Marselle Urman 04/12/2012
A marca de uma queimadura de cigarro mostra o quanto as pessoas podem ser tão profundas e tão diversas daquilo que aparentam.
Difícil falar desse livro sem mencionar a história, mas basicamente fala de convenções sociais, de como as pessoas são levadas por elas, e de todos os inúmeros movimentos que ocorrem sob a superfície.
Fala de arrebatamento, de incompreensão e de redenção.
Nos apresenta John Gabriel, personagem absolutamente díspar, assim como a "princesa" Isabella.
Terminei com a sensação de algo que não foi dito, algo que não foi esclarecido. E, se essa foi a intenção de Agatha - o que é perfeitamente possível neste livro - devo-lhe os parabéns por nos manipular sutilmente como sempre.
Releitura, a 17/07/2017
Novas impressões. No momento, sobre o assunto pano de fundo do livro : a política. O perfil dos eleitores do Partido Trabalhista, e dos eleitores do Partido Conservador. Tudo tão igual a qualquer outra parte do mundo, em qualquer época.
Sobre os personagens, não "gosto" de ninguém aqui. Exceto Teresa. Norreys, nosso narrador, John Gabriel, Isabella Charteris - todos intragáveis, cada qual à sua maneira. Curiosamente, isso adiciona ao livro.
Apesar do exagero romântico e as incongruências geradas por ele, continua sendo uma boa leitura