Dani 05/03/2022
Simplicidade e harmonia
Eu li quando era adolescente e fiquei encantado com um universo pequeno, antigo e simples de entender. A sensação de liberdade de sair floresta a fora, dormir em acampamentos e se alimentar de frutas ao pé da estrada é como uma boa campanha de RPG que quando adolescente eu não conhecia, só fui descobrir o RPG de mesa já adulto e lembrei no mesmo instante de Deltora. Existem clichês fáceis de deduzir e isso não estraga ou deixa a história enjoativa por ter pontos previsíveis, pelo contrário, a Emily (Jennifer) apresenta os fatos de maneira bem trabalhada o que torna o clichê agradável, não é aquele clichê preguiçoso que está lá pela fórmula de uma história popular. É simples e muito criativo. Os livros são curtos com uma média de 100 páginas e entregam bem o propósito da aventura pela busca das jóias e o medo do mal que é mal só pra existir um vilão, porém, muito mal a ponto de dar um medo que a gente releva esse detalhe. Pra um adolescente ou jovem adulto que gosta de uma aventura fantasiosa, deltora entrega isso de forma agradável. Uma excelente história de entrada pra quem quer começar a ler. Você lê 100 páginas e julga se gostou ou não, no meu caso eu li os 8 de uma vez. Recomendo sem medo pra quem gosta ou não, porque é como um filme que está na transição de ser um filme da sessão da tarde e uma obra digna de homenagem e prêmios. Quero reler e sentir a nostalgia de estar de volta nas terras de Deltora a procura de jóias mágicas em uma aventura perigosa contra guardiões esquisitos e medonhos com a pressão de ter o destino do mundo na cintura.