achei que não iria conseguir ler, e se conseguisse ele não chegaria nem a três estrelas. Tudo isso porque a sinopse não é muito chamativa e é um livro que se distancia muito da minha ?zona de conforto literária?, mas eu fui a cara e coragem e me arrisquei. Confesso que hoje eu me sinto arrependido por não ter lido antes esse livro que agora eu considero o melhor livro que eu já li esse ano. Vocês não tem noção em como a escrita da autora é fiel a linguagem indígena ( o que pode complicar um pouco a leitura). A forma como ela escreve, cada palavra, cada detalhe dos lugares, do ambiente em que a personagem vive e as emoções que são sentidas pela personagem transpassam as folhas e voam direto para o nosso coração. É algo esplêndido, maravilhoso!
Ana Miranda me tirou da zona de conforto e me levou até 1919 para uma tribo indígena, onde eu me encontrei com Yarina (nossa protagonista). Fui apresentado às angústias que ela passa por seu marido ter sumido da tribo sem dar satisfação. Yarina se mostra saudosa o livro inteiro, sempre na lembrança de seu marido. Muitas das vezes ela cria teorias de o que possa ter acontecido com sua marido, se ele está morto, se está perdido mata a dentro, se foi sequestrado por portugueses.

O livro te surpreende e te prende do início ao fim mostrando uma realidade totalmente diferente da nossa e uma cultura também. O livro é bastante rico em detalhes como eu já havia citado, Ana Miranda fez um ótimo trabalho ao escrever esse livro. As emoções e os detalhes que ela passa em sua escrita se tornam quase palpáveis. Este livro é digno de se tornar um clássico, se ele já não for.
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Senhora D. 07/01/2010

Em Yuxin, alma, romance épico de Ana Miranda, ocorre talvez uma das mais profundas visitas à brasilidade: o tema é a língua brasileira, o povo indígena, a diferença do metodismo da língua portuguesa de Portugal. As características da língua indígena “pura” orientam o texto e é possível perceber a influência dela na nossa língua atual. A principal diferença é a característica pós-modernista em não propor a discussão de um princípio através da literatura. A leitura flui do abstrato para o concreto (longe/desposar/guerrear), e explora a essência do índio e sua relação com a natureza. O livro parte pelo apelo visual e sonoro dos espaços de resistência criados e já existentes na cultura brasileira contemporânea.
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Hélio Rosa 13/03/2010minha estante
Gosto do estilo da Ana, li o Boca do Inferno e A última Quimera, mas não conhecia este; vou inclui-lo imediatamente à lista dos desejados e das próximas leituras, obrigado pela resena!




Cristina117 18/09/2009

Afogamento
“Yuxin” chega a ser bastante poético. Lendo durante uma viagem, cheguei a ficar hipnotizada com a linguagem da indiazinha que espera o marido voltar. Mas Ana Miranda exagera. Como escreveu a professora Beatriz Resende: “Ana Miranda constrói, no correr do livro, uma linguagem própria, criada a partir da língua dos kaxinawas, com seu rico repertório, neologismo, arcaísmos, sonoridades inventadas em harmonia com o que foi ouvido. É nessas possibilidades altamente simbólicas que está o poder de sedução do livro. O uso desse poder encantatório, no entanto, é excessivo, e as repetições que vão aparecendo como infindáveis levam a um esgotamento do fôlego do leitor, que, como num afogamento, precisa, vitalmente, liberar-se daquele mergulho.”
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