Sursis

Sursis Jean-Paul Sartre




Resenhas - Sursis


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THALES76 13/01/2024

Exaustivo e complexo.
Não foi uma leitura fácil, visto que tinham muitos personagens e mudava de cenário sem aviso prévio. Isto é, dificultou a organização dos pensamentos. Li 50 páginas e não tinha entendido nada, por causa disso, recomecei do zero e já fazendo anotações para não me perder novamente.
Longe de ser um deleite, achei a obra exaustiva e complexa. Mesmo fazendo anotações e focando 100%, tive dificuldade de digerir o texto. Certamente, farei alguma releitura futuramente.
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Balbino.Farias 31/07/2023

De forma bastante simplificada, Sursis é um termo jurídico que se refere a uma suspensão condicional de uma condenação. Aqui, na iminência da segunda guerra, Sartre cria e narra, de forma excepcionalmente genial, a história de Mathieu (e de no mínimo outros 50 personagens) as vésperas do tratado de Munique (29/09/1939). Será que ainda é possível mantermos a nossa condenação a liberdade mesmo na diante e durante uma guerra mundial? A narrativa é truncada e diversos acontecimentos são descritos simultaneamente. A leitura não é fácil, mas é extremamente recompensadora.
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Romeu Felix 11/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"Sursis" é o segundo volume da trilogia "Os Caminhos da Liberdade" do filósofo francês Jean-Paul Sartre, publicado originalmente em 1949, e que teve sua edição em português pela editora Círculo do Livro em 1974, com 368 páginas. O livro é um romance existencialista que apresenta uma reflexão sobre a liberdade e a responsabilidade humana.

A obra acompanha a história de um grupo de amigos, entre eles Mathieu Delarue, protagonista do primeiro livro, que se reencontram em Paris, em 1938. Mathieu continua enfrentando sua crise existencial e tenta lidar com as escolhas e decisões que moldam sua vida. Além disso, o livro apresenta outros personagens que se encontram em situações de conflito e que buscam a liberdade e a realização pessoal.

Ao longo do livro, Sartre apresenta uma reflexão sobre a liberdade humana, mostrando como nossas escolhas e decisões são fundamentais para a construção de nossas vidas. O autor argumenta que a liberdade é uma condição essencial da existência humana, mas que traz consigo a responsabilidade por nossas escolhas e ações. Além disso, o livro apresenta uma crítica à sociedade francesa da época, marcada pelo conservadorismo e pela falta de liberdade individual.

"Sursis" é uma obra fundamental do existencialismo e da filosofia política de Sartre. O livro apresenta uma reflexão profunda sobre a liberdade e a responsabilidade humana, destacando a importância das escolhas e decisões na construção de nossas vidas. Além disso, o livro apresenta uma crítica à sociedade francesa da época, mostrando como as estruturas sociais podem limitar a liberdade e a realização pessoal. A obra é indicada para estudantes e pesquisadores de filosofia, literatura, ciências humanas e áreas afins.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Lorenzo 11/06/2022

Denso
É uma leitura densa, considerando que são muitas histórias se cruzando; por vezes, a narrativa fica confusa. Comecei lendo-o no trem (com barulho e outras coisas que desviam a nossa atenção) e percebi que não era a melhor maneira. Consegui aproveitar o livro de fato a partir do momento que me efetivamente me concentrei 100% à leitura.
Por sorte não cheguei até a assinatura do Acordo de Munique — que seria o clímax, ao que tudo indica — lendo-o "de qualquer jeito".
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Gabriel 11/01/2022

Confuso
Uma cacofonia de dezenas de personagens em lugares diferentes, mudança de personagens constante, rápida e sem limitações claras da mudança. Não sei se o livro é ruim, eu não gostei, ou eu que sou burro
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Prico 16/02/2021

Difícil
O livro apresenta uma dificuldade de adaptação inicial , uma vez que o autor criar uma narrativa que coloca todos os personagens tentando seguir a sua vida, enquanto as negociações de paz estão acontecendo.
É admirável como a guerra até o momento parece ser a danação para uns e a salvação para outros . Realmente o livro cria uma suspensão , sursis do título , na vida de todos.
Ansiosa para o terceiro livro
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Bia 02/01/2021

