Eles Não Usam Black-Tie

Eles Não Usam Black-Tie Gianfrancesco Guarnieri




Resenhas - Eles Não Usam Black-tie


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ana.romagnoli 01/07/2021

Conflito reflexivo
?Eles não usam black-tie?, de Gianfrancesco Guarnieri, é uma obra do gênero dramático, escrita e montada no ano de 1958, tempo em que a peça é ambientada em um contexto de uma favela carioca. A título de curiosidade, o nome advém da música ?Nóis não usa ao bleque-tais?, do cantor Adoniran Barbosa.
A temática gira em torno do conflito ideológico entre pai e filho a respeito do movimento operário da década de 50 no Brasil. Dessa forma, no livro, é possível notar o abismo social entre os donos do meio de produção e os proletários, os quais, em sua maioria, buscavam melhores condições de trabalho ao realizarem greves. A partir de tal contextualização, a relação entre Otávio, pai, e Tião, seu filho, demonstra os conflitos de uma classe, a qual encontra dificuldades para um entendimento e a consequente união em busca de melhorias concretas.
Otávio é um idealista e um dos líderes do movimento grevista, um verdadeiro revolucionário que vai à luta pelo o que defende, visando os interesses sociais. Em virtude das prisões de Otávio, dada às greves, Tião foi criado na cidade pelos padrinhos, longe da favela e das lutas diárias da classe desfavorecida. Sendo assim, o rapaz considera a greve ineficaz, visto que as desigualdades ainda persistem. Além disso, estava prestes a se tornar pai devido à gravidez da noiva, Maria, a qual tinha muito orgulho e amor pela favela, ao contrário de Tião, que tinha muito medo de ser pobre. Portanto, entende-se que os interesses e objetivos do jovem são pessoais, ou seja, está mais preocupado com o futuro do que com a luta por melhores salários e condições trabalhistas.
Com o desenrolar da trama, o desentendimento ideológico ganha maiores proporções levando a situações complexas e marcantes e a um final expressivo, provocando inúmeras reflexões. Ademais, por tratar-se de uma peça, a leitura é muito dinâmica, rápida e envolvente e apresenta uma linguagem informal, representando os personagens humildes. Desse modo, a leitura torna-se muito mais proveitosa e interessante, além de que mostra um tema que, pela primeira vez no Brasil, havia ganhado destaque no mundo teatral.
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Marina 26/06/2021

Interessante
O livro/peça trata das relações familiares de uma família operária no Brasil no contexto de uma greve.

A discussão acerca da adesão ou não à greve e a disputa entre Tião e seu pai Otávio são interessantes. Percebemos, dentre outras coisas, como, ironicamente, as graduais melhorias de vida que Tião obteve a partir da luta do pai o fizeram ter planos e objetivos mais individualistas (comprar uma casa para viver com sua mulher e filho e viajar).

Ele fica contente em se beneficiar do aumento salarial conquistado pela greve, mas não pretende se arriscar para lutar por esse. O que Otávio enxerga como resultado de anos de luta e conquistas, Tião percebe como uma benesse que ele não quer arriscar perder. Tião morre de medo de ser pobre, de viver como os pais.

Em meio a isso, observamos as relações familiares e os acontecimentos que envolvem a família. A mãe, D. Romana, trabalha sem parar e cuida sempre da família, ela é o elo entre todos e tem algumas das falas mais bonitas, o irmão mais novo, Chiquinho, é adolescente e meio sonso, a Tereza por quem ele é apaixonado, a Maria que casa com Tião, e o amigo Jesuíno, que, ao contrário de Tião, quer furar a greve não por convicção, mas por pura malandragem. Esses últimos constituem principalmente o alívio cômico da peça.
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Castro 20/06/2021

Peça ótima que continua muito atual! Destaca as indagações da classe operária entre ?deixar a sua própria classe e subir na vida, ou lutar por melhorias para o seu próprio povo se arriscando?. O autor foi genial na construção de cada personagem. Com certeza a D. Romana é a minha favorita justamente pelo seu cateter forte em relação a enxergar a vida como ela é.
Recomendo muito a leitura!
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Camily.Cristini 17/06/2021