Caos
Para tentar representar o ambiente caótico da iminente segunda guerra, Sartre acaba colocando personagens que não fazem sentido e não tem muita importância para depois se livrar deles sem muita explicação. Não é bem dividido e me fez confusa na maior parte das páginas, caótico até demais.
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Anderson 06/12/2020

Muito diferente da idade da razao
Acho que a tematica da guerra realmente deve ter sido algo forte pra epoca.
O caos dos personagens se atravessando durante a narrativa torna tudo muito confuso e dificil.
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Gustavo 09/10/2018

Les Chemins de la liberté II: Le Sursis
" ... eu existo, afinal, eu sou, mesmo não me sentindo Ser; e não é suplício comum encontrar em si uma certeza sem o menor fundamento, um tal orgulho sem alicerce. Compreendi, então, que a gente só se podia alcançar através do juízo de outrem, do ódio do outro. Pelo amor do outro também, talvez."
.
Sursis, o segundo livro da trilogia "Os Caminhos da Liberdade", de Jean Paul Sartre, narra de uma perspectiva cinematográfica, instantânea, multifacetada, a vida das pessoas em uma Europa diante da inexorabilidade de uma guerra que se aproxima.
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Ao contrário do primeiro livro, em que a história desenrola-se mais linearmente, de forma progressiva, dando mais ênfase aos conflitos existenciais de Mathieu, Marcelle e outros, em Sursis, transcende-se o indivíduo, expandindo o olhar para o coletivo, para o "Outro", que em última análise não deixa de ser apenas "Outro Eu", um reflexo, com os mesmos anseios, desejos e perturbações.
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Particularmente, o livro me agradou muito, como já comentei, a sua escrita se dá de forma totalmente simultânea, alternando personagens, lugares, muito rapidamente, até mesmo dentro de um próprio parágrafo. Enfim, uma verdadeira experiência literária.
Marcos.Azeredo 06/01/2019minha estante
Do Sartre eu li A idade da razão, A náusea, e um livro de contos O muro, todos muito bons. Pretendo ler Sursis.




Lista de Livros 17/07/2016

Lista de Livros: Os Caminhos da Liberdade: Sursis – Jean-Paul Sartre
“Digam o que disserem, a pobreza deixa as pessoas vulgares.”
*
“A vida no exílio não passa de uma espera.”
*
“– A gente é infeliz quando tem frio ou esta doente ou não tem o que comer. O resto são denguices.”
*
Mais em:


site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2016/07/os-caminhos-da-liberdade-sursis-jean.html
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Neto Guimarães 11/04/2014

Tente novamente mais tarde.

Já pensou se algum dia os homens deixassem de existir e as árvores crescessem sem nada para podá-las? Em quanto tempo tudo que o homem levou milênios pra construir estaria abaixo das copas, do cheiro doce da grama?

Eu faço faculdade. Saio de casa todos os dias para ir à aula, com meu caderno de anotações, alguns textos xerocados e uma vontade de ficar pelo caminho. Há tempos que a faculdade não é mais um sonho. Há tempos que virou uma roleta russa. Eu mesmo girei, girei e caí em meu curso.

E se você vier me dizer "faz o que tu gosta, é melhor", eu tenho uma resposta na ponta da língua: o que eu gosto não se aprende em faculdade. Nem na vida. Eu não gosto das coisas a ponto de querer lutar por elas. Estou fazendo o curso que faço porque caiu na minha porta e é mais fácil pra mim aceitar do que rodar o universo acadêmico todo para encontrar algo que me "fascine e me faça levantar feliz todos os dias".

Será que já ocorreu na cabeça de mais alguém que a gente tá preso?

Nós temos a liberdade de escolher, mas não a de concretizar. E já pensou que louco você querer escolher uma opção que não existe ainda? Já pensou que louco você não se adequar a nenhuma das cadeiras da faculdade por natureza?

Não, eu não sou o revolucionário. Eu vou pra aula, estudo, ganho bolsa e faço estágio, pois assim as coisas ficam mais fáceis. Mas isso não impede que quando eu deite minha cabeça em meu travesseiro velho, liberto das agonias suburbanas, eu pense que há alguma coisa errada com tudo isso. O mundo parece que tá errado. As coisas que nos fazem acreditar, o amores que nós somos obrigados a ter.

"Afinal, eu parto porque não posso deixar de partir. - como um carneiro indo ao matadouro"

Poema "Canção Urbana", de Luís Carlos Guimarães

E Sartre me ensinou um pouco disso. Por mais livre que a gente esteja, a gente tá preso dentro da liberdade. Estamos condenados a sermos livres. O universo sempre vai dar um jeito maroto de meter a mão no meio dos sonhos de quem tem, no meio dos orgasmos de quem gosta e no meio do resultado da final do campeonato europeu. A copa do mundo está aí, os desmoronamentos esquecidos pela população nos morros do Rio de Janeiro, o adolescente que assassinou as crianças na escola do Realengo. Columbine.

Tudo segue um curso. O curso do erro, da prisão na realidade e das limitações do próprio homem como ser facilmente aliciado.

Tudo segue nos mesmos moldes, sempre. Até mesmo as maiores revoluções.

"Como todas as manhãs, Mathieu pensava "

E eu pareço errado em me sentir mal pelo estacionamento do acaso perante nós. São duas da manhã e eu estou me sentindo errado por pensar assim. Me olhar no espelho e ver que eu não tenho planos mirabolantes, não tenho desejo de transar com aquela guria gostosa da minha turma e nem ao menos sonho em ter uma família. Olhar no espelho e saber que eu não sou um cidadão decente, comum e me sentir mal. Tudo isso porque eu penso demais, leio demais e vejo as entrelinhas das artes.

E porque não ser um homem comum apenas? Ir pra faculdade, tirar boas notas e deitar na cama sem culpas e sem ressentimentos. Deitar na cama e sonhar com uma família, com um carro do ano e com um piquenique com a minha futura sogra. Tudo isso porque usei a capacidade peculiar do ser humano? Se esse é o diferencial do ser humano quanto ao resto dos animais, por favor, me transformem num boi e me matem para saciar seus vícios malévolos, que eu me sinto mais útil.

"Exausto. Completamente exausto. Dantes, eu carregava os dias às costas, fazia-os passar de uma margem para a outra; agora são eles que me carregam"

Admiro os muçulmanos, os kamikazes de alguma das guerras das quais eu esqueci o nome. Admiro seitas ocultistas que dão um sentido para a morte baseadas numa fé coletiva. Parece-me mais sensato do que acordar todos os dias e ser um cidadão comum.

No segundo volume da trilogia "Os caminhos da liberdade", Jean-Paul Sartre nos mostra a flacidez da vida perante as obras do acaso. De como nosso papel na sociedade pode ser interferido pelo papel dos outros. Todos nós somos seres humanos, sujeitos à fraqueza do nosso sistema socio-econômico-cultural. Num enredo entrelaçado por várias histórias, Sartre narra quase que cinematograficamente um contexto diferente do período entre as duas grandes guerra. Especificamente, o período que se desenrolam os acontecimentos que dão impulso para o estopim da guerra.

Totalmente diferente do primeiro volume, Sartre apenas trás apenas os personagens de "A idade da Razão", como que para dar um desfecho para a história, acalmar o leitor que queria as tramas do primeiro livro resolvidas e para aproveitar da diversidade socio-biológico-cultural dos personagens perante os acontecimentos políticos e humanistas que degringolam ao longo das páginas.

Não é uma leitura muito fácil. Admito que minha edição em português de portugal e mal editada não contribuiu muito, mas Sartre invoca um estilo inovador de escrita (para mim): pula de uma cena pra outra sem dar aviso prévio. Sem pular um parágrafo, iniciar um novo capítulo ou, às vezes, nem sequer usar um ponto final. Começar uma frase na Espanha e terminar em Paris é um pouco complexo pra quem está acostumado com narrativas que segue uma linha de raciocínio mais literal e menos cinematográfica.