Reflexivo
Um ótima leitura! A escrita é fluida e rápida, quando você se da conta já acabou o livro, principalmente por causa dos personagens cativantes que em cada ato ganham seu coração. Esse livro aborda a greve dos operários da fábrica e a diferença de ideias sobre ela e suas consequências. Como uma moeda a greve tem dois lados, aqueles que são a favor e aqueles que são contra, mas a questão gira em torno de como as pessoas vão lidar e reagir quando uma opinião ou ação são contrárias aquilo que elas acreditam e apoiam. Nesse texto vemos esse cenário de divergência de ideias e de como as pessoas podem ser cruéis e vingativas quando não vamos de acordo com o que elas pensam, mesmo que o objetivo das mesmas seja promover o melhor para todos e não apenas para si. Infelizmente é um cenário muito presente em nossa realidade e é isso que torna o artigo tão rico, as reflexões que podemos tirar de suas páginas.
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Bianca.Aquino 21/05/2021

Eles não usam Black-tie
Não foi a melhor coisa do mundo, mas gostei o assunto do livro é interessante, mas o final é meio... Sem acabar, achei que faltava alguma coisa nesse final!
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Girassor 29/04/2021

Interessante!
É uma leitura muito simples e rápida. Traz uma reflexão sobre os trabalhadores e moradores da favela. O sonho de todos era sair do morro, mas só ficava no sonho, porque a realidade não deixava. E sobre os transtornos das greves, a luta pelos direitos trabalhistas, mas o medo de enfrentar o que não sabe que vai resultar.
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Bia 25/03/2021

Bom!
Li para o vestibular. É uma história rápida, curta e leve, atende o propósito dela
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Marcelo 21/03/2021

Vi o filme e cheguei ao livro. Apesar de preferir o filme , o livro mostra q o tempo passou, mas pouco mudou !
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jheniverso 13/03/2021

O livro é curto e bem rápido, fácil de ler e com linguagem simples. Aborda temas interessantes e repletos de discussões importantes!
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Gabisweet 28/02/2021

Livro curto, bem rápido de ler. Mostra a realidade da classe operária dos anos 70
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Rafael Oliveira 02/02/2021

FINAL DE LEITURA
Cara que livro fodástico... li ele com tanta vontade, com tanto ânimo que nem vi os números das páginas aumentando, quando terminou levei até um susto rsrs
Que história rica! Parecia que podia sentir o ambiente do morro, os risos e lágrimas dos personagens
Uma pena não saber o final de tudo isso, se o Otávio perdeu o emprego posteriormente, se o Tião foi embora, se voltou depois para junto da sua família, o otavinho também
Romana é uma mulher porreta, forte!!!
Recomendo este livro
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Gah Hy 20/01/2021

Uma análise da realidade brasileira
Uma peça simples e fácil de compreensão nos mostra a realidade de muitos brasileiros, que é desconhecida ou ignorada por muitos. O livro trata sobre Tião e como suas escolhas infligem em sua vida, a partir de uma série de embates como o desejo coletivo e individual, a favela e a cidade. Acabei lendo mais por obrigação, mas essa leitura rapidinha foi até uma boa experiência.
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Rocier 13/12/2020

Eu li para o vestibular, então já entrei com uma visão mais atenta, mesmo assim, a peça foi muito bem escrita, e trás importante debate sobre várias questões ainda hoje pertinentes. Recomendo demais
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Geysla 08/12/2020

Black-Tie
Na peça, temos contato com uma família pobre, que mora em um morro no Rio de Janeiro dos anos 50. Existe um contraste entre a visão do mundo dos mais velhos com os mais jovens. Romana e Otávio, os chefes familiares, são mais críticos em relação à vida, enxergam as durezas. Romana não acredita muito numa melhora futura, já Otávio acredita que a melhoria de vida da classe trabalhadora só vira com muita luta, por isso é sindicalista e líder do movimento dos trabalhadores da fábrica onde trabalha.
O filho mais velho, Tião, já não acredita tanto em sindicalismo ou revolta da classe, ele quer mesmo é ser rico, estar do lado dos bacanas. Sua namorada, Maria, apoia os pensamentos do sogro (e acredita que o namorado também).
Os trabalhadores da fábrica (onde Tião também trabalha) decidem fazer uma greve, exigindo melhores condições de trabalho, e contam que todos os trabalhadores apoiem a greve e não se submetam a subornos dos chefes. Tião (que tem um bom motivo para aceitar o dinheiro) se vê dividido entre o seus ideais e os dos outros, entre o seu bem estar e o bem estar coletivo, da classe. A tensão com a futura greve e quem vai aderi-la, além dos acontecimentos cotidianos da vida dessa família no morro criam cenas que nos fazem refletir sobre amor, consciência de classe, relações familiares, papel da mulher e pobreza no Brasil.
* O livro é diferente do filme
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Paloma300 22/10/2020

Leitura rapidinha, muito legal! Estou com expectativas altíssimas para o filme ?
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