Os personagens de "A idade da razão" aparecem como plano de fundo de uma sacada maior. Um tanto moldados e com outras razões para viver, eles não são o foco principal da obra, ao contrário do primeiro livro, que tem foco na resolução do problema de Mathieu/Marcelle.

Mathieu aparece em Sursis mais resignado com a sua fraqueza em cumprir a promessa feita aos dezesseis anos. Aparece como mais velho e maduro, como quem aprendeu algo com os acontecimentos passados. Como um homem na idade da razão.

Ivitch, a musa que iluminou minha leitura no primeiro livro me fez passar po momentos de angústia na espera cansativa de que ela aparecesse logo. Mas, como era de se esperar, ela me surpreendeu bastante e fez o que tinha de fazer.

Além das figurinhas repetidas do primeiro livro, temos a aparição de novas: Gros-Louis, Philipe, Pierre, Maud e muitos outros, personagens que aparecem claramente para mostrar os vários tipos perdidos pela nossa humanidade e suas devidas posições quanto à fraqueza perante à liberdade de nosso mundo.

Com um enredo que flui como um puxar de gatilho, Sartre me atingiu. Tenho medo de ler o terceiro volume e receber um terceiro tiro no peito.

(spoiler da minha vida: eu li o terceiro volume. E foi um tiro no peito [risos sartrianos])

site: http://mundoinvisiveldojoao.blogspot.com.br/2014/03/livro-5-sursis-de-jean-paul-sartre-1947.html
Geison 07/10/2017minha estante
Incrível.

Obrigado.




Maya 04/12/2013

Infinitamente incrível
Meu livro preferido de todos os tempos.
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Yussif 16/05/2012

“A Idade da Razão”, “Sursis” e “Com a Morte na Alma” são livros fazem parte da trilogia Caminhos da Liberdade, do filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre.

No primeiro, A Idade da Razão, as questões individuais predominam. No segundo volume da trilogia, Sursis, os acontecimentos políticos revelam que os projetos de vida individuais são, na verdade, determinados pelo curso da história, tornando-se ilusória a busca da liberdade num plano puramente pessoal: a liberdade é sempre vivida "em situação" e realizada no engajamento de projetos voltados para interesses humanos comunitários. Apenas um compromisso com a história pode dar sentido à existência individual. Em Com a Morte na Alma, último romance da trilogia, Sartre nos descreve indiretamente a tese do engajamento gratuito.
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Gabriel 02/04/2011

Superbe Sartre
Neste volume, ainda seguindo o tema principal de sua dissertação sobre a liberdade, Sartre narra os acontecimentos dos dias que antecederam ao Tratado de Munique mostrando opiniões e reações de diversos seguimentos da sociedade, desde os belicistas, os pacifistas, as classes altas, as baixas, os letrados, os iletrados, os que eram obrigados a servir na guerra.
Sartre mostra como cada um, mesmo tendo uma visão de mundo, uma opinião e uma vida diferentes, nessa mesma circunstância consegue chegar à sua propria concepção de liberdade, seja ela se alistando, desertando, protestando a favor da paz.
Excelente exemplo de literatura engajada e historica.
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Gabriella169 30/07/2010

Melhor livro da trilogia, na minha opinião..

O tom caótico da narração, resultante da mistura de histórias de aproximadamente 12 narradores, transmite exatamente o que acho que tenha sido o ambiente na Europa, nas vésperas da 2a Guerra Mundial.

O clímax do livro, marcado pela confusão trazida pelo Acordo de Munique, é um pedaço de obra prima literária que com certeza merece ser conhecido.
Juliana 11/02/2013minha estante
Esse também é o meu preferido da trilogia. Adoro a narração desconstruida, é quase cinematográfica.


Marcos.Azeredo 23/03/2020minha estante
Eu gosto muito do Sartre.




